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Ingratos!
30 de Janeiro de 2014, 9:14 - sem comentários ainda"Houve quase que um sentimento de ingratidão, de dizer: 'fizemos tanto por essa gente e agora eles se levantam contra nós'" - Gilberto Carvalho, secretário da Presidência |
Eis o artigo.
Ao falar sobre defeitos e virtudes humanos, Spinoza afirma que "só os homens livres têm reciprocamente, uns para com os outros, o mais alto reconhecimento" (Ética). Quando, sob pressão oficial, a um povo é subtraída a escolha efetiva, torna-se uma perigosa crueldade dele exigir gratidão pelos feitos dos governantes. A lição foi dada a Spinozapor Maquiavel.
Os palácios brasileiros, movidos pela propaganda, tentam coibir a oposição e a crítica usando a chantagem orçamentária ou abusando da força física. Acostumada à demagogia que, desde Vargas, lhe rende uma legitimidade de encomenda, a cortesania não aceita que o povo, presumidamente beneficiado por suas administrações, recuse praticar as zumbaias e os rapapés tão comuns nos gabinetes. Com muitos eleitores ainda funciona o "é dando que se recebe". Mas graças às formas de comunicação como a internet, tal prática se atenua a olhos vistos. O controle face a face, tradicional no Brasil, perde terreno para formas coletivas de trato entre mandatários e cidadania. Exigir gratidão pelo favor recebido mostra pleno anacronismo e sinaliza uma tendência reacionária dos governantes.
Segundo entoam os atuais ocupantes do poder federal, imitados por seus bajuladores, vivemos sob um governo de esquerda. Toda crítica aos dirigentes é vista como atentado ao processo revolucionário que habita a alma dos líderes e militantes, mas é invisível aos seres humanos comuns. Quem está a par da teoria leninista conhece a distinção lógica entre o bom proletário e a massa apegada às reivindicações "puramente econômicas" (aumento de salário, condições de consumo, etc). O primeiro sacrifica tudo, até a vida, em favor do socialismo. A segunda só chegaria à lucidez sob o guante dos intelectuais (a consciência vinda de fora...) e do partido. Sem tal obediência o trabalhador é visto como inimigo pelos apparatchiks. Se for grato e adiar suas reclamações financeiras ou políticas, ele é reconhecido pelo Estado, recebe medalhas como digno êmulo de Alexei Stakhanov. Com semelhante domesticação se construiu o poder estatal na pátria do socialismo.
Ainda hoje, na mente de muitos líderes nominalmente de esquerda e modernizadores, a massa popular tem apenas o direito de ser tangida pelos iluminados que, em seu nome, a conduzem rumo ao melhor dos mundos possíveis.Josef Stalin, num retrocesso histórico à guisa de realismo político, retomou com mão de ferro os ritos czaristas para impor os seus planos à plebe ignara (leia-se O Homem, o Capital Mais Precioso). Nos governantes brasileiros de agora se afirma o mesmo sestro contrário à soberania popular.
Em comícios, Luiz Inácio da Silva repreende a massa e define quem deve ser por ela enaltecido ou excomungado. Na faina de controlar os adeptos e com abuso do cajado no pastoreio, chegou ao ponto sublime no enunciado (com sotaque do Antigo Regime) de que José Sarney não é um cidadão comum. A populaça levanta-se contra o patrimonialismo maranhense porque, imagina o Grande Líder, ignora o saber político. Ela precisa aprender históricas lições de realismo tendo em vista a governabilidade, ou seja, a grata obediência ao oligarca. Outra cena caricata e trágica de retorno ao passado ocorreu nos jardins da casa de Paulo Maluf num abraço que apunhalou a própria elite esquerdista.
O dono do partido considera a política pública que, desde o Plano Real, incluiu no mercado milhões de brasileiros um favor devido à sua pessoa. Stalin regrediu ao período monárquico, unindo a honraria de ser "pai do povo" (título comum aos reis europeus antes da Revolução Francesa) ao populismo sem peias.
