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A fase oral Freudiana

26 de Março de 2014, 16:21 , por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by-nc-sa)

 

Freud definiu 5 fases as quais passamos na infância: oral, anal, fálica, estágio de latência e fase genital. Todas são de suma importância e possuem conseqüências diferentes, apesar de um mesmo objetivo. O foco agora será a fase oral.

 

Ela vai de[1] de 0 a 12 meses, onde o indivíduo sente prazer pela boca ao mamar ou colocar vários outros objetos.  O comportamento impulsivo é de absorver e o agressivo de morder e cuspir, sendo dividida em duas fases principais: sucção e sádico oral, canibalística ou sádico canibal. A segundo ocorre após os 6 meses e tem como característica a mastigação e devoramento, podendo durar até os 2 anos. Na primeira o prazer se encontra na sucção, por isso tamanha a importância de mamar no peito e freqüência de colocação de objetos na boca em crianças de até 2 anos.[2]A criança nessa fase passa a introjetar em si mesma as características da mãe através da sucção, portanto a forma como a mãe resolve e age quanto a criança pode influenciar toda sua vida pela frente e ter grande influencia no processo de identificação, podendo determinar inclusive as futuras ligações afetivas do filho. Ela passa também por uma fase narcisista, onde a realidade externa só é captada de forma parcial e fragmentária.A realidade se mistura ao mundo interno de fantasias, fazendo com que o externo seja parte de si mesma, passando a considerar inclusive o seio materno como parte de si[3]. Caso a criança se fixe ou volte a esta etapa de forma patológica pode ficar dentro de um quadro clinico chamado de esquizofrenia. Já a fase canibalística se caracteriza pela destruição na mastigação e devoramento, aparecendo então à primeira ambigüidade: incorporar ou destruir.

 

Em um desenvolvimento afetivo normal o “amor” será o sentimento básico, se perdurar uma relação de angústia e agressividade restará ao ódio à predominância fazendo com que tudo o que é amado e incorporado seja destruído, podendo constituir no futuro um quadro de melancolia (psicose maníaco-depressiva). Por fim, o termo angustia parte justamente dessa fase e significa “dificuldade para respirar”, o que ocorre quando a criança nasce e, nesse momento é preciso introjetar para viver. [4] Um desenvolvimento anormal nessa fase pode levar à padrões de comportamentos orais na fase adulta[5], como obesidade[6], alimentação compulsiva, fumar, falar de mais ou gosto por bebidas, todos prazeres orais.[7]

 

 

 

 

 Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

 

Escrito por: Rafael Pisani

 

Observação: No servidor anterior foi postado no dia 02/09/2013 as 13:07.

 

Referencias bibliográficas:

 

Rappaport, Clara Regina. R169p Psicologia do desenvolvimento/Clara Regina Rappaport, Wagner da Rocha Fiori, Claúdia Davis, -São Paulo: EPU, 1981Disponível em: http://gen2011urc.files.wordpress.com/2012/03/rappaport-_modelo-psicanalitico.pdf Data de acesso: 30 de agosto de 2013

 

Disponível em: http://jus.com.br/artigos/18760/a-importancia-das-fases-psicossexuais-do-desenvolvimento-infantil-segundo-freud-para-melhor-proteger-o-psiquismo-da-crianca-e-do-adolescente Emerson Odilon Sandim/ http://jus.com.br . Data de acesso: 30 de agosto de 2013

 

Disponível em: http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2013/04/08/vivida-no-tempo-ideal-fase-oral-impulsiona-desenvolvimento.htm Ludmila Ortiz Paiva/ http://mulher.uol.com.br . Data de acesso: 30 de agosto de 2013

 

Disponível em: http://psico-desenvolvimento.webnode.com.pt/piaget%20e%20a%20cognição/freud-e-a-sexualidade-infantil/ . /http://psico-desenvolvimento.webnode.com.pt . Data de acesso: 30 de agosto de 2013

 

Disponível em: http://ronaldopsicanalista.blogspot.com.br/2011/07/fase-oral.html Ronaldo José de Sales Pereira/ http://ronaldopsicanalista.blogspot.com.br . Data de acesso: 30 de agosto de 2013

 



[2] Fonte até esse momento exceto a nomeação sádico canibal: http://ronaldopsicanalista.blogspot.com.br/2011/07/fase-oral.html

[3] Fonte do trecho “também não distinguindo o mundo externo de si mesma, passando a considerar inclusive o seio materno como parte de si”: http://ronaldopsicanalista.blogspot.com.br/2011/07/fase-oral.html

[4] Fonte até esse trecho e nomeação sádico canibal: http://gen2011urc.files.wordpress.com/2012/03/rappaport-_modelo-psicanalitico.pdf


Fonte: Rafael Pisani Ribeiro

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