A quase uma semana de encerrar o prazo para registrar sua sigla caso queira concorrer à Presidência em 2014, Marina Silva tem feito pressão corpo a corpo em cima do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Um dos pretextos usados é a criação recente de dois novos partidos, o PROS e o Solidariedade.
Aliados da ex-senadora cobram isonomia dos ministros.
Depois de se reunir com Dias Toffoli na terça-feira, Marina visitou na quarta-feira Laurita Vaz, relatora do processo da Rede no tribunal.
Até o final da semana, tem encontros marcados com Marco Aurélio Mello, João Otávio de Noronha e Luciana Lóssio.
A cada ministro, ela entregou um relatório de 100 páginas mostrando irregularidades no processo de validação das assinaturas de apoio pelos cartórios eleitorais.
De acordo com a Justiça Eleitoral, um partido político precisa apresentar 492 mil fichas de apoio certificadas por cartórios eleitorais para ser oficializado.
A Rede, que só conseguiu 440 mil, tenta pressionar o TSE a considerar válidos cerca de 95 mil fichas que foram rejeitadas sem justificativa pelos cartórios.
O TSE resiste.
A presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, disse ontem que a decisão da Corte de autorizar a criação de dois novos partidos – o Solidariedade (SDD) e o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) não beneficia em nada o Rede Sustentabilidade.
Na noite de terça-feira, ao analisar os casos do SDD e do Pros, os ministros do TSE entenderam que os dois partidos cumpriram os critérios necessários para sua fundação, apesar de suspeitas de fraudes em assinaturas.
Na mesma sessão, 3 dos 7 ministros sinalizaram que não aceitarão certidões genéricas de apoio entregues pelos cartórios, o que prejudica Marina.
A pressão pela liberação da sigla também foi intensificada por artistas na internet.
Marcos Palmeira e Adriana Calcanhotto publicaram vídeos dizendo que a Justiça Eleitoral não pode negar o registro por falhas em sua própria estrutura.
Wagner Moura vai novamente defender a causa.
Fernando Meirelles criticou no Twitter o alto índice de rejeição de fichas no ABC paulista. “Quero crer que não foi organizado. Mas é uma pena, porque a gente sabe que os outros partidos aprovados são de negociação”, afirmou.
Do sitio Brasil 24/7
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