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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

COL paga plano médico de Marin

2 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
Não satisfeito em aumentar seu salário na CBF de R$ 90 mil para R$ 130 mil e de receber mais R$ 110 mil no COL, além de pagar para seus assessores Ricardo Teixeira, R$ 105 mil, e Marco Polo Del Nero, R$ 130 mil, eis que José Maria Marin acaba de contratar o serviço de assistência médica Omint, por R$ 6.398,72 mensais, tudo pago pelo COL.


Alguém, muito liberal, e de hímen complacente, dirá que tanto a CBF quanto o COL são entidades privadas e que ninguém tem nada a ver com isso.

E Marin seguirá festejando por ter tirado a sorte grande pela segunda vez (a primeira foi quando sucedeu bionicamente Paulo Maluf no governo paulista), agora aos 80 anos de idade.

Assim como Del Nero, que o sucederá na CBF.

(A charge o blog foi buscar no “Lancenet!“, do excelente Mário Alberto, que por cinco anos ilustrou, para meu orgulho, as colunas desta blogueiro no diário “Lance!“).

(Publicado no blog do Kfouri)




Festival de Cinema Feminino no Rio destaca tema da sexualidade

2 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Com cerca de 90 filmes em cartaz, além de debates com o público, começa nesta terça-feira (3), no Rio de Janeiro (RJ), o 9º Festival Internacional de Cinema Feminino (Femina). Até domingo (8), filmes com foco na questão da sexualidade, a maioria dirigida por mulheres, serão exibidos no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, no centro da capital fluminense.

A mostra exibirá filmes brasileiros e estrangeiros selecionados entre os 800 inscritos – número recorde – e em festivais internacionais. A principal temática é a sexualidade que, de acordo com a curadora Paula Alves, apareceu espontaneamente. “Todo ano tem um tema que se destaca entre os selecionados. Este ano, especialmente, recebemos muitos filmes sobre essa questão”, explicou.
A abertura terá a pré-estreia no Brasil do longa Histórias Que Só Existem Quando Lembradas, da diretora Julia Murat. Ambientado no Vale do Paraíba, narra o encontro da padeira Madalena com uma jovem fotógrafa. Já recebeu dezenas de prêmios, entre eles os de melhor filme e de melhor atriz (para Sônia Guedes) do Festival de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
Entre os filmes brasileiros, a curadora indica o Irina, da diretora Sabrina Greve. O filme conta a história de uma jovem que vive sozinha na cidade de São Paulo, trabalhando em uma loja de aquários, que sonha em conhecer a Rússia. Sua vida se transforma quando ela ganha um concurso para conhecer Moscou.
Dos filmes estrangeiros, a maioria inéditos no Brasil, estão entre os mais esperados o turco Zefir, sobre uma adolescente de temperamento forte, que é obrigada a viver durante um tempo com os avós, e o libanês Os Três Desaparecimentos de Soad Hosni. Ele traça um perfil da atriz egípcia que dá nome ao filme, em toda a sua complexidade e com seus paradoxos.
O Femina também apresenta um filme sobre a polêmica crítica de teatro Bárbara Heliodora, o Bárbara em Cena, cuja exibição antecede a discussão com o público sobre o tema identidade. “O filme é sobre como ela se posiciona como crítica, uma pessoa supertemida pela classe artística, e como mulher”, disse Paula Alves .
Também será tema de discussões com o público e especialistas o feminismo, após exibição de um vídeo sobre a campanha política da diretora da organização não governamental Davida e da grife Daspu, Gabriela Leite.
Dentro da programação consta ainda uma homenagem à atriz Zezé Mota, com a exibição do filme que a consagrou, Xica da Silva (1976), de Cacá Diegues, domingo (8), às 18h. Uma pequena mostra para crianças e adolescentes, com temas variados, será realizada também no domingo, às14h, na Caixa Cultural. O ingresso custa R$ 2 a inteira.
A lista completa de filmes pode ser consultada no site do festival.
(*) Matéria reproduzida da Agência Brasil.




