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abril 3, 2011 21:00 , por Desconocido - | 1 person following this article.
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Sobre a 'ilusão' de Luiz Alberto Moniz Bandeira acerca de uma 'intervenção militar'

septiembre 20, 2017 12:56, por Bertoni - 0no comments yet

Intervenção militar   sqn

Artigo sugerido por Midiacrucis

Sobre a "ilusão" de Luiz Alberto Moniz Bandeira acerca de uma "intervenção militar"

Valter Pomar

Primeiro alguns dirigentes da esquerda brasileira propuseram um abaixo-assinado dirigido ao general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.

A intenção não prosperou.

O que pensava o general, nesta época em que quase foi destinatário do tal abaixo assinado, pode-se conferir no endereço a seguir:

http://valterpomar.blogspot.com.br/2017/02/a-entrevista-do-general_81.html

Depois veio o debate programático na Frente Brasil Popular, onde alguns questionaram a inclusão de referências ao controle civil, à defesa dos direitos humanos e à retirada do artigo que constitucionaliza a intervenção militar, sob o argumento de que isto nos colocaria em conflito com os setores patrióticos das forças armadas.

Depois veio o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira, que em carta divulgada por Paulo Henrique Amorim afirmou no dia 1 de setembro de 2017 o seguinte:

Meu caro Paulo Henrique, jornalista que tanto aprecio e respeito. A situação do Brasil me entristece. Os gringos estão conseguindo destruí-lo através da quinta-coluna que promove uma guerra jurídica, a transplantarem as leis dos Estados Unidos para o Brasil, caso típico do geodireito, o qual foi estudado em magnífica tese de um professor amigo meu. Só vejo uma saída para a crise política no Brasil: a intervenção militar. É legal, quando o governo sai dos quadros constitucionais vigentes. Temer foi eleito vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, cujo programa não era esse de reformas. E o Congresso não foi eleito com poderes constituintes para fazer congelamento de despesas por 20 anos, reforma política, trabalhista etc.. Agora só os canhões podem fazer reformas para evitar a venda do país a preço de liquidação. Energia é poder. E entregar o pré-sal, a Petrobrás, a Eletrobrás aos gringos é entregar a soberania nacional, a "muralha da pátria", como disse Ruy Barbosa na Conferência de Haya, em 1907. Com um forte abraço do seu admirador, Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira

Destaco e repito o seguinte trecho:Só vejo uma saída para a crise política no Brasil: a intervenção militar”.

A respeito desta posição, Caio Navarro de Toledo, professor aposentado da Unicamp e editor do blog Marxismo 21 escreveu o seguinte:

Quem comete a maior bizarrice: o blogueiro – servidor do bispo falsário – que divulga, com satisfação e orgulho, a carta pessoal ou o laureado acadêmico nacionalista?

No dia 3 de setembro, o historiador Augusto Buonicore, integrante do Comitê Central do PCdoB, respondeu a Caio da seguinte forma:

Apesar de discordar de Moniz, devemos reconhecer que ele é bem mais que um ‘laureado acadêmico nacionalista’. Ele é um importante intelectual marxista e anti-imperialista brasileiro. Tem uma história e obras respeitadas mundialmente.

No mesmo dia 3 de setembro, Caio Navarro divulgou outra mensagem de Luiz Alberto Moniz Bandeira, onde o professor afirma o que segue:

