Membros da ASL.Org opinam no UOL sobre software livre como alternativa a pirataria
July 30, 2014 8:50 - Pas de commentaireEnviado por Sady Jacques e Thomas Soares membros da Associação SoftwareLivre.Org para o espaço Opinião do site UOL e publicado em 30/07/2014.
Uso de softwares livres pode ajudar no combate à pirataria
Recentemente diversos veículos de comunicação repercutiram o resultado de um estudo realizado pela Business Software Alliance e pela consultoria IDC, que afirma que 50% dos softwares utilizados no Brasil são piratas.
O resultado não impressiona os militantes do conhecimento livre, que têm como principal filosofia a possibilidade de usar e modificar programas sem restrição. É ilógico pensar que o usuário primário de computadores esteja disposto a gastar centenas de reais para ter o direito de escrever textos ou executar funções básicas da máquina.
O uso de softwares piratas é prejudicial principalmente ao usuário. Ao contrário do que parece em uma impressão inicial, a utilização dos programas ilegais favorece a própria empresa desenvolvedora. Com a difusão em larga escala das aplicações, transforma-se uma habilidade - como a edição de imagens ou vídeos, por exemplo - em sinônimo de uso de um software específico.
O usuário fica tão acostumado a realizar suas tarefas de uma única forma que não imagina outra possibilidade. Quando inserida em um espaço em que o uso de soluções proprietárias ilegais é restrito, como empresas, universidades e órgãos governamentais, a instituição torna-se refém de apenas um vendedor para exercer suas atividades.
Em contraponto a esta situação está o software livre. Para compreender sua função primordial é necessário sinalizar que, há alguns anos, todos os programas eram "livres". O foco do interesse econômico na época era o hardware. Foi assim que a Microsoft surgiu no vácuo deixado pela IBM.
O filme "Piratas do Vale do Silício", dirigido por Martyn Burke, de 1999, faz um retrato bastante fiel da situação em que a propriedade intelectual já era bem definida no contexto de livros e patentes, mas não havia se insinuado imediatamente nos códigos-fonte dos programas. Hoje o hardware é relativamente barato e o maior valor está na informação, na sua posse, propriedade e controle.
O paradoxo central da era digital é que a informação pode ser copiada, duplicada e clonada sem que a fonte diminua em conteúdo. Assim como uma ideia passa de uma mente para a outra sem que se "gaste", as informações binárias, digitais e eletrônicas podem ser multiplicadas. O interesse puramente econômico exige o controle para justificar seus fluxos de valor, o que não está de acordo com os processos naturais da evolução do conhecimento.
O que define a pirataria de software é contradizer o interesse puramente econômico. Já o software livre propicia o compartilhamento de algo benéfico para todos. Além disso, é possível modificá-lo e adaptá-lo para necessidades específicas, o que contradiz a lógica da compra de um produto pronto e que se desatualiza rápida e propositalmente.
Entretanto, o mais importante é a possibilidade de auditar plenamente seu funcionamento. São também recentes as notícias de que os Estados Unidos conseguem acesso a informações privadas em um vigilantismo patológico que é possibilitado, entre outras coisas, pelas "portas dos fundos" presentes em programas proprietários, o que não ocorre com software livre.
A viabilidade econômica proposta pelo modelo de desenvolvimento do software livre é comprovada pelas várias instituições que se beneficiam das tecnologias abertas, como as do setor varejista, os bancos, os portais de notícias e os principais sites de redes sociais, que utilizam softwares livres em seus servidores e aplicações.
Porém, o formato do modelo livre não encaixa imediatamente no quebra-cabeça do mercado. A criação compartilhada e a meritocracia anárquica que caracterizam a maioria das grandes comunidades livres necessita interfaces especiais para dialogar com o contexto neoliberal.
É neste cenário que foram criadas nos últimos 15 anos diversas iniciativas de fomento e esclarecimento sobre o tema. Entre elas, a Associação Software Livre.Org, que é organizadora do Fórum Internacional Software Livre, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, realizado anualmente em Porto Alegre desde 2000.
Já existem softwares livres de boa qualidade para a maior parte das demandas usuais. Além deles, há uma infinidade de ótimas soluções em código aberto que podem servir de base para um conjunto maior ainda de respostas eficientes em tecnologia para a sociedade, em todas as áreas de atuação humana.
Neste cenário, os pequenos negócios são potenciais usuários de soluções livres, pelos baixos custos de implantação e mão de obra potencialmente abundante, gerando um ecossistema de suporte que é um nicho de mercado com potencial ainda latente.
Todas as condições e potencialidades estão presentes. Desenvolvimento de código é uma arte que requer conhecimento, mas que pode alcançar padrões impensáveis com colaboração e compartilhamento. E é essa capacidade técnica que pode tornar o desenvolvedor brasileiro, a indústria de software nacional e o Brasil referências mundiais, ao custo de algumas boas políticas, um pouco de coragem e doses decisivas de inovação e ousadia.
Sady Jacques e Thomas Soares membros da Associação SoftwareLivre.Org
Edward Snowden dá 3 dicas para a sua privacidade
July 30, 2014 8:05 - Pas de commentairePublicado por Elias Praciano no site Nerdices.com.br
O ex-contratado da NSA, Edward Snowden tem sido claro em uma série de dicas e procedimentos que podem te ajudar a se proteger contra a vigilância governamental e empresarial.
A complexidade ou aplicabilidade depende de alguns fatores, como o nível do seu conhecimento em informática e o seu próprio computador — Sim.
Usuários Linux levam uma ligeira vantagem aqui. O que não quer dizer que as dicas não sejam plenamente implementáveis em outros sistemas operacionais.
