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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Aécio Neves é ameaça à liberdade de expressão no Brasil

22 de Outubro de 2014, 19:51, por Bertoni - 0sem comentários ainda

A comissão nacional organizadora do encontro de blogueir@s progressistas, grupo popularizado pela sigla BlogProg e que reúne diversos blogueiros e comunicadores digitais brasileiros, produziu um manifesto alertando para a ameaça que a candidatura de Aécio Neves representa à liberdade de expressão no país. No texto, os blogueiros lembram do histórico de processos judiciais exigindo a retirada de conteúdos da rede, além da perseguição e censura a jornalistas em Minas Gerais.
Leia a íntegra do documento:

Aécio Neves é ameaça à liberdade de expressão no Brasil

O movimento de blogueiros e ativistas digitais, popularizado com a sigla BlogProg, tem como a sua principal bandeira de luta a defesa da democratização da comunicação, ampliando o acesso à informação para os cidadãos e propondo uma maior diversidade de vozes presentes no campo midiático e junto à opinião pública. Tem sido essa a defesa do movimento em seus quatro encontros nacionais, desde 2010, nos inúmeros encontros regionais e no envolvimento em diversas pautas de luta, como o do marco civil da Internet e pela regulação econômica das comunicações do Brasil, a partir da regulamentação do capítulo da Comunicação Social na Constituição Federal.

Com esse histórico, o movimento não poderia deixar de se pronunciar quanto à disputa eleitoral à presidência da República em 2014, especialmente em seu segundo turno, quando se defrontam dois claros e distintos projetos políticos. De um lado o projeto de reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) e, do outro, o projeto tucano de Aécio Neves (PSDB).

Aécio Neves é uma séria ameaça à liberdade de expressão no Brasil. Podemos afirmar isso a partir da realidade de censura, perseguição e prisão de jornalistas que ocorria em Minas Gerais quando Aécio Neves foi governador do estado. Não são poucos os relatos de jornalistas e comunicadores que perderam emprego ou foram silenciados ao ousar publicar conteúdos críticos aos governos tucanos de Minas Gerais.

Mais recentemente, o senador empreendeu uma tentativa de eliminar da ferramenta de pesquisa do Google as referências a textos críticos contra si. Já na campanha eleitoral, Aécio Neves processou a rede social Twitter para obter dados pessoais de 66 usuários que utilizavam a rede com publicações críticas ao senador. A iniciativa do senador, amplamente rechaçada pela opinião pública, era o primeiro passo para que Aécio tentasse silenciar os 66 tuiteiros. No Rio de Janeiro, a jornalista Rebeca Mafra teve sua casa, no Rio de Janeiro, invadida pela polícia por ação do candidato tucano.

Aécio censura e, além disso, representa para o enfraquecimento e a consequente revogação do Marco Civil da Internet.

Durante a campanha, especialmente o segundo turno, tornou-se mais evidente ainda o conluio da mídia corporativa em torno da candidatura tucana com o nítido objetivo de desalojar do poder o projeto de governo popular que ampliou a rede de universidades públicas federais, interiorizou os institutos de educação tecnológica, diminuiu a desigualdade e o desemprego, retirou milhões de famílias da miséria extrema e da pobreza e fez do Brasil um país de classe média e uma das economias mais pujantes do mundo contemporânea.

Em virtude disso, o movimento de blogueiros e ativistas digitais vem a público convocar aqueles que defendem a liberdade de imprensa e de expressão, os avanços sociais e políticos dos últimos anos, a comunicação livre, democrática a se posicionar claramente dizendo não ao retrocesso que representa a candidatura do senador Aécio Neves nesta eleição presidencial.



Carta dos Professores Universitários e do Ensino Técnico em apoio à reeleição da Presidenta Dilma

13 de Outubro de 2014, 18:38, por Bertoni - 0sem comentários ainda

CARTA DOS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS E DO ENSINO TÉCNICO DA REGIÃO DO GRANDE ABC, EM APOIO À REELEIÇÃO DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

 

Nós, Professores Universitários e do Ensino Técnico da Região do Grande ABC, abaixo assinados, manifestamos nosso apoio à reeleição de Dilma Rousseff à Presidência da República. Neste segundo turno, há dois caminhos para o Brasil, e entendemos que para a sociedade e para a educação do país o projeto de Dilma Rousseff é claramente o melhor caminho.

 

ORÇAMENTO PARA A EDUCAÇÃO: O orçamento federal para a educação aumentou mais de seis vezes, de R$ 18 bilhões em 2002 para R$ 116 bilhões em 2014. Caso Dilma Rousseff seja reeleita, este orçamento aumentará com a destinação de 75% dos royalties do pré-sal, proposto e aprovado no seu Governo. Vale lembrar que o PSDB atacou fortemente o modelo de partilha criado pela Presidente.

 

ESCOLAS TÉCNICAS FEDERAIS: O Brasil quadruplicou o número de escolas técnicas federais, de 140 em 2002 para 422 até 2014. Em suas gestões no governo federal, o PSDB impediu a criação de escolas técnicas federais pela União, por meio da Lei 9.649/1998 (art.47). O governo do Presidente Lula derrubou a proibição.

 

PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO (PRONATEC): Criado por Dilma Rousseff, o PRONATEC alcançou 6,8 milhões de matrículas em todo o País. As gestões do PSDB, seja no plano federal ou nos estados, jamais criaram um programa massivo para o ensino técnico.

 

CRIAÇÃO DE UNIVERSIDADES FEDERAIS: Nas gestões de Lula e Dilma, o Brasil criou 18 novas universidades públicas e gratuitas, enquanto as gestões federais do PSDB não criaram nenhuma. A Universidade Federal do ABC, criada no governo Lula em 2006, após duas décadas de pleitos locais por uma instituição pública de ensino superior, é uma conquista de nossa Região.

 

NÚMERO DE ESTUDANTES NO ENSINO SUPERIOR: Nas gestões de Lula e Dilma, o Brasil dobrou o número de estudantes universitários, que hoje alcança cerca de sete milhões de jovens. A criação do Pro-Uni, a ampliação do crédito estudantil pelo FIES e o sistema de seleção pelo ENEM e pelo SISU foram os grandes responsáveis pela ampliação das matrículas no ensino superior.

 

INTERCÂMBIOS INTERNACIONAIS: O programa Ciência Sem Fronteiras, criado por Dilma Rousseff, proporcionará que mais de 100 mil jovens possam estudar no exterior até 2015. Nenhum programa de intercâmbio em larga escala de estudantes no exterior foi criado nas gestões do PSDB.

 

OPORTUNIDADES DE EMPREGO: Nos governos do PSDB, as taxas de desemprego atingiram patamares recordes, impedindo especialmente os jovens de ingressar no mercado de trabalho, e eliminando 25% do emprego industrial do país na década de 1990. Lula e Dilma geraram mais de 18 milhões de empregos formais. O Brasil vive hoje uma situação próxima ao pleno emprego, o que abre oportunidades para o ingresso de jovens no mercado de trabalho.

 

FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA DO GRANDE ABC E GERAÇÃO DE EMPREGOS QUALIFICADOS: As gestões do PSDB não fizeram nenhuma ação em defesa da indústria. Ao contrário: elas estimularam a Guerra Fiscal que ocasionou fechamento de fábricas, evasão das indústrias e perdas de empregos, não apenas no Grande ABC como em todo país. Como legado dos governos de FHC e do PSDB, o Grande ABC perdeu 87 mil postos de trabalho na indústria naquele período. Por sua vez, Lula e Dilma recuperaram a produção e o emprego industrial na Região. São exemplos: a ampliação do Polo Petroquímico do ABC; a retomada de investimentos das montadoras na Região; o apoio e reconhecimento do Governo Federal aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) do Grande ABC e a decisão de Dilma Rousseff para o acordo de compra dos caças supersônicos Gripen, que propiciou o anúncio da instalação de uma nova fábrica de aeroestruturas em São Bernardo do Campo. Estas são provas de apoio de Dilma Rousseff para o desenvolvimento da economia do Grande ABC, pautadas pelo incentivo à inovação e à geração de empregos qualificados.

 

POLÍTICA CIENTIFICA E TECNOLÓGICA: As Leis do Bem e da Inovação, promulgadas ainda no governo Lula, e a política continuada por Dilma Rousseff, favorecem a cooperação universidade-empresa. Em sintonia com essa política, a Região do ABC tem buscado criar Parques Tecnológicos em que universidades, empresas, sindicatos e poder público se associem para gerar inovação, competitividade e empregos qualificados. A cooperação entre universidades e o setor produtivo na região conta também com forte apoio e participação do Governo Federal, com importantes projetos, como o Birô de Engenharia em Ferramentaria, o Laboratório de Segurança Veicular e o Inventário da Oferta Tecnológica regional. O Governo Dilma, por meio do BNDES, da FINEP, do CNPq, da ABDI e de outros órgãos, tem sido um parceiro fundamental nesses empreendimentos.

 

O Brasil precisa avançar ainda mais, prosseguindo em sua trajetória de desenvolvimento e afirmação no cenário global, e nunca regredir a um passado marcado pela ausência de investimentos federais e pela precarização da educação em todo o país. Por isso, convidamos professores, estudantes e funcionários das universidades, faculdades e escolas técnicas do Grande ABC a se juntarem a nós no apoio à reeleição de Dilma Rousseff.

 

Assinam, por ordem alfabética:

 

Prof. Alexandre Gaino – Fundação Santo André

Prof. Dr. Arilson Favareto – Universidade Federal do ABC

Prof. Drª. Anapatrícia Morales Vilha – Universidade Federal do ABC

Prof. Ms. Antonio José Vieira Junior – Universidade Metodista de São Paulo

Prof. Dr. Annibal Hetem Junior – Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Carlos Eduardo Santi - Metodista

Prof. Claudio de Oliveira Ribeiro - Universidade Metodista de São Paulo SBC

Prof. Ciomar Okabayashi – ex- IESA

Prof. Dr. Dácio Roberto Matheus - Universidade Federal do ABC

Prof. Ms. Douglas Murilo Siqueira - Universidade Metodista de São Paulo

Prof. Edilene Garcia – Universidade Metodista de São Paulo

Prof. Ms. Fausto Augusto Jr. – Faculdade DIEESE de Ciências do Trabalho

Prof. Dr. Fabio Botelho Josgrillberg – Universidade Metodista de São Paulo

Prof. Dr. Fernando Rocha Nogueira – Universidade Federal do ABC

Prof. Drª. Flávia da Fonseca Feitosa – Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Francisco Comaru – Universidade Federal do ABC

Prof. Ms. Francisco Funcia – Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Prof. Dr. Gabriela Lotta – Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Gilberto Martins - Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Giorgio Romano Schutte – Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Jefferson José da Conceição – Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Prof. Dr. Jeroen Johannes Klink – Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Joaquim Celso Freire Silva – Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Prof. José Carlos - Anhanguera Educacional

Prof. Dr. Leandro Prearo – Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Prof. Dr. Luís Paulo Bresciani – Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Prof. Luiz Silvério Silva – Universidade Metodista de São Paulo

Prof Drª Magali do Nascimento Cunha – Universidade Metodista de São Paulo

Prof. Dr. Marcelo José Ladeira Mauad – Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo

Prof. Marcos Batista - Instituto Mauá de Tecnologia

Prof. Ms Nilson Tadashi Oda – Universidade Metodista de São Paulo

Prof. Paulo Egidio Teixeira – Universidade Municipal d São Caetano do Sul

Prof. Dr. Ricardo Moretti – Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Roberto Peixoto – Instituto Mauá de Tecnologia

Prof. Ms. Roberto Vital – Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Prof. Drª. Rosana Denaldi – Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Sandra Irene Momm Schult – Universidade Federal do ABC

Prof. Sandra Teixeira Malvese – Centro Universitário Fundação Santo André

Prof. Dr. Sebastião Carlos de Morais Squirra – Universidade Metodista de São Paulo

Prof Ms. Sibelly Resch – Universidade Metodista de São Paulo

Prof. Drª. Silvana Zioni – Universidade Federal do ABC

Prof. Drª. Silvia Passarelli – Universidade Federal do ABC

Prof. Drª. Vanessa Elias de Oliveira – Universidade Federal do ABC

Prof. Dr. Vitor Marchetti – Universidade Federal do ABC

Prof. Ms. Wendell Cristiano Lepore – Universidade São Judas Tadeu

Prof. Wesley Farjado Pereira – Universidade Metodista de São Paulo

 

Se você, Professor Universitário do Grande ABC, quiser aderir a este documento acesse:

http://goo.gl/vhsKp9



A eleição da negação

13 de Outubro de 2014, 13:22, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

No ano de 2014 a eleição foi conturbada, na verdade muito diferente das outras. Havia [1]um grande número de candidatos (em torno de 11), um quarto candidato destaque e até morte. Entre os candidatos: Dilma, Aécio, Eduardo Campos que deu lugar a Marina, Luciana Genro, Eduardo Jorge, Levy Fidelix, Pastor Everaldo, Zé Maria, Eymael, Mauro Iasi e Rui costa Pimenta. Aparentemente isso traz uma variedade de opções e propostas, mas, surpreendentemente não foi o que ocorreu. Em termos de informação a mídia focou no grande trio, Eduardo com sua vice Marina, Dilma e Aécio, fazendo com que na verdade todos os outros 8 candidatos deixassem de existir. Poucos sabiam seu nome ou quem eram. Em termos de candidatos que se destacavam haviam basicamente 3. Bastante injusto né?

O jogo por disputa de votos foi basicamente Dilma x Aécio e os votos de Eduardo Campos, ‘’atrapalhariam’’ os dois. A mídia deu grande foco ao nosso amigo [2]Aécio Neves. Tentou aumentar a bola de Eduardo para tirar votos de Dilma Roussef e facilitar a eleição de Aécio. Aparentemente estava funcionando, até a morte inesperada de Eduardo Campos com a queda de seu avião. Ocorre um endeusamento de seu nome e a frase [3]“Não vamos desistir do Brasil” se populariza. Marina Silva, que seria sua vice fica em dúvida se vai tomar seu lugar ou não, mas no fim toma essa decisão. O acidente é comentado durante muito tempo e coloca Marina à frente nas eleições, aparentemente disputando com Dilma e Aécio. A mídia joga grande propaganda em Marina com a ideia de tirar votos de Dilma, no entanto, o golpe não sai como esperado. Ela tira votos consideráveis tanto de Dilma quanto de Aécio. Além desse conflito aparece uma outra candidata, Luciana Genro que se destaca como uma quarta opção para quem não quer votar em ninguém do trio. Convenceu, tanto que alcançou [4]1,7% do índice da votação, um número considerável já que a mídia não deu apoio a ela. Levy Fidelyx também tentou ganhar destaque com seu [5]discurso homofóbico, mas, voltando ao trio à coisa muda.

Como Marina tirou votos de Dilma e Aécio havia razões para votar nela. Uns votaram porque nenhum dos candidatos pequenos agradava, nem Dilma nem Aécio. Outros porque nem Dilma nem Aécio serviam e não conheciam os pequenos. Outros porque acreditavam no [6]“Fora Dilma, e leve o PT junto”, mas a achavam melhor que Aécio. Outros porque não queriam Aécio, Dilma fez pouco e seria melhor que ele, mas Marina poderia ser uma terceira opção. Bem, ai está o ponto almejado- as razões para o voto.

Essa eleição teve uma característica única. Não se falou em propostas, e sim na pessoa dos candidatos. Propostas apareciam em debates, mas em geral o que se destacava para os eleitores era “Aécio vai cortar o Bolsa Família, Fies e Prouni” e “Fora Dilma, e leve o PT junto”. As campanhas ficaram focadas em criticar o outro, e não em exaltar suas próprias qualidades. Os votos de Marina deveriam ter vindo por suas qualidades (não que não houvessem esses eleitores). Essa questão fica ainda mais acirrada e perigosa no segundo turno.

Muitos dos votos que não foram para Marina agora vão para Dilma ou Aécio. Os [7]votos de Marina é que serão decisivos.

Não se deve votar esperando que tal candidato ganhe ou não, e sim pensando nas propostas com que o eleitor mais se identifica. Essa foi uma das razões de Luciana ter recebido tantos votos. Podemos chamar essa eleição de “a eleição da negação”.

Não vote em Aécio porque “odeia o PT” ou opte pelo “Fora Dilma, e leve o PT junto”, aliás, isso não é nem um argumento, é um sentimento de ódio sem argumentos válidos por trás. Também não vote em Dilma porque Aécio vai privatizar o Brasil, acabar com o Fies, Bolsa Família e Prouni, ele nunca falou disso e a candidata do PT Dilma também tem muito a ver com a privatização. Pesquise o mandato de Aécio como Governador de Minas, os projetos realizados. Façamos o mesmo sobre o mandato de Dilma, se algo mudou durante esses 4 anos. O objetivo não é defender candidato x ou y, e sim estimular o voto consciente. Votar em um candidato por negação de outro não é voto consciente, muito menos crítico.

Corrupção? Talvez todos sejam corruptos, todos tem seu escândalo, isso não é critério para invalidar ninguém.Vote em Aécio porque supostamente irá fazer o país [8]crescer na economia. Vote em Dilma porque ela supostamente [9]trabalhou pela social.

Aliás, é importante pesquisar como de fato andou a economia e como foi à melhora no social (se houve). Tenha argumentos que justifiquem seu voto, dêem qualidade a ele. O voto não serve para melhorar a vida individual ou de uma classe, mas para o país inteiro, mesmo havendo certas tendências dos candidatos, No entanto, é fácil entender a dificuldade desse pensamento para quem se limita a influência midiática.

Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

 Escrito por: Rafael Pisani

 

Referências:

Disponível em: http://artigos.gospelprime.com.br/por-que-voto-marina-silva/ Thiago Cortês / http://artigos.gospelprime.com.br . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: https://br.noticias.yahoo.com/levy-fidelix-faz-discurso-homof%C3%B3bico-em-debate-na-tv-record-045831776.html Renato Machado / https://br.noticias.yahoo.com . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: http://foradilmaadesivos.blogspot.com.br/2014/04/adquira-o-seu-adesivo-fora-dilma.html Fora Dilma Adesivos / http://foradilmaadesivos.blogspot.com.br . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/com-16-milhao-de-votos-luciana-genro-se-destaca-entre-os-nanicos-14154986 Carol Knoploch, Flavio Ilha, Nilson Hernandes e Cleide Carvalho / http://oglobo.globo.com . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-08-15/nao-vamos-desistir-do-brasil-vira-lema-extraoficial-da-campanha-de-marina.html Vitor Sorano / http://ultimosegundo.ig.com.br . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/eduardo-campos Carta Capital / http://www.cartacapital.com.br . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: http://www.casseta.com.br/madureira/2014/09/03/por-que-voto-em-aecio-neves/ Marcelo Madureira / http://www.casseta.com.br . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-midia-esta-tao-empenhada-em-eleger-aecio/ Paulo Nogueira / http://www.diariodocentrodomundo.com.br . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: http://www.eleicoes2014.com.br/candidatos-presidente/ Eleições 2014 / http://www.eleicoes2014.com.br . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

Disponível em: http://www.saladeimprensadilma.com.br/2014/09/25/nordeste-mostra-seu-potencial-com-investimentos-sociais-economicos-feitos-pelo-governo-federal/ Sala de Imprensa / http://www.saladeimprensadilma.com.br . Data de acesso: 11 de Outubro de 2014

 

 

 

 

[1] Fonte do nome dos candidatos: http://www.eleicoes2014.com.br/candidatos-presidente/

[2] Fonte do apoio a Aécio: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-midia-esta-tao-empenhada-em-eleger-aecio/

 

[3] Fonte da frase: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-08-15/nao-vamos-desistir-do-brasil-vira-lema-extraoficial-da-campanha-de-marina.html

 

[4] Fonte do 1,7% : http://oglobo.globo.com/brasil/com-16-milhao-de-votos-luciana-genro-se-destaca-entre-os-nanicos-14154986

[5] Fonte do discurso homofóbico: https://br.noticias.yahoo.com/levy-fidelix-faz-discurso-homof%C3%B3bico-em-debate-na-tv-record-045831776.html

[6] Fonte da frase: http://foradilmaadesivos.blogspot.com.br/2014/04/adquira-o-seu-adesivo-fora-dilma.html

[7] Fonte das razões dos votos para Marina: http://artigos.gospelprime.com.br/por-que-voto-marina-silva/

[8] Fonte do suposto crescimento na economia: http://www.casseta.com.br/madureira/2014/09/03/por-que-voto-em-aecio-neves/

[9] Fonte do suposto trabalho pelo social: http://www.saladeimprensadilma.com.br/2014/09/25/nordeste-mostra-seu-potencial-com-investimentos-sociais-economicos-feitos-pelo-governo-federal/

 



Análise do discurso da "VEJA"

8 de Outubro de 2014, 12:27, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

Considerando as mudanças geradas durante o período eleitoral, deveria haver um mínimo de direção na conscientização política e desenvolvimento das questões problemáticas do país. Mas o que de fato ocorreu foi uma mídia exibindo debates a exaustão, apresentando suas garras e disposta a defender os candidatos de seu interesse independente da imparcialidade jornalística.

A existência da imparcialidade é no caso da mídia o item necessário para que se possa fazer um bom jornalismo. Pois este é capaz de transmitir uma informação sem que dela possa-se perceber um mínimo de afinidade que tende a defender um ponto de vista ou ainda expressar uma ideia de forma intencional. Regra que nesse período de eleição foi completamente ignorada pelas entidades jornalísticas.

