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‘Unidade, solidariedade e colaboração’ podem derrotar terrorismo e reforçar direitos, diz Guterres

16 de Novembro de 2017, 17:09 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Secretário-geral da ONU, António Guterres. Foto: ONU/Violaine Martin

Secretário-geral da ONU, António Guterres. Foto: ONU/Violaine Martin

Observando que pelo menos 11 mil ataques terroristas ocorreram em mais de 100 países no ano passado, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ressaltou nesta quinta-feira (16) que “o terrorismo é fundamentalmente a negação e a destruição dos direitos humanos”.

“O terrorismo tem estado infelizmente conosco em várias formas, em todas as idades e continentes”, disse Guterres em uma palestra sobre antiterrorismo e direitos humanos na Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres.

“Mas o terrorismo moderno está sendo travado em uma escala inteiramente diferente, com notável alcance geográfico. Nenhum país pode achar que está imune”, acrescentou.

No ano passado, mais de 25 mil pessoas morreram e 33 mil ficaram feridas em pelo menos 11 mil ataques terroristas em mais de 100 países.

Em 2016, quase três quartos de todas as mortes causadas pelo terrorismo se deram em apenas cinco países: Iraque, Afeganistão, Síria, Nigéria e Somália. O impacto econômico global do terrorismo chegou à marca de 90 bilhões de dólares em 2015. Naquele ano, os custos do terrorismo representaram 17,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no Iraque e 16,8% no Afeganistão.

Looking forward to event @SOAS Uni of London today: against terrorism, we must also win the battle of ideas & uphold human rights.

— António Guterres (@antonioguterres) 16 de novembro de 2017

Recordando como a Magna Carta há 800 anos estabeleceu o princípio do Estado de Direito, o secretário-geral disse que, no seu núcleo, os direitos humanos são um verdadeiro reconhecimento da humanidade comum.

“Quando protegemos os direitos humanos, abordamos as causas profundas do terrorismo. Pois o poder dos direitos humanos parar criar vínculos é mais forte do que o poder do terrorismo para devastar”, afirmou.

Ações prioritárias em contraterrorismo

Guterres destacou cinco principais prioridades no combate ao terrorismo.

Primeiro, enfatizou a necessidade de uma cooperação internacional muito mais forte, anunciando que pretende convocar a primeira cúpula da ONU de chefias de agências de combate ao terrorismo no próximo ano para promover novas parcerias e construir relacionamentos de confiança.

O segundo é um foco sustentado na prevenção, que inclui abordar os fatores que promovem a radicalização entre os jovens e fazem do terrorismo uma opção real para eles.

Os terroristas estão perdendo terreno físico na Síria e no Iraque, mas ganham terreno virtual no ciberespaço. Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube lançaram uma parceria antiterrorista, o Fórum Global da Internet para o Contraterrorismo, destinado a frustrar a disseminação de conteúdo extremista online.

“Este é um começo. Precisamos manter o ritmo”, disse ele.

O terceiro ponto é a defesa dos direitos humanos e do Estado de Direito.

Enfrentando ameaças de natureza sem precedentes, os Estados estão lutando para melhorar a eficiência de sua legislação antiterrorista. Sem uma base firme nos direitos humanos, as políticas antiterroristas podem ser mal utilizadas para, por exemplo, reprimir protestos pacíficos e movimentos de oposição legítimos.

Em quarto lugar, a batalha das ideias deve ser conquistada. “Nunca devemos recuar ao apontar o cinismo e os erros do terrorismo. No coração da escuridão, devemos construir uma nova era de iluminação”, disse Guterres.

“Quando os terroristas retratam a violência como a melhor forma de enfrentar a desigualdade ou injustiças, devemos responder com a não violência e a tomada de decisões inclusivas”, acrescentou.

A quinta prioridade do secretário-geral é ouvir as vítimas do terrorismo. Alguns dos melhores guias são as vítimas e os sobreviventes de ataques terroristas, que exigem consistência para a responsabilização e resultados – e não medidas gerais ou punições coletivas.

Ele convidou os jovens a se tornarem cidadãos esclarecidos.


Fonte: https://nacoesunidas.org/unidade-solidariedade-e-colaboracao-podem-derrotar-terrorismo-e-reforcar-direitos-diz-guterres/

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