Herdeiro da cultura política imposta pelo absolutismo português, o Brasil jamais aniquilou a prática do favor, da clientela, da suposta gratidão dos pobres diante dos "benfeitores". Tais costumes vêm da República Romana, que jamais foi democrata. Nela a fé pública dependia do rico que mantinha a plebe na abjeta dependência. O favor prestado pelo patrão era retribuído agradecidamente pelo favor do voto. Como a soberania popular era um mito a ser respeitado, embora desobedecido, mesmo o aristocrata que concorria aos cargos era obrigado a pedir o voto dos clientes como se fosse um beneficium.
O eufemismo ainda encobre o controle político. Poucos (fora os ditadores que se atribuíram o título de Benefactor, como Anastasio Somoza) ousam exigir "gratidão" das massas por suas benfeitorias, reais ou imaginárias. Gilberto Carvalho, secretário da Presidência, rompeu a barreira das formas decorosas ao evidenciar o seu estado de espírito em face das manifestações populares (que ameaçam retornar em ano eleitoral). Em junho de 2013, confessa ele, "houve quase que um sentimento de ingratidão, de dizer: 'fizemos tanto por essa gente e agora eles se levantam contra nós'". O lapso revela muito da alma governista.
Temos, ademais, notícias de preparo das Forças Armadas e da polícia para a próxima Copa do Mundo. No manual repressivo com normas para o uso da força física pelos agentes oficiais (o Ministério da Defesa prepara uma edição mais branda, para inglês ler) o inimigo é o povo ingrato. Este não amadureceu o bastante para reconhecer os benefícios trazidos pelos patrões do Planalto. A fala do ministro evidencia: se houve ideal modernizante em sua grei, ele foi sepultado na vala do realismo político.
De tanto se unir aos oligarcas que forçam seus eleitores a ver como "um favor" as obras públicas e os recursos arrancados do campo federal, os governistas os mimetizam. Nunca antes neste país os nhonhôs foram tão gratos aos que habitam os palácios. A palavra "esquerda" é folha de parreira que encobre uma prática que deveria, se exibida na TV, ser proibida aos menores de idade. "Ah, sai daí", senhor ministro!
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Coca-Cola compartilha pouco a felicidade
29 de Janeiro de 2014, 15:26 - sem comentários ainda“Obrigado por compartilhar a felicidade”, diz-se no último anúncio da Coca-Cola (em espanhol), mas olhando de perto parece que a Coca-Cola de felicidade compartilha bem pouco. Se pensam que não, perguntem aos trabalhadores das fábricas que a multinacional pretende fechar agora no Estado Espanhol ou aos sindicalistas perseguidos, e alguns, até sequestrados e torturados na Colômbia, na Turquia, no Paquistão, na Rússia, na Nicarágua ou às comunidades da Índia que ficaram sem água após a saída da companhia. Isso para não falar da péssima qualidade dos seus ingredientes e do impacto na nossa saúde.
Em cada segundo consomem-se 18.500 latas ou garrafas de Coca-Cola em todo o mundo, segundo os dados da própria empresa. O império Coca-Cola vende as suas 500 marcas em mais de 200 países. Quem garantiria isso a John S. Pemberton, quando em 1886, elaborou tão exitosa poção numa pequena farmácia de Atlanta. Hoje, pelo contrário, a multinacional já não vende apenas uma só bebida mas muito mais. Através de campanhas multimilionárias de marketing, a Coca-Cola vende-nos algo tão desejado como “a felicidade”, “a faísca da vida” ou “um sorriso”. Todavia, nem o seu Instituto de la Felicidad [ou a Fábrica da Felicidade, em português] é capaz de esconder toda a dor que a empresa provoca. O seu currículo de abusos sociais e laborais corre, tal como os seus refrigerantes, todo o planeta.
Agora, chegou a vez do Estado Espanhol. A Companhia acaba de anunciar uma reorganização que implica o encerramento de quatro das suas onze fábricas, o despedimento de 1.250 trabalhadores e a recolocação de outros 500. Uma medida que, segundo a multinacional, é tomada “por causas organizativas e produtivas”. Pelo contrário, um comunicado da central sindical CCOO desmente esta informação e assinala que a empresa tem enormes lucros de cerca de 900 milhões de euros e uma faturação de mais de 3 mil milhões de euros.
