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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Palestinos e favelados, o inimigo comum: o Estado

11 de Maio de 2021, 9:28, por COMUNICA TUDO

 

(Texto escrito em 2014 por Fábio Nogueira é militante da Educafro, Estudante de história da Universidade Castelo Branco e Celso Sanchez professor da Unirio)

Assistir as cenas de violência na Palestina nos deixa profundamente estarrecidos e sem palavras. Quando hospitais e crianças dormindo em uma creche viram alvo, nos damos conta de que a barbárie se impôs à realidade.

Estamos vendo neste momento uma guerra desigual onde milhares de vítimas, em imensa maioria inocentes, pagam pelo preço de disputas por outros interesses. Israel tem a maior potência militar da região do Oriente Médio, a justificativa ao bombardear escolas, abrigos humanitários e prédios residenciais é que, segundo a inteligência de Israel, grupos radicais usariam estas áreas como escudos humanos. Mas perguntamos, mesmo assim bombardeam? Se crianças morrem são meros “danos colaterais”? Assume-se a ética dos fins justificam os meios? Isso é a inteligência da inteligência?

Como se pode notar, a guerra também é pelo domínio da narrativa, da argumentação assassina e cínica que justifica a morte, o sangue, o ódio e a negação da vida.

Até o momento o holocausto palestino vitimou mais de 1.500 pessoas, muitas delas crianças que nesta altura dos acontecimentos o governo de Israel as qualificaria como pequenos terroristas. Para justificar o genocídio, na guerra argumentativa, alguns defendem o estupro de mulheres palestinas… Ou até mesmo a morte das mulheres, como disse esta deputada

Assim como a estratégia nazista do confinamento que segregou a população polonesa no gueto de Varsóvia, a faixa de Gaza é um território intransponível, não se pode entrar nem sair, nem ajuda humanitária

O deboche era outro traço da narrativa nazista, o mesmo “sorrisinho cínico de lado” estava presente na estúpida entrevista cujo representante do estado de Israel chama o Brasil de “anão diplomático” e diz que vexame não é matar crianças dormindo e sim perder de 7×1

É a barbárie se repetindo, a despeito de tantos anos lutando e pedindo: “nunca mais”!

O que falariam Hanna Arendt, Theodor Adorno, Walter Benjamin e Edward Said? Teremos outro tribunal de Nuremberg? Ouviremos depois: “mas estávamos só nos defendendo?”. Parafraseando Eichmann: “só cumpria ordens”, e assim matou-se 6 milhões de judeus…

Não é novidade o silêncio das grