Ir para o conteúdo

Blog do Miro

Voltar a Blog
Tela cheia Sugerir um artigo

Siemens revela caixa 2 de PSDB e DEM

21 de Novembro de 2013, 23:23 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
Visualizado 17 vezes
Da revista CartaCapital:

Um documento entregue em 17 de abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ligado ao Ministério da Justiça, comprova que o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer disse possuir "documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no estado de São Paulo durante os governos (Mário) Covas, (Geraldo) Alckmin e (José) Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM".


Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-diretor da empresa alemã diz ainda que o atual secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), o deputado licenciado Edson Aparecido (PSDB), foi apontado pelo lobista Arthur Teixeira como recebedor de propina das multinacionais suspeitas de envolvimento com o cartel dos trens em São Paulo, no período que vai de 1998 a 2008.

O ex-executivo, que é um dos seis responsáveis por assinar um acordo com o Cade no qual a empresa alemã revela as ações do cartel de trens, cita ainda o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), aliado tucano, como mais um beneficiário.

O relatório entregue ao Cade em abril é primeiro documento oficial que faz referência a supostas propinas para políticos ligados a governos do PSDB que vem a público. Até então, o Ministério Público e a Polícia Federal apenas apontavam suspeitas de corrupção envolvendo ex-diretores de órgãos estatais, como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

No documento, Rheinheimer descreve o cartel como "um esquema de corrupção de grandes proporções, porque envolve as maiores empresas multinacionais do ramo ferroviário como Alstom, Bombardier, Siemens e Caterpillar e os governos do Estado de São Paulo e do Distrito Federal".

O texto faz menção também ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e aos secretários estaduais José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico). Os quatro políticos são citados pelo ex-diretor da Siemens como "envolvidos com a Procint", do lobista Arthur Teixeira e suspeita de intermediar propina a agentes públicos, segundo o MP e a PF.

Ele apontou ainda o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (PMDB), e o ex-governador do DF José Roberto Arruda como "políticos envolvidos com a MGE Transportes (Caterpillar)". A MGE é apontada, tanto pelo MP quanto pela PF, como uma outra rota da propina, via subcontratações como fornecedora da Siemens e de outras companhias do cartel.

Rheinheimer diz, por fim, ser o autor da carta anônima que deu início à investigação do cartel dos trens. Além disso, ele se diz disposto a contar o que sabe, mas sugere receber em contrapartida sua nomeação para um alto cargo na mineradora Vale.

O documento com as acusações foi enviado pelo Cade à Polícia Federal e anexadas ao inquérito que investiga o cartel em São Paulo e no Distrito Federal. Rheinheimer foi diretor da divisão de Transportes da Siemens, empresa na qual trabalhou por 22 anos, até março de 2007. Ele prestou depoimento à PF em regime de colaboração premiada - em troca de eventual redução de pena ou até mesmo perdão judicial.

Fonte: http://altamiroborges.blogspot.com/2013/11/siemens-revela-caixa-2-de-psdb-e-dem.html

0sem comentários ainda

    Enviar um comentário

    Os campos realçados são obrigatórios.

    Se você é um usuário registrado, pode se identificar e ser reconhecido automaticamente.

    Cancelar