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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Ucrânia e Rússia: para sairmos do senso comum neste conflito

10 de Março de 2022, 19:30, por COMUNICA TUDO


Ouço e vejo tantos especialistas em assuntos políticos darem suas opiniões sob o conflito Ucrânia e Rússia que parece fácil entender o assunto e apontar um vilão. Sabemos que num conflito bélico, não há inocente. O lado pior do ser humano passamos a conhecer nestes momentos. Ao fim de cada comentário dos chamados especialistas, para os leigos fica fácil entender e responsabilizar somente uma nação: a Rússia.

Para os historiadores especializados em Europa, falar da Rússia, dos primórdios do Principado de Kiev (hoje a Ucrânia), seria um deleite, que já não é tão tranquilo assim de estar resumindo a um único texto.

A União Soviética existiu por 69 anos e a Rússia ficaria no seu lugar, fraca e sem peso político e militar. Boris Yeltsin era a cara da acometida Rússia. Homem doente, sem personalidade e que sofria de alcoolismo e andava com a mala do juízo final.

Dentre idas e vindas de uma outra geopolítica no campo europeu ficou acertado que as duas alianças militares, a OTAN e o Pacto de Varsóvia, iriam desaparecer. Não havia mais a necessidade da existência das duas forças militares. Acontece que o acordo foi simbólico e sem assinatura de documentos. O erro foi neste momento em que ambas as partes não registraram nada a mais. A porta do expansionismo ficou aberta para OTAN.

Na década de noventa, a Federação Russa estava obsoleta, perdeu vergonhosamente a guerra contra a Chechênia. Enquanto isso, a OTAN começava a aglutinar os países do leste europeu.

Foi a OTAN que começara a provocação. O Presidente Putin, num olhar aguçado (foi espião pela antiga KGB), já percebia o avanço da OTAN mais ao leste da Europa. O atual diretor da CIA (Serviço Secreto norte americano) William J. Burns, corrobora do mesmo pensamento do presidente Russo há mais de duas décadas sob o avanço da OTAN ao leste da Europa. Segundo Burns, "a hostilidade à expansão inicial da Otan é quase universalmente sentida em todo o espectro político interno aqui" (https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60584900).

Implícito e em dois momentos, William J. Burns advertia ao ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, sob o afrontamento e naquele instante, a Polônia, a Hungria e a República Tcheca davam sinais para entrar na Otan.

Como nada na História é à toa, William J. Burns escreveu a sua preocupação à ex-Secretária de Estado, Condoleezza Rice: "a entrada da Ucrânia na Otan é a mais brilhante de todas as linhas vermelhas estabelecidas pela elite russa (não apenas Putin). Em mais de dois anos e meio de conversas com os principais atores russos, desde aqueles que se escondem nos recantos sombrios do Kremlin aos críticos liberais mais ferrenhos de Putin, ainda não encontrei ninguém que veja a Ucrânia na Otan como algo além de um desafio direto aos interesses russos" (https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60584900).

Ao chegar à presidência da Federação Russa nos anos dois mil, o presidente Putin iniciava a modernização das forças armadas Russas, valorizava a ciência e investia nas universidades. Faltava adivinhar quando colocaria as cartas na mesa da geopolítica mundial.

O engano das grandes potências foi pensar: quem foi um dia líder deve estar adormecido, numa espécie de hibernação. A Grande Rússia estava ferida e perdida, mas não morta.

Não concordo com a invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Entendo a preocupação de Vladimir Putin de estar sendo cercado por países da OTAN. Não necessariamente, há sempre bases militares da OTAN com mísseis convencionais em países, apontados estrategicamente. Não estou afirmando nada, mas não estranhe caso isso venha acontecer na Ucrânia e países bálticos. Já pensou você sabendo que seus vizinhos estão prestes a afunilá-los, o que você faria? Isso que Putin vem sentindo, sendo desafiado.

Vladimir Putin deve ser responsabilizado e por outro lado, não estou enaltecendo um governo ucraniano que caiu igual a um rato preso, não sabendo o que fazer. Agora vê-se em apuros e está igual a um adolescente pedindo ajuda à OTAN.

Nesse momento, os EUA estão impondo sanções sobre a Rússia como uma forma de penalizar o governo russo em questão da guerra da Ucrânia. De fato, pode-se dizer que a Rússia se preparou para realizar esse movimento militar, pois elevou a sua reserva cambial para a quarta maior do mundo, sendo avaliada em 600 bilhões de dólares e possui um parceiro econômico, a China, que poderá intervir com as demandas de bens de consumo, além da criptomoeda chinesa que poderá ser usada em negociações futuras.

As sanções que o governo norte-americano colocou sobre a Rússia acabou sendo um empecilho a eles mesmos, os EUA, pois não poderão exportar petróleo e outras commodities da Rússia e se veem na obrigação de ter que negociar com a Venezuela. Sim, com a Venezuela, que o próprio governo estadunidense colocou sanções econômicas como uma forma de “punir pela falta de democracia”. Algo bem hipócrita e, talvez sim ou não, o presidente Maduro negocie a retirada dos embargos que os próprios venezuelanos e cubanos sofrem pelos EUA.

A guerra vai muito além do senso comum. Está além do que a mídia coloca como um lado é “bom” e o outro lado é “mal”. Devemos ampliar o nosso senso crítico e analisar o porquê de qual atitude está ocorrendo. Nos questionar o porquê do atual conflito entre Rússia e Ucrânia, mas para isso, deve-se aprofundar ao menos nas questões políticas, sociais, históricas e geográficas.

(Por Fabio Idalino Alves Nogueira, graduando em História pela UVA/RJ e professor de pré-vestibular comunitário; e Gabriel Luiz Campos Dalpiaz, professor de Ed. Física na UEMS e estudante de filosofia.)

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



Antes, durante e depois de Jair Bolsonaro

18 de Setembro de 2021, 12:03, por COMUNICA TUDO


O ato que houve dia 07 de setembro de 2021, mostrou uma população fanática pelo seu político e que manifestou apoio sem justificativas plausíveis, como as críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e pedindo o seu fechamento. Porém, um dia após as palavras do presidente da república contra o STF, ele mudou a sua postura, ficando com um tom mais “democrático”.

Outro fato marcante é de que Flávio Bolsonaro possui foro privilegiado de quando ocorreu a “crise Fabrício Queiroz”, para se proteger. Porém, ele e a família Bolsonaro pediam o fim do foro privilegiado, antes desse momento que privilegiou Flávio.

Os “bolsonaristas” (apoiadores do Presidente Jair Messias Bolsonaro) negam as tragédias de seu governo! Como o aumento dos preços de bens de consumo no geral. Alimentos e combustíveis caros, salário mínimo perdendo seu valor pela inflação que só aumenta. Alguns apoiadores de Bolsonaro afirmam, de forma errônea, que o preço elevado dos combustíveis é por culpa dos impostos que os governadores mantêm, como o ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação), porém esse imposto sempre esteve presente desde o final do século passado (XX).

Há indústrias e empresas estatais que se tornaram (em partes) privadas e cada vez menos o estado pode usufruir dela como um benefício à sua população. Quando isso ocorre, no governo liberal de Jair Messias Bolsonaro, essas grandes corporações vão possuir uma política aberta ao mercado e ser benéfica a quem são seus grandes investidores. Para quem consome, que é a sua população, terá que pagar caro para enriquecer o topo da pirâmide.

Quem assistiu pelas redes sociais, observou um chefe de governo inoperante e sem caráter, desafiando o poder judiciário, admitindo que não obedeceria às ordens dos ministros do SFT. Entre nós: se fôssemos um país sério, um presidente que confrontasse com a maior corte de justiça do país, no dia seguinte teria que prestar contas.

