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Estávamos indo bem, até que...
25 de Julho de 2022, 18:38Presidentes do Brasil |
O caminho estava sendo traçado. Houve escândalos de corrupção, compra de voto, uma nova moeda e o processo eleitoral legítimo, presidentes cumprindo mandatos sem questionar as urnas.
Os anos oitentas foi a última década do regime militar (1964-1985). O General João Baptista Figueiredo cumpriu a promessa de devolver o país aos civis, que tinha uma hiperinflação na casa dos quatros dígitos.
José Sarney assume a presidência no lugar de Tancredo Neves (morreu após um mês internado) e convocou nos anos seguintes a assembleia nacional constituinte, que logo depois foi responsável pela sétima Carta Magna, a primeira que dava e garantia os direitos sociais, civis e trabalhistas. A constituição mais cidadã que há.
O Governo Sarney foi mal avaliado. Dois planos econômicos fracassados e a hiperinflação corroía o salário do trabalhador.
Fernando Collor de Mello, vexame. Foi o preferido da mídia corporativa que o escolheu como a cara da modernidade do Brasil. Com ar jovial, novo, palavras de efeitos e bonito. Pronto, bastou para encantar o público e o mercado financeiro internacional.
Num belo dia, o brasileiro sentiu-se 'sem chão e sem ação'. O dinheiro da poupança do contribuinte foi sequestrado. Descobriu-se um esquema chamado caixa dois, e após um ano e meio deixou o governo.
Itamar Franco, vice de Collor cumpriu o restante que sobrava do ex-presidente. Paulatinamente Itamar Fraco começava a arrumar o terreno para o sucessor em 1995. Lança a moeda que estabilizaria a economia, o Real.
Itamar Franco passa a faixa presidência ao sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Por dois mandatos FHC (como ficou conhecido) falou de cara em alto e bom som: “Adeus Era Vargas!”. Não entendi a mensagem, pois eu pertencia aos chamados de "senso comum". Não sabia o que se entendia por Era Vargas (passei a odiá-lo e depois admirá-lo). Não estava ciente que era o conceito de Estado e privatização, estava seguindo o senso comum de que todo serviço público era ineficiente.
Como citado no parágrafo acima, as privatizações ocorreram no Brasil de modo desenfreado por FHC, mas isso, foi uma onda na década de 90 que ficou marcada pelo fim da maioria dos países socialistas, e consequentemente pelo fim da Guerra Fria. A nova ordem global era o neoliberalismo com os seus dois maiores nomes, Margaret Thatcher e Ronald Reagan. Reformas políticas econômicas ocorrendo em vários países do mundo, e isso não seria diferente no hemisfério sul e no Brasil.
Fernando Henrique Cardoso começou a dar os primeiros passos para o combate à desigualdade social. Havia índices de desenvolvimento humano semelhantes aos países africanos. Programas sociais da época de FHC foram reorganizados e dinamizados depois pelos governos Lula e Dilma.
A partir de então testemunharíamos treze anos de governos de esquerda com bases nos movimentos sociais, Igrejas progressistas e sindicatos. Passaríamos por mudanças que mexeriam com lados sombrios das classes sociais mais ultraconservadora do país, afinal estamos falando de quase quatro séculos de escravidão, onde um diploma saindo das favelas gera ódio visceral.
O panorama contextualizado onde faço um rascunho na história do Brasil dos últimos quarenta anos é para mostrar ao leitor como foi o processo que redemocratizou o país. Neste interim houve acertos, erros, corrupção e queda de presidente. Algo em comum? Nos momentos mais críticos as instituições foram preservadas. Nenhum presidente, de José Sarney a Dilma Roussef, promoveu ataques do tipo fechamento do congresso e Justiça superior.
2014 com a disputa presidencial entre Aécio e Dilma. Aécio cogitou a possibilidade de as urnas eletrônicas serem fraudadas, uma maneira que a direita tentou “ganhar no grito” as eleições.
Em 2016 veio o “golpe” que culminou com o impeachment dando fim ao governo PT. Temer, presidente após a caída da Dilma, começou a abrir o campo à direita do Brasil.
Bolsonaro começou a ganhar corpo. Lula julgado imparcialmente pelo ex-Juiz Sérgio Moro, assim, obviamente o ex-presidente foi preso e não poderia se candidatar em 2018. Bolsonaro ganha as eleições e dá um cargo em seus ministérios ao Sérgio Moro – que coincidência! –, que futuramente rompem laços.
Na campanha de 2018 começou os jogos das Fake News e (de novo) a “dúvida” (da direita) sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, mas Jair Messias levou.