Vice de Serra é acusado de desviar dinheiro público para ONG dos donos da Veja

2 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaPor Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual

Escolhido no último fim de semana para disputar a prefeitura de São Paulo como vice de José Serra (PSDB), Alexandre Schneider (PSD) tem contra si um processo em que é acusado por desvio de dinheiro dos cofres públicos da prefeitura e do estado de São Paulo para favorecer a Fundação Victor Civita – ONG ligada ao grupo Abril, dono da revista Veja.

O processo, que resultou de denúncia oferecida pelo Ministério Público devidamente acatada pelo juiz, é o 0006305-89.2010.8.26.0053 e tramita na 12ª Vara de Fazenda Pública - Foro Central. A ação teve origem em representação apresentada pelo então vereador Beto Custódio (PT-SP). Nela, os promotores acusam:

1) Schneider, quando foi secretário municipal de Educação (na gestão Kassab), contratou a Fundação Victor Civita por relações de amizade e compadrio político, violando o princípio da impessoalidade;
2) A escolha foi feita "a dedo" e ilegalmente, dispensando a necessária licitação, já que havia muitas outras instituições habilitadas a prestarem o serviço chamado “Projeto de Formação Continuada para Diretores e Supervisores”;

3) Quem fez o serviço, de forma terceirizada, foi o Instituto Protagonistés, cuja presidenta é Rose Neubauer, uma tucana que foi secretária estadual de educação do governo Mario Covas, e amiga de Schneider – chama atenção e também causa estranheza a Fundação Victor Civita ter sido uma espécie de "laranja", apenas servindo de intermediária para a repassar o serviço contratado sem licitação para tal instituto.

4) As cartilhas do projeto foram impressas na gráfica da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, e a ONG dos Civita, junto com o instituto da tucana, só pagou a matéria prima utilizada, sem ressarcir aos cofres públicos o valor dos serviços dos funcionários e outras despesas diretas ou indiretas, causando prejuízo ao erário estadual. O presidente da Imprensa Oficial que autorizou a maracutaia era Hubert Alquéres, outro a compor esta "ação entre amigos" demotucanos, segundo a denúncia.

Diante disso, os promotores pedem na Justiça a devolução, aos cofres públicos da prefeitura, do valor de R$611.232,00, além das outras punições cabíveis. A decisão judicial negando tentativa de Schneider de trancar o processo, dá detalhes da denúncia (veja detalhe na reprodução acima).




Vivendo no fim dos tempos, novo livro de Zizek

1 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Não deveria haver mais nenhuma dúvida: o capitalismo global está se aproximando rapidamente da sua crise final. Slavoj Žižek identifica neste livro os quatro cavaleiros deste apocalipse: a crise ecológica, as consequências da revolução biogenética, os desequilíbrios do próprio sistema (problemas de propriedade intelectual, a luta vindoura por matérias-primas, comida e água) e o crescimento explosivo de divisões e exclusões sociais. E pergunta: se o fim do capitalismo parece para muitos o fim do mundo, como é possível para a sociedade ocidental enfrentar o fim dos tempos?

O fato é que a verdade dói, e para explicar porque tentamos desesperadamente evitá-la, mesmo que os sinais da “grande desordem sob o céu” sejam abundantes em todos os campos, Žižek recorre a um guia inesperado: o famoso esquema de cinco estágios da perda pessoal catastrófica (doença terminal, desemprego, morte de entes queridos, divórcio, vício em drogas) proposto pela psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross, cuja teoria enfatiza também que esses estágios não aparecem necessariamente nessa ordem nem são todos vividos pelos pacientes.

De acordo com Žižek, podemos distinguir os mesmos cinco padrões no modo como nossa consciência social trata o apocalipse vindouro. “A primeira reação é a negação ideológica de qualquer ‘desordem sob o céu’; a segunda aparece nas explosões de raiva contra as injustiças da nova ordem mundial; seguem-se tentativas de barganhar (‘Se mudarmos aqui e ali, a vida talvez possa continuar como antes…’); quando a barganha fracassa, instalam-se a depressão e o afastamento; finalmente, depois de passar pelo ponto zero, não vemos mais as coisas como ameaças, mas como uma oportunidade de recomeçar. Ou, como Mao Tsé-Tung coloca: ‘Há uma grande desordem sob o céu, a situação é excelente’”.