Analisando bem friamente, setores da sociedade cooperaram com a ascensão de Bolsonaro. Sua estrutura começa nas manifestações de junho de 2013 e depois foi se arrastando, passando pelo golpe legislativo da Dilma até a eleição de Bolsonaro em 2018.

Não há desculpas ou fazer de desentendido, o presidente sempre foi assim: belicoso, machista, homofóbico. Vestiu a manta de religioso que mistura cristianismo e judaísmo. No mais, não ficarei escrevendo para afirmar aquilo que já se sabia.

O Brasil está isolado. Estamos cercados de crises que vai da sanitária que matou mais de 585 mil pessoas até a hídrica. Os empresários querem investir num país onde mandatário promete a todo momento que aplicará golpe de Estado.

O Brasil está abatido, a sociedade expõe de vez todo o ódio e divisão nela contida há tempos, e será um trabalho para que o discurso do ódio se torne algo do passado e aprendamos a falar com civilidade e em campos opostos.

Terra abatida, povo com fome, pessoas desalentadas, sociedade raivosa. Estas serão as heranças malditas de Jair Messias Bolsonaro.

(Por Gabriel Luiz Campos, prof. de Educação e graduando em Filosofia, e Fábio Idalino Alves Nogueira, professor de História do Brasil e África)

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..


Um novo Talibã no Afeganistão?

9 de Setembro de 2021, 8:55, por COMUNICA TUDO

Os EUA saem do Afeganistão conforme entraram. Aquela velha promessa dos países democráticos com os EUA à frente: invadir para levar a democracia.

A guerra afegã custou milhares de vidas civis. Os EUA expulsaram o Talibã, mas não o destruíram. O Talibã permanece ativo e organizado. O Talibã venceu os EUA pelo cansaço e está de volta ao poder com tom mais moderado, tipo “Talibã Nutella”.

Não dá para acreditar nas promessas desses extremistas e a população feminina está entregue ao deus-dará.

A posição geopolítica do país acende o sinal amarelo para outros países da região. China e Rússia trataram logo de reconhecer o governo golpista. Os chineses têm inúmeros interesses de estar por perto daquele país. A fronteira física de 70 km não é barreira quando se trata de lítio, principal minério para carros elétricos. E outra preocupação dos chineses são os radicais do Talibã para não inflamarem a população muçulmana da China, da região de Xinjiang. A Rússia eleva sua atenção às antigas repúblicas soviéticas do Uzbequistão e Turcomenistão. São países de maioria islâmica, no entanto, não há o mesmo extremismo religioso que há no Afeganistão. O perigo ocorre se a Rússia perder a influência geopolítica na região. No mais, a sorte está lançada no país da Ásia Central.

Com os chineses e russos a frente de um projeto euroasiático, eles mantêm uma postura de reconhecimento do atual governo do Talibã, pois dessa maneira o governo afegão deverá se submeter as relações internacionais. As novas relações diplomáticas e políticas farão uma nova caminhada econômica do Afeganistão e assim a elevação das classes mais desfavorecidas através de oferta e regulamentação da mão de obra que poderá ocorrer, pela grande influência econômica da China e da Rússia.

Como o professor Elias Khalil Jabbour, Doutor em Geografia Humana, explicou em seu Twitter (@eliasjabbour) no dia 16 de agosto de 2021, “Integrar o Afeganistão à Iniciativa Cinturão e Rota e o Projeto Euroasiático é o primeiro passo que os amantes da paz e dos direitos humanos do povo afegão devem torcer para ocorrer.”.

Não estranhe caso os EUA fechem algum acordo com o Talibã. Não fiquem espantados se os americanos dizerem algo como que o Talibã sempre foi parceiro do governo afegão. O Talibã tirará proveitos da China, Rússia e EUA.

"Os Talibãs nunca foram terroristas ", não fiquem surpreso casos os países democráticos se dirigirem agora aos Talibãs dessa forma.