Considerando a capa da revista Veja da primeira quinzena do mês de setembro é possível perceber, em uma análise externa das informações veiculadas, esse desrespeito à imparcialidade. Uma grande boca vociferando calúnias e palavrões se apresenta em tamanho descomunal de uma ponta a outra da capa frente à Marina Silva, atual ex-candidata à presidência do Brasil. Ela está com uma fronte armada para aguentar tudo aquilo que lhe vier ferir sem movimentar um centímetro sequer. Impassível.

Considerando o fato de a revista Veja ser um produto de informação pública, formadora de opinião, não é descartável a ideia de poder ser um aparato político a favor de determinado candidato ou partido. O benefício pode ser mútuo. Levando em conta alguns aspectos da teoria dos atos de fala, o uso de performativos percorre o corpo do discurso (reportagem escrita, talvez a principal da edição) marcando a ação e incutindo seu efeito no leitor/receptor por meio de repetição.

Em outro aspecto teórico podemos retomar o conceito de polifonia desenvolvido por Oswald Ducrot, que é apresentado nesse discurso como sendo a voz do povo. Um único discurso apresenta um volumoso numero de opiniões que traduzem naturalmente o desenvolvimento de um texto em busca de um sentido capaz de representar uma massa. Sentido esse não entrarei em detalhes sobre o sentido, posto que a opinião política da revista é desnecessária para nossos objetivos nesse trabalho) que durante o discurso, aponta para a presença de mais de um sujeito falante.

Partindo de noções básicas da pragmática, o uso de conectores presente na reportagem aponta para a prática em condicionar a utilização da linguagem, com o intuito de nessa edição converter um eleitor mal instruído a se inclinar favoravelmente à opinião da revista.

Pode-se considerar utopia pensar que existirá ainda uma mídia isenta de toda e qualquer parcialidade. O problema nasce pela motivação social, mas na realidade a mídia se alimenta dela. É preciso desenvolver uma opinião na cabeça do público para no mínimo gerar uma discussão. Algumas vezes de forma parcial explícita, outras vezes de forma mais imparcial, ou pelo menos não tão explícita.

 

Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

 Escrito por: Willy Gonçalves Lagoeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



O que se perdeu na copa?

22 de Setembro de 2014, 12:31, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

Pois bem, foi feito um texto abordando a temática da repressão, um relacionado ao comércio e agora esse que pretende tratar das questões mais gerais da copa. Aquelas coisas que passaram despercebidas ou apareceram distorcidas. Parece que é tarde para falar sobre isso, mas na verdade o assunto não pode passar. Não deve, porque do contrário tornar-se-á campo da trivialidade. Bem, a primeira delas com certeza é a noção de segurança social.

 

Se penso em segurança social, penso em poder sair tranquilamente sem ter ruas fechadas por ninguém, muito menos pelo polícia e sem ter de mostrar a identidade onde quer que vá. Tendo também caso deseje, a liberdade de filmar a ação policial, pois ao menos em tese ela é justa, e se a segurança pública existe para me proteger, porque tenho de me sentir privado de filmar a ação? Medo de filmar a ação? Opressão? Só se ela estivesse sendo realizada de modo errado. Sobre isso vou me abster por agora, pois a cerca desse assunto o segundo texto já falou bastante. Outra coisa que chamou atenção foi a tal máfia de ingressos ilegais.

 

Foi divulgada amplamente uma [1]máfia de ingressos da copa que ganhavam milhões com isso. Não que seja a favor ou contra esses vendedores, o ponto é que a forma como foi colocada os definiu como bandidos, foras da lei enquanto a FIFA saiu como santa. Primeiro porque a FIFA também ganha milhões com os ingressos, e de forma legal, fazendo com que só a classe alta possa ir aos jogos com ingressos caríssimos.( O que de forma nenhuma é negativo para a FIFA, afinal, é muito bom lotar os estádios de burgueses que não tem opções melhores para gastar seu dinheiro.) Segundo porque eles estavam fazendo a mesma coisa que a FIFA, mas fora da regra adotada. Nesse sentido a FIFA fez pior, porque entrou em um país, ditou suas regras dentro do país, pegou um pedaço dele para ela, isto é, o território FIFA e ainda fez a força policial do país trabalhar para ela. Dessa forma ela só tornou seu jogo “legal”, dentro da lei. Na verdade ela fez a lei. Quem dirá a [2]lei geral da copa não?

 É preciso ainda tratar de dois fatos: as [3]vaias à Dilma e a derrota do Brasil ligada à eleição.

As vaias vieram de um público específico, um público de classe alta, ou artistas que entraram de graça. Bem, todos têm direito a opinião, a vaia foi um problema, mas não o pior. O que é mais complicado é tirar disso uma generalização de representação do povo Brasileiro. Primeiro ela não é válida pelo público que a fez, segundo pela quantidade de pessoas.  Isso só mostrou como a mídia estava apoiando Aécio na campanha, e fez de tudo para derrubar Dilma tentando defender seu candidato. A mesma relação se dá com a derrota do Brasil para a Alemanha de 7 a 1. O próprio Aécio disse que Dilma [4]pagaria pela eliminação do Brasil. Ai a derrota é misturada com questões políticas diretas. Como diria Saul Leblon[5] :“A disputa pelo imaginário brasileiro ganhará decibéis redobrados a partir de agora, na tentação rastejante de  transformar  a humilhação esportiva  na metáfora de um Brasil  corroído pelo ‘desgoverno petista.” Até onde o conhecimento geral vai não é critério para ser Presidente, entender de futebol, muito menos treinar jogadores, quem dirá a nível mundial. Se falamos de copa, porque não falar em vidas?

 

Ainda antes da semi final acontece a maior tragédia. Neymar quebra o joelho! Começa uma comoção no Brasil, todos deixando abraço, boa sorte e com pena porque não vai jogar na semifinal. Tadinho! O pior é que ele não estava nem ligando, já havia ganhado o dele. O mais triste? Tanto a derrota quanto a lesão abafaram um drama ainda maior- a queda do viaduto em Belo Horizonte[6]. Várias pessoas morreram, pessoas perderam entes queridos. Enfim, vidas em jogo. Como um jogo e uma lesão podem valer mais que várias vidas?

 

 Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

 Escrito por: Rafael Pisani

 

Referências:

 

Disponível em: http://blogdotarso.com/2014/06/12/vaias-e-xingamentos-contra-dilma-vieram-da-area-vip-com-ingressos-a-r-990-e-cortesias-para-artistas-globais/ Breno Tarso/ http://blogdotarso.com . Data de acesso: 13 de Agosto de 2014

 

 

Disponível em: http://blogoosfero.cc/news/blog/a-derrota-e-a-disputa-pelo-imaginario-brasileiro  Saul Leblon/ http://blogoosfero.cc . Data de acesso: 13 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/07/entenda-mafia-de-ingressos-da-copa.html G1/ http://g1.globo.com . Data de acesso: 13 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/07/engenheiro-aponta-risco-de-nova-queda-em-viaduto-de-belo-horizonte-4558096.html ZH/ http://zh.clicrbs.com.br . Data de acesso: 13 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/07/1483913-governo-dilma-pagara-pela-eliminacao-do-brasil-diz-aecio-neves.shtml Diógenes Campanha ./ http://www1.folha.uol.com.br . Data de acesso: 13 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://www.portalpopulardacopa.org.br/index.php?option=com_k2&view=itemlist&task=tag&tag=Lei%20Geral%20da%20Copa Licio Monteiro/ http://www.portalpopulardacopa.org.br . Data de acesso: 13 de Agosto de 2014

 



Efeitos colaterais da repressão na copa

15 de Setembro de 2014, 11:27, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

Bem, a copa passou e cumpriu seu papel. Com grande esforço na área da segurança pública tudo deu certo, se bem que nesse caso é melhor chamar de segurança privada. No primeiro texto foi abordada a questão de como o público infantil foi atingido. Esse vai pegar alguns pequenos pontos de eventos que ocorreram durante a copa e mostrar o quanto é estranho eles não serem percebidos. O primeiro, como sempre, tem a ver com manifestações. No entanto, esse será sobre questões despercebidas da repressão. Um terceiro sobre as demais questões. As publicações já voltaram ao normal, essas últimas três semanas foram utilizadas para atualização e melhora do site.

A movimentação nesse sentido foi estranha tanto pelo lado da repressão quanto pelo dos cidadãos, e também dos manifestantes. De fato, não houve grandes manifestações nessa copa, e é importante se perguntar porque. Uma das causas é que a propaganda midiática com tom de vandalismo e perigo aos protestos foi muito grande, fazendo com que só o medo de ir as manifestações já impedisse. Por outro lado, a ação policial também foi diferente. Ao invés de deixar a passeata seguir, ela foi cercada em um único lugar, geralmente no ponto de início e só se saia ou entrava no local com a “proteção” da PM, ainda com justificativas. Todos os pontos de saída e entrada da região eram fechados. Isso não é ferir o direito de ir e vir, além do de se manifestar?

 Foram muitos casos de prisão, e alguns de destaque. Entre eles Fábio Hideki Harano [1], preso arbitrariamente por suspeita de ser líder dos Black block e até agora não foi solto. Vejam bem, acusado de liderança de um grupo que claramente não tem líder nem organização formal. Há também o caso sininho que é acusada de depredação, e a difamação de seu nome a aproxima de terrorista, além do caso da advogada Eloísa Samy, que chegou a pedir asilo no Uruguai. Segunda a Veja  explicar os direitos virou orientação, dar a casa para reunião apoio logístico.[2] Na verdade tanto Sininho [3] quanto Eloísa [4] deixaram seus depoimentos em vídeo e declararam serem presas políticas. Também ocorreram represarias a jornalistas, mas tudo isso era esperado.[5] Ademais, sobre as repressões duas coisas ficam esquecidas.

Uma é que sim, a segurança da copa foi feita. No entanto em contrapartida muitos policiais perderam sua folga sem pagamento de horas extras, e o povo em dia de manifestação adivinha? Teve medo de ir à rua. Não havia cidadãos nas ruas exceto quem iria ver o jogo no campo ou em um bar. Se não acha tão ruim, tudo bem. Imagine-se então numa empresa que vai realizar um mega evento, e por isso ao invés de contratar novos funcionários para cumprir a cota suas folgas são retiradas e/ou seu tempo de trabalho aumentado, sem pagar as horas extras. O que seria isso para você? Só receberam a mais policiais que vieram de outra cidade ou estado, como diária, sendo isso algo justo. Também é fácil achar depoimentos de pessoas que tiveram gravações apagadas de celular ou telefones quebrados. De forma geral, essa “segurança” serviu mais ao privado, principalmente a FIFA do que ao público.

