A isenção do Imposto de Renda Pessoa Física para quem ganha até cinco salários mínimos será uma das primeiras bandeiras no Congresso Nacional do candidato a senador, Jaques Wagner 130. O Galego vê na medida uma forma de fazer justiça social/tributária e injetar recursos na economia, permitindo que trabalhadores reduzam seu endividamento e consumam mais. A compensação deste recurso que o governo abriria mão viria da cobrança de quem tem renda mais alta e em cima de lucros e dividendos.
“Na Europa e nos Estados Unidos, há imposto de renda de 50%, a depender da faixa salarial. Quem recebe cinco salários mínimos ganha R$ 5 mil, não dá nem para sustentar a família direito. Não vejo sentido pagar imposto”, destacou. O candidato escolheu dois temas principais para o mandato no Senado, caso confirmado nas urnas: Reforma Política e geração de emprego e renda.
No primeiro campo, a redivisão do tempo do programa eleitoral exclusivo para partidos que registrem candidaturas é a pauta principal. Na criação de novos empregos, há um conjunto de medidas, onde desponta a isenção tributária, todas articuladas ao plano Lula de Governo – coordenado pelo candidato a presidente, Fernando Haddad. Com mais recursos circulando na economia, o país poderá recuperar grande parte das 220 mil lojas fechadas fruto do desmonte do governo Temer.
Wagner combate a complexidade do sistema tributário brasileiro, onde a quantidade alta de regras deixam a dúvida se o imposto foi recolhido corretamente. O modelo atual incentiva à sonegação, reforçada pela estrutura insuficiente na fiscalização. Wagner vai defender a criação do Imposto sobre Valor Agregado em substituição dos impostos indiretos.
“O sistema tributário é injusto, extremamente regressivo. Quem ganha menos, paga mais”, critica o Galego. “Por que acontece isso? Tem muito imposto indireto, pago na energia que se consome, no alimento comprado, nos serviços e em material de construção. A pessoa que vai ao mercado paga o mesmo imposto pela mesma mercadoria do que quem é muito rico. É o contrário do que acontece nas nações mais desenvolvidas”.
Foto: Mila Cordeiro
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