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Notícias da ONU

11 de Junho de 2012, 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Agrotóxicos e outras substâncias químicas matam 193 mil pessoas no mundo por ano, diz ONU

12 de Setembro de 2018, 11:56, por ONU Brasil
Dispersão de pesticidas em plantação em Adana, na Turquia. Foto: Wikimedia (CC)/Zeynel Cebeci

Dispersão de pesticidas em plantação em Adana, na Turquia. Foto: Wikimedia (CC)/Zeynel Cebeci

Cerca de 193 mil pessoas no mundo perdem a vida todos os anos por exposição a substâncias químicas nocivas, afirmou na terça-feira (11) o representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, Joaquín Molina. Dirigente participou em Brasília de uma reunião sobre o uso de agrotóxicos. Encontro teve a participação de outras agências das Nações Unidas e também de instituições nacionais de regulação.

Segundo o especialista da OPAS, é fundamental a atuação conjunta dos setores da saúde, agricultura e meio ambiente no processo de regulamentação dos pesticidas. “Cada um (cada setor) contribuindo para que tenhamos ao mesmo tempo uma população saudável, a preservação dos recursos naturais e a eficiência da produção”, explicou Molina.

“Nesse sentido, o Brasil é referência internacional porque tem uma legislação sobre o tema baseada nesses três pilares. E isso é fundamental para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com os quais o Brasil e outros 192 países se comprometeram. Principalmente, aqueles que propõem a gestão racional de produtos químicos.”

De acordo com o representante do organismo da ONU, combater a exposição e a intoxicação das pessoas por agrotóxicos, por meio de alimentos ou ambientes contaminados, permitiria reduzir os casos de doença cardíaca isquêmica e acidentes vasculares cerebrais. Juntas, as duas complicações de saúde são as principais causas de morte no mundo. Outra medida deve ser a proteção de trabalhadores que correm risco de terem contato com produtos químicos prejudiciais ao organismo.

Molina ressaltou ainda o papel central da academia na regulação dos agrotóxicos. “São necessários novos estudos para que tenhamos cada vez mais e melhores dados e evidências para subsidiar a tomada de decisões e ajudar no desenvolvimento de novas tecnologias”, completou.

A líder da equipe de segurança química da sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), Carolyn Vickers, apresentou o Chemicals Roadmap – um roteiro de ações concretas para temas em que o setor da saúde tem liderança ou importante papel de apoio. A analista enfatizou a necessidade de cooperação multissetorial.

“O Chemicals Roadmap fornece uma abordagem estruturada para avaliar as lacunas e identificar ações para acelerar o progresso na gestão segura de produtos químicos. É organizado em quatro áreas de atuação: redução de riscos; conhecimento e evidências científicas; capacidade institucional; liderança e coordenação”, explicou Vickers.

Entre outros participantes da reunião, estavam o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Fernando Mendes Garcia Neto, e a presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Suely Mara.

Também estiveram presentes autoridades e profissionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD), da Delegação da União Europeia e do Departamento de Agroquímicos e Biológicos da Argentina.



ONU anuncia plano para eliminar doenças transmissíveis nas Américas até 2030

11 de Setembro de 2018, 18:48, por ONU Brasil
Campanha de vacinação contra a gripe em Goiás, em abril de 2018. Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.

Campanha de vacinação contra a gripe em Goiás, em abril de 2018. Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), agência regional das Nações Unidas, afirmou neste mês (3) que planeja lançar em 2019 um novo plano de ação contra as doenças transmissíveis. Estratégia visa garantir o acesso universal a serviços de diagnóstico e tratamento. O organismo da ONU está mapeando todas as enfermidades na região das Américas para avaliar estatísticas e investigar causas socioambientais dos surtos.

“Estamos trabalhando em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para ter gerações futuras livres de doenças transmissíveis nas Américas. Para isso, precisamos conseguir o acesso universal a medidas de detecção dessas enfermidades e tratamento precoce”, defendeu o subdiretor da OPAS, Jarbas Barbosa, em participação no 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MEDTROP), realizado em Olinda.

