Conexões Gramado Film Market discute turismo audiovisual e oportunidades para produtores
19 de Agosto de 2025, 11:06
O Conexões Gramado Film Market (CGFM), braço mercadológico do Festival de Cinema de Gramado, é um importante espaço que reúne profissionais, gestores e players do audiovisual de todo o Brasil para fortalecer o ecossistema do setor. Promovido pela Secretaria da Cultura, por meio do Instituto Estadual de Cinema e com apoio da Agência Nacional de Cinema (Ancine), o evento oferece uma série de painéis, debates e oficinas voltados para o desenvolvimento do mercado audiovisual brasileiro.
A abertura contou com a diretora do Instituto Estadual de Cinema, que destacou a importância do CGFM como uma janela pujante para realizadores gaúchos e de todo o Brasil, ressaltando a parceria com instituições como Gramadotur, Ancine e outras para a realização gratuita do evento.
Durante o encontro, foi anunciado um edital significativo para distribuição de longas-metragens em diferentes formatos, com recursos expressivos para apoiar filmes em fase de finalização. Essa iniciativa visa atender a uma demanda antiga do setor: aumentar a circulação das produções brasileiras, ampliando o alcance nacional dos títulos e fortalecendo a comercialização do audiovisual.
Entre os temas discutidos, o potencial do audiovisual para promover o turismo e o chamado soft power brasileiro ganhou destaque. O soft power é o impacto cultural que encanta e cria uma imagem positiva do país no exterior, como exemplificado pelo samba e o Carnaval, que inspiram até personagens da cultura pop internacional. A importância de uma Film Commission Nacional, alinhada com políticas federais, foi ressaltada como ferramenta estratégica para fortalecer a presença do Brasil no cenário audiovisual mundial.
Outro ponto central do evento foram as Film Commissions regionais e internacionais, que promovem territórios a partir das produções audiovisuais, destacando o turismo como um meio de potencializar cultural e economicamente ativos locais. A ampliação do conceito para o “Turismo de Tela” evidencia como conteúdos audiovisuais provocam emoções e incentivam o público a conhecer os locais retratados, tornando o cinema e outros eventos audiovisuais importantes ativos para promoção turística.
O CGFM também incentiva o intercâmbio de experiências entre realizadores locais, apoiado por diversas instituições, incluindo a ApexBrasil, ONU Mulheres e o Instituto + Mulheres, promovendo a capacitação e a internacionalização dos projetos audiovisuais brasileiros.
Programação
No CGFM, serão promovidos onze painéis até esta terça-feira (19/8). Na segunda-feira (18/8), o destaque foi a grande reunião para trocas de experiências dos realizadores gaúchos dos nove coletivos de produtores do estado: o II Encontro dos Ecossistemas Audiovisuais do Rio Grande do Sul. O Conexões Gramado Film Market conta com apoio de Cinema do Brasil – Siaesp, ApexBrasil, ONU Mulheres e Instituto + Mulheres. Clique aqui para acessar a programação completa do Conexões.
Declaração da OpenAI fere soberania cultural e desrespeita criadores brasileiros
19 de Agosto de 2025, 10:18A Abramus, entidade que representa mais de 124 mil criadores musicais, repudia veementemente as declarações de representante da OpenAI, proferidas na Rio Innovation Week. Ao afirmar que no contexto da tramitação do marco legal da IA brasileiro “fala em números muito pequenos de detentores de direitos, não em artistas”, a empresa demonstra desconhecimento grosseiro da legislação nacional e desprezo pelos milhares de autores, compositores, bem como artistas intérpretes e executantes que sustentam a cultura brasileira.
A distinção entre “artistas” e “detentores de direitos” é uma falácia perigosa. No Brasil, onde a música é orgulho da identidade nacional, esses termos são faces da mesma moeda: milhares de associados da Abramus são criadores ativos, cuja subsistência depende diretamente da proteção autoral.
A OpenAI, que se beneficia de conteúdos artísticos sem autorização para treinar seus modelos, ignora que a lei 9.610/98 garante remuneração justa pelo uso de obras.
Nunca se tratou de barrar “avanços tecnológicos”, mas sim de garantir a valorização do trabalho criativo.
A estratégia da empresa reflete um padrão global de exploração.
Nos EUA, a OpenAI enfrenta ações judiciais de veículos como The New York Times por uso não autorizado de criações intelectuais. No Brasil, se esquiva de acordos com detentores locais e, ainda, tenta impor o “fair use” (conceito alienígena à nossa lei) para justificar seu lobby contra a inclusão da proteção aos direitos autorais no marco da IA.