Com as derrapadas e escândalos de corrupção em seu (des)governo, o medo de Bolsonaro de perder as eleições de 2022 só aumenta. Cogitou em fechar o Congresso, o STF e novamente diz “não acreditar” nas urnas eletrônicas.
A ditadura militar ganhou forças pela direita no Brasil. Anos antes, em 1955 e em 1961 houve “ensaios” dos militares tomarem o poder, para o tal do comunismo não chegar aqui. Isso parece querer se repetir em alguns momentos atuais.
Voltando à época de 2013 a 2016, perdemos o rumo da história. O pacto foi arrancado à força. Esse ódio fica escancarado através dos anos do PT no poder. Cada ano que passava, mais o ódio aumentava. Fica claro que todo partido político tem seus erros e pode ser criticado. Portanto, o que foi observado, não é uma crítica, mas um ódio direcionado de uma parcela de pessoas ao Lula (e a Dilma), pois, não se sentiram diretamente “beneficiados” das políticas econômicas e sociais do Governo do PT. Apesar que o poder de compra aumentou em todas as classes. Portanto, as classes mais baixas e as minorias sentiram em maior escala o impacto positivo da política do governo Lula. De um certo modo, grande parte dos brasileiros começaram a financiar casas e automóveis; ingressar nas universidades por programas sociais, até viajar de avião e tirar férias; houve um aumento real do salário mínimo, além do governo aumentar o financiamento em educação (pesquisa), saúde e infraestrutura.
Os anos se passaram e o ódio só foi aumentando. O brasileiro médio que só lê a revista V*** e ouve a Rádio J**** P**, exterioriza seu ódio em violência verbal e física. Não se sente preocupado em ter tais atitudes, pois se sente “amparado” pelo seu presidente que destila discurso de ódio sem nenhum pudor. “Se o presidente fala o que pensa, sendo a ‘autoridade’ máxima, eu também posso”, assim pensa o “cidadão de bem”.
Esse ódio de uma parcela da população que se destila a quem “atrapalha” o atual (des)governo, para não perder de certa forma seus privilégios, se resume bem na frase do Milton Santos: “A classe média não quer direitos, ela quer privilégios, custe os direitos de quem custar”.
(Texto de Fábio Idalino Alves Nogueira, Professor de História e Gabriel Luiz Campos Dalpiaz, acadêmico de Filosofia).
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Cantanhêde, Bozo e um país desfigurado
24 de Junho de 2022, 8:23Cantanhêde's coitus interruptus: "fucking with the devil".
Chegou o dia tão esperado...
As 6 da matina já me preparo para mais uma labuta.
Teremos Bull Market?
Faria Lima me espera para o business opening
Dose diária de dividend yeald
Cúpula das Américas na agenda
Cópula de gente podre de gravata
Os números vão transar...
Day traiders excitados e risco iminente da ejaculação precoce
Qual será a lingerie que vou usar?
Aquele parfum comprado na Champs elysses
E muito wine that came from California
Até o rádio toca aquela clássica do Chico "se acaso me quiseres sou dessas mulheres que só dizem sim... Por uma coisa à toa, uma noitada boa Um cinema, um botequim"
Tudo perfeito...
Falling to my love...
Como será que ele vem? Como foram as vendas? Perguntarei...
Mais um dia de BraZil na prateleira, imagino!
Deixe os traders para lá e vamos trepar. Pensei em silêncio.
Vi você falando inglês e que orgulho...
i knew you were smart
Ufa, que alívio hein!
Chupa ai lumpesinato...
Senta aqui. Tá com a mão limpa? Leva a minha nisso dai.
Eu sei que você falaria até isso tudo na língua da rainha.
Alguém me acordou no ponto.
Não era real.
Down Jones? Brochô.
Down, Down, Down
Sonho e transe.
Transa? Nada disso.
Também não era speak english...
Everything WAS fake
O barbudo falou...o barbudo sempre avisou.
Olha o embusteiro.
Quase gozei hoje. Era a chance!!
Puta que me pariu.
Thank you very much
(Escrito por Bruno Monteiro, Químico e Físico, Compositor e Baterista da banda Disrhythmia in Blues
Professor da UFRJ E Celso Sánchez, Biólogo professor da Unirio poeta e compositor da Disrhythmia in Blues)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Quanto custa a nossa vida?
20 de Junho de 2022, 9:48Quanto custa a nossa vida? |
Quanto Vale Petrópolis e Jaboatão dos Guararapes?
Entre assombros e perguntas a lama presa no pescoço nos asfixia.
Quanto do Mito tem em cada pingo grosso de chuva em Petrópolis?
Quanto de SSalles tem em cada casa que desliza de Angra dos Reis até Jaboatão dos Guararapes?