Encriptar o seu disco rígido
Em alusão a uma das aulas de Harry Potter, em Hogwarts, Snowden afirma que encriptação é a “defesa contra as artes das trevas“.
A encriptação pode ser feita por etapas — à medida em que seu conhecimento aumenta e você vai naturalmente passando para outro nível, mais avançado.
Adicionar senhas de proteção aos seus arquivos é um dos primeiros passos que você pode dar.
Em seguida, pode aprender os métodos de encriptação do seu disco rígido.
Ao encriptar os dados de todo o seu disco rígido, você passa a ter mais segurança em caso de tê-lo roubado ou apreendido.
Todos os sistemas operacionais atuais lidam com a encriptação dos dados e há vários softwares de terceiros que podem fazer o trabalho.
Usar plug-ins, no navegador, que evitam ser seguido
O tracking dos internautas é tão comum que muitas pessoas simplesmente não veem nada errado em encontrar anúncios especificamente sobre os produtos que ela tava pesquisando minutos antes.
Você faz uma pesquisa sobre “esteiras” no Google e… a partir daí, os anúncios dos sites, “magicamente” passam a exibir só anúncios relacionados a este objeto
O fato é que as empresas estão usando vários dados sobre você, para exibir anúncios “personalizados”:
- o lugar onde você mora;
- os seus interesses durante a navegação;
- os sites e tipos de sites que você visita (inclusive “aqueles”!);
A partir daí, preços e produtos que aparecem nos anúncios podem variar.
Se isto não é já um problema chato o suficiente, acrescente o fato de que se as lojas têm acesso a este tipo de informações, outros também podem ter.
Os navegadores atuais têm botões ou opções para desligar o tracking — na verdade, estes itens apenas informam aos sites, pelos quais você passa, que você não deseja ser “seguido”.
O respeito dos sites à sua opção, contudo, é… opcional.
Outra solução, que pode ser mais eficaz, é instalar um plugin no seu navegador que “tenta melhor” evitar o rastreamento — eu sugiro o Ghostery.
O Ghostery mostra quem está te rastreando, como está fazendo isto e se propõe a bloquear sua atividade.
Use o Tor, para apagar suas “pegadas” online
Sugiro que você leia alguns artigos sobre o Tor aqui, no Nerdices, mais tarde.
O Tor é uma rede que promete anonimidade e privacidade online e tem estado sob os holofotes ultimamente, justamente por causa dos ataques que as pessoas tem sofrido à sua privacidade — tanto pelos governos, quanto pelas grandes corporações.
O Tor hospeda uma rede de websites, alguns dos quais têm sido alvo de ações policiais (ou policialescas), por terem (comprovadamente, em alguns casos) se engajado em atividades ilegais.
Se, por um lado, o Tor tem sido útil para a prática de atividades criminosas — por outro, ele tem trazido alívio para usuários que desejam apenas ter a sua privacidade respeitada.
Há, ainda, o outro lado da moeda: ativistas e jornalistas sérios, alvos de represálias governamentais ou de mega corporações, também precisam proteger-se, usando todas as ferramentas disponíveis para poder exercer seu trabalho.
Para concluir, gostaria de citar o uso de emails criptografados (como o hushmail) e smartphones com esta capacidade, como forma de se manter seguro em relação a este mundo, cada vez mais orwelliano, em que vivemos — com a diferença de que a ameaça vem mais do meio corporativo e, talvez, nem tanto do governo.
Elias Praciano
Ouça a narração de todos os artigos Marco Civil da Internet
July 30, 2014 7:22 - Pas de commentaireO autor do projeto eXcript publicou a narração completa de todos os artigos do Marco Civil da Internet.
É uma iniciativa bastante interessante para aqueles que querem conhecer o Marco Civil mas não tem muito disposição para ler :-)
Sobre o projeto eXcript:
O projeto eXcript nasceu de um amante de videoaulas e que acredita que assistir a uma videoaula também é uma forma de lazer. Do mesmo modo que assistimos canais inteligentes que trazem conteúdo através de documentários, assistir a um vídeo que ensina como fazer algo é uma nova forma de entretenimento inteligente.
Nosso site ainda não está pronto, mas você já pode anotar o endereço: www.eXcript.com
Página no facebook: www.facebook.com/excript
Ricolândia produz animação para a Comunidade LibreOffice Brasil
July 30, 2014 6:57 - Pas de commentaireA Comunidade LibreOffice Brasil fez uma parceria com a empresa Ricolândia, sediada no Rio de Janeiro e desta parceria foi produzida uma animação sobre o LibreOffice. A animação teve o seu lançamento no Ciclo de Palestras Software Livre do SINDPD-RJ na segunda-feira (28/07/2014) e foi todo criado com ferramentas de código aberto.
A Comunidade LibreOffice Brasil agradece imensamente ao produtor da animação, Ricardo Graça que nos contemplou com este belíssimo trabalho.
Assista aqui:
- Vimeo: https://vimeo.com/102022227
- Youtube: http://youtu.be/rYoLBPAGLbo?list=UUzF1Cv6wWTLsIwrux7dvnRw
Fonte:
Crédito: Ricolândia
Notícia publicada em: http://blog.pt-br.libreoffice.org/2014/07/29/animacao-sobre-o-libreoffice
Temos o direito de ser esquecidos?
July 29, 2014 14:47 - Pas de commentaireEsse debate tem sido pauta de muitas discussões que envolvem as redes digitais.
De um lado o indivíduo reivindica o direito de ter suas informações excluídas da rede para preservar sua privacidade. Do outro, sites de busca como o Google e empresas de comunicação, como o The Guardian e a BBC alegam que utilizam tais dados para fins jornalísticos e que a exclusão desse material feririam a liberdade de expressão.