A alegação de que remunerar criadores criaria um “pedágio caríssimo” é descabida e leviana. Enquanto a empresa se agiganta, artistas do mundo inteiro veem suas obras desvalorizadas por sistemas que replicam seus estilos sem contrapartida alguma, precarizando o seu trabalho.
Exigimos ação imediata:
- Aprovação imediata do PL 2338/2023, em tramitação no Congresso, para garantir que a regulação de IA proteja direitos autorais sem concessões predatórias;
- Retratação pública da OpenAI pelas declarações que ofendem a soberania cultural brasileira;
- Diálogo transparente entre desenvolvedores de IA e entidades gestoras de direitos, com base nos princípios constitucionais de que Cultura não é mercadoria, mas expressão do povo (Art. 215, CF/88) e de que direito autoral não é pedágio, mas direito fundamental que garante a dignidade da pessoa do criador (Art. VII e XXVIII).
A tecnologia deve amplificar vozes criativas, não as silenciar. A Abramus seguirá na linha de frente pela defesa intransigente de quem faz da arte seu sustento porque sem Cultura, não há nação.
(Com ABRAMUS – Associação Brasileira de Música e Artes)
5 maneiras de combater o fascismo — e a pouca liberdade de compartilhar ideias
15 de Agosto de 2025, 8:24Hoje quero compartilhar com vocês um pouco da minha experiência, que acabou revelando um problema grave que enfrentamos na luta contra o fascismo e pela liberdade de expressão. Ontem, publiquei no meu perfil do Threads um compartilhamento de um post muito importante, chamado “5 MANEIRAS DE COMBATER O FASCISMO”, vindo de um blog que conheço bem (ESTE BLOG), que criei ainda em 2008 e que tem sido uma fonte constante de reflexões e conteúdos relevantes desde então. Já compartilhei inúmeras vezes textos e links desse blog em várias redes e nunca tive problemas, inclusive no citado Threads.
- Facebook — a maior rede social do mundo, com bilhões de usuários ativos.
- Instagram — rede social focada em fotos, vídeos e Reels, muito popular globalmente.
- WhatsApp — aplicativo de mensagens instantâneas líder mundial.
- Threads — rede social de textos e microblogging integrada ao Instagram, para competir com o Twitter.
- Reality Labs — divisão responsável por tecnologias de realidade virtual (VR) e aumentada (AR), com produtos como Meta Quest (óculos VR) e desenvolvimento do metaverso.
- Meta AI — inteligência artificial própria da Meta, que está sendo aplicada em diversos produtos da empresa, incluindo sistemas de recomendação e automação publicitária.
Dessa vez, para minha surpresa, meu compartilhamento foi rapidamente removido — algo que NUNCA havia acontecido antes, especialmente com links para este blog. Não sei se é algum erro automático dos sistemas ou censura disfarçada, mas o fato é que, mesmo pequeno, sigo firme na luta contra o fascismo e pela democracia.
A batalha pela liberdade de opinião e contra o fascismo não é fácil, mas ela deve ser travada com coragem e persistência, não importa o tamanho da voz que levamos para essa causa.
Convido você a assistir ao vídeo que inspirou o post “5 Maneiras de Combater o Fascismo” (link abaixo) e refletir sobre o papel de cada um na resistência a esse mal que ainda assombra o mundo.
5 Maneiras de Combater o Fascismo Hoje, Segundo Paul Mason
14 de Agosto de 2025, 14:46O fascismo é um fenômeno que, infelizmente, presenciamos ressurgir em várias partes do mundo nos últimos anos. Mas o que podemos fazer para frear essa ameaça crescente que fere direitos, a democracia e a diversidade? No vídeo que trazemos hoje, o jornalista e autor Paul Mason apresenta cinco caminhos fundamentais para resistirmos ao avanço do fascismo e construirmos uma sociedade mais justa e igualitária.
O vídeo traz uma análise histórica e atual, partindo da experiência amarga das décadas de 1920 e 1930 — quando o fascismo tomou a Europa e desencadeou uma das maiores tragédias da humanidade — até os desafios contemporâneos. Mason enfatiza que o fascismo não surge do nada, mas em contextos de crise econômica, colapsos sociais e o medo do outro, e que só será derrotado com ação consciente, muita luta coletiva e alianças políticas amplas.
Entre os pontos-chaves abordados, destacam-se:
- A importância de aprender com a história e reconhecer os sinais rápidos de crescimento do fascismo.