As más práticas da empresa são tão globais como a sua marca. Na Colômbia, desde 1990, oito trabalhadores da Coca-Cola foram assassinados por paramilitares e outros 65 receberam ameaças de morte, segundo “El informe alternativo de Coca-Cola” da organização War on Want. O sindicato colombiano Sinaltrainal denunciou a multinacional está por detrás destas ações. Em 2001, o Sinaltrainal, através da International Labor Rights Fund e da United Steel Workers Union, conseguiu interpor nos Estados Unidos um processo contra a empresa por estes casos. Em 2003, o tribunal indeferiu a petição alegando que os assassinatos ocorreram fora dos Estados Unidos. A campanha do Sinaltrainal, de qualquer maneira, tinha já conseguido numerosos apoios.
Encontramos o rasto de abusos da Coca-Cola praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente. No Paquistão, em 2001, vários trabalhadores da fábrica do Punjab foram despedidos por protestar e as tentativas de sindicalização dos seus trabalhadores em Lahore, Faisal e Gujranwala chocaram com a oposição da multinacional e da administração. Na Turquia, os seus empregados, em 2005, denunciaram a Coca-Cola por intimidação e torturas e por utilizar um setor especial da polícia para estes fins. Na Nicarágua, no mesmo ano, o Sindicato Único de Trabalhadores (SUTEC) acusou a multinacional de não permitir a organização sindical e ameaçar com despedimentos. E encontramos casos semelhantes em Guatemala, Rússia, Perú, Chile, México, Brasil, Panamá. Uma das principais tentativas para coordenar uma campanha de denúncia internacional contra a Coca-Cola foi em 2002 quando sindicatos da Colômbia, da Venezuela, do Zimbabwe e das Filipinas denunciaram conjuntamente a repressão sofrida pelos seus sindicalistas na Coca-Cola e as ameaças de sequestros e assassinatos que receberam.
Cabe destacar ainda que a Companhia não é unicamente conhecida pelos seus abusos laborais mas também, pelo impacto social e ecológico das suas práticas. Como a própria empresa reconhece: “A Coca-Cola é a empresa da hidratação. Sem água, não há negócio”. E onde se instala, ela suga a água até à última gota. De facto, para produzir um litro de Coca-Cola, são precisos três litros de água. E não só para a bebida mas também para lavar garrafas, máquinas… Água que a posteriori é descartada como água contaminada, com o consequente prejuízo do meio ambiente. Para saciar a sua sede uma engarrafadora da Coca-Cola pode chegar a consumir até um milhão de litros de água por dia, a empresa toma unilateralmente o controle de aquíferos que abastecem as comunidades locais deixando-as sem um bem essencial como a água.
Na Índia, vários Estados (Rajastán, Uttar Pradesh, Kerala, Maharastra) encontram-se em pé de guerra contra a multinacional. Vários documentos oficiais assinalam a diminuição drástica dos recursos hídricos onde a empresa está instalada, acabando com a água para o consumo, a higiene pessoal e a agricultura, sustento de muitas famílias. Em Kerala, em 2004, a fábrica de Plachimada da Coca-Cola foi obrigada a fechar depois do município ter negado a renovação da sua licença acusando a Companhia de esgotar e contaminar a sua água. Meses antes, o Tribunal Supremo de Kerala sentenciou que a extração massiva de água por parte da Coca-Cola era ilegal. O seu encerramento foi uma grande vitória para a comunidade.
Casos similares aconteceram também em El Salvador e Chiapas, entre outros. Em El Salvador, as fábricas de engarrafamento da Coca-Cola esgotaram os recursos hídricos após décadas de extração e contaminaram aquíferos ao desfazer-se da água não tratada procedente das fábricas da empresa. A multinacional sempre se recusou a responsabilizar-se pelo impacto das suas práticas. No México, a Companhia privatizou inúmeros aquíferos, deixando as comunidades locais sem acesso aos mesmos, graças ao apoio incondicional do Governo de Vicente Fox (2000-2006), antigo presidente da Coca-Cola do México.