 (Escrito por Gabriel Luiz Campos, professor de Educação e Filósofo, e Fábio Idalino Alves Nogueira, professor de história do Brasil e África.)

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..


É possível ser conservador nos costumes e liberal na economia?

28 de Junho de 2021, 10:00, por COMUNICA TUDO

 

Os termos “sou liberal nos costumes e conservador na economia”, ou “sou conservador nos costumes e liberal na economia”, ou algo dessa maneira, são termos errados. Costumes e economia estão totalmente interligados e um exemplo é o que se pode observar na história.

Voltamos para os anos 1700 e 1800. Vemos a Inglaterra, naquela época seu parlamento era composto em maior parte por conservadores (Aristocratas), donos de grandes propriedades de terras. Eles detinham o monopólio e possuíam a constituição ao seu lado, através das leis dos cereais (Corn Lawrs) – cereais eram considerados o milho e grãos no geral. Essa lei favorecia os grandes latifundiários porque o produto era o único que poderia estar circulando dentro da Inglaterra, pelo motivo de que o governo não queria que o dinheiro/ouro inglês saísse do país, pois se fosse possível comprar cereais de mercado estrangeiros, os donos de terras perderiam o seu monopólio.

As leis dos cereais existiam para que, se um comprador inglês comprasse grãos de outro país, na hora que o navio estrangeiro chegasse com a mercadoria, o imposto que a corte inglesa cobraria desse comprador, sairia por um preço maior do que se ele tivesse comprado no mercado interno, assim o monopólio dos aristocratas estaria mantido pela lei. Também estavam totalmente ligados aos termos como “família tradicional”, sem dar o poder da democracia do direito as mulheres de seu país e outras situações que infringiam a liberdade socioeconômica de outras minorias.

Os liberais como Adam Smith, David Ricardo, Stuart Mill, etc. eram contra essa lei, pois diziam que se pudessem comprar grãos de outros países, o dinheiro inglês iria circular e voltaria com mais poder pelos compradores de mercadorias produzidas pelos capitalistas ingleses. Argumentavam, mais especificamente, Stuart Mill, sobre o direito de as mulheres trabalharem e participarem da política. Com muita luta, a proposta reformista de Mill foi aceita. Contudo, com muitas mulheres ingressando no mercado de trabalho, os preços dos serviços delas eram mais baratos que dos homens, com isso, os homens ficaram desempregados cuidando dos lares e as mulheres iam trabalhar ganhando menos do que os homens ganhavam. Os liberais justificavam que a mão invisível regularia a economia, mas o que houve (e o que ocorre até os dias de hoje), foi um crescente número de migrações às cidades industriais, não havendo uma regulamentação para as questões sociais. O número da população dessas cidades aumentou significativamente e trouxe consequências negativas, como moradias precárias e sem saneamento básico, maior número de doenças, avanço da criminalidade, entre outras questões.

No ano da grande depressão econômica (1929), houve a quebra na bolsa de valores, como resultado, produtos perderam seu valor no mercado, fazendo com que os capitalistas jogassem literalmente fora as suas mercadorias para igualar “oferta e demanda”. Um exemplo foi o leite derramado em grandes quantidades pelas ruas das cidades de Nova York. Outro exemplo foi os fazendeiros que colocaram fogo nas plantações de cana no Brasil.

John Maynard Keynes publicou em 1936 a sua obra Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, explicando que a intervenção do estado na economia é necessária para que não haja esses picos de depressão. Após a segunda guerra mundial (1939-1945), muitos países do primeiro mundo perceberam que era importante utilizar o estado para intervir na economia.