- A necessidade de aceitar que as sociedades modernas enfrentam uma grave crise de desorientação e desigualdade que alimenta a extrema-direita.
- A criação de um movimento antifascista massivo, que não dependa apenas de pequenos grupos de ativistas.
- A urgência de alianças políticas entre centros e esquerdas para barrar o avanço fascista, lembrando os acordos que frearam o nazismo na década de 1930.
- Propostas de novas leis e regulações, como a criminalização efetiva do discurso de ódio e a restrição dos desfiles uniformizados que simbolizam o fascismo.
Assista ao vídeo abaixo e reflita sobre como você pode contribuir para essa luta urgente:
36 Lições para Construir uma Carreira Musical de Sucesso
14 de Agosto de 2025, 7:47
Se você é músico e já lançou suas faixas sem muito retorno, sabe como é frustrante. Mas o segredo não está na sorte — está nos sistemas e hábitos que você cria. Baseado em experiências com a própria música, preparei 36 lições valiosas que vão economizar anos de tentativa e erro na sua jornada.
1. Ninguém liga no começo
No começo, as pessoas próximas dificilmente vão apoiar ou comentar seu trabalho. Isso é normal. Crie um grupo de artistas para trocarem apoio e foque em aprimorar suas habilidades.
2. Nem toda música vai estourar
Às vezes, a música não conecta. Não culpe o algoritmo nem se apegue demais a uma única faixa. Suas obras podem estourar anos depois. Continue criando.
3. Inspire-se fazendo
Não espere inspiração cair do céu. A inspiração vem ao trabalhar consistentemente. Mostre-se presente.
4. Você precisa querer de verdade
Desejar ser músico mas não lançar nada é como querer um corpo sarado e comer besteira. Consistência é tudo.
5. Ignore os haters
Comentários negativos são reflexo do que os outros sentem sobre si mesmos. Responda com mais trabalho, não com raiva.
6. Ego atrasa seu progresso
Esteja aberto a aprender, experimentar, aceitar críticas, fazer marketing e seguir tendências, mesmo que pareçam desconfortáveis.
7. Número de streams ≠ sucesso
Ter milhões de ouvintes não garante renda. Busque múltiplas fontes, como coaching, licenciamento e venda de produtos.
8. Conteúdo é o que conta
Se ninguém vê sua música, ela não existe. Crie vídeos, postagens e esteja na plataforma. Seja o seu próprio selo.
9. Acredite nos seus sonhos
Um pouco de delírio saudável é combustível para a caminhada. Visualize seu sucesso em detalhes para transformá-lo em realidade.
10. Entenda o lado negócio
Saiba ler contratos, faça sua mixagem, publique com consciência. Conhecimento protege seu trabalho e dinheiro.
De 11 em diante - Resumo rápido:
- Foque em uma plataforma por vez
- Construa histórias ao redor das suas músicas para chamar atenção
- Mixagem é mais sobre equilíbrio do que plugins sofisticados
- Deixe o público escolher seus hits
- Reforce seu catálogo antigo — nunca está obsoleto para novos fãs
- Use músicas de referência para calibrar sua produção
- Crie expectativa antes do lançamento, não apenas no dia
- Aprenda com gêneros e estilos diversos
- Agrupe tarefas para aumentar produtividade
- Celebre que grandes faixas podem surgir de falhas antigas
- Invista em embalagem visual e storytelling para gerar confiança
- Descubra seu “porquê” para sustentar motivação
- Seja consistente para construir confiança com o público
- Aproveite tendências, mas crie música atemporal
- Repetir o que funciona é chave para crescer
- Crie ganchos marcantes e conte histórias reais nos seus posts
- Termine suas músicas, não acumule inacabadas
- Planeje seus lançamentos com estratégia, não só com hype
- Use elementos de outros artistas para reinventar seu som
- Teste diferentes versões para descobrir o que funciona melhor
- Delegue mixagem e edição se travar nesses processos
- Faça objetivos com prazo para forçar progresso
- Afaste-se do projeto antes do lançamento para revisões mais claras
- Foque em métricas reais como engajamento, não só seguidores
- Crie um plano consistente de conteúdo para não desaparecer
- Melhore 1% todos os dias e multiplique resultados no ano
Conclusão
Construir uma carreira musical sustentável exige disciplina, aprendizado constante, paciência e estratégia. As lições apresentadas mostram que o sucesso não é sorte, mas a soma de uma sistemática feita de pequenas ações diárias. Se você quer sair do círculo de lançamentos ignorados, reaplique essas ideias no seu caminho e veja sua música alcançar mais espaço e resultado.