O especialista explicou que o novo marco da OPAS para as doenças transmissíveis será constituído por quatro linhas de atuação: serviços de saúde integrados; geração, análise e disseminação de estratégias robustas; abordagem dos determinantes ambientais e sociais; e a integração com a atenção primária à saúde.

“Está sendo feito um mapeamento de todas as doenças e as dimensões de cada uma delas, que terá um conjunto de indicadores construídos com uma abordagem multissetorial”, acrescentou Barbosa. Segundo o gestor, as consultas com os países devem ocorrer no fim do ano. A aprovação do plano no Conselho Diretivo da OPAS está prevista para 2019.

O representante da OPAS também traçou um panorama da atual situação das doenças transmissíveis nas Américas, entre elas, o sarampo.

“Neste ano, a Venezuela completou mais de 12 meses de transmissão sustentada de sarampo e, com isso, perdeu o certificado de eliminação da doença. Os outros países da região continuam com sua certificação individual, mas existem riscos. O Brasil vem fazendo campanhas de vacinação junto com estados e municípios, mas se não interromper a transmissão da doença até fevereiro de 2019, também pode perder seu certificado”, disse.

Um desafio brasileiro, de acordo com Barbosa, é quebrar as barreiras no acesso da população às vacinas. “Mães e pais que trabalham não conseguem levar seus filhos para se vacinar durante o horário comercial, em dias de semana. A vacina está no posto de saúde, mas as pessoas não conseguem chegar a ela.”

Controle de insetos

Um dos temas do congresso foi a transmissão de doenças por vetores, como os mosquitos. Ana Carolina Faria e Silva, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) no Brasil, ressaltou que 80% da população mundial está suscetível a contrair patologias causadas por animais portadores de vírus e outros agentes infecciosos. Entre essas enfermidades, estão a malária, dengue, zika, chikungunya, doença de Chagas e oncocercose.

Renato Vieira, coordenador-geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, disse que a Organização Mundial da Saúde (OMS) conta com orientações fundamentais para o controle de vetores. Adotadas em 2017, as recomendações permitiram ao Brasil fortalecer suas capacidades de emergência. Em dois anos, o Brasil teve mais de 2 mil casos de febre amarela – mais do que foi registrado em 36 anos, de 1980 a 2016 –, lembrou o especialista.

De acordo com o gestor, um dos avanços brasileiros mais recentes foi a criação do Comitê Técnico Assessor do Ministério da Saúde para Vetores, do qual a OPAS/OMS participa.

“Essa iniciativa tenta trazer, do ponto de vista científico e técnico, um suporte à tomada de decisão do Ministério da Saúde e a integração não só dos programas, mas entre o setor de saúde, sociedades científicas e poder público, para nos trazer propostas de respostas práticas”, explicou.

Gripe

Outra pauta do encontro em Olinda foi a preparação do Brasil para lidar com epidemias de gripe. Walquiria Aparecida Ferreira de Almeida, técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, afirmou que a pandemia da influenza H1N1, em 2009, foi um marco importante para melhorar a vigilância no país.

“Precisamos conhecer os vírus da influenza e o comportamento da doença. Temos que lembrar que eles podem dizimar populações”, afirmou a gestora.

Um dos desafios, segundo a especialista, é conseguir uma maior adesão às campanhas de vacinação em massa. “Toda a população está exposta, então as medidas preventivas são extremamente importantes”, acrescentou.

Roberta Andraghetti, assessora regional em Regulamento Sanitário Internacional da OPAS, apresentou algumas ferramentas de saúde pública que auxiliam países a conter e prevenir a gripe.

O Programa Mundial de Influenza da OMS existe há 70 anos e tem como principais componentes a resposta e a vigilância dessa enfermidade. A iniciativa conta atualmente com uma rede de 144 laboratórios nacionais, seis centros colaboradores, quatro laboratórios reguladores essenciais, 13 laboratórios de referência, um centro colaborador para vigilância epidemiológica e outro para estudos ecológicos.

Em nível mundial, a vigilância é realizada com base em fatores epidemiológicos e virológicos. O controle virológico é feito por meio da plataforma online FluNet, que gera tabelas, gráficos e mapas com dados nacionais, atualizados semanalmente. O portal também serve para rastrear o movimento dos vírus da influenza globalmente e interpretar indicadores epidemiológicos.

Já a vigilância epidemiológica é realizada pela plataforma FluMart, criada para facilitar a troca de dados sobre gripe. “Os produtos gerados nessa ferramenta trazem mapas com análises e relatórios com a distribuição dos vírus gripais e dos casos, entre outros (dados)”, explicou Roberta.



ONU: chefe de Comissão sobre Impunidade na Guatemala atuará agora fora do país

11 de Setembro de 2018, 18:41, por ONU Brasil
Chefe da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, Iván Velásquez. Foto: CICIG

Chefe da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, Iván Velásquez. Foto: CICIG

As Nações Unidas informaram no início de setembro (5) que estão cientes da decisão de autoridades na Guatemala de proibir a entrada no país do chefe da Comissão Internacional contra a Impunidade no país, Iván Velásquez.

A Comissão atuava no país até o começo de setembro, quando o governo guatemalteco informou o grupo deveria encerrar sua atuação.

Em nota publicada pelo seu porta-voz, António Guterres afirmou que a Comissão e o seu chefe desempenham um papel fundamental no combate à impunidade.

Falando a jornalistas, o porta-voz Stéphane Dujarric destacou a grande preocupação da organização com essa decisão, que está sendo analisada. Segundo ele, a medida não é, ao que parece, consistente com o acordo sobre a criação da Comissão.

Guterres destaca que Velásquez vai continuar atuando no órgão, fora da Guatemala. A ONU encoraja o governo do país a continuar a busca de uma solução por meio do diálogo no âmbito do artigo 12 do Acordo que estabelece a Comissão.

A Comissão foi estabelecida em 12 de dezembro de 2006 após a opinião favorável do Tribunal Constitucional da Guatemala. Esta semana, o país pediu a transferência das funções da Comissão para instituições nacionais.

Guterres destaca trabalho de comissão contra impunidade

António Guterres recordou a importante contribuição da Comissão na luta contra a impunidade na Guatemala, sob a direção de seu comissário, Iván Velásquez.

Segundo as agências de notícias, o presidente Morales manifestou no início do mês desejo de que a transferência de funções aconteça “imediatamente”.

O objetivo da Comissão é apoiar o Ministério Público, a Polícia Nacional e outras instituições do Estado a investigar e conduzir diversos casos penais.



Fundo de População da ONU participa de seminário sobre direitos dos jovens migrantes

11 de Setembro de 2018, 17:54, por ONU Brasil
Venezuelanos que vivem na Praça Simón Bolívar, em Boa Vista, fazem fila para receber alimentos fornecidos por membros da comunidade local. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

Venezuelanos que vivem na Praça Simón Bolívar, em Boa Vista, fazem fila para receber alimentos fornecidos por membros da comunidade local. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) participa na próxima sexta-feira (14), em Brasília, do seminário internacional Crianças e Adolescentes Migrantes, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos. Evento estimula a participação de jovens brasileiros e estrangeiros no debate sobre os direitos de meninos e meninas em situação de deslocamento. Debates abordarão questões de gênero e riscos vividos por menores que foram separados dos pais.

Irina Bacci, analista para assuntos humanitários do UNFPA, lembra que o Brasil passou a ser o destino para milhares de pessoas refugiadas e migrantes, em especial vindos da Síria, Haiti e Venezuela.

“Entre essas pessoas, o notório número de crianças e adolescentes faz com que todo este processo fique ainda mais complexo. O desafio maior para o poder público é garantir o acesso às políticas públicas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e garantidas aos imigrantes e refugiados na Lei n° 13.445, a lei da migração”, avalia a especialista.