Quanto de monarquistas e gente da "elite do atraso" há em cada tonelada de terra?
Quantos ratos, cabrais, garotinhos e com quantos fernões se produzem os maus tempos, vendavais e temporais na necropolítica da barreira e da barragem?
Quantos príncipes, duques, condes e barões dos “Modern Times” moram nas encostas, desfiladeiros e morros da cidade?
Quantas árvores são derrubadas na serra para se fazer um mourão? Pedaço de pau morto que fincado na mãe terra estabelece as fronteiras.
Quanto é o tamanho da fronteira entre a humanidade e a desumanidade estabelecida pelos territórios que permitem a morte triunfar sempre que chove?
Quanto é a conta dos que ali moram? Os sem tetos da chuva!
Quanto é a conta desses filhos da casa grande, da gente refinada, da branquitude imperial?
Quanto suor do nosso rosto é laudêmio, herança, cobrança e bonança dessa gente feitora rançosa, sebosa e ainda assim, cheia de ganância?
Quantos Pedros a cidade extorquida pelos vampiros em suas capitanias hereditárias e quantos capitães do mato do falso império essa cidade aguenta?
Quanto de: Dia do Fogo, de culto e alvoroço, ameaça e fome até o osso, quanto de "passar a boiada", de liberação de garimpo, de ataque a cada aldeia e cada quilombo, do desmonte do Ibama e da ICMbio a gente aguenta? Quanto?
Quanto tem dessas necrosacanagens em cada metro de lama que soterrou a criança recém-nascida em Petrópolis?
Quanto de bala, milícia, perdigotos e bíblia sagrada, de picaretas e falsos profetas tem em cada corpo afogado e arrastado?
Quanto foi arrecadado pela a transa sacana de dízimos vorazes e de jeitinhos, de dez porcentinhos e de presentinhos ?
89 mil vezes quanto?
Quantas "palavrasmundo" povoam as mentes petropolitanas e pernambucanas quando se escutam: barreira, deslizamento, enchente, morte, desabamento, transbordamento, inundação e enxurrada?
Ou simplesmente, chuva.?
Quanto?
Quanto Vale a lama que soterra vidas?
Quanto Laudêmio ainda vamos pagar?
De quanto estamos falando?
Quanto custa essa saudade que vai ficar?
Quanto o trabalhador tem de pagar para ter uma casa digna para morar?
Quanta terra são os 7 palmos de dignidade?
De quanto dessa lama podre e fétida é feita a alma dessa gente podre e estragada?
Enterraram nosso choro e nosso drama
Quanto custa a nossa vida?
Quanto? Quanto? Até quando?
Até quando Genival vai sufocar?
Até quando Bruno e Dom continuarão a serem mortos?
Até quando vamos esperar para saber quem mandou matar Marielle?
(Por Bruno Monteiro, Químico e Físico, Compositor e Baterista da banda Disrhythmia in Blues e Professor da UFRJ; e Celso Sánchez, Biólogo professor da Unirio poeta e compositor da Disrhythmia in Blues)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Quando ouvir falar em violência, lembre-se de Darcy Ribeiro
18 de Junho de 2022, 13:32Darcy Ribeiro |
O professor e Antropólogo Darcy Ribeiro foi o maior entusiasta da educação brasileira. Em sua corrente sanguínea, a marca da educação libertadora sempre fluía. O professor Darcy sonhava com a educação transformadora de homens e ideias. Não somente sonhava, saiu da teoria para as pautas concretadas conforme realizou um de seus maiores sonhos: a escola em tempo integral.
Na década de oitenta, durante o período de redemocratização, o professor Darcy Ribeiro tornou-se vice governador de Leonel Brizola, e foi neste período que o professor viu, naquele momento, a realização de seu projeto de vida que era a escola em tempo integral. Ficou conhecido como Centro de Educação Integral Pública (CIEP’s) ou Brizolão.
O projeto curricular dos CIEPs visava à educação integral e, nessa perspectiva, a escola teria o papel de propiciar um processo de ensino-aprendizagem cujo objetivo não era apenas o desenvolvimento cognitivo, mas também o social, físico e afetivo do aluno e demais atores envolvidos. Além das disciplinas obrigatórias previstas em lei, a matriz curricular era enriquecida com atividades artísticas e esportivas e complementada por estudos dirigidos supervisionados para atender alunos com dificuldades de aprendizagem. O Plano Especial de Educação do governo Brizola possuía recursos de mais de 400 milhões de dólares. Um plano ousado, bastante caro, é verdade, já que nos CIEPs eram oferecidas três refeições diárias aos estudantes e funcionários, além da necessidade de se recrutar um maior número de professores e demais profissionais para dar conta da diversidade curricular.