Os cinco capítulos se referem a essas cinco posturas. O capítulo 1, “Negação”, analisa os modos predominantes de obscurecimento ideológico, desde os últimos campeões de bilheteria de Hollywood até o falso apocaliptismo (o obscurantismo da Nova Era, por exemplo). O capítulo 2, “Raiva”, examina os violentos protestos contra o sistema global, em especial a ascensão do fundamentalismo religioso. O capítulo 3, “Barganha”, trata da crítica da economia política, com um apelo à renovação desse ingrediente fundamental da teoria marxista. O capítulo 4, “Depressão”, descreve o impacto do colapso vindouro, principalmente em seus aspectos menos conhecidos, como o surgimento de novas formas de patologia subjetiva. E, por fim, o capítulo 5, “Aceitação”, distingue os sinais do surgimento da subjetividade emancipatória e procura os germes de uma cultura comunista em suas diversas formas, inclusive nas utopias literárias e outras.

Žižek é otimista quanto ao que pode surgir desse processo de emancipação e apresenta sua obra como parte da luta contra aqueles que estão no poder em geral, contra sua autoridade, contra a ordem global e contra a mistificação ideológica que os sustenta. Para ele, engajar-se nessa luta significa endossar a fórmula de Alain Badiou, para quem mais vale correr o risco e engajar-se num Evento-Verdade, mesmo que essa fidelidade termine em catástrofe, do que vegetar na sobrevivência hedonista-utilitária. Rejeita, assim, a ideologia liberal da vitimação, que leva a política a renunciar a todos os projetos positivos e buscar a opção menos pior.

Trecho do livro

“Essa virada na direção do entusiasmo emancipatório só acontece quando a verdade traumática não só é aceita de maneira distanciada, como também vivida por inteiro: ‘A verdade tem de ser vivida, e não ensinada. Prepara-te para a batalha!’. Como os famosos versos de Rilke (“Pois não há lugar que não te veja. Deves mudar tua vida”), esse trecho de O jogo das contas de vidro, de Hermann Hesse, só pode parecer um estranho non sequitur: se a Coisa me olha de todos os lados, por que isso me obriga a mudar? Por que não uma experiência mística despersonalizada, em que ‘saio de mim’ e me identifico com o olhar do outro? E, do mesmo modo, se é preciso viver a verdade, por que isso envolve luta? Por que não uma experiência íntima de meditação? Porque o estado ‘espontâneo’ da vida cotidiana é uma mentira vivida, de modo que é necessária uma luta contínua para escapar dessa mentira. O ponto de partida desse processo é nos apavorarmos com nós mesmos. Quando analisou o atraso da Alemanha em sua obra de juventude Crítica da filosofia do direito de Hegel, Marx fez uma observação sobre o vínculo entre vergonha, terror e coragem, raramente notada, mas fundamental:

É preciso tornar a pressão efetiva ainda maior, acrescentando a ela a consciência da pressão, e tornar a ignomínia ainda mais ignominiosa, tornando-a pública. É preciso retratar cada esfera da sociedade alemã como a partie honteuse [parte vergonhosa] da sociedade alemã, forçar essas relações petrificadas a dançar, entoando a elas sua própria melodia! É preciso ensinar o povo a se aterrorizar diante de si mesmo, a fim de nele incutir coragem.”

Sobre o autor

Slavoj Žižek nasceu em 1949 na cidade de Liubliana, Eslovênia. É filósofo, psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. Transita por diversas áreas do conhecimento e, sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan, efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós‑modernidade. Professor da European Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana, Žižek preside a Society for Theoretical Psychoanalysis, de Liubliana, e é diretor internacional do Instituto de Humanidades da Universidade Birkbeck de Londres. Vivendo no fim dos tempos é o seu sétimo livro traduzido pela Boitempo. Dele, a editora também publicou Bem‑vindo ao deserto do Real!, em 2003, Às portas da revolução (escritos de Lenin de 1917), em 2005, A visão em paralaxe, em 2008, Lacrimae Rerum, em 2009, Em defesa das causas perdidas e Primeiro como tragédia, depois como farsa, os dois últimos em 2011.
Ficha técnica
Título: Vivendo no fim dos tempos
Título original: Living in the end times
Autor: Slavoj Žižek
Tradução: Maria Beatriz de Medina
Orelha: Emir Sader
Páginas: 368
ISBN: 978-85-7559-212-0
Preço: R$ 52,00
Editora: Boitempo
(*) Divulgação da editora Boitempo.