“É preciso uma atenção ainda maior com meninas, que muitas vezes são ainda mais vulneráveis e expostas à exploração sexual e tráfico de pessoas.”

O UNFPA vai discutir questões sobre migração e gênero na mesa “Desafios de integração do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente”, que acontece às 17h na sexta-feira.

O seminário internacional, realizado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), acontece no auditório Ana Paula Crosara, Edifício Parque Cidade Corporate, Setor Comercial Sul, Quadra 9, Lote C, Torre A, 8º Andar. Atividades têm inicio às 9h e seguem até as 19h.

Segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 25,4 milhões de pessoas em 2017 foram forçadas a deixar suas comunidades e países de origem, sendo consideradas refugiadas. Mais da metade desse contingente era de crianças. Em contextos de deslocamento forçado ou migração, crianças e adolescentes podem enfrentar vulnerabilidades específicas, com impactos negativos de longo prazo para sua saúde física e mental.



Palavras são mais fortes que armas, diz chefe da ONU em seminário sobre paz no Oriente Médio

11 de Setembro de 2018, 17:44, por ONU Brasil
A subsecretária-geral das Nações Unidas para as Comunicações Globais, Alison Smale (primeira da esquerda para a direita), participa do Seminário Internacional de Mídia das Nações Unidas sobre Paz no Oriente Médio, em Moscou, Rússia, em 5 de setembro de 2018. Foto: ONU/Shymaa El-Ansary

A subsecretária-geral das Nações Unidas para as Comunicações Globais, Alison Smale (primeira da esquerda para a direita), participa do Seminário Internacional de Mídia das Nações Unidas sobre Paz no Oriente Médio, em Moscou, Rússia, em 5 de setembro de 2018. Foto: ONU/Shymaa El-Ansary

O debate sobre como resolver o conflito entre Israel e Palestina e promover a paz no Oriente Médio é um lembrete de que palavras têm mais poder que armas, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para o Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio deste ano, que ocorreu em Moscou, no início de setembro (5 e 6).

O evento foi organizado pelo Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI) como parte do Programa Especial de Informação Especiais sobre a Questão da Palestina, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, e com o apoio da Associação das Nações Unidas da Rússia e da ‘Russia Peace Foundation’ – em português: Fundação pela Paz na Rússia.

“O seminário foi uma importante plataforma para discutir tópicos da mídia relacionados à situação difícil e desafiadora do Oriente Médio”, disse a representante de Guterres no encontro, a subsecretária-geral da ONU para as Comunicações Globais, Alison Smale.

Em sua mensagem, o chefe da ONU destacou ainda que “é encorajador que o seminário permaneça forte, 27 anos após o seu início”.

“O conflito israelo-palestino continua sendo central no difícil cenário do Oriente Médio. As recentes tensões em Gaza são uma lembrança dolorosa do quão delicada a situação é”, disse Smale.

“As pessoas da região e do mundo não podem suportar outra onda de violência”, acrescentou a subsecretária-geral, observando que a ONU continua “fortemente comprometida com uma solução de dois Estados justa, abrangente e duradoura, que possa encerrar a ocupação de 50 anos e resolver todas as questões restantes. Isso é fundamental para a segurança e a estabilidade de toda a região”.

O evento reúne mais de 150 diplomatas, jornalistas, especialistas em mídia e representantes de jovens de Israel, Palestina e outras partes do Oriente Médio, Rússia, Estados Unidos, Europa, entre outros.

Os assuntos para discussão e debate feira incluíram um retrospecto do legado dos Acordos de Oslo de 1993; como os jornalistas cobrem o conflito israelo-palestino e como podem se proteger; e a situação dos refugiados da Palestina, 70 anos depois da data que passaram a chamar de “Nakba”, árabe para “catástrofe”, pela qual os palestinos lembram seu êxodo em massa durante a guerra de 1948-1949.



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