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Serviços médicos de Gaza estão sobrecarregados e sem medicamentos, diz ONU

16 de Maio de 2018, 19:07 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Hospital de Ash Shifa, Gaza, em 11 de maio de 2018. Foto: OCHA

Hospital de Ash Shifa, Gaza, em 11 de maio de 2018. Foto: OCHA

Equipes médicas em Gaza estão ficando sem materiais para atender os feridos, após o dia mais mortífero de protestos neste ano contra a ocupação realizados na fronteira com Israel, disseram agências da ONU na terça-feira (15).

Depois que 58 palestinos foram assassinados e outros 1,3 mil ficaram feridos por forças israelenses na segunda-feira, o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, disse que medicamentos que salvam vidas eram “urgentemente necessários”.

Isso inclui antibióticos e adrenalina, de acordo com o porta-voz da OMS, explicando que mais de dez anos de bloqueio econômico minaram a capacidade do sistema de saúde de Gaza.

Dois em cada cinco medicamentos essenciais estavam “completamente esgotados” este mês, explicou Jasarevic, acrescentando que o volume de medicamentos essenciais que salvam vidas para doenças crônicas como o câncer também estavam em níveis “criticamente baixos”.

Jens Laerke, do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), reiterou as dificuldades enfrentadas pelos sistemas de saúde do enclave.

“As instalações médicas em Gaza estão tendo dificuldades para lidar com o número de vítimas, e o coordenador humanitário da ONU no enclave, Jamie McGoldrick, expressou sua profunda preocupação com a tragédia em Gaza depois de visitar o Hospital Shifa”, disse ele.

Ele acrescentou que McGoldrick — que também é o coordenador especial adjunto da ONU para o processo de paz do Oriente Médio — relatou que equipes médicas em Shifa, na Cidade de Gaza, “estão sobrecarregadas, lidando com centenas de casos de feridos, incluindo mulheres e crianças”.

“Eles estão sendo levados ao limite e estão sem suprimentos médicos essenciais”, disse. “Os hospitais públicos em Gaza têm menos de uma semana de reservas de combustível para continuar suas operações”, declarou Laerke a jornalistas em Genebra.

A situação não melhorou com a entrega de suprimentos humanitários. Estes geralmente chegam através do principal ponto de abastecimento de Gaza, Kerem Shalom, que foi fechado depois de ser danificado, apesar de um comboio de ajuda ter sido autorizado pelos israelenses nos últimos dias, disse Laerke.


Fonte: https://nacoesunidas.org/servicos-medicos-de-gaza-estao-sobrecarregados-e-sem-medicamentos-diz-onu/

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