Por João Guilherme Vargas Netto
Os diretores das entidades sindicais de trabalhadores formam, no Brasil, o maior contingente de pessoas eleitas para exercerem suas funções.
Embora não se saiba ao certo quantos são, se considerarmos um número relativamente pequeno de diretores por entidade (sete, por exemplo) o total supera em muito o número de vereadores eleitos nas Câmaras Municipais, que são 60 mil.
O eleitorado dos vereadores é, no mínimo, 15 vezes maior que o eleitorado dos diretores sindicais, mas estes o superam em número por conta da dispersão das categorias nos vários municípios.
Os vereadores têm função legislativa, enquanto os diretores sindicais têm funções executivas e de representação (nas entidades sindicais o “legislativo” são as assembleias de empresas ou de categorias).
Esses milhares de diretores representam os trabalhadores e as trabalhadoras nas 40 mil negociações que ocorrem a cada ano nas campanhas salariais e nas negociações nas empresas.
O conjunto heterogêneo de diretores emite a única voz dos trabalhadores e trabalhadoras organizados, ressalvadas, obviamente, as manifestações das direções nacionais, como nas CONCLATs.
Na burguesia os diretores sindicais, exceto em poucas e grandes entidades, não são os porta-vozes do empresariado, mas sim suas associações e seus líderes do mercado.
A grande luta das direções sindicais superiores (federações, confederações e centrais) é pela unificação dessa voz, ampliando-a e fazendo-a ser ouvida pela sociedade e pelo governo, com pautas unitárias, agregadoras, compreensíveis e mobilizadoras.
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