Se desejarem, os depoimentos de Sininho e Eloísa estão em Hyperlink em seus nomes, assim como o site que apóia e conta a história  de Fabio Hideki Harano, deixo, portanto, aqui uma ajuda a eles. Eles não são santos claro, mas antes de criticar tais sujeitos, entenda a história por trás e vá além do que a mídia passa, ou ela vai ganhar de novo (já não ganhou?). É claro que o povo querer assistir a copa influenciou os eventos, no entanto, se isso é segurança pública, prefiro algo menos seguro.

 

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Escrito por: Rafael Pisani

 

Referência:

 

Disponível em: http://coletivodar.org/2014/06/conheca-fabio-hideki-harano-o-terrivel-lider-dos-black-blocs-soquenao/  . Coletivodar/ http://coletivodar.org Data de acesso: 02 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://farolconservador.blogspot.com.br/2014/02/inicio-da-repressao-comunista.html . Farolconservador/ http://farolconservador.blogspot.com.br  Data de acesso: 02 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://liberdadeparahideki.org/ Data de acesso: 02 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/lei-e-ordem/quem-financiava-a-quadrilha-de-sininho/ . Rodrigo Constantino/ http://veja.abril.com.br  Data de acesso: 02 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9HcHcCGT_nI

. PosTV/ http://www.youtube.com . Data de acesso: 02 de Agosto de 2014

 

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=XY-q_AUiMrc

. PosTV / http://www.youtube.com . Data de acesso: 02 de Agosto de 2014

 



A farsa da inflação, controle inflacionário e competência adminsitrativa

8 de Agosto de 2014, 14:20, por Bertoni - 0sem comentários ainda



O mercado das figurinhas da copa

4 de Agosto de 2014, 14:12, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

 

Como prometido, em 04/08/2014 seria tratado sobre os temas da copa. Por ser um tema extenso serão produzidos três textos. Esse vai tratar sobre a questão do comércio na copa. O segundo sobre os efeitos colaterais da repressão, e um terceiro sobre os demais assuntos.

Fato visível foi a vantagem ganha pelo comércio na copa. Juntando tudo com a questão das manifestações, só restou sair às ruas, seja quem for, pessoas para ir ao campo ou assistir aos jogos em bar. De resto foram os manifestantes, mas os cidadãos que não iriam fazer nada do tipo ficaram em casa, assistindo ou não aos jogos. Ainda assim, os mais beneficiados foram os setores alimentícios, lojas de televisão e Hoteleiros, além de artigos ligados a copa, inclusive brinquedos. Entre os setores alimentícios, há de se considerar os bares e churrascarias,  que colocando uma televisão durante os dias de jogos, aumentaram a clientela.[1] No entanto, em alguns aspectos o comércio perdeu. O varejo  foi um deles[2], assim como indústria e comércios não ligados diretamente à copa. Mas um tipo específico de comércio, e não muito comentado ganhou bastante. As bancas de revista. O que incentivou tal alta foi o álbum de figurinhas da copa. Dele em relação aos outros há sim um quê de diferença.

Observando os Mercados de trocas existem traços interessantes. Vamos começar pelos gastos com o álbum. . Com um total de 647 figurinhas, é preciso comprar 129 pacotinhos a 1 real cada. Considerando 0 figurinhas repetidas, há um total mínimo de 129 pacotes comprados, sendo 129 reais excluindo a compra do álbum, e como geralmente vem muitas repetidas, o valor é muito maior para que se complete.  Em relação aos mercados de figurinha, alguns são compostos em volta de bancas e por pessoas comuns. O funcionamento é simples: Nada combinado em grupo, mas todos vão com uma mesma idéia, completar o álbum. Algo como um contrato social oculto. A regra é a seguinte: uma figurinha por uma, caso a troca entre um e outro não seja equivalente dá-se figurinhas repetidas para compensar, ou compra-se a sobra.

 Há também pessoas que vão para comprar e outras para trocar, sendo 20 centavos cada, o valor de cada uma no pacotinho. A maioria das pessoas vai por seus filhos, não por conta própria. Portanto, a verdade é que essa foi a melhor forma em que a FIFA influenciou as crianças. Repito, é a imaginação infantil sendo influenciada pela FIFA.  Assim acaba a família incluída na brincadeira, (pais, irmão, vó, vô etc...) que gasta um valor considerável com o Álbum. Ou seja, a criança faz com que a família se envolva.

 Muito do dinheiro é investido em compras de novos pacotes. Dessa forma a banca de revista ganha bastante em termos de figurinha, visto que há muitas pessoas ao redor. A loucura é que com a copa a FIFA é quem mais ganha, seja ideológica ou economicamente.

 

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Escrito por: Rafael Pisani

 

 

Referencias:

 

Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-07/copa-varejistas-registra-queda-nas-vendas-mas-comercio-popular-e-bares-faturam

Isabela Vieira e Kelly Oliveira/ http://agenciabrasil.ebc.com.br . Data de acesso: 02 de agosto de 2014

 

Disponível em: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1659  Bárbara de Aquino/ http://www.manager.com.br . Data de acesso

 

 



Multidão vazia

28 de Julho de 2014, 20:33, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

Observo agora

Um monte de gente

Parado aqui em frente

Nada vem a mente

 

Agora penso

E olho para frente

E me pergunto

O que há com essa gente?

 

Parece uma multidão

Mas são peças

Que não vêem em si

Uma união

 

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Escrito por: Rafael Pisani



Lei da palmada- questão de conhecimento e mudança cultural

14 de Julho de 2014, 16:30, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

 

 

No dia 21 de maio  de 2014 o texto final da lei da palmada foi aprovado.[1] Ainda assim essa lei causa muita polêmica desde antes. Muito é dito no imaginário popular e senso comum sobre detalhes da lei sem ao menos haver conhecimento sobre ela. Sempre se baseando na forma apresentada pela mídia tradicional, que teve muita importância na divulgação. Sobre a análise dela e seu efeito vão ser vistos três pontos aqui. Um deles é sobre o desconhecimento geral dos detalhes da lei e a forma como é apresentada. Outro um detalhamento sobre ela e por fim a mudança cultural que é necessária para que de fato seja efetiva.

 

Sobre a forma como ela é apresentada ao público geral, e diga-se de passagem senso comum um resumo da lei é a seguinte frase “É a lei que proíbe de bater nos filhos”. Essa crítica tem implicitamente um entendimento que o bater é uma forma de educar e que sendo transformado em lei quem bater nos filhos sofrerá uma punição.  Esse simples argumento gera então grande comoção social, dando a impressão de que o estado quer ensinar aos pais como educar. Pois bem, esse é um entendimento errôneo, que parte de premissas erradas e, portanto, a conclusão também é.  Além do que, mesmo que fosse previsto nela punição para os pais que batessem nos filhos dificilmente haveria de fato a punição, pois sabemos que para coisas maiores já é difícil, imagine para isso? Para podermos então debater sobre a realidade dessa lei precisamos de fato compreendê-la. Vamos analisar um pouco de seus artigos.

 

Houve um acréscimo de artigos a lei 8069 de 13 de julho de 1990. Um deles é o seguinte: “A criança e o adolescente têm o direito de serem educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto.” Em outras palavras, proíbe sim o bater como forma de educar, mas com termos muito mais profundo que “É a lei que proíbe de bater nos filhos”. Coloca principalmente o bater como um tratamento cruel ou degradante através de qualquer pretexto. Mais além, o texto da lei classifica castigo corporal como algo que cause dor ou lesão a criança ou adolescente e tratamento cruel ou degradante algo que humilhe, ameace ou ridicularize. Dessa forma apesar de proibir o bater como educar só é caso grave quando de fato ameace, ridicularize ou humilhe. Além de pasmos, não haver punição prevista na lei, e sim medidas preventivas. Muitas delas envolvem medidas de proteção aos direitos humanos e inclusão de tal tema nos currículos escolares. Quantos aos pais então o que se faz caso batam nos filhos e caia nas garras da justiça? [2]

 

 

As primeiras medidas  incluem aprendizado dos pais, como encaminhamentos a programas, tratamentos psicológicos ou psiquiátricos, cursos ou programas de orientação, obrigação de manter a criança ou adolescente na escola e acompanhar sua freqüência e aproveitamento e só em casos graves advertência, perda de guarda e destituição de tutela, exatamente nessa ordem. Então só a partir disso dá para ver que a lei da palmada está incluída em algo muito maior que é o ECA (Estatuto da criança e do Adolescente) e propõe várias medidas,[3] muitas delas só impraticáveis pela situação atual.  Nesse sentido se encontram os cursos ou programas de orientação, o tratamento psicológico ou psiquiátrico, o tratamento especializado a criança ou adolescente, mas, principalmente promoção de campanhas educativas, divulgação da lei e instrumentos de proteção aos direitos humanos e inclusão de direitos humanos e prevenção de todas as formas de violência contra a criança e o adolescente no currículo escolar. Não dá para esquecer a partir de tudo isso do elemento social.

 

Mesmo que a lei tenha projetos maiores do que o percebido pelo senso comum há algumas dificuldades para sua devida aplicação. Primeiro em questão do poder público aplicar tais projetos como inclusão de direitos humanos no currículo escolar ou oferecer tratamento psicológico ou psiquiátrico demanda recursos e tempo, dificultando sua ação. Supondo que isso fosse cumprido, e mesmo se não, fosse cairíamos na barreira cultural. Para muitas famílias o único recurso educativo dentro da história de sua geração é a palmada, isto é, o pai foi educado assim, o avô, e assim por diante, portanto, porque não seguir a tradição? Assim ela segue e a lei encontra tal obstáculo. Uma conclusão seqüencial a isso é que não há outras opções de educação. Assim vamos avaliar a questão da punição através dos olhos da psicologia. “A punição destina-se a eliminar comportamentos inadequados, ameaçadores ou, por outro lado, indesejáveis de um dado repertório, com base no princípio de que quem é punido apresenta menor possibilidade de repetir seu comportamento. Infelizmente, o problema não é tão simples como parece. A recompensa (reforço) e a punição não diferem unicamente com relação aos efeitos que produzem. Uma criança castigada de modo severo por brincadeiras sexuais não ficará necessariamente desestimulada de continuar, da mesma forma que um homem preso por assalto não terá necessariamente diminuída sua tendência à violência. Comportamentos sujeitos a punições tendem a se repetir assim que as contingências punitivas forem removidas.” [4] Ou seja, é preciso bater na criança ou adolescente constantemente para que o comportamento não se repita. Ou em termos simples, o ato de bater serve como um freio e outras formas de educar servem como um guia. O que é melhor, um freio ou um guia?

