Por Bepe Damasco, em seu blog:
Analistas de pesquisas eleitorais costumam considerar como confortável o patamar acima dos 40% das intenções de voto para prefeitos, governadores e presidentes que concorrem à reeleição. Pois a presidenta Dilma alcançou 42% na pesquisa feita pelo Datafolha nesta sexta-feira (11) e publicada hoje, sábado (12). No cenário no qual deve ser disputada a eleição de 2014, Dilma obtém 42%, Aécio 21% e Eduardo Campos 15%. Outro dado interessante é que o espólio de Marina até o momento foi herdado praticamente em partes iguais pelos três concorrentes, cabendo à presidenta 7% dos eleitores marinistas.
Analistas de pesquisas eleitorais costumam considerar como confortável o patamar acima dos 40% das intenções de voto para prefeitos, governadores e presidentes que concorrem à reeleição. Pois a presidenta Dilma alcançou 42% na pesquisa feita pelo Datafolha nesta sexta-feira (11) e publicada hoje, sábado (12). No cenário no qual deve ser disputada a eleição de 2014, Dilma obtém 42%, Aécio 21% e Eduardo Campos 15%. Outro dado interessante é que o espólio de Marina até o momento foi herdado praticamente em partes iguais pelos três concorrentes, cabendo à presidenta 7% dos eleitores marinistas.
Nas simulações de segundo turno, Dilma bate com folga Aécio e Campos e também ganha de Marina, se bem que por uma diferença menor ( Dilma 54%, Aécio 31%; Dilma 51%, Serra 33%; Dilma 54%, Campos 28%; Dilma 47%, Marina 41%). Já em relação ao importante quesito votação espontânea, que demonstra uma inclinação de voto mais consolidada por parte do eleitor, Dilma é lembrada por 17% dos consultados, Lula por 6%, Aécio 4% e Marina 4%.
Vale registrar que os pesquisadores do Datafolha foram a campo seis dias depois do anúncio da filiação de Marina ao PSB. Do sábado, dia 7, para cá as editorias de política dos jornalões, da Rede Globo e demais emissoras de tevê, das rádios e dos sites ligados ao PIG praticamente só se ocuparam em reverberar essa notícia, com direito a mesas redondas e aos comentários dos "especialistas" e convidados de sempre. Um verdadeiro bombardeio para vender a ideia de que finalmente aparecera uma alternativa eleitoral com consistência e densidade eleitoral suficientes para impedir a reeleição da presidenta Dilma.
Também todas as revistas semanais que começaram a circular neste sábado tratam do assunto na capa. E fora CartaCapital, que lança dúvidas sobre a eficácia da aliança entre Campos e Marina, todas as outras carregam tintas no tom grandiloquente e ufanista. Tudo isso depois de Marina e o PSB andarem se estranhando devido às declarações da recém-filiada insinuando que pode vir a pleitear a troca de posições com Campos, saindo ela candidata a presidenta. Na verdade, ninguém é capaz de prever a quantidade e as consequências dos "arranca-rabos" entre os dois. Mas quem acredita que Eduardo Campos cederá o lugar à Marina, acredita em tudo (peço licença mais uma vez para usar o bordão do Paulo Nogueira).
Primeiro porque Campos, a despeito da cara e jeito de bom moço, tem nítida vocação para cacique de partido. Até a pomba da paz, símbolo do Partido Socialista Brasileiro, sabe que quem manda no PSB é o governador de Pernambuco. Depois porque Campos não entregaria dois ministérios e centenas de cargos no governo federal a troco de nada. Sem falar no estremecimento que essa decisão causou na relação com seu principal aliado e padrinho político, Luis Inácio Lula da Silva, que, segundo gente próxima ao ex-presidente, não que ver o candidato do PSB à presidência nem pintado.
Voltando à pesquisa do Datafolha, ela revela que, em menos tempo do que se esperava, Aécio e Campos estão condenados a travar uma briga de foice pela segunda colocação e, consequentemente, por uma vaga no hoje pouco provável segundo turno. Como pesquisa é uma radiografia do momento, muita água ainda vai rolar debaixo da ponte até o dia 5 de outubro de 2014. Com todas as ressalvas que merecem ser feitas, tal qual o pouco tempo que o eleitor teve para absorver o novo cenário com a desistência de Marina e sua aliança com Campos, por enquanto não se consumou o esfarelamento de Aécio. Veremos nas próximas pesquisas por que motivos. Será que a mistura de feijão (Campos) com melancia (Marina) pode causar indigestão no eleitor ?