Prezado Paulo Henrique, concordo.Sabemos como começa, sim, mas não sabemos como acaba. É um risco. Porém, não vejo outras saída. Mesmo se Lula for eleito, não vejo o que pode fazer com um Congresso eleito dentro das atuais normas. Seria necessária uma reforma política que não creio que esses políticos possam fazer. É necessário: 1 - 5% no mínimo de votos do eleitorado para que o partido entre no Congresso; 2 - voto vinculado para evitar que o presidente tenha de comprar deputados para ter maioria e poder governar; 3 - programa definidos para registro partidário; 4 - perda de mandato se o parlamentar trocar de partido pelo qual foi eleito durante a legislatura; 4 -financiado de campanha com recursos limitados concedidos pelo Estado; 5 - proibição de financiamento privados; 6 - ficha criminal e política limpa; 7 - nomeação de políticos somente de ministros de Estado e secretário executivos; 8 - preenchimentos de cargos públicos de órgãos do Estado ou empresas estatais somente com os funcionários, sem vinculação ou indicação política. Estas e outras medidas são necessária para democratizar a república presidencialistas, que nasceu nos Estados e cujo presidente tem mais poderes que um monarca absolutista, segundo Montesquieu. William Maclay (1737-1894, fundador do Partido Democrata e membro do Senado dos Estados Unidos, na primeira legisla, contou sobre o domínio de interesses privados, que patrocinavam as mais "torpes transações" entre o Congresso e o ministro da Fazenda, a "compra da Câmara de Representantes" pelo governo, "O aluguel de senadores", as ameaças de derrota eleitoral contra os candidatos da oposição.Não vejo agora outra saída senão uma intervenção cirúrgica, como o general Henrique Teixeira Lott duas vezes fez em 1955, a fim de promover o retorno aos quadros constitucionais vigentes e assegurar a posso de Juscelino Kubitschek na presidência do Brasil. A intervenção é legal, quando o governo sai dos marcos constitucionais. E no Brasil foi implantada uma ditadura, com verniz de legalidade e de uma fake, sem nenhuma legitimidade e moral, enquanto juízes e procuradores empreendem uma guerra jurídica, em cooperação com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos com base no Mutual Legal Assistance Treaty between the United States of America and Brazil, assinado em 14 de outubro de 1997. Os gringos, através dessa quinta-coluna, já devastaram a Petrobrás, as construtoras, que concorrem na América Latina e África com as dos Estados Unidos, e outro, e abateram mais de 2,5% do PIB brasileiro.Como impedir que a destruição do Brasil e dos seus patrimônio, inclusive a floresta da Amazônia, os gringos vão até fazer exercícios militares, o que as Forças Armadas jamais consentiram, pois treinamento só faz em lugares onde um dia se pretende combater.Seria necessária que o general Villas Boas se dispusesse a pôr os tanques na Esplanada dos Ministério para o agravamento do caos no país que ele tantas vezes constatou e denunciou. Abraços para todos, Moniz

Destaco as seguintes frases: “Sabemos como começa, sim, mas não sabemos como acaba. É um risco. Porém, não vejo outra saída”; “não vejo agora outra saída senão uma intervenção cirúrgica, como o general Henrique Teixeira Lott duas vezes fez em 1955”; “a intervenção é legal, quando o governo sai dos marcos constitucionais”.

No dia 10 de setembro, entre outros que manifestaram seu ponto de vista, eu escrevi o seguinte:

Só posso agradecer ao professor Moniz Bandeira que tenha explicitado sua posição. Isto porque há outros setores da esquerda brasileira que, como o professor, tem ilusões acerca dos "setores patrióticos das forças armadas", em particular acerca do Villas Boas.  Neste sentido, a declaração de Moniz Bandeira é uma ótima vacina, pois revela qual a consequência lógica de certas posturas e argumentos. Quanto ao mérito, discrepo totalmente. O caminho de esquerda para derrotar o golpismo é a luta popular, que pode se manifestar de diferentes formas, das eleitorais à desobediência civil ativa. Derrotar o golpismo por outros meios -- mesmo se isto fosse possível -- não contribuiria para os interesses democráticos, populares e nacionais.

No dia 18 de setembro, o professor Moniz Bandeira respondeu o que segue:

Meu caro Valter, não tenho ilusões em setores patrióticos nas Forças Armadas. Mas também não tenho ilusões de que as forças  populares possam mudar esse statu quo. Partidos não existem com poder para fazer uma revolução. Nem creio que a quadrilhas que se apossou de poder vá deixar que Lula seja candidato ou certeza de haja eleição em 2018. Essa quadrilha tem o apoio internacional, está a realizar o programa que o capital financeira e o empresariado deseja e vai empenhar-se para manter essas reformas. O golpe foi muito bem urdido. E no exterior. Estou a estudar, com documentos.Também desejaria que a esquerda "pudesse derrotar o golpismo com a luta popular, que pode se manifestar de diferentes formas, das eleitorais à desobediência civil ativa". Mas não vejo essa possibilidade. A sociedade está narcotizada pela imprensa e até mesmo pela chamada mídia social. Todos estão descontentes mas ninguém sabe como reagir. O movimento operário está dividido em várias centrais, completamente desfibradas. Não fizeram sequer uma greve geral que tivesse caráter permanente. Com quase 20 milhões de desempregados (muito mais do que as cifras oficiais), qualquer um aceita o trabalho que lhe é oferecido, por pior que seja o salário. O PT está combalido. Lula pode levantar massas, mas não sei se no sul país e derrubar o governo. Os pobres não podem fazer desobediência civil. Dentro das Forças Amadas, há muitas contradições, mas também enorme insatisfação com a quebra do programa de defesa nacional, como a artilharia de costa comprada da Rússia, o programa naval a cargo da Odebrecht, a prisão do almirante, prejudicando o programa nuclear e outros, a questão da Amazônia, o Brasil à venda a preço de liquidação etc. Nunca vivi a sonhar. Estou muito bem informado do que se passa. Moro na Alemanha mas tenho minhas fontes de informações. E o quadro hoje é muito diverso do que em 1964. Não Jango que está no governo. É uma quadrilha que executa uma programa antinacional. E Lula é popular nas Forças Armadas porque seu governo (Samuel Pinheiro Guimarães) elaborou a Estratégia Nacional de Defesa e deu todo apoio ao rearmamento das Forças Armadas. Quando em intervenção, é porque seu que ela está em gestão e eventualmente pode acontecer. E não podemos nem devemos empurrá-las para a direita. A situação agora não se caracteriza por contradições ideológicas, como em 1964. Temos que analisar, pensar e agir conforme a realidade da época em que vivemos.Não, meu querido Valter, tenho os pés no chão. Previ em meu livro O Caminho da Revolução Brasileira, escrito em 1962, o golpe de 1964. E, embora não a desejasse, não vejo saída senão militar, com o objetivo de restaurar os quadros constitucionais vigentes, que foram e estão a ser ultrapassados: 1 - Temer foi eleito como vice-presidente, na chapa de Dilma, e não tem mandato para executar outro programa de governo; 2 - O Congresso atual não foi eleito com poderes constituintes para fazer emendas na Constituição.As instituições todas no Brasil estão fora da lei. Democracia não há. E, mais cedo ou mais tarde, queiramos ou não, a intervenção militar pode tornar-se inevitável. Como é difícil predizer. Com um forte abraço, MonizO professor afirma que não tem ilusões em setores patrióticos nas Forças Armadas.
Não é o que depreendo do seguinte raciocínio: Dentro das Forças Amadas, há muitas contradições, mas também enorme insatisfação com a quebra do programa de defesa nacional, como a artilharia de costa comprada da Rússia, o programa naval a cargo da Odebrecht, a prisão do almirante, prejudicando o programa nuclear e outros, a questão da Amazônia, o Brasil à venda a preço de liquidação etc.
Pelos mesmos motivos, não é o que depreendo do seguinte: o quadro hoje é muito diverso do que em 1964. Não Jango que está no governo. É uma quadrilha que executa uma programa antinacional. E Lula é popular nas Forças Armadas porque seu governo (Samuel Pinheiro Guimarães) elaborou a Estratégia Nacional de Defesa e deu todo apoio ao rearmamento das Forças Armadas.

Se entendi direito, o professor Moniz Bandeira diz que a intervenção militar está em gestão e eventualmente pode acontecer.

Isto é um fato, como ficou claro pelas declarações do general Antonio Mourão.

Mas não consigo deixar de classificar como ilusão a afirmação a seguir: não podemos nem devemos empurrá-las para a direita. A situação agora não se caracteriza por contradições ideológicas, como em 1964. Temos que analisar, pensar e agir conforme a realidade da época em que vivemos.

Convido as pessoas a lerem a entrevista do general Villas Bôas citada anteriormente, assim como a ouvir a exposição do general Antonio Mourão, no link abaixo:

https://youtu.be/mSroJ3-YZ4o

O conjunto da texto, especialmente o que eles falam acerca da ditadura militar, mostra que as “contradições ideológicas” estão todas aí. No essencial o que mudou foi a forma, não o conteúdo.

O professor fala em analisar, pensar e agir conforma a realidade da época em que vivemos. Mas comete o equívoco de raciocinar como se uma intervenção militar em 2017 pudesse ser similar a praticada por Lott na década de 1950...

O professor Moniz Bandeira se ilude acerca de quem seria a vítima de uma intervenção militar.

Ilusão similar -- no caso, acerca dos procuradores da Lava Jato -- foi cometida recentemente por parcela importante do PT. Aliás, alguns insistem nisto ainda hoje.