Um orgulho raro e o futuro da Amazônia

1 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Em março de 2010 o professor Roberto F. Cunha reproduziu em seu blog a reportagem intitulada “Pará ganha medalha na Olimpíada do Conhecimento”, publicada originalmente no Diário do Pará, jornal de maior circulação no Estado.

Na matéria, lê-se que o agraciado fora Victor Cunha, 18 anos, prata na ocupação “Eletrônica Industrial” da Olimpíada do Conhecimento do Senai, competição bienal de educação profissional.

O blogueiro Roberto Cunha provavelmente reproduziu a reportagem não apenas porque é professor: ele é pai do medalhista. Noscomentários ao post em seu próprio blog, o professor não escondeu o orgulho: “Parabéns filho, para você e todos da delegação. O Pará agradece”.

Naquela competição, o quadro de medalhas foi liderado por São Paulo, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraná. O Pará ficou entre os últimos. O representante da região Norte mais bem colocado foi o Acre: 21º lugar.

Diz-se no jornalismo que u cachorro morder um homem não é notícia, mas um homem morder um cachorro, sim. Daí o feito do jovem Victor merecer destaque no Diário do Pará: é fato raro um estudante da região Norte do Brasil estar entre os vencedores em competições desse tipo.

Compilados pelo movimento Todos pela Educação, dados do Saeb (Sistema Nacional da Educação Básica, programa do Governo Federal) indicam que os estudantes da Região Amazônica estão bem abaixo da média nacional quando o assunto é desempenho.

Números de 2007 (ver quadro) demonstram que a maioria dos meninos e meninas da região Norte apresentou desempenho abaixo do esperado para a sua série, tanto em Português como em Matemática. E a situação piora após alguns anos na escola: no último ano do Ensino Fundamental, o desempenho é sofrível.

Em Matemática, por exemplo: de cada 100 estudantes na 8ª série (9º ano) na Região Norte, menos de 10 têm desempenho adequado. Péssima notícia para um país que sofre com a falta de mão-de-obra técnica qualificada, especialmente em Engenharia, que depende da formação em Matemática.

Não parece tão difícil identificar as causas deste baixo desempenho dos meninos da Amazônia: corrupção e problemas de gestão aparecem associados ao sistema público de ensino na região Amazônica, ao menos no âmbito municipal, como veremos na segunda reportagem desta série.

Uma situação que contrasta com o vertiginoso crescimento econômico da região – afinal, Rondônia e Roraima estão entre os estados que mais crescem no país.

O resultado de políticas públicas ineficientes aparece nos dados desta reportagem: em pelo século 21, em plena “Era da Informação”, ainda há muitos analfabetos na região Norte.

Além disso, todos os Estados da região estão abaixo da nota média do Brasil no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da primeira etapa do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries). O mesmo cenário, com exceção do Acre, se repete na segunda parte do antigo 1º grau.

E os problemas não se restringem ao Ensino Fundamental. As taxas de abandono no Ensino Médio são bastante altas na região, bem maiores do que a média nacional, atingindo quase 18% dos estudantes no Pará, por exemplo.

Uma parcela das gerações mais vividas da Amazônia não teve oportunidade de obter educação formal (veja dados sobre a proporção de pessoas que nunca freqüentaram a escola). A geração adulta atual comemora os raros feitos dos amazônicos na área do conhecimento.

E as futuras gerações de líderes da região? Quase 100% deles está atualmente na escola, mas o retrato do desempenho dos alunos indica que o acesso não resolve a questão. Uma vez na escola, ainda há muito a ser feito para que os meninos da Amazônia recebam tanta atenção e investimento quanto a sua floresta.