Temer: a volta da censura
September 6, 2016 14:28Por Flávio Aguiar, de Berlim.
Golpalha, golpeste, golpífio, golbolha, golpústula, golpulha. Michel Temer diz que não vai tolerar ser chamado de golpista. Pra bom entendedor, meia palavra basta: isto quer dizer que o resto está liberado. Além do elencado acima, continuemos: traidor, nefasto, nefando, vampiro de filme B, exterminador dos pobres e de suas casas, vendilhão da pátria… Não o chamemos de Judas, que é um personagem grandioso e trágico. Temer é pequeno, mesquinho, medíocre, um zero à esquerda no concerto das nações.
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Nada pode ser pior do que Dilma?
September 6, 2016 14:22Por Christian Ingo Lenz Dunker.
Temos um fascínio pela ideia de lei, pois ela representa o limite entre o que temos que aceitar e o que é possível mudar, no mundo, nos outros e em nós mesmos. A lei contém dentro de si tudo o que nós repudiamos e interditamos em nós mesmos, mas ao mesmo tempo condiciona nossa liberdade. Em nome da lei aceitamos violência, poder e força. Contudo, a lei pode tornar-se um fetiche quando se unifica em uma totalidade estática e imóvel e sem história. Isso ocorre quando as diferentes formas da lei, como as leis da natureza, a lei da gravidade, as leis de Deus, as leis do Estado e as pequenas leis que regulam nossa vida diária. Cada vez que alguém tem sua razão reconhecida temos o embrião de uma lei. Por isso, com relação às leis ocorre o mesmo que Descartes dizia do bom senso, ou seja, que ele é a coisa mais bem distribuída do mundo…
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Matheus Arcaro e “o nada sem caroço”: O LADO IMÓVEL DO TEMPO
September 6, 2016 14:21MONTE DE LEITURAS: blog do Alfredo Monte
(A resenha abaixo foi publicada originalmente em A TRIBUNA de Santos, em 06 de setembro de 2016)
Em seu romance de estreia, o jovem Matheus Arcaro (cujo livro de contos, Violeta Velha e Outras Flores, critiquei duramente nesta coluna pela falta de uma personalidade autoral com contornos definidos), ousa um formatado filosófico – usando sua formação na área – muito pouco praticado por aqui. Não que isso seja problema. Basta lembrar da junção entre filosofia e fabulação em A Náusea (1938), de Sartre, e de O Agressor (1943), de Rosário Fusco. Isso sem contar a ficção de tendência cristã que formou um verdadeiro subgênero da prosa, de Dostoievski a Gustavo Corção (autor de Lições do Abismo), com sua temática de culpa e expiação.
O LADO IMÓVEL DO TEMPO (publicado pela Patuá) provavelmente ficará como um romance de exceção como os de Fusco e de Corção. Ele trata da…
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O CÉU QUE NOS PROTEGE
September 6, 2016 14:20Assustador e apocalíptico o céu em Oder-Spree, no estado de Brandenburgo, na Alemanha, ao cair da tarde.
[foto DPA]