O professor nos lembra que ele previu o golpe de 1964. E explica o seguinte:

embora não a desejasse, não vejo saída senão militar, com o objetivo de restaurar os quadros constitucionais vigentes, que foram e estão a ser ultrapassados (...) As instituições todas no Brasil estão fora da lei. Democracia não há. E, mais cedo ou mais tarde, queiramos ou não, a intervenção militar pode tornar-se inevitável.

Que uma intervenção militar é possível, concordo. Aliás, alertamos a este respeito a bastante tempo.

A intervenção militar é uma saída "lógica" para uma situação de prolongado impasse político como a que estamos vivendo.

O problema está em acreditar, como afirma Moniz Bandeira, que uma intervenção militar possa ter como objetivo “restaurar os quadros constitucionais vigentes”.

Nisso reside a ilusão.

Ilusão que em alguns casos repousa numa visão estratégica a meu juízo equivocada, que acredita que basta colocar em primeiro lugar o tema da "nação" para assim tornar possível construir, em torno desta ampla bandeira, amplas alianças.

Ilusão que noutros casos reflete uma interpretação equivocada acerca do que são as forças armadas, enquanto instituição estatal.

Ilusão que também pode ser produto do desespero, frente a uma situação que parece ser "sem saída".

Seja com for, depois que o general Antonio Mourão informou que o Alto Comando está fazendo “aproximações sucessivas” para uma intervenção militar, está mais do que claro que -- diferente do afirmado por Caio Navarro de Toledo -- não estamos diante de uma bizarrice.

Estamos diante de um erro político gravíssimo.

A esquerda precisa se posicionar contra e agir para impedir qualquer tipo de intervenção militar, entre muitos outros motivos porque isto não seria uma saída para a crise política.

Como alertou o general Mourão, a "imposição não será fácil", "ela encontrará problemas".

Os "problemas" a que se refere Mourão incluem Lula, o PT, o conjunto da esquerda, o próprio professor Moniz Bandeira e tantos outros.

A confusão, a tibieza e a fraqueza da esquerda não se resolvem buscando substitutos.

A respeito do que fazer, sugiro a seguinte leitura: 

http://valterpomar.blogspot.com.br/2017/09/contribuicao-ao-debate-sobre-conjuntura.html



Inventor do termo petralha reconhece que sua turma passou dos limites

septiembre 14, 2017 20:39, por Bertoni

Nem Reinaldo de Azevedo, o jornalista liberal que na juventude foi trotskista e militante da Liberade e Luta, a Libelu, se conformou com o medonho comportamento da procuradora de Curitiba que se irrita com o tratamento carinhoso do ex-presidente Lula, quem Azevedo detesta e combate.

Até Reinaldo, vejam só, o Azevedo, cravou: arrogância de classe!

Na verdade é pior, pois a procuradora não é a elite que imagina ser. É apenas uma serviçal de classe média que não entende que está sendo usada para fazer o serviço sujo contra os brasileiros e depois será descartada como lixo da história. É uma capitã do mato, um objeto que se pensa sujeito.

Confira!

 

A “formalista” procuradora que rejeita “querida” já gravou vídeo incitando o povo contra o Senado

Um vício de linguagem do ex-presidente vira suposta manifestação de desrespeito a uma representante do MPF. O nome disso: arrogância de classe!

Por: Reinaldo Azevedo

Claro, né? Se eu não fosse eu; se eu fosse outro, não iria aqui confrontar alguns fatos, digamos, insólitos.

Cristina Groba Vieira, a procuradora que interrogou Lula nesta quarta, pertence ao núcleo militante mais radical da Força Tarefa. É da turma de Deltan Dallagnol e Carlos Fernando — a dupla que tomou chá de sumiço em tempos de Marcelo Miller. E, como veremos, ela vai fundo na militância, a exemplo dos outros dois. Já volto ao ponto.

Nesta quarta, em Curitiba, aconteceu algo que tem a sua graça. E que só pode ser explicado pela arrogância — traços de arrogância de classe mesmo, temperada pelo tal espírito militante, além de zelo corporativista.

Num dado momento do depoimento, a douta doutora Cristina, lídima representante do MPF, Senhora Procuradora, fez uma pergunta realmente insólita a Lula. Quando o petista respondeu que a diretoria do Instituto Lula resolvera não ficar com o tal terreno que abrigaria a entidade — e que, segundo a acusação, seria propina paga pela Odebrecht —, ela quis saber se havia algum documento formalizando a recusa.