 

Outro argumento utilizado é o de que proibir a palmada significa a permissão de tudo, como mostrado nessa charge.[5] Seria equivalente a isso se não houvessem outras opções. Também quando se diz sobre crianças que choram em supermercado e o tapa é a solução, e que proibir isso é tirar um meio educativo, portanto, um erro. [6] Na verdade isso ocorre por um erro de relação, ou seja, o pai para de dar o brinquedo e após algumas vezes à criança vai parar de chorar ou dar escândalo, a culpa do choro é do pai. Precisar disso para manter a hierarquia familiar quer dizer que não há respeito entre pai/mãe e filho e sim ordem e progresso[7], sendo então um paradoxo no futuro o pai pedir o respeito aos filhos quando estiver velho, se a relação se der dessa forma. Ainda assim o pior argumento que considero é esse. Esse site  solta em seu parágrafo final que a palmada é um elemento indispensável no arsenal pedagógico e deve estar disponível para utilização e no final conecta isso a criminalidade com a seguinte frase “Somos ridículos: por não dar palmadas necessárias, acabaremos visitando filhos na prisão. Telefone para o seu deputado. Se não ele só escuta a Xuxa.”[8] De alguma forma educar através da violência também ensina violência, e dizer que esse é um elemento indispensável indica que faltam tantos recursos, que a única sobra é a violência. Será que a educação das famílias Brasileiras é tão limitada assim? Acredito que seja diferente disso, mas vai do valor de cada um. Muitos leitores podem dizer que só por apanhar se tornaram cidadãos de bem, que eram os “capetinhas” na infância, mas bem ao fundo haviam outras opções, só não sabia-se da existência. Enfim, quando o Estado solta um projeto desses, deve levar todos esses fatores em conta e preparar a sociedade para tal mudança, proporcionando então novos recursos as famílias apresentando cursos, demonstrações e etc... e nesse ponto concordo com esse site, apesar de termos opiniões contrárias sobre a lei da palmada. Vamos lembrar que para debater algo realmente sem mentiras nem nada, é preciso de fato entender o tema e pesquisar, e com certeza foi o que fiz nesse texto, aprendendo muitas coisas sobre a lei que nem sabia. Caso se interesse leia os artigos adicionados aqui: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=790543&filename=PL+7672/2010 e sobre as medidas preventivas do ECA aqui: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-lei-8069-90#art-129--inc-V

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 Escrito por: Rafael Pisani

Referencias:

 

Disponível em: http://arthur.bio.br/2010/07/21/direitos-humanos/lei-da-palmada-trara-prejuizos-irreparaveis-a-familia-e-a-sociedade#.U5zdsnZA12M

Arthur Golgo Lucas/ http://arthur.bio.br . Data de acesso: 14 de junho de 2014

 

Disponível em: http://jus.com.br/artigos/25703/alo-aqui-e-a-xuxa Denilson Cardoso de Araújo/ http://jus.com.br . Data de acesso: 14 de junho de 2014

 

Disponível em: http://jus.com.br/artigos/28877/lei-da-palmada-projeto-de-lei-n-7-672-10 Eduardo Luiz Santos Cabette/ http://jus.com.br . Data de acesso: 14 de junho de 2014

 

Disponível em: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-lei-8069-90#art-129--inc-V / http://presrepublica.jusbrasil.com.br . Data de acesso: 14 de junho de 2014

 

Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=790543&filename=PL+7672/2010 / http://www.camara.gov.br . Data de acesso: 14 de junho de 2014

 

Disponível em: http://www.matutando.com/lei-anti-palmada/ / http://www.matutando.com . Data de acesso: 14 de junho de 2014

 

Moreira, Márcio Borges Princípios básicos de análise do comportamento/ Márcio Borges Moreira, Carlos Augusto de Medeiros. – Porto Alegre : Artmed, 2007.

 

 

 



[4] Citação contida no Livro Princípios básicos de análise do comportamento.



Análise de filme: o Escafandro e a borboleta- qual o limite do potencial humano?

7 de Julho de 2014, 15:20, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

 

 

A sinopse é a seguinte: Jean-Dominique Bauby tem 43 anos, é editor da revista Elle, e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória. Baseado no livro de Jean-Dominique Bauby.[1](link para assistir ao filme http://armagedontv.blogspot.com.br/2013/08/o-escafandro-e-borboleta-legendado.html )

 

Imagine você sem ter como se comunicar com o mundo, com a possibilidade de um único movimento- piscar o olho esquerdo. Desejaria morrer? Buscaria soluções? Se sentiria bem ao depender quase que totalmente de outros? Tente imaginar o desespero de Jean-Dominique Bauby ao descobrir que perdeu a comunicação com o mundo. Isso é a síndrome de encarceramento. Basicamente, o personagem principal decaiu do cargo de editor chefe de uma grande revista, perdeu toda sua vida, não podia andar, falar, sorrir, se comunicar- ou melhor, podia se comunicar de uma forma inédita. A forma como o filme se inicia, em termos de cenografia é fantástica. Os primeiros 38 minutos são totalmente na perspectiva do sujeito, se percebendo como incapaz de se comunicar, médicos de todo tipo entrando e saindo, sua família se preocupando, estudantes o observando e procedimentos sendo feitos. Diversos eventos e o sujeito inerte, incapaz de se mover. É possível de fato entendermos como ele se sente, nos sentirmos como ele. Em termos de comunicação, é disso que trata o filme, a noção de que comunicação e linguagem são coisas muito mais complexas que imaginamos. Logo após ele começa a se acostumar com sua própria imagem, seu novo ser, aonde passa a ter de questionar seu mundo, questionar a si mesmo, descobrir novamente quem é, justificando o nome do filme “O escafandro e a Borboleta”.

 

A fonoaudióloga, Henriette descobre um jeito dele se comunicar. Uma piscada para sim, duas para não. Depois cria um sistema alfabético baseado em freqüência de usos de letras, aonde um pisque na hora da letra ditada a representa, dois para cada palavra terminada, e várias para uma errada- possibilitando a formação de frases. Problemas surgem inicialmente, devido a velocidade natural de movimento dos olhos de piscar. A fisioterapeuta o ajuda a recuperar os movimentos básicos, e ele vai tendo aos poucos de recuperar seus contatos. Até ai vida e transmissão de pensamentos só podiam ficar para si mesmo. É significativo que a primeira frase que consegue emitir após o sistema começar a funcionar é: “Eu quero morrer”. Seria diferente com você? Vygotsky dá muita ênfase que nos desenvolvemos através da cultura, interação e principalmente a linguagem. Segundo ele aprendemos a nos relacionar no mundo, ser no mundo através da linguagem. Ele divide o crescimento da fala em três fases, o que proporciona o pensamento. As três fases são a fala social que controla o comportamento do outro, a egocêntrica como controle do próprio comportamento, e a interior, ou seja, o pensamento.[2] A linguagem pode ser definida como “...a capacidade humana para compreender e usar um sistema complexo e dinâmico de símbolos convencionados, usado em modalidades diversas para comunicar e pensar”[3]e nesses termos existem várias formas de se comunicar, afinal de contas se só houvesse a linguagem falada como o surdo, o cego e o mudo se comunicariam? Falar sobre linguagem e comunicação é muito mais complexo que parece.  

 

 

É importante perceber, que mesmo com dificuldades o sujeito foi se redescobrindo, viu que não estava impossibilitado de se comunicar, que podia evoluir. O evento começou a ter seu lado positivo quando Jean-Dominique Bauby percebeu que toda sua vida foi uma sequência de pequenos erros. Nós, que vemos o filme temos um grande choque quando vemos de forma externa seu estado aos 38 minutos, antes tudo o que vemos vem do piscar de um olho esquerdo.  A auto descoberta que ele passa durante o filme é incrível, ver o próprio potencial num estado desses, ter acesso quase infinito a imaginação, que é só o que pode fazer, pensar nas suas memórias, descobrir até mais potencial do que quando tinha tudo. Através do choque que tomamos, ao ver inicialmente tudo da visão do sujeito, e depois do mundo externo, se sentir como ele e também como quem convive é algo incrível. Nos deparamos com uma percepção interna de terror, desconhecimento, depois de reconhecimento do estado atual, a reconhecimento do próprio potencial.  De forma externa, temos a primeira imagem de um sujeito sensível, impotente, inerte e logo depois alguém curioso com o mundo, ávido a agir sobre ele. O olhar estranho dos funcionários da telefonia e o ato de ignorá-lo enquanto ainda está lá, e o mesmo ri, demonstrando que se aceitou. A idéia de Vygotisky sobre a linguagem, os vários tipos de comunicação se encaixam perfeitamente nesse filme. Apesar de toda limitação, até mesmo a convivência social se torna possível a ele, sentimentos como tristeza, alegria, algo de uma pessoa “normal”, ou melhor, sem possíveis limitações é possível a ele. Do ponto de vista da maioria dos profissionais designados a ele, é um caso excepcional, mas nada disso, porém, do ponto de vista da fonoaudióloga, um trabalho, mas um envolvimento pessoal tão grande, com o objetivo de recuperar uma vida. Com o sistema de linguagem criado ele foi capaz de fazer um livro, que se propôs o titulo de “O olho”, ou “A Panela de Pressão”, ou “O escafandro”. É interessante notar como o pai compara o filho a si mesmo, dizendo que os dois estão com síndrome de encarceramento, um do corpo, outro do apartamento.

 

Conclusão

 

O filme mostra todo o potencial do ser humano, que pode ir a caminhos inimagináveis. Poderia ter sido mostrado o lado oposto, isto é, em um contexto diferente e sem ajuda médica especializada, e principalmente amor a profissão pelo lado da fonoaudióloga, poderia ter morrido silenciosamente em todos os sentidos. Sem se comunicar, de delírios a alucinações, a todo tipo de loucura, em um silencia externo de todo tamanho, mas em mundo interno rico de tristezas e confusões. Somente ao fim do filme é mostrado o contexto em que o derrame ocorreu, e o drama dos três meses após ele, e de fato, esse foi o evento menos interessante do filme. Jean-Dominique Bauby  morreu com 45 anos em 9 de março de 1997, e sua última lembrança foi a de reconstrução de sua vida antes perdida, agora de corpo limitado foi recuperada, demonstrado através do iceberg inicialmente caindo quando descobriu isso, agora se recompondo. Sua morte foi inclusive de pneumonia, algo do biológico.

 

Tudo isso que foi escrito pode ter sido só percepção minha, talvez o texto pudesse ter sido simplesmente: “O filme fala sobre um homem que após um derrame perdeu toda sua forma de se comunicar, exceto pelo olho esquerdo, única parte que se movimentava. O filme mostra toda sua trajetória de superação.” Mas seria muito simplista, sem emoção. Talvez tudo isso tenha sido simplesmente o que o filme causou em mim, coisas mais minhas do que do filme. Esse texto tem inclusive um traço novo: de tanto analisar filmes comecei a ter noção de cenografia, da visão de quem cria o filme, o que se quer passar com cada cena, de alguma forma representou um crescimento, aonde se expandiu só do campo ideológico para o campo de construção do filme. Por fim, eu como escritor, pessoa que escreve este texto, tenho um outro encanto. O livro que ele fez foi editado todo em pensamento, em outras palavras, praticamente uma única versão feita diretamente na cabeça. Eu, ao fazer qualquer texto para publicações semanais, e digo texto, não livro tenho no mínimo 2 versões, , e em casos de filme 3. Alem disso ele sempre passa por duas revisões no mínimo, uma minha e outra de um terceiro. Ou seja, em termos de organização de ideias para escrita, Jean-Do alcançou o ápice de potencial. Ao longo dos textos a versão original tem ficado cada vez mais próxima da final (isso no período de 1 ano e três meses de publicações semanais), mas nada que chega perto da capacidade de  Jean-Dominique Bauby. O que é o Escafandro? É uma roupa impermeável e hermeticamente fechada própria para mergulho.[4] Para mim a conclusão do filme foi clara: todo ser humano tem potencial, até onde vai? Cada um tem o seu, tanto é que o filme foi baseado no livro, que ele mesmo escreveu. “O escafandro e a borboleta.” Jean conseguiu abrir seu escafandro e virar uma borboleta. E você?

 

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 Escrito por: Rafael Pisani

Referencias bibliográficas:

 

 

Disponível em: http://armagedontv.blogspot.com.br/2013/08/o-escafandro-e-borboleta-legendado.html Toninho Oliveira/ http://armagedontv.blogspot.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em: http://homes.dcc.ufba.br/~frieda/mat061/relao.htm / http://homes.dcc.ufba.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em: http://omundodacomunicacao.blogspot.com.br/2009/05/definicao-de-linguagem.html Inês Moura e Raquel Gamboa/ http://omundodacomunicacao.blogspot.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em http://www.dicionarioinformal.com.br/escafandro/

 / http://www.dicionarioinformal.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

 

 


Análise de filme: o Escafandro e a borboleta- qual o limite do potencial humano?

7 de Julho de 2014, 15:20, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

A sinopse é a seguinte: Jean-Dominique Bauby tem 43 anos, é editor da revista Elle, e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória. Baseado no livro de Jean-Dominique Bauby.[1](link para assistir ao filme http://armagedontv.blogspot.com.br/2013/08/o-escafandro-e-borboleta-legendado.html )

 

Imagine você sem ter como se comunicar com o mundo, com a possibilidade de um único movimento- piscar o olho esquerdo. Desejaria morrer? Buscaria soluções? Se sentiria bem ao depender quase que totalmente de outros? Tente imaginar o desespero de Jean-Dominique Bauby ao descobrir que perdeu a comunicação com o mundo. Isso é a síndrome de encarceramento. Basicamente, o personagem principal decaiu do cargo de editor chefe de uma grande revista, perdeu toda sua vida, não podia andar, falar, sorrir, se comunicar- ou melhor, podia se comunicar de uma forma inédita. A forma como o filme se inicia, em termos de cenografia é fantástica. Os primeiros 38 minutos são totalmente na perspectiva do sujeito, se percebendo como incapaz de se comunicar, médicos de todo tipo entrando e saindo, sua família se preocupando, estudantes o observando e procedimentos sendo feitos. Diversos eventos e o sujeito inerte, incapaz de se mover. É possível de fato entendermos como ele se sente, nos sentirmos como ele. Em termos de comunicação, é disso que trata o filme, a noção de que comunicação e linguagem são coisas muito mais complexas que imaginamos. Logo após ele começa a se acostumar com sua própria imagem, seu novo ser, aonde passa a ter de questionar seu mundo, questionar a si mesmo, descobrir novamente quem é, justificando o nome do filme “O escafandro e a Borboleta”.

 

A fonoaudióloga, Henriette descobre um jeito dele se comunicar. Uma piscada para sim, duas para não. Depois cria um sistema alfabético baseado em freqüência de usos de letras, aonde um pisque na hora da letra ditada a representa, dois para cada palavra terminada, e várias para uma errada- possibilitando a formação de frases. Problemas surgem inicialmente, devido a velocidade natural de movimento dos olhos de piscar. A fisioterapeuta o ajuda a recuperar os movimentos básicos, e ele vai tendo aos poucos de recuperar seus contatos. Até ai vida e transmissão de pensamentos só podiam ficar para si mesmo. É significativo que a primeira frase que consegue emitir após o sistema começar a funcionar é: “Eu quero morrer”. Seria diferente com você? Vygotsky dá muita ênfase que nos desenvolvemos através da cultura, interação e principalmente a linguagem. Segundo ele aprendemos a nos relacionar no mundo, ser no mundo através da linguagem. Ele divide o crescimento da fala em três fases, o que proporciona o pensamento. As três fases são a fala social que controla o comportamento do outro, a egocêntrica como controle do próprio comportamento, e a interior, ou seja, o pensamento.[2] A linguagem pode ser definida como “...a capacidade humana para compreender e usar um sistema complexo e dinâmico de símbolos convencionados, usado em modalidades diversas para comunicar e pensar”[3]e nesses termos existem várias formas de se comunicar, afinal de contas se só houvesse a linguagem falada como o surdo, o cego e o mudo se comunicariam? Falar sobre linguagem e comunicação é muito mais complexo que parece.  

 

 

É importante perceber, que mesmo com dificuldades o sujeito foi se redescobrindo, viu que não estava impossibilitado de se comunicar, que podia evoluir. O evento começou a ter seu lado positivo quando Jean-Dominique Bauby percebeu que toda sua vida foi uma sequência de pequenos erros. Nós, que vemos o filme temos um grande choque quando vemos de forma externa seu estado aos 38 minutos, antes tudo o que vemos vem do piscar de um olho esquerdo.  A auto descoberta que ele passa durante o filme é incrível, ver o próprio potencial num estado desses, ter acesso quase infinito a imaginação, que é só o que pode fazer, pensar nas suas memórias, descobrir até mais potencial do que quando tinha tudo. Através do choque que tomamos, ao ver inicialmente tudo da visão do sujeito, e depois do mundo externo, se sentir como ele e também como quem convive é algo incrível. Nos deparamos com uma percepção interna de terror, desconhecimento, depois de reconhecimento do estado atual, a reconhecimento do próprio potencial.  De forma externa, temos a primeira imagem de um sujeito sensível, impotente, inerte e logo depois alguém curioso com o mundo, ávido a agir sobre ele. O olhar estranho dos funcionários da telefonia e o ato de ignorá-lo enquanto ainda está lá, e o mesmo ri, demonstrando que se aceitou. A idéia de Vygotisky sobre a linguagem, os vários tipos de comunicação se encaixam perfeitamente nesse filme. Apesar de toda limitação, até mesmo a convivência social se torna possível a ele, sentimentos como tristeza, alegria, algo de uma pessoa “normal”, ou melhor, sem possíveis limitações é possível a ele. Do ponto de vista da maioria dos profissionais designados a ele, é um caso excepcional, mas nada disso, porém, do ponto de vista da fonoaudióloga, um trabalho, mas um envolvimento pessoal tão grande, com o objetivo de recuperar uma vida. Com o sistema de linguagem criado ele foi capaz de fazer um livro, que se propôs o titulo de “O olho”, ou “A Panela de Pressão”, ou “O escafandro”. É interessante notar como o pai compara o filho a si mesmo, dizendo que os dois estão com síndrome de encarceramento, um do corpo, outro do apartamento.

 

Conclusão

 

O filme mostra todo o potencial do ser humano, que pode ir a caminhos inimagináveis. Poderia ter sido mostrado o lado oposto, isto é, em um contexto diferente e sem ajuda médica especializada, e principalmente amor a profissão pelo lado da fonoaudióloga, poderia ter morrido silenciosamente em todos os sentidos. Sem se comunicar, de delírios a alucinações, a todo tipo de loucura, em um silencia externo de todo tamanho, mas em mundo interno rico de tristezas e confusões. Somente ao fim do filme é mostrado o contexto em que o derrame ocorreu, e o drama dos três meses após ele, e de fato, esse foi o evento menos interessante do filme. Jean-Dominique Bauby  morreu com 45 anos em 9 de março de 1997, e sua última lembrança foi a de reconstrução de sua vida antes perdida, agora de corpo limitado foi recuperada, demonstrado através do iceberg inicialmente caindo quando descobriu isso, agora se recompondo. Sua morte foi inclusive de pneumonia, algo do biológico.

 

Tudo isso que foi escrito pode ter sido só percepção minha, talvez o texto pudesse ter sido simplesmente: “O filme fala sobre um homem que após um derrame perdeu toda sua forma de se comunicar, exceto pelo olho esquerdo, única parte que se movimentava. O filme mostra toda sua trajetória de superação.” Mas seria muito simplista, sem emoção. Talvez tudo isso tenha sido simplesmente o que o filme causou em mim, coisas mais minhas do que do filme. Esse texto tem inclusive um traço novo: de tanto analisar filmes comecei a ter noção de cenografia, da visão de quem cria o filme, o que se quer passar com cada cena, de alguma forma representou um crescimento, aonde se expandiu só do campo ideológico para o campo de construção do filme. Por fim, eu como escritor, pessoa que escreve este texto, tenho um outro encanto. O livro que ele fez foi editado todo em pensamento, em outras palavras, praticamente uma única versão feita diretamente na cabeça. Eu, ao fazer qualquer texto para publicações semanais, e digo texto, não livro tenho no mínimo 2 versões, , e em casos de filme 3. Alem disso ele sempre passa por duas revisões no mínimo, uma minha e outra de um terceiro. Ou seja, em termos de organização de ideias para escrita, Jean-Do alcançou o ápice de potencial. Ao longo dos textos a versão original tem ficado cada vez mais próxima da final (isso no período de 1 ano e três meses de publicações semanais), mas nada que chega perto da capacidade de  Jean-Dominique Bauby. O que é o Escafandro? É uma roupa impermeável e hermeticamente fechada própria para mergulho.[4] Para mim a conclusão do filme foi clara: todo ser humano tem potencial, até onde vai? Cada um tem o seu, tanto é que o filme foi baseado no livro, que ele mesmo escreveu. “O escafandro e a borboleta.” Jean conseguiu abrir seu escafandro e virar uma borboleta. E você?

 

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

 Escrito por: Rafael Pisani

Referencias bibliográficas:

 

 

Disponível em: http://armagedontv.blogspot.com.br/2013/08/o-escafandro-e-borboleta-legendado.html Toninho Oliveira/ http://armagedontv.blogspot.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em: http://homes.dcc.ufba.br/~frieda/mat061/relao.htm/ http://homes.dcc.ufba.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em: http://omundodacomunicacao.blogspot.com.br/2009/05/definicao-de-linguagem.html Inês Moura e Raquel Gamboa/ http://omundodacomunicacao.blogspot.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em http://www.dicionarioinformal.com.br/escafandro/

 / http://www.dicionarioinformal.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

 



Análise de filme: o Escafandro e a borboleta- qual o limite do potencial humano?