Os socialistas/comunistas buscavam a regulamentação do trabalho assalariado, com foco nas questões sociais, como educação e saúde. Também não concordavam com a mão de obra explorada e oprimida em qualquer fator, sendo contrários nas questões da escravidão que ocorria nas colônias dos países europeus. Com a Revolução Russa (1917-1923) e Vladimir Lenin no poder através da ideologia marxista-leninista, procuraram emancipar a classe dos oprimidos, como aceitar o direito para as mulheres: permitir a voz em sindicatos; direito da legitimação do aborto; direito da separação e o da cobrança de pensão alimentícia. Ao longo do tempo, houve influência do marxismo-leninismo nas lutas pela independência dos países africanos de seus colonizadores europeus, no século XX, como Burkina Faso, Mali, Gana, Angola, Moçambique, Guiné, Benim, Tanzânia, Zâmbia e Senegal.

Os anarquistas (libertários) surgiram como um movimento anticapitalista, promovendo os ideais revolucionários para acabar com a exploração sobre o ser humano. Diferente dos socialistas, eles defendiam a ideia de que as revoluções poderiam ocorrer a qualquer momento pois não se importavam com o desenvolvimento industrial do país. O Estado não seria usado como forma administrativa, mas iriam ser criadas federações e sindicatos para manter a ordem. Há vários anarquismos com seus ideais, sendo os principais pensadores: Piotr Kropotkin, Pierre-Joseph Proudhon, Mikhail Bakunin, Lev Tolstoi, entre outros. Uma revolução anarquista que houve, foi na Ucrânia, durou do início da Revolução Russa até 1919, liderada por Nestor Makhno, com o movimento Machnovista. O seu contingente tomou os grandes latifúndios e realizou uma reforma agrária, dividindo terras, equipamentos, ferramentas e máquinas entre os camponeses, além de todos trabalharem em conjunto, crianças, mulheres e homens. Havia eleições onde os líderes revezavam o poder em cada federação. Houve um plano educacional, em que a metodologia escolar buscava a espontaneidade e a independência dos alunos (sendo eles crianças e adultos). Uma prática que durou até a revolução russa se tornar socialista, e como a Ucrânia pertencia a União Soviética (URSS) na época, o movimento anarquista deixou de existir.

Existe o termo social-democrata, que defende a democracia burguesa, com eleições recorrentes. O capitalismo continua presente, porém há uma preocupação social, como saúde e educação gratuita. Contudo, essa ideologia é usada como exemplo em alguns países de primeiro mundo. Mas as pessoas que defendem essa política, se esquecem que esses países conseguiram se desenvolver através da exploração de suas colônias e/ou através da mão de obra escrava, estando em uma zona política favorável.


Atualmente, esses países fazem o que se conhece por neocolonialismo. O neocolonialismo é “desenvolvido” e não tão abstrato como nos séculos passados. Ele é realizado através das multinacionais que se instalam nos países de terceiro mundo e utilizam a mão de obra local, no qual o salário sendo pago na moeda local, fica mais econômico do que se fosse pago na moeda forte (Dólar, Euro, Libra, etc.) em seu país. Além da flexibilidade das leis (que as vezes não existem) em relação ao meio ambiente e da regulamentação do trabalho. Recebem subsídio, financiamento do governo local com juros baixíssimos. Quando se instala, ocorre uma mudança local socioeconômica (citada acima nesse texto), uma migração, que na maioria dos casos, a cidade local não está preparada para receber. A indústria produz a mercadoria e dificilmente o produto fica no país de origem, sendo vendido para fora, pois, para ficar na localidade, o mercado interno deve comprar pelo mesmo preço da moeda forte, e isso não compensa. Quando ocorre de o lugar não trazer estabilidade para essa multinacional, há a mudança de país, deixando um buraco de desemprego e escassez social no local. Nessa situação a social-democracia estará sendo benéfica para o povo de seu país desenvolvido e não para a população do país neocolonizado. Então a social-democracia pode ser considerada uma política liberal.

Finalizando, essas são algumas posições políticas no mundo atual. Algumas já não são mais utilizados na política de alguns países, porém, que ainda hoje marcaram e marcam a história social do mundo.