Policiais numa operação na favela |
Todo o projeto foi detonado, com o tempo, optaram pela ignorância. Na concepção elitista o investimento em educação era muito “caro”, e o resultado vejam por si só. Lembrando que a pobreza não gera a violência, mas a desigualdade sim. Já está mais que comprovado que sem ação do Estado, com suas obrigações constitucionais, a tendência é de que outros "poderes" não–estabelecidos tomem conta da situação.
O ex governador Leonel Brizola , no conjunto Amerelinho /RJ. Pulando por cima de armas de brinquedos trocados por livros. |
Enquanto a educação não for tratada como assunto de Estado, ainda vamos assistir a muitas 'Vilas Cruzeiros' sendo alvo de chacina.
A cada massacre dentro das favelas, lembrem-se do professor Darcy Ribeiro e da frase célebre que disse há quatro décadas:
"A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto".
(Por Fabio Idalino Alves Nogueira, graduando em História pela UVA/RJ e professor de pré-vestibular comunitário.)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
'O Preto de Azul' ganha exibição gratuita na Lapa, Rio de Janeiro
10 de Maio de 2022, 8:40Animação brasileira com trilha sonora original do Kaialas poderá ser vista no Bandolim Vegan Cult BarNa próxima quarta-feira, 11 de maio, acontece a estreia, com exibição gratuita, do curta-metragem "O Preto de Azul" (The Black in Blue), de Alvaro Tallarico e Leandro Ferra. O evento ainda conta com apresentação da cantora Bia Serrano e do músico Gilson Olivah. O local escolhido é a casa de cultura Bandolim Vegan Cult Bar, que fica na Rua Joaquim Silva, 97, Lapa, ao lado da famosa Escadaria Selarón. O som começa a partir das 19:30.
"O Preto de Azul" traz a história de um menino sonhador que quer sair de seu país natal em busca de reconhecimento e fama. A obra traz diversas metáforas e mitologias, juntamente com doses de fé e aventura. O roteiro é do escritor Alvaro Tallarico, a animação e ilustração é de Leandro Ferra. A direção é de ambos. O jovem viaja por um mar que é como um ser enigmático e implacável, uma selva submersa, entre medos e meditações. Porém, será que o sonho vale a pena?
Kaialas
A trilha sonora original do filme é do Kaialas, projeto musical que une o cantor cabo-verdiano Plácido Vaz e o escritor Alvaro Tallarico. Em 2021, o Kaialas foi selecionado para o BDO Live Festival Portugal com a canção “Herança” e ficou entre os primeiros lugares. O primeiro single, "Preto de Azul", que inspirou o curta-metragem, foi lançado em julho de 2021 e está em todas as plataformas digitais.
"Animação é uma forma muito lúdica e especial de contar histórias. Leandro Ferra é um animador experiente e fez um trabalho diferenciado. O curta tem alma e as canções conduzem o espectador por um ciclo de emoções e filosofias lindamente ilustradas", declara Alvaro Tallarico.
Enfim, confira o trailer do filme:
Serviço:
Exibição do filme "O Preto de Azul" com show de Bia Serrano e Gilson Olivah
Data: 11 de maio de 2022
Horário: 19:30
Local: Bandolim Vegan Cult Bar
Endereço: Rua Joaquim Silva, 97, Lapa, Rio de Janeiro
Sobre Alvaro Tallarico
Alvaro Tallarico é jornalista e escritor. Nascido e criado no Rio de Janeiro, começou a descobrir o sabor da escrita no seu ensino médio técnico em Publicidade e Propaganda na Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch. Escreve no portal de jornalismo cultural Vivente Andante e é colunista no Diário do Rio. Ganhou Menção Literária no 2º Prêmio Literário AFEIGRAF. Roteirista do curta-metragem "Caverna de Maya". Tem publicações na Antologia Nacional de Poesia da Academia de Letras de Montes Claros – MG, na Antologia Alma Artificial da Cartola Editora, entre outros. Em 2021 lançou o livro “Cem Ruínas na Esquina da Poesia”.
Sobre Leandro Ferra
Formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2008, nascido no Rio de Janeiro é sócio-diretor da Quadro-chave Produções. Trabalha na área de ilustração, animação, design, criação. Foi professor de Senai por 12 anos em curso de jogos, modelagem, ilustração e animação. Diretor de arte e animação da série “Imagem Vinil” 2019 para o canal Prime Box Brasil foi exibido no Festival de cinema de Brasília em 2020; design e animação no documentário “Salve a Malandragem” 2019, exibido no canal Cine Brasil; participou de 32 festivais pelo mundo com seus curtas metragens e videoclipes produzidos pela sua produtora Quadro-chave Produções.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..