7 de Julho de 2014, 15:20, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

A sinopse é a seguinte: Jean-Dominique Bauby tem 43 anos, é editor da revista Elle, e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória. Baseado no livro de Jean-Dominique Bauby.[1](link para assistir ao filme http://armagedontv.blogspot.com.br/2013/08/o-escafandro-e-borboleta-legendado.html )

 

Imagine você sem ter como se comunicar com o mundo, com a possibilidade de um único movimento- piscar o olho esquerdo. Desejaria morrer? Buscaria soluções? Se sentiria bem ao depender quase que totalmente de outros? Tente imaginar o desespero de Jean-Dominique Bauby ao descobrir que perdeu a comunicação com o mundo. Isso é a síndrome de encarceramento. Basicamente, o personagem principal decaiu do cargo de editor chefe de uma grande revista, perdeu toda sua vida, não podia andar, falar, sorrir, se comunicar- ou melhor, podia se comunicar de uma forma inédita. A forma como o filme se inicia, em termos de cenografia é fantástica. Os primeiros 38 minutos são totalmente na perspectiva do sujeito, se percebendo como incapaz de se comunicar, médicos de todo tipo entrando e saindo, sua família se preocupando, estudantes o observando e procedimentos sendo feitos. Diversos eventos e o sujeito inerte, incapaz de se mover. É possível de fato entendermos como ele se sente, nos sentirmos como ele. Em termos de comunicação, é disso que trata o filme, a noção de que comunicação e linguagem são coisas muito mais complexas que imaginamos. Logo após ele começa a se acostumar com sua própria imagem, seu novo ser, aonde passa a ter de questionar seu mundo, questionar a si mesmo, descobrir novamente quem é, justificando o nome do filme “O escafandro e a Borboleta”.

 

A fonoaudióloga, Henriette descobre um jeito dele se comunicar. Uma piscada para sim, duas para não. Depois cria um sistema alfabético baseado em freqüência de usos de letras, aonde um pisque na hora da letra ditada a representa, dois para cada palavra terminada, e várias para uma errada- possibilitando a formação de frases. Problemas surgem inicialmente, devido a velocidade natural de movimento dos olhos de piscar. A fisioterapeuta o ajuda a recuperar os movimentos básicos, e ele vai tendo aos poucos de recuperar seus contatos. Até ai vida e transmissão de pensamentos só podiam ficar para si mesmo. É significativo que a primeira frase que consegue emitir após o sistema começar a funcionar é: “Eu quero morrer”. Seria diferente com você? Vygotsky dá muita ênfase que nos desenvolvemos através da cultura, interação e principalmente a linguagem. Segundo ele aprendemos a nos relacionar no mundo, ser no mundo através da linguagem. Ele divide o crescimento da fala em três fases, o que proporciona o pensamento. As três fases são a fala social que controla o comportamento do outro, a egocêntrica como controle do próprio comportamento, e a interior, ou seja, o pensamento.[2] A linguagem pode ser definida como “...a capacidade humana para compreender e usar um sistema complexo e dinâmico de símbolos convencionados, usado em modalidades diversas para comunicar e pensar”[3]e nesses termos existem várias formas de se comunicar, afinal de contas se só houvesse a linguagem falada como o surdo, o cego e o mudo se comunicariam? Falar sobre linguagem e comunicação é muito mais complexo que parece.  

 

 

É importante perceber, que mesmo com dificuldades o sujeito foi se redescobrindo, viu que não estava impossibilitado de se comunicar, que podia evoluir. O evento começou a ter seu lado positivo quando Jean-Dominique Bauby percebeu que toda sua vida foi uma sequência de pequenos erros. Nós, que vemos o filme temos um grande choque quando vemos de forma externa seu estado aos 38 minutos, antes tudo o que vemos vem do piscar de um olho esquerdo.  A auto descoberta que ele passa durante o filme é incrível, ver o próprio potencial num estado desses, ter acesso quase infinito a imaginação, que é só o que pode fazer, pensar nas suas memórias, descobrir até mais potencial do que quando tinha tudo. Através do choque que tomamos, ao ver inicialmente tudo da visão do sujeito, e depois do mundo externo, se sentir como ele e também como quem convive é algo incrível. Nos deparamos com uma percepção interna de terror, desconhecimento, depois de reconhecimento do estado atual, a reconhecimento do próprio potencial.  De forma externa, temos a primeira imagem de um sujeito sensível, impotente, inerte e logo depois alguém curioso com o mundo, ávido a agir sobre ele. O olhar estranho dos funcionários da telefonia e o ato de ignorá-lo enquanto ainda está lá, e o mesmo ri, demonstrando que se aceitou. A idéia de Vygotisky sobre a linguagem, os vários tipos de comunicação se encaixam perfeitamente nesse filme. Apesar de toda limitação, até mesmo a convivência social se torna possível a ele, sentimentos como tristeza, alegria, algo de uma pessoa “normal”, ou melhor, sem possíveis limitações é possível a ele. Do ponto de vista da maioria dos profissionais designados a ele, é um caso excepcional, mas nada disso, porém, do ponto de vista da fonoaudióloga, um trabalho, mas um envolvimento pessoal tão grande, com o objetivo de recuperar uma vida. Com o sistema de linguagem criado ele foi capaz de fazer um livro, que se propôs o titulo de “O olho”, ou “A Panela de Pressão”, ou “O escafandro”. É interessante notar como o pai compara o filho a si mesmo, dizendo que os dois estão com síndrome de encarceramento, um do corpo, outro do apartamento.

 

Conclusão

 

O filme mostra todo o potencial do ser humano, que pode ir a caminhos inimagináveis. Poderia ter sido mostrado o lado oposto, isto é, em um contexto diferente e sem ajuda médica especializada, e principalmente amor a profissão pelo lado da fonoaudióloga, poderia ter morrido silenciosamente em todos os sentidos. Sem se comunicar, de delírios a alucinações, a todo tipo de loucura, em um silencia externo de todo tamanho, mas em mundo interno rico de tristezas e confusões. Somente ao fim do filme é mostrado o contexto em que o derrame ocorreu, e o drama dos três meses após ele, e de fato, esse foi o evento menos interessante do filme. Jean-Dominique Bauby  morreu com 45 anos em 9 de março de 1997, e sua última lembrança foi a de reconstrução de sua vida antes perdida, agora de corpo limitado foi recuperada, demonstrado através do iceberg inicialmente caindo quando descobriu isso, agora se recompondo. Sua morte foi inclusive de pneumonia, algo do biológico.

 

Tudo isso que foi escrito pode ter sido só percepção minha, talvez o texto pudesse ter sido simplesmente: “O filme fala sobre um homem que após um derrame perdeu toda sua forma de se comunicar, exceto pelo olho esquerdo, única parte que se movimentava. O filme mostra toda sua trajetória de superação.” Mas seria muito simplista, sem emoção. Talvez tudo isso tenha sido simplesmente o que o filme causou em mim, coisas mais minhas do que do filme. Esse texto tem inclusive um traço novo: de tanto analisar filmes comecei a ter noção de cenografia, da visão de quem cria o filme, o que se quer passar com cada cena, de alguma forma representou um crescimento, aonde se expandiu só do campo ideológico para o campo de construção do filme. Por fim, eu como escritor, pessoa que escreve este texto, tenho um outro encanto. O livro que ele fez foi editado todo em pensamento, em outras palavras, praticamente uma única versão feita diretamente na cabeça. Eu, ao fazer qualquer texto para publicações semanais, e digo texto, não livro tenho no mínimo 2 versões, , e em casos de filme 3. Alem disso ele sempre passa por duas revisões no mínimo, uma minha e outra de um terceiro. Ou seja, em termos de organização de ideias para escrita, Jean-Do alcançou o ápice de potencial. Ao longo dos textos a versão original tem ficado cada vez mais próxima da final (isso no período de 1 ano e três meses de publicações semanais), mas nada que chega perto da capacidade de  Jean-Dominique Bauby. O que é o Escafandro? É uma roupa impermeável e hermeticamente fechada própria para mergulho.[4] Para mim a conclusão do filme foi clara: todo ser humano tem potencial, até onde vai? Cada um tem o seu, tanto é que o filme foi baseado no livro, que ele mesmo escreveu. “O escafandro e a borboleta.” Jean conseguiu abrir seu escafandro e virar uma borboleta. E você?

 

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

 Escrito por: Rafael Pisani

Referencias bibliográficas:

 

 

Disponível em: http://armagedontv.blogspot.com.br/2013/08/o-escafandro-e-borboleta-legendado.html Toninho Oliveira/ http://armagedontv.blogspot.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em: http://homes.dcc.ufba.br/~frieda/mat061/relao.htm/ http://homes.dcc.ufba.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em: http://omundodacomunicacao.blogspot.com.br/2009/05/definicao-de-linguagem.html Inês Moura e Raquel Gamboa/ http://omundodacomunicacao.blogspot.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

Disponível em http://www.dicionarioinformal.com.br/escafandro/

 / http://www.dicionarioinformal.com.br . Data de acesso: 01 de maio de 2014

 

 



A triste história dos negros?

30 de Junho de 2014, 14:53, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

Basta olharmos a história do mundo, também do Brasil, para percebermos que o histórico da raça negra no mundo é triste. [1]É fácil lembrar dos Portugueses, Espanhóis e Ingleses que vendiam negros africanos como escravos de forma cruel e desumana por toda a América, nos vem a cabeça também os capitães do mato responsáveis por  caçar negros que fugiam a escravidão no Brasil, da guerra de Secessão dos Estados Unidos, dos palmares etc...  Seus filhos eram tirados das mães, [2]muitos negros morriam já nas viagens feitas em barcos horríveis e de pouca qualidade. [3]Eram escravizados pelos Europeus e até pelos próprios negros Africanos. [4]As Senzalas, casas em que moravam enquanto escravos eram sem conforto e higiene. [5]Os homens fazendo trabalhos braçais, as mulheres serviços domésticos e até bacanais e o pior, era trabalho por 24 horas e sem pagamento. Agora tempo, a história é tão ruim assim? Pare alguns minutos antes de continuar para pensar em ao menos dez fatos ou pessoas positivas que você conhece da historia dos negros. Realmente pare e só depois comece a ler o próximo parágrafo, comente se tiver lembrado de algum ou não.

 

 

Parou e pensou? Se não, pare, se sim pode continuar. Agora vou simplesmente citar alguns nomes em oito áreas que foram exemplos de positividades na história dos negros e explicá-los, de resto basta citar os nomes e que o leitor procure mais se tiver curiosidade.

 

------------------------------Pare e Pense---------------------------------

Medicina e Ciência

[6]Charles Drew: Inventou formas de armazenar e fazer transfusão de sangue que são usadas até hoje, também protestou contra a segregação racial. Muitos teriam morrido sem ele não?

[7]Dr. Daniel Hale: Primeiro a executar a cirurgia aberta de coração. Esse sujeito realmente salvou vidas.

Tecnologia

[8] Josehph Gammel: Inventor do sistema de supercarga para os motores de combustão interna. Sem ele os carros não andariam hoje em?