Não dá para terminar sem compartilhar com os amigos e amigas mais uma artimanha do velho Datafolha de guerra. Já prevendo um resultado favorável à Dilma na sua pesquisa, o instituto da família Frias apelou. No site UOL, e provavelmente também na edição da Folha de São Paulo de hoje, o jornalista da casa, Fernando Rodrigues, faz uma análise absolutamente inédita e esquisita da pesquisa.
Nunca antes na história deste país um instituto de pesquisas perguntou ao eleitor :"Você vota na chapa com fulano para presidente e beltrano para vice ou na chapa sicrano presidente e soprano para vice ?" Pois, para induzir o eleitor a optar pela chapa com Marina como vice, o Datafolha fez uma outra sondagem paralela perguntando ao eleitor se ele votaria em Dilma-Temer ou Eduardo-Marina. Como não teve coragem de publicar o resultado no corpo da matéria principal sobre a pesquisa, a Folha incumbiu um dos seus serviçais de fazê-lo. Essa é a Folha.
Vale registrar que os pesquisadores do Datafolha foram a campo seis dias depois do anúncio da filiação de Marina ao PSB. Do sábado, dia 7, para cá as editorias de política dos jornalões, da Rede Globo e demais emissoras de tevê, das rádios e dos sites ligados ao PIG praticamente só se ocuparam em reverberar essa notícia, com direito a mesas redondas e aos comentários dos "especialistas" e convidados de sempre. Um verdadeiro bombardeio para vender a ideia de que finalmente aparecera uma alternativa eleitoral com consistência e densidade eleitoral suficientes para impedir a reeleição da presidenta Dilma.
Também todas as revistas semanais que começaram a circular neste sábado tratam do assunto na capa. E fora CartaCapital, que lança dúvidas sobre a eficácia da aliança entre Campos e Marina, todas as outras carregam tintas no tom grandiloquente e ufanista. Tudo isso depois de Marina e o PSB andarem se estranhando devido às declarações da recém-filiada insinuando que pode vir a pleitear a troca de posições com Campos, saindo ela candidata a presidenta. Na verdade, ninguém é capaz de prever a quantidade e as consequências dos "arranca-rabos" entre os dois. Mas quem acredita que Eduardo Campos cederá o lugar à Marina, acredita em tudo (peço licença mais uma vez para usar o bordão do Paulo Nogueira).
Primeiro porque Campos, a despeito da cara e jeito de bom moço, tem nítida vocação para cacique de partido. Até a pomba da paz, símbolo do Partido Socialista Brasileiro, sabe que quem manda no PSB é o governador de Pernambuco. Depois porque Campos não entregaria dois ministérios e centenas de cargos no governo federal a troco de nada. Sem falar no estremecimento que essa decisão causou na relação com seu principal aliado e padrinho político, Luis Inácio Lula da Silva, que, segundo gente próxima ao ex-presidente, não que ver o candidato do PSB à presidência nem pintado.
Voltando à pesquisa do Datafolha, ela revela que, em menos tempo do que se esperava, Aécio e Campos estão condenados a travar uma briga de foice pela segunda colocação e, consequentemente, por uma vaga no hoje pouco provável segundo turno. Como pesquisa é uma radiografia do momento, muita água ainda vai rolar debaixo da ponte até o dia 5 de outubro de 2014. Com todas as ressalvas que merecem ser feitas, tal qual o pouco tempo que o eleitor teve para absorver o novo cenário com a desistência de Marina e sua aliança com Campos, por enquanto não se consumou o esfarelamento de Aécio. Veremos nas próximas pesquisas por que motivos. Será que a mistura de feijão (Campos) com melancia (Marina) pode causar indigestão no eleitor ?
Não dá para terminar sem compartilhar com os amigos e amigas mais uma artimanha do velho Datafolha de guerra. Já prevendo um resultado favorável à Dilma na sua pesquisa, o instituto da família Frias apelou. No site UOL, e provavelmente também na edição da Folha de São Paulo de hoje, o jornalista da casa, Fernando Rodrigues, faz uma análise absolutamente inédita e esquisita da pesquisa.
Nunca antes na história deste país um instituto de pesquisas perguntou ao eleitor :"Você vota na chapa com fulano para presidente e beltrano para vice ou na chapa sicrano presidente e soprano para vice ?" Pois, para induzir o eleitor a optar pela chapa com Marina como vice, o Datafolha fez uma outra sondagem paralela perguntando ao eleitor se ele votaria em Dilma-Temer ou Eduardo-Marina. Como não teve coragem de publicar o resultado no corpo da matéria principal sobre a pesquisa, a Folha incumbiu um dos seus serviçais de fazê-lo. Essa é a Folha.
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