Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir.
Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
Sindicato lança aplicativo para denunciar agressões sofridas por jornalistas
29 de Maio de 2014, 17:19 - sem comentários aindaAgora ficou mais fácil denunciar violações trabalhistas ou agressão sofrida por jornalistas nas ruas. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro lança o aplicativo Lide, que traz uma ferramenta inédita que permite denúncias em tempo real, com direito a geolocalização.
O aplicativo também incrementará a campanha salarial e a luta sindical dos jornalistas do Rio, ajudando a construir o estado de mobilização da nossa categoria. Além da central de denúncias, a ferramenta traz serviços importantes, como documentos trabalhistas, e as notícias sobre o dia-a-dia do Sindicato. O aplicativo, o primeiro entre os sindicatos de jornalistas no país, foi desenvolvido pelo coletivo Rebaixada.
Para baixar o Lide, basta posicionar seu celular sobre o QR Code acima ou clicar aqui. Neste primeiro momento, o aplicativo está disponível somente para o sistema Android.
Ao acessar o aplicativo, você é introduzido a um menu com as opções ‘notícias’ – com as informações mais recentes das atividades do Sindicato -, ‘denúncia’ – que leva ao espaço onde denúncias podem ser feitas sob anonimato ou, em casos de violência decorrentes da cobertura jornalística profissional, com direito a um geolocalizador - e documentos – onde o usuário encontra a legislação trabalhista e o código de ética da profissão.
(Por Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro)
INFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por um único autor/editor, com colaborações eventuais de outros autores. Dê o seu apoio a esta iniciativa: clique nas publicidades ou contribua.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Banda de Minneapolis lança clipe da música 'Porto Alegre', gravado por diretor brasileiro em Austin
29 de Maio de 2014, 14:44 - sem comentários aindaA música se chama 'Porto Alegre', fato explicado por uma viagem realizada em 2004 à capital gaúcha por integrantes da banda, amigos e colega do diretor do clipe, na época do colégio, no interior de Minnesota, durante os anos 1990. De acordo com Mike Blaha, um dos guitarristas (ao lado do irmão Jim, e do baterista Dave Roper), 'Porto Alegre nos passou uma sensação de tranquilidade, de bem-estar'. Um clima de relaxamento que contrasta com o pique nervoso e rápido da música, criada por uma das novas bandas mais respeitadas do cenário independente norte-americano.
*Foto 'TheBlindShake+DanielBacchieri' em anexo.
Da esq. pra dir.: Mike Blaha, Jim Blaha, Dave Roper e Daniel Bacchieri
Crédito foto: 'Taka' T. Okada
7 Gigs + 1 GoPro
'Porto Alegre', by The Blind Shake
Directed and Filmed by Daniel Bacchieri
Edited by Rafael Boelter
Colour Grade by Max Laux
Produced by Zeppelin Filmes
100% GoPro caption
Filmed in Austin, Texas, USA, in such venues as The New Movement, Red 7, Hotel Vegas, The Volstead, The Museum of Human Achievement and Beerland
Special thanks to: Juliano Lopes Fortes, Onairo Corrêa, Fernando Tietzmann, Maica Lautert, Leonel Pautasso, Marçal de Oliveira, Alice Niezborala and Martin Rabaglia
An Austin/Minneapolis/Porto Alegre/São Paulo connection, 2014.
INFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por um único autor/editor, com colaborações eventuais de outros autores. Dê o seu apoio a esta iniciativa: clique nas publicidades ou contribua.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Única fábrica comandada por operários no Brasil: Flaskô
29 de Maio de 2014, 11:02 - sem comentários aindaINFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por um único autor/editor, com colaborações eventuais de outros autores. Dê o seu apoio a esta iniciativa: clique nas publicidades ou contribua.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Por que as pessoas comentam livros que não leram?
29 de Maio de 2014, 10:45 - sem comentários aindaINFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por um único autor/editor, com colaborações eventuais de outros autores. Dê o seu apoio a esta iniciativa: clique nas publicidades ou contribua.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
A agenda alienante da imprensa
22 de Maio de 2014, 9:32 - sem comentários aindaSe alguém parar um minuto para pensar, se dará conta que a agenda de temas que a imprensa nos impõe é paranoica e desvinculada da realidade em que vivemos. Somos levados a discutir sobre temas que não têm impacto direto sobre o nosso quotidiano enquanto aqueles que realmente importam são mencionados superficialmente ou simplesmente esquecidos.
Pior do que isso, nós jornalistas induzimos o público a depender de decisões superiores quando boa parte dos problemas diários podem ser resolvidos, coletiva e colaborativamente, pelos próprios interessados. Alimentar a dependência é uma forma de subordinar as pessoas e ao mesmo tempo nutrir a onipotência de governantes.
Quem se preocupa em ir um pouco além das manchetes de jornais e revistas verá que os grandes problemas da população não são a CPI da Petrobras, se o José Dirceu vai ou não poder trabalhar fora da cadeia, se a presidente Dilma Rousseff sobe ou desce nas pesquisas etc., etc. O que nos tira o sono é o espectro da falta d’água, de uma previsível crise no abastecimento de energia elétrica, o quebra-cabeças da mobilidade urbana e o que fazer para termos direito aos serviços pelos quais pagamos impostos.
