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| Charge: Dario Castillejos/CartonClub |
Neste final de semana, Jair Bolsonaro voltou a manifestar todo seu servilismo, seu complexo de vira-lata, diante dos EUA e de Israel. Nas redes sociais, ele postou uma montagem de fotos dos seus encontros com Donald Trump, o cowboy do império em decadência, e o carniceiro sionista Benjamin Netanyahu. A publicação foi feita logo após o governo ianque anunciar os ataques criminosos contra três instalações nucleares do Irã – em Natanz, Isfahã e Fordow.
O bajulador nativo ainda compartilhou o discurso de Donald Trump sobre os bombardeios, no qual se jactou do “ataque muito bem-sucedido” contra alvos iranianos – o que foi relativizado no dia seguinte pelo próprio chefe das Forças Armadas dos EUA. No seu mandado de lesa-pátria, Jair Bolsonaro gostava de bater continência para a bandeira ianque – para delírio dos patriotários – e carregar a bandeira de Israel – para o transe de evangélicos. Fora do governo, o inelegível mantém o servilismo para conseguir apoio dos EUA contra o Judiciário brasileiro.
"Sujeito servil a interesses externos"
Sua postura de lambe-botas do império difere da posição altiva do governo Lula. Logo após o bombardeio, o Ministério das Relações Exteriores condenou “com veemência” a ação militar, classificando-a como uma violação da soberania do Irã e do direito internacional. “Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica”, afirma a nota.
A postagem do vira-lata também gerou dura reação de Gleisi Hoffman, ministra das Relações Institucionais do governo Lula. “Bolsonaro não entende que o Brasil e os brasileiros são a favor da paz e da soberania dos países. Seu apoio à dupla de extrema-direita Trump-Netanyahu, nas redes sociais, só confirma que é um sujeito servil a interesses externos”, escreveu no X, antigo Twitter. Ela também lembrou que “quanto mais avança o julgamento de seus crimes no STF, mais ele apela a uma intervenção estrangeira no Brasil. Soberania, democracia e Justiça não existem em seu dicionário”.