(Autor: Gabriel Luiz Campos Dalpiaz, graduando em Filosofia – Licenciatura e Graduado em Educação Física – Licenciatura/Bacharel. Email para contato: gcamposdalpiaz@gmail.com)

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..


Bolsonarismo e os arrependidos e arrependidas

17 de Maio de 2021, 11:51, por COMUNICA TUDO

Durante todo o período pré-eleitoral para ocupar a cadeira da presidência da república, estava ocorrendo a demonização dos partidos de esquerda. A esquerda era o cancro do país e tirá-la do poder, nem se não fosse pelas regras do jogo democrático, era preciso. O Slogan já dizia “tire o PT e o país melhora”. De lá para cá, muitos desses jornalistas, num passe de mágica, descobriram que o governo de JMB não se diferenciava no contexto ético dos demais partidos que governaram o Brasil.

Jornalistas conceituados, cientistas políticos e os chamados “influencers” digitais aguçaram os limites do imaginário coletivo. Afirmavam com todas as letras, caso o Partido dos Trabalhadores ocupasse de novo a cadeira do Palácio do Planalto, o país seria ingovernável.

Os Partido dos Trabalhadores e seus aliados são passivos de corrupção, no entanto esses partidos respeitaram a regra do jogo democrático. Em treze anos em que estiveram no poder não verberaram em fechar o STF e o Congresso nacional. Fortaleceram a autonomia da polícia federal e aumentaram os recursos para as forças armadas. Manteve boas relações com as instituições armadas, não utilizando militares para fins políticos. Uniu-se aos os países das Américas e foram firmes em dizer que seriam aliados dos EUA e não pária do continente.

No meio midiático, não há inocentes. Os jornalistas são profissionais calejados. Há aqueles que sentiram na pele o poder da opressão e persistiram que JMB é a cara da nova política. Que política?

O jornalismo em geral e se destacando a TV, tem o poder de mudar a política. Uma frase bem colocada no tempo adequado durará igual as frases de Assis Chateaubriand e o Barão de Itararé, ou seja: serão eternizadas. Virarão penas ao serem sopradas para o ar.

Por causa dessas omissões, os cidadãos que apoiavam e votaram no Presidente Jair Messias Bolsonaro, e hoje se arrependem, tem seus motivos para deixá-lo de lado nesse atual contexto social, econômico e de crise sanitária. Vemos o ponto da extrema pobreza aumentar, chegar a mais de 12% da população brasileira vivendo com menos de R$ 246,00 ao mês. O negacionismo em relação a covid-19, que matou mais de 400.000 brasileiros. A enrolação para a compra das vacinas e a promoção do uso de medicamentos para o tratamento precoce da covid-19, o famoso “kit covid” (remédios sem comprovações científicas).

Esse povo que decidiu virar as costas para ele, conseguiu enxergar nesse pequeno momento o que antes já lhes foi avisado, não há um salvador da pátria que profere palavras em base de emoções sem plano para governar um país do tamanho territorial, populacional e econômico como o Brasil.

A pressão que ele sofre, sendo do povo, da oposição e de antigos aliados políticos, é necessariamente uma amostra de seus 27 anos como deputado federal. No qual não conseguiu articular e promover projetos políticos, sendo aceitos apenas dois de 171. O fracasso já estava desenhado.

O momento da CPI da covid está aí, espero que chegue a algum lugar, esperar até 2022 não é o melhor caminho para o Brasil atualmente.

Depois da tragédia feita e não assumida pelos meios de comunicações de terem ajudado na eleição desse desastre político, será preciso esperar cinquenta anos para lermos num editorial um pedido de desculpas desses jornalistas e meios de comunicações?

(Escrito por  Fabio Idalino Alves Nogueira, professor de história, e Gabriel Luiz Campos Dalpiaz,
Professor de Educação Física e graduando em Filosofia)

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..