Profissional de saúde do UNFPA ajuda na realização de partos na Síria. Foto: UNFPA Síria
Em mensagem para o Dia Mundial Humanitário, lembrado no final de semana (19) pela ONU, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) alertou para os riscos de saúde e de violência de gênero enfrentados por mulheres e meninas em situações de conflito. Agência defendeu que respostas a emergências e crises devem incluir o fornecimento de serviços de saúde sexual e reprodutiva para comunidades vivendo em zonas de guerra.
“Sistemas de saúde e o Estado de Direito se rompem sob o peso de conflitos, instabilidades e insegurança. Quando isso acontece, as mulheres em idade fértil enfrentam maior risco de gestações indesejadas e invalidez ou morte como consequência de parto sem assistência de um médico ou parteira”, disse a diretora-executiva em exercício do UNFPA, Natalia Kanem, em pronunciamento para a data.
A especialista acrescentou que, “se uma mulher vive ou morre em uma crise, isso pode depender do acesso a serviços fundamentais de saúde sexual e reprodutiva, tais como cuidados obstetrícios de emergência e sistemas de referência para emergências” médicas que funcionem 24 horas por dia, todos os dias.
Outro problema, segundo a dirigente é que mulheres e meninas também estão cada vez mais vulneráveis a estupro e exploração sexual. Enfatizando que respostas humanitárias não podem negligencias os riscos específicos do público feminino, Natalia lembrou que o UNFPA está presente em 56 países em crise, levando assistência de saúde e realizando ações de prevenção da violência de gênero.
“Mas os desafios são enormes, e o UNFPA não pode, por si só, atender todas as necessidades cada vez maiores de serviços. A ação coletiva é essencial para garantir que toda mulher, independentemente de ser refugiada ou deslocada dentro de seu país, possa se prevenir de uma gravidez não desejada, possa ter um parto seguro e viver livre de violência”, concluiu a chefe do UNFPA.