Presidente do Grupo Consultivo Ad Hoc do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) sobre o Haiti, Marc-André Blanchard, e o primeiro-ministro haitiano, Jack Guy Lafontant, em coletiva de imprensa no Palácio Nacional haitiano. Foto: Logan Abassi / MINUSTAH
Após visita ao Haiti, um grupo consultivo das Nações Unidas pediu na semana passada (12) à comunidade internacional que trabalhe em estreita parceria com o governo da ilha caribenha para maximizar as oportunidades que o país tem neste momento.
“O Haiti tem agora um governo e um presidente eleito; um governo que entrou em funcionamento e que parece estar funcionando”, destacou o presidente do Grupo Consultivo Ad Hoc do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) sobre o Haiti e representante permanente do Canadá junto à ONU, Marc-André Blanchard.
“Eles têm prioridades que são muito interessantes e alinhadas com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Por isso, há uma oportunidade de ação”, acrescentou Blanchard.
O presidente do grupo consultivo também ressaltou que o foco no país, atingido por uma série de desastres naturais, está mudando da assistência humanitária para o desenvolvimento, e que a comunidade internacional deve contribuir com o governo haitiano para garantir que as prioridades definidas sejam implementadas.
O grupo consultivo, com mandato do ECOSOC para acompanhar de perto e fornecer aconselhamento sobre a estratégia de desenvolvimento no longo prazo do Haiti, realizou uma missão na região entre os dias 8 e 10 de maio.
Na ocasião, o grupo se reuniu com vários interessados, incluindo funcionários do governo, parlamentares, sociedade civil e agências de desenvolvimento no terreno.
Blanchard também reconheceu as contribuições empreendidas pela Missão da ONU para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), e observou que, embora o grupo tenha atuado na região em um momento difícil, “foi realmente capaz de realizar muito”.
“Todos concordam que o país está em uma situação melhor agora do que há cinco anos, e que está mais seguro agora do que há alguns anos”, disse.
No entanto, ele acrescentou que algumas preocupações de segurança, problemas com instituições e corrupção permanecem, e destacou que a transição da MINUSTAH para uma nova missão – a Missão das Nações Unidas para o Apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH), com o foco adicional no Estado de Direito, na governança e em instituições eficazes – “é o caminho certo para o envolvimento futuro da ONU”.
O grupo consultivo de 17 membros é constituído por Canadá – atualmente na presidência –, Argentina, Bahamas, Belize, Benin, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, França, Haiti, México, Peru, Espanha, Trinidad e Tobago, Uruguai e Estados Unidos.