Esses são apenas alguns dos assuntos sobre os quais já deveríamos estar pensando, mas movidos por uma agenda noticiosa que leva em conta apenas o que é importante para os governantes de turno e os grandes empresários, acabamos deixando para depois, na expectativa de que os políticos e empreendedores operem o milagre impossível de resolver todos os nossos problemas. Trocamos a nossa omissão por votos na esperança de que eles tragam a solução que nunca vem.
Se a nossa imprensa quisesse, já teria como colocar o debate sobre a questão da energia tomando, por exemplo, o caso da Alemanha, onde 87% da produção de energia renovável estão nas mãos de indivíduos ou movimentos comunitários. Os especialistas em energia estão cansados de saber que o modelo concentrado em poucas megausinas não tem mais como crescer e que a descentralização é a única forma de criar sistemas sustentáveis que, operando em rede, podem resolver rapidamente eventuais falhas de unidades isoladas.
Megacidades como São Paulo já são inadministráveis porque a gestão municipal está toda concentrada na prefeitura, cujo orçamento e efetivo humano estão muito aquém das necessidades da população. Mas ninguém discute a descentralização porque isso não interessa ao prefeito de plantão e nem aos seus adversários, que esperam apenas a chance de tomar o poder, para que tudo continue igual.
Decisões como essas dificilmente serão tomadas pelos administradores atuais porque elas implicam quebrar modelos e rotinas, coisa que os políticos têm horror dado o risco de perder votos em futuras eleições. Nenhuma dessas decisões será tomada sem que a população tome consciência de sua necessidade e urgência. E esta consciência só pode ser alimentada por informações.
A imprensa seria a única instância à qual o cidadão poderia recorrer para obter dados sobre a situação de sua cidade, porque as demais instituições, inclusive a universidade, têm seus interesses próprios e tratam de defendê-los na mídia. O papel da imprensa seria propor temas que afetam a comunidade e identificar os interesses, abertos e ocultos, dos diferentes setores envolvidos em cada problema em debate. É o que o cidadão espera, mas não é o que ele obtém. O que assistimos hoje é a população levantar os problemas nas ruas e só depois disso é que a imprensa, políticos e governantes correm atrás – não para resolver, mas para livrar a própria responsabilidade, jogando preferencialmente a culpa nos desafetos.
Se a imprensa cumprisse apenas o papel de identificar interesses e contextos de forma honesta já estaria prestando um serviço inestimável ao cidadão, que poderia ter elementos minimamente confiáveis para tomar decisões. Os jornais, revistas, telejornais e sites noticiosos na Web não precisam se proclamar paradigmas da independência, isenção e imparcialidade. Todos sabemos que isso é materialmente impossível. Mas se procurassem, pelo menos, chegar perto da isenção, isto já seria um antídoto poderoso contra a desinformação e deformação informativa.
O cidadão é forçado a engolir maciças doses diárias de violência, tragédias e crimes cuja divulgação ocupa espaços que poderiam ser usados para a busca de soluções de problemas que estão na porta da casa de cada um de nós. Nada contra a divulgação do incêndio do ônibus que matou 34 crianças no interior da Colômbia, das enchentes na Sérvia ou da cabeça de bebê encontrada decapitada em Caxias do Sul (RS).
Mas os editores de jornais e telejornais precisam ter uma noção mais precisa daquilo que afeta ou vai afetar o quotidiano das comunidades onde está a sua clientela de usuários. Claro que é mais fácil reproduzir a notícia de uma tragédia distante que já vem formatada para o vídeo ou basta copiar e colar na página impressa. Investigar temas locais dá trabalho, toma tempo e mexe com interesses de pessoas que em geral estão muito próximas do jornal ou emissora.
A valorização da periferia é um fenômeno global que veio para ficar porque dele depende a sustentabilidade econômica e social do planeta. A imprensa ignora olimpicamente o que ocorre na periferia de nossas cidades e só acorda quando acontece alguma tragédia. Os empresários e economistas já fizeram as contas, muito antes dos políticos e administradores, e começaram a migração para a periferia e para o interior, onde os custos são menores e a qualidade de vida, muito melhor.
Mas a imprensa continua aferrada a um patriarcalismo político baseado em promessas eleitorais impossíveis de cumprir, atitude que mantém os cidadãos domesticados na esperança de que algo vá acontecer. Só que este modelo de jornalismo está se desgastando rapidamente e, se não for revisto no curtíssimo prazo, a própria sobrevivência de muitos veículos de comunicação estará ameaçada.
(Publicado no Observatório da Imprensa)
INFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por um único autor/editor, com colaborações eventuais de outros autores. Dê o seu apoio a esta iniciativa: clique nas publicidades ou contribua.
INFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por um único autor/editor, com colaborações eventuais de outros autores. Dê o seu apoio a esta iniciativa: clique nas publicidades ou contribua.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..