A interessante reportagem da Euronews sobre o renascimento do sindicalismo na Rússia não fala o principal.
A fundação do MPRA - Sindicato Interregional dos Trabalhadores na Industria Automobilística da Rússia, o principal responsável pelo renascimento sindical naquele país, tem tudo a ver com o sindicalismo de classe, luta e organização brasileiro.
Graças ao trabalho desenvolvido por TIE-Moscou e TIE-Brasil, desde 1990 sindicalistas e trabalhadores brasileiros e russos tem a oportunidade de trocar informações e experiências. Mas o momento da virada aconteceria em 2005, quando TIE-Brasil em conjunto com sindicatos brasileiros, tais como Metalúrgicos do ABC, Metalúrgicos de Camaçari e Metalúrgicos de Taubaté e a CNM-CUT, realizou I Encontro Internacional dos Trabalhadores na Ford.
Companheiros da Rússia foram convidados.
Aleksei Etmanov e Aleksei Gutsenko, dois trabalhadores de base na Ford, acompanhados por Petr Zolatariev, presidente do Edinstvo - Sindicato Independente dos Trabalhadores na AvtoVAZ (Lada), participaram do encontro internacional e puderam visitar as 3 fábricas da transnacional norte-americana no Brasil (São Bernardo do Campo, Taubaté e Camaçari), onde trocaram informações e intercambiaram experiências com trabalhadores de base e dirigentes sindicais.
Ao voltar à Rússia eles colocaram em prática as duas palavras que aprenderam aqui no Brasil: Organizar e Lutar. A partir daí os trabalhadores russos começaram a se organizar em seus locais de trabalho, fundaram o MPRA e deram início ao renascimento do sindicalismo na Rússia.
Recentemente o companheiro
, representando o MPRA, participou do Seminário Internacional realizado pela CUT-SP em comemoração ao Primeiro de Maio. Ao responder à pergunta do jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim sobre as semelhanças entre o sindicalismo russo atual e aquele do Brasil do final dos anos 1970, início dos 1980, Artiom reafirmou que as palavras “organização e luta” foram aprendidas com os brasileiros durante encontro internacional realizado no Brasil em 2005.Leia também o artigo do jornal Valor Econômico, de 30 de abril de 2012, com trechos da entrevista do Artiom e não deixe de assistir o vídeo abaixo...
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