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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também apelidado nas redes digitais de Dudu Bananinha, sofreu mais um revés nesta semana. A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o prosseguimento no Supremo Tribunal Federal (STF) da queixa-crime movida pela cantora Daniela Mercury contra o difusor de fake news por difamação. Em ação apresentada em julho de 2022, a artista argumentou que o filhote 03 do “capetão” Jair Bolsonaro espalhou mentiras contra ela, colocando em risco sua carreira e sua vida.
Eduardo Bolsonaro compartilhou no Twitter um vídeo que, ao ser editado, insinuou que Daniela Mercury teria afirmado que Jesus Cristo “era gay, gay, muito gay, muito bicha, muito veado, sim!”. As declarações da cantora, feitas em julho de 2018, em um show em Pernambuco, referiam-se, na realidade, ao cantor e compositor Renato Russo (1960-1996), de quem a artista era amiga.
Deputado foge da Justiça
No documento enviado ao STF nesta quarta-feira (14), o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, defendeu que a Corte aceite a ação. Na sua avaliação, o deputado de extrema direita “ultrapassou os limites da liberdade de expressão e os contornos da sua imunidade parlamentar material”. Como em outros casos, o filhote covarde de Jair Bolsonaro fez de tudo para fugir da intimação.
Conforme relato do site Metrópoles, “depois de quase um ano e meio de tentativas de ser intimido pelo STF para apresentar uma resposta à ação de Daniela Mercury, Eduardo Bolsonaro foi notificado por meio de edital, quando é ‘desconhecido o paradeiro do acusado, ou se este criar dificuldades para que o oficial cumpra a diligência’. Mesmo assim, ele não apresentou defesa na queixa-crime”.
Difusor de fake news agride professores
A mesma atitude, o metido a valentão teve em outra ação judicial. Matéria publicada na Folha no início de junho passado destacou no título que “Eduardo Bolsonaro foge de intimação por ofender professores há seis meses”. Segundo a reportagem, “o STF tenta há seis meses, sem sucesso, intimar o deputado federal para responder a uma queixa-crime por ter comparado o que chamou de ‘professores doutrinadores’ a traficantes de drogas em julho do ano passado”.
“Foram ao menos sete tentativas fracassadas de intimar o deputado. No relato enviado ao STF, os oficiais dizem que receberam ‘informações desencontradas e imprecisas’ dos funcionários do deputado e afirmam que nunca conseguiram ter acesso a ele nas ‘múltiplas diligências feitas em seu gabinete e nos plenários’. Eles relatam que ouviram de funcionários diversas promessas de que ele estava prestes a chegar que nunca se concretizavam, além de sugestões para que ficassem indo e voltando ao gabinete durante todo o dia ou que ‘aguardassem no corredor durante o dia todo até que ele aparecesse’”.
Tal pai, tal filho. Dois fujões covardes!