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O Dominio Golpista da Narrativa

5 de Setembro de 2016, 12:24 , por luiz skora - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Enquanto a mídia hegemônica dominar a narrativa golpista, não haverá manifestação, protesto, greve ou tática black-block capaz de reverter o retrocesso.

Batemos nesta mesma tecla, uma forma alternativa de divulgação de informação com penetração nas massas, desde o primeiro mandato de Lula e nada foi viabilizado.

Pelo contrário, o governo petista preferiu manter a hegemonia dos marinho na TV aberta e fomentou uma tímida concorrência via a TV da igreja universal, cujo objetivo e foco é o mesmo dos marinho.

O governo petista investiu numa TV estatal no sistema de TV paga, com todo o sistema de distribuição do sinal das TVs pagas sob o controle dos marinho.

O governo petista investiu em uma dúzia de blogueiros governistas na internet, acreditando que estes gatos pingados teriam ferramentas e público para fazer o contraponto - erro crucial.

O governo Dilma, em especial, fechou parcerias e fomentou a rede social privada e estrangeira do Zucka, o Facebook, achando que poderia fazer o contraponto dentro desta rede com interesses e objetivos muito diferentes dos dela.

O Governo Petista errou feio, errou rude na comunicação, sequer ameaçou o domínio da narrativa das comunicações que era, nos tempos dos milicos, a favor dos militares e depois, com a redemocratização, um monopólio dos interesses entreguistas encabeçado pelos tucanos e orbitado principalmete por fundamentalistas neopentecostais e políticos da oposição.

Estes erros estratégicos do governo petista, não serão corrigidos nem mesmo se uma hecatombe permitir novas eleições gerais, seja agora em breve, seja em 2018 ou seja daqui a outros 22 anos e novamente um governo popular reassuma a presidência.

Esta visão estratégica do domínio da narrativa nunca faz parte dos anseios daqueles que ocuparam os gabinetes dentro do governo petista, nem fará parte de um futuro hipotético governo popular, caso e se, um dia um governo popular volte a ocupar o executivo federal.
Tenho a forte impressão de que os ocupantes dos gabinetes petistas, tinham mais interesse em aparecer nas páginas amarelas da veja, em serem entrevistados ao vivo pelo Bonner ou em fritar um ovo no programa da Ana Maria Brega do que, combater o monopólio da narrativa. A vaidade, como sempre, grita mais alto nas consciências.

O domínio ou, pelo menos, um contraponto, ao domínio hegemônico da narrativa só será possível via iniciativa popular.
Mas como fazê-lo, se até mesmo esta minha crítica tem de ser feita no Facebook, uma rede social primordialmente tucana, golpista neopentecostal e bolsonarete, para que seja vista por duas dúzias de leitores interessados?


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