O impacto da sua fórmula secreta sobre a nossa saúde está também extensamente documentado. As suas altas doses de açúcar não nos beneficiam e convertem-nos em “viciados” da sua poção. E o uso do aspartamo, edulcorante não calórico substitutivo do açúcar, colocado na Coca-Cola Zero, está demonstrado que consumido em altas doses pode ser cancerígeno, como assinalou a jornalista Marie Monique Robin no seu documentário “O nosso veneno cotidiano”. Em 2004, a Coca-Cola da Grã-Bretanha viu-se obrigada a retirar, após o seu lançamento, a água engarrafada Desani, depois de se ter descoberto no seu conteúdo níveis ilegais de brometo, substância que aumenta o risco de cancro. A empresa teve que separar meio milhão de garrafas, do que havia anunciado como “uma das águas mais puras do mercado”, apesar de um artigo na revista The Grocer assinalar que a sua fonte era água tratada das torneiras de Londres.
Os tentáculos da Coca-Cola, assim mesmo, são tão grandes que, em 2012, uma das suas diretoras, Àngela López de Sá, chegou à direção da Agência Espanhola de Segurança Alimentar. Que posição vai ter, por exemplo, a Agência face ao uso do aspartamo quando a empresa, que até poucos dias lhe pagava o salário como sua atual diretora, o usa sistematicamente? Conflito de interesses? Já o assinalámos antes com o caso de Vicente Fox.
A marca que nos diz vender felicidade, reparte antes pesadelos. A Coca-Cola é assim diz o anúncio. Assim é e assim a descrevemos.
Artigo publicado em publico.es
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
A Democracia e os Direitos Humanos
29 de Janeiro de 2014, 15:10 - sem comentários aindaTrago abaixo um texto interessante de um blog do além-mar, debatendo a relação entre democracia e casamento e adoção por casais gays. A reflexão também pode ser estendida para outros assuntos que envolvem democracia e direitos humanos. O texto não é um ponto final no assunto, ao contrário, talvez seja um bom ponto de partida para novas discussões.
GRAPHE ASEBEIA: REFERENDO, DEMOCRACIA E GOVERNO
Imaginemos , usando a velha grelha de Rawls ,do véu de ignorância, que desconhecemos os nossos interesses particulares e examinemos a justiça da participação popular na decisão. Ou seja, independentemente do cálculo quanto ao resultado, analisemos o direito do povo de se pronunciar sobre assuntos de natureza social. Tomemos com razoável que adoptar uma criança não é um direito humano, mas tomemos também como razoável que a questão está em saber se podemos restringir a adopção a uma orientação sexual específica.(Por Declínio e Queda)
A própria possibilidade de suscitar o referendo sobre a adopção gay significa a suspeita deasebeia, ou seja, da existência de um comportamento reprovável à luz da moral divina ou social. Não se referendam os direitos laborais dos homossexuais. Muitas comunidades decidiram que a matéria é referendável : eslovenos sobre a adopção croatas sobre o casamento e irlandeses, que decidirão sobre o casamento em 2015 . Podemos concluir que não é estranha a vontade europeia ( nos EUA têm ocorrido vários) de referendar assuntos de natureza social, não podemos concluir que esse instituto é bom em si mesmo.
Aristóteles ocupa-se com minúcia da regulamentação da vida privada ( Política, VII: 1335-1336b): o casamento de jovens ( sémen ainda em desenvolvimento), a compleição física dos pais, o adultério ( pena de atimia se durante o período fértil) e muitos outros detalhes. Temos, portanto, que a democracia directa não impedia a intromissão no quarto de casal, mas também verificam os mais distraídos, que, mesmo sem Fátima e crucifixos, uma sociedade altamente politizada ( sem partidos et pour cause) podia arrogar-se de se ocupar de tais assuntos.
Que fique claro que se queremos combater a violência organizada do Estado, temos de desenvolver armas poderosas, apropriadas à magnitude da tarefa (Delo Truda N°17, October 1926, pp. 5-6). Esta pequena declaração de Makhno descobre o terreno. Se é entendido pelos defensores das causas LGBT que em todo o lado o Estado tem exercido violência sobre os homossexuais, então não pode ser o Estado, através do poder legislativo, emanado dos mecanismos de representação partidária, a libertá-los. Significa isto que referendar a adopção gay é bela e maravilhosa participação popular ? Não. É desnecessário utilizar um possível referendo à adopção gay como bandeira de uma governação participada, porque ela não existe.