Bem, digam os de bom senso, os advogados, os especialistas: que sentido faz isso? Seria um caso de exigência de produção de prova negativa? Isso já não é prova diabólica, mas do capeta, rsrs.  Ela já tinha perguntado se Lula se ocupara de reunir os recibos evidenciando que pagava aluguel pelo apartamento contíguo ao seu, em São Bernardo, já que o MPF sustenta que o imóvel é seu. A douta doutora e sábia senhora procuradora quis saber, em suma, se, depois da acusação, ele se ocupara de provar que é inocente.

E se tem, então, o seguinte diálogo:
Lula – “Não, eu não tenho, querida, eu não tenho.”
Groba Vieira – “Também pediria que o senhor ex-presidente se referisse ao membro do Ministério Público pelo tratamento protocolar devido.”
Lula – “É, como é que seria? Doutora?”
Moro – “Sei que, evidentemente, o senhor ex-presidente não tem nenhuma intenção negativa em utilizar esse termo “querida”, mas peço que não utilize, tá? Pode chamar de “doutora”, “senhora procuradora”, perfeito?”

Perfeito!

Uma nota: todos sabem que Lula tem o hábito de chamar interlocutores de “meu querido”, “minha querida”. Dois dedos de prosa, e ele já opta pela informalidade. Ok. Se a doutora, douta procuradora, ilustre representante do Parquet, Senhora dos Mundos, não queria, então não. Mostrava-se, assim, uma formalista empedernida.

Uma das coisas que me fazem ser eu é a memória. E não posso esquecer que a doutora deixou todo formalismo de lado quando, em companhia de Deltan Dallagnol e Carlos Fernando, gravou um vídeo incitando a população a se mobilizar contra o Senado, que votaria o necessário e correto projeto que muda a lei que pune abuso de autoridade. O vídeo segue abaixo. Vejam. Volto em seguida:


Cabe perguntar: a lei, e não apenas o formalismo, não obriga a doutora, senhora procuradora, sábia, ilustre e inigualável a se dispensar de fazer política? Será que lhe é permitido incitar a população contra o Senado? A minha pergunta é apenas retórica. A resposta é “não”. Cabe, inclusive, punição para tal ato, não estivesse o MPF mergulhado na anarquia.

Com a devida vênia, há quem ache que manifestações de arrogância e prepotência contra Lula estão justificadas por si mesma. Eu não acho. Contra ninguém!

Como esquecer?
No primeiro depoimento de Lula, no dia 10 de maio do ano passado, algo parecido aconteceu.

O representante do MPF era Roberson Pozzobon, o segundo mais espevitado, depois de Dallagnol, entre os “new kids on the block” do direito achado no alarido. O próprio Moro tomou o cuidado de tratar Lula, então como agora,  por “sr. ex-presidente”. O rapaz, sei lá, deve ter achado que era formalidade indevida a um criminoso e escolheu “sr. Luiz Inácio”. O juiz ficou impassível. Só lhe recomendou mais solenidade depois que a defesa reagiu.

Lula tratou, em regra, antes e agora, por “doutor (a)” e “senhor” o juiz e os membros do MPF. Na única vez, lapso claro, em que deixou escapar um “você” ao responder a Pozzobon, foi de pronto repreendido por Moro: nada de “você”! Tem de ser “senhor”.

Escrevi então:
“O que esse processo tem a nos ensinar? Infelizmente, nada. Digamos que Lula venha a ser condenado nesse caso. Pode até ser justo moralmente, mas os motivos estarão, dado o que se tem até agora, errados.  E isso, em vez de fortalecer a Justiça, só concorre para degradá-la. E os protagonistas dessa corrosão são os “viciados em si mesmos”.

O que está em curso em Brasília, com a evidência de que setores do MPF mergulharam de cabeça no crime, prova que eu estava certo.



Maníaco do Parque delata Lula e pede redução da pena

septiembre 8, 2017 9:06, por Bertoni - 0no comments yet

Oglobo08092017

Do Perfil Companheiros_PT



Chineses recebem efusivamente o Mister Fora Temer

agosto 31, 2017 21:13, por Bertoni

O golpista Temer é recebido na China com todas as honras protocolares que o momento exige.

#ForaTemer

Fora temer foto china visita



Bertoni