[9]Alexander Miles: Inventor do elevador. Sem ele adeus elevadores para prédios.

[10]Lewis Howard Latimer: Inventou o filamento de dentro da lâmpada elétrica. [11]Thomas Edison pegar o ouro sozinho foi injustiça.

Esporte

[12]Jesse Owens: Ganhador de 4 medalhas de ouro nas provas de atletismo nas Olimpíadas de Berlim em 1936 e só por ser negro não foi cumprimentado por Adolf Hittler e Franlkin Roosevelt, seu próprio presidente. Situação difícil em?

Beleza e vestuário

[13]Lydia O. Newman: Inventora da escova de cabelos. O que seria da vida de moças de classe alta e preconceituosas sem essa invenção de uma negra?

[14]Jan E. Matzlinger: Inventor da máquina de colocar solas nos sapatos. Que sapatos teríamos sem ele?

Utensílios de casa

[15]Lloyde P. Ray: Inventor da pá de lixo. Como seria limpar a casa sem a invenção desse sujeito?

[16]Sarah Boone: Inventora da tábua de passar roupa. Como seriam nossas roupas sem ela?

[17]Lee Burridge: Inventou a máquina de datilografia. Sem ele muita gente não teria escrito nesse mundo, inclusive o presente autor.

[18] John Standard: Inventou a geladeira. Sem ele conservaríamos os alimentos de outra forma hoje.

Literatura e escrita

[19]Machado de Assis: Um dos maiores escritores da literatura Brasileira sem ter estudado ou feito faculdade.  Não é preciso dizer muito sobre ele.

[20]William Purvis: Inventor da caneta tinteiro. Seria difícil escrever sem ele atualmente não?

Luta antiracismo

[21]Malcolm X: Ativista contra a segregação racial, diferia de Martin Luther King Jr. por defender que os negros deveriam responder com violência a violência dos brancos. Sujeito político importante não?

Música

[22]Ray Charles: Um dos cantores negros mais famosos de todos os tempos e considerado pela revista Rolling Stone o segundo maior de todos os tempos. Era cego e se recusava a cantar em lugares só para brancos.

Existem diversos nomes como [23]Martin Luther King Jr. Nelson Mandela, Muhammada Ali, Joaquim Barbosa, Rosa Parks, Zumbi dos Palmares, Bob Marley, Michael Jackson, Pelé, [24]Henrique do Haiti, Shaka Zulu, Harriet Tubman, Jonh Richard Archer, Kwame Nkrumah, Koffi Annan, Stanley Oneal, Barack Obama, [25]C.J Walker, Thomas W. Stewart, George T. Samon, Jonh Love, W.A. Lovette, John Burr,  Richard Spikes, Garret A. Morgan, Alice Parker, Frederick Jones, Elbert R. Robinson e etc... Na realidade até haviam mais nomes a colocar, mas não há necessidade. A importância maior não é nem a cor, nem a origem e nem o seu feito.  É na verdade olhar a história pelo outro lado, ir além do que é ensinado na escola e isso é com certeza um grande referencial para enfrentar o preconceito e deve ir ao conhecimento das pessoas e ser um fato reconhecido na história dos negros para que ajude no enfrentamento do preconceito. A idéia de falar sobre isso na verdade obtive indo a um centro cultural de um bairro a qual nem lembro mais, mas isso reforça a idéia de que não faz mal ir ao centro cultural de sua cidade, lá pode estar ocorrendo algo legal ou você mesmo pode produzir algo legal. Que tal tentar olhar a história por outro lado?

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Referencias:

Disponível em http://guiadoestudante.abril.com.br/fotos/negros-influenciaram-politica-mundo-731817.shtml#11   / http://guiadoestudante.abril.com.br . Data de acesso: 10 de maio de 2014

Disponível em: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas Gelédes / http://negrosnegrascristaos.ning.com . Data de acesso: 18 de maio de 2014

Disponível em: http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/05/participacao-africana-no-trafico-de.html  Valter Pitta/ http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br . Data de acesso: 10 de maio de 2014

Disponível em http://www.e-biografias.net/thomas_edison/ / http://www.e-biografias.net . Data de acesso: 10 de maio de 2014

Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=619

  Cristiano Rodrigo Catarin/ http://www.historianet.com.br . Data de acesso: 10 de maio de 2014

Disponível em http://www.mensagenscomamor.com/diversas/icones_negros.htm

 / http://www.mensagenscomamor.com . Data de acesso: 10 de maio de 2014

Disponível em http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm  / http://www.suapesquisa.com . Data de acesso: 10 de maio de 2014

Disponível em: http://www.suapesquisa.com/colonia/senzala.htm  http://www.suapesquisa.com . Data de acesso: 22 de maio de 2014

 

 

 

 



[5] Fonte dos trabalhos de homem e mulher: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm

[7] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[8] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[9] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[10] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[11] Fonte Thomas Edison: http://www.e-biografias.net/thomas_edison/

[13] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[14] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[15] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[16] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[17] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[18] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.

[20] Fonte: Descobri tudo isso indo em um centro cultural, a qual já nem sei mais o nome.

[25] Fonte: http://negrosnegrascristaos.ning.com/forum/topics/se-nao-existissem-pessoas, apesar de ter lido o texto em um centro cultural.



Análise do Filme “E se vivêssemos juntos?”: a beleza da terceira idade

23 de Junho de 2014, 18:18, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

Annie (Geraldine Chaplin), Jean (Guy Bedos), Claude (Claude Rich), Albert (Pierre Richard) e Jeanne (Jane Fonda) estão ligados por uma forte amizade que já dura há mais de 40 anos. Assim, quando a memória falha, a velhice mostra sua força e o fantasma da casa de repouso vem assombrá-los, eles decidem viver juntos. O projeto parece loucura, mas a convivência traz velhas lembranças, novas perspectivas e um novo desafio: viver em república com mais de 75 anos.[1] A partir disso uma relação entre vários idosos cuidando de si, com os defeitos e qualidades transparecendo começa a nascer. ( Link para assistir ao filme caso não tenha assistido http://3000filmes.com/e-se-vivessemos-todos-juntos-legendado/  caso leia, isso irá aumentar a curiosidade em assistir o filme.)

 

Nessa república as características individuais influenciam o comportamento geral e a relação. Albert possui síndrome de Alzheimer por isso esquece as coisas e faz anotações constantes. Claude ultrapassa o estereótipo de idoso assexuado por isso sofre preconceito, preocupa os amigos e sofre parada cardíaca causada pelo Viagra. Jeanne conserva sua juventude apesar de seus problemas e nunca falar deles. Annie não possui nenhum problema de saúde, mas sofre por não conseguir atrair os netos para sua casa. Jean não quer esquecer sua juventude quando participou da política e se incomoda por ser sempre ignorado. O ápice é quando joga uma garrafa em um policial e é ignorado. Albert é casado com Jeanne e Jean com Annie, onde os dois casais formam pólos opostos entre si, isto é, Jeanne transparece juventude, Albert velhice. Jean transparece não tradicionalismo, Annie tradicionalismo. Jeanne adquire no filme a função de contar como é o universo da terceira idade ao jovem Antropólogo Dirk, passando a sua experiência para o jovem resolver crises existenciais. Além disso, há o sexto convivente da casa, o Antropólogo Dirk que através da sua pesquisa passa a morar com eles, fazendo com que juventude e terceira idade aprendam entre si.  Imagine tudo isso em uma mesma casa?

 

É o que ocorre durante o filme. Muitas cenas engraçadas, ainda que tristes. Os esquecimentos de Albert, as extravagâncias de Jeanne e os conselhos dados a Dirk, as “saidinhas” de Claude, as constantes tentativas políticas de Jean e o grande traço familiar de Annie. Ainda assim, em alguns momentos o filme deixa transparecer o fato de que ali existem 5 idosos e por isso algumas coisas deixam de ser possíveis a eles porque o corpo já não agüenta e até mesmo acidentes ocorrem devido à idade.  Nas cenas do hospital quando Claude está na cama um contraste aparece entre o grupo dos 5 idosos e o resto dos idosos do hospital, lá existe uma vida fria, sem sal, sempre parados, sendo o ápice a idosa que invade o quarto de Claude para procurar seu dente.  O filme também nos faz perguntar sobre o valor dos animais de estimação. Quando o cachorro de Albert faz com que ele sofra um acidente, e por isso é levado embora seus amigos o trazem de volta, fazendo com que toda a vitalidade perdida pela falta do cachorro retorne, afinal era seu fiel companheiro. E nesse tempo de convivência também aparecem conflitos.

 

Ao descobrir uma carta de Jeanne a Claude Albert vai questioná-los sobre o fato de ela e Annie ter traído ele e Jean com Claude e a situação tem diferentes resoluções.  Albert decide arrancar a página em que escreveu esse fato no caderno, e assim esqueceu, no entanto, Jean não aceita o fato e vai conversar com Claude, mas ao fim, mesmo com brigas tudo se resolve. Chegando ao final do filme talvez ocorra à cena mais chocante. Jeanne, com aparente vitalidade finalmente morre devido ao câncer que tem e nunca contou a ninguém. Todos choram, até que se acostumam. No entanto Albert um dia acorda e esquece que Jeanne morreu, passando a chamá-la todo o tempo. Pergunto a vocês: o que fazer nessa hora quando alguém com Alzheimer esquece que o ente querido morreu? Os amigos dele tiveram uma solução muito prática- deixar ele chamá-la até que se lembre, e todos a chamam juntos. E assim termina o filme, um chamado coletivo a quem morreu até que a memória volte.

 

Para finalizar acho que o filme brinca e ironiza com as preocupações básicas dos idosos, sua sexualidade, principalmente quanto à mulher. Esse conflito se mostra no ápice quando Claude lê o livro “Memórias de minhas putas tristes.” e Jeanne comenta sobre isso com Dirk. Mostra também que em hospitais o olhar sobre o idoso é focado em suas deficiências, e não na pessoa que lá está. Mostra também que mesmo na terceira idade podem haver crises de identidade, ainda que de forma diferente que a dos jovens. Ainda assim, considero o ponto alto da convivência deles o modo de organização escolhido por eles e as falas de Jeanne. Quando na conversa com Dirk diz: “Pare de pensar que os velhos são assexuados. Não somos anjos, sabe?”. No momento em que estão discutindo todos juntos para ver como vão se organizar na casa surgem propostas principais. Um sistema de coletividade onde um compensa as pendências do outro a livre escolha. Para de fato entender como funcionou o sistema vale a pena ver o filme, mas fiquemos com a frase de Jeanne “O que significa construir uma vida? Ficar em casa ao invés de descobrir o mundo?”

 

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 Escrito por: Rafael Pisani em 11/11/2013.

 

Referencias:

 

Disponível em: http://3000filmes.com/e-se-vivessemos-todos-juntos-legendado/ / http://3000filmes.com . Data de acesso: 12 de junho de 2014