Por Altamiro Borges
Em entrevista publicada nesta semana pela revista estadunidense The Atlantic, o presidente Donald Trump expôs toda a arrogância do império decadente. Após afirmar que está se “divertindo muito” no seu segundo mandato, ele disparou: “Da primeira vez eu tinha duas coisas para fazer, mandar no país e sobreviver... Nesta segunda vez, eu mando no país e no mundo”. Essa postura imperialista, porém, esbarra cada vez mais na indignação dos povos de várias nações, que rejeitam os “tarifaços” e as ameaças de invasão do neofascista ianque.
As formas de resistência crescem e se diversificam. Nesta quarta-feira (30), o jornalista Jamil Chade postou no site UOL que a “Coca-Cola, um dos símbolos dos EUA para consumidores de todo o mundo e marca que se confundiu com o próprio processo de influência americana, passou a ser alvo de um boicote. O motivo: a ofensiva de Donald Trump contra a Groenlândia e as diferentes crises estabelecidas pelo novo presidente dos EUA pelo mundo”.
Na Dinamarca, que controla o território da Groenlândia a queda no consumo do refrigerante foi confirmada por Jacob Aarup-Andersen, executivo da Carlsberg, a empresa que engarrafa a bebida no mercado local. Ele informou que há “um nível de boicote do consumidor em torno das marcas dos EUA". A rejeição ao produto também foi confirmada pelo chefão mundial da Coca-Cola, James Quincey, que admitiu que existe um sentimento “antiamericano” por parte do consumidor “em certas populações” do mundo inteiro.
Multinacional ajuda nas deportações de latinos
De acordo com Jamil Chade, “o esforço da empresa é o de se desvincular dos EUA. ‘Somos uma marca global, com valores universais e tem operações locais’, disse. Segundo ele, focar no fato de que a marca é ‘local’ em cada um dos países e tornar os produtos mais acessíveis são as estratégias para lidar com o boicote. ‘É um problema que vimos antes, que vimos no primeiro trimestre de 2025 e acontecerá no futuro’, disse”.
Não é apenas a Coca-Cola, uma das marcas que mais simboliza o império ianque, que sofre boicotes. “No Canadá e mesmo em outros países atacados por Trump, marcas americanas ou associadas ao bilionário Elon Musk têm sido alvos de rejeição por parte do consumidor. O turismo vem caindo nos EUA, também como uma reação às políticas do novo presidente”.
No caso da Coca-Cola, porém, ainda há um agravante. Ela tem sido associada ao neofascista Donald Trump no próprio território ianque – o que tem gerado reações no próprio mercado doméstico. “Denúncias não confirmadas de que a companhia estaria ajudando as autoridades de imigração no caso das deportações levaram a população hispânica a promover um boicote contra a marca. A Coca-Cola nega qualquer vínculo. Mas a Freeze Latino Movement promove uma campanha nos EUA contra a marca”. Os ativistas desse movimento pedem que “latinos e latinas parem de gastar dinheiro [com essa e outras marcas]. Mantenham a linha. Todos nós podemos, coletivamente, causar um grande impacto simplesmente não gastando nosso dinheiro”.
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