Por Altamiro Borges
O jornalista Felipe Patury, da revista Época, foi o primeiro a dar a notícia: “O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anima a articulação para convencer o tucano José Serra a se tornar candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo senador Aécio Neves (MG)”, informou em 28 de abril. Já neste domingo (5), a colunista da Folha, Eliane Cantanhêde, a da “massa cheirosa” do PSDB, soltou rojões para comemorar: “Ninguém acreditava, mas a possibilidade de José Serra ser candidato a vice na chapa de Aécio Neves é real e está crescendo. Significa que Serra pode dar a Aécio o que Aécio negou a Serra em 2010, com enorme impacto negativo na campanha tucana de então”.
Na avaliação da colunista tucana, que nunca escondeu a sua “posição oposicionista” aos governos Lula e Dilma – como ordenou a executiva do Grupo Folha e ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito – a chapa Aécio/Serra “é o que melhor se apresenta para ambos, num momento de grande ânimo nas oposições diante da queda de Dilma nas pesquisas e do salve-se quem puder governista. As principais vantagens para Aécio, ao agregar Serra como vice, seriam fortalecer a campanha em São Paulo, surfar no recall do nome dele e conferir um ar, digamos, mais maduro à chapa puro-sangue... E, para Serra, a vantagem é que ele não tem alternativa”.
A jornalista da Folha até cita algumas “desvantagens” para ambos, mas o clima geral é de euforia. Cantanhêde, por exemplo, não fala do “recall” de Serra como um recordista em rejeição, conforme atestam até as pesquisas do Datafolha. Também evita tratar das costumeiras – e sangrentas – bicadas entre os dois grãos-tucanos. Nem cita o isolamento do eterno candidato paulista, que sofreu inúmeras, duras e humilhantes derrotas no interior do PSDB. A jornalista só enxerga o lado róseo – cheiroso – da dobradinha. E até tenta convencer o seu amigo Serra. “O que é melhor, ser deputado e morar em apartamento funcional ou tentar ser vice-presidente, desfrutar do Palácio do Jaburu e participar do centro do poder?”.
No final do texto, ela mesma reconhece que “a união não é por amor, é por pragmatismo e cálculo político e individual”. Quanto aos interesses maiores da sociedade, danem-se! O importante é derrotar Dilma e o chamado “lulopetismo”. Haja ressaca para o povo brasileiro!
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Leia também:
- Mídia fecha com Aécio e descarta Campos
- Empresários e mídia optam por Aécio
- O crescimento biônico de Aécio Neves
- Aécio e a estranha pesquisa Sensus
- Agora é Dilma versus Globo
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Na avaliação da colunista tucana, que nunca escondeu a sua “posição oposicionista” aos governos Lula e Dilma – como ordenou a executiva do Grupo Folha e ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito – a chapa Aécio/Serra “é o que melhor se apresenta para ambos, num momento de grande ânimo nas oposições diante da queda de Dilma nas pesquisas e do salve-se quem puder governista. As principais vantagens para Aécio, ao agregar Serra como vice, seriam fortalecer a campanha em São Paulo, surfar no recall do nome dele e conferir um ar, digamos, mais maduro à chapa puro-sangue... E, para Serra, a vantagem é que ele não tem alternativa”.
A jornalista da Folha até cita algumas “desvantagens” para ambos, mas o clima geral é de euforia. Cantanhêde, por exemplo, não fala do “recall” de Serra como um recordista em rejeição, conforme atestam até as pesquisas do Datafolha. Também evita tratar das costumeiras – e sangrentas – bicadas entre os dois grãos-tucanos. Nem cita o isolamento do eterno candidato paulista, que sofreu inúmeras, duras e humilhantes derrotas no interior do PSDB. A jornalista só enxerga o lado róseo – cheiroso – da dobradinha. E até tenta convencer o seu amigo Serra. “O que é melhor, ser deputado e morar em apartamento funcional ou tentar ser vice-presidente, desfrutar do Palácio do Jaburu e participar do centro do poder?”.
No final do texto, ela mesma reconhece que “a união não é por amor, é por pragmatismo e cálculo político e individual”. Quanto aos interesses maiores da sociedade, danem-se! O importante é derrotar Dilma e o chamado “lulopetismo”. Haja ressaca para o povo brasileiro!
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