A graphe asebeia ( acusação pública) reside na artificialidade com que são utilizados os écrans. Os partidos cativam o poder legislativo, impondo a velha chantagem de que sem eles seria o caos, como se não pudessem coexistir diferentes estruturas de representação. A confusão instalada espelha as contradições de uma elite político-burocrática que rege o direito do subalterno a falar ( roubando a coisa a Spivak), dessa forma reforçando a condição de subalternidade do povo, voire, de uma existência concedida.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Terceiro protesto contra o aumento das passagens é marcado por "Catracaço" nos trens
29 de Janeiro de 2014, 14:38 - sem comentários aindaA manifestação também passou pelo camelódromo da Uruguaiana, onde camelôs foram saudados pelo movimento por conta da resistência que expulsou guardas municipais do local na semana passada.
Chegando à Central do Brasil, manifestantes promoveram um "catracaço", liberando o acesso às massas gratuitamente. Diante da adesão da população ao movimento, PMs ficaram estáticos sem poder fazer nada. Usuários do transporte oferecido pela Supervia não pouparam palavras nas críticas à empresa que administra o serviço.
(Por A Nova Democracia)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Fifa fica em 3° lugar como pior empresa do mundo, mas ganha o troféu entre os brasileiros
28 de Janeiro de 2014, 13:18 - sem comentários aindaNo último dia 22 de janeiro, a eleição organizada pelo Public Eye Awards, mais conhecido como a organização que apresenta o hall das piores empresas do mundo, encerrou o canal de votação para escolha do público.
A reportagem é do portal CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular, 27-01-2014.
A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP) e o Jubileu Sul, com os quais a CSP-Conlutas se integrou na iniciativa, promoveram forte campanha para impulsionar os votos a fim de eleger a FIFA como a pior empresa do mundo. A FIFA, com 54333 votos, ficou em terceiro lugar, e teve maior participação de brasileiros na votação.
A vencedora pela escolha mundial do público foi a Gazprom, acusada de violar regulamentações federais de segurança e ambiental no Ártico. Sua principal atividade na região é perfurar o mar ártico para extração de petróleo.
A ANCOP, o Jubileu Sul, a CSP-Conlutas e outras organizações promoveram a campanha digital, que circulou nas redes sociais e denunciou características machistas, homofóbicas e as violações aos direitos da pessoa cometidas por esta instituição. Essas organizações denunciaram a Fifa como responsável por violentas remoções e despejos do povo pobre que mora nas periferias no entorno dos estádios, assim como suas exigências e influência sobre o estado brasileiro que cada vez mais vem impondo medidas de repressão e violência para “garantir a ordem” no período da Copa do Mundo.
A CSP-Conlutas somou-se a esse trabalho, que obteve um expressivo alcance de público nas redes sociais e no site, com mais de 28 mil visualizações das publicações da campanha.
“Apesar de a Fifa não ter ganho em primeiro lugar, podemos considerar como muito importante o fato de ter sido eleita como a pior se considerarmos só o votos dos brasileiros. Demonstra-se que, como expresso nas manifestações de junho do ano passado e já em diversas manifestações ocorridas esse ano, essa “instituição” sofre repúdio em nosso país que carece de melhorias profundas nas áreas social, como transporte, saúde, educação e moradia”, afirma o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, responsável pela campanha na Central.
Mesmo sem alcançar o primeiro lugar, Atnágoras avalia a importância da iniciativa. “Parte de nosso objetivo foi alcançado nessa campanha que buscou denunciar os desmandos e a ganância dessa entidade que tem as manchas da corrupção e de atitudes que ferem os direitos humanos”.
Confira a colocação:
1° Gazprom 95279
2° Syngente, Bayer, BASF 59837
3° Fifa 54333 ( desses 33642 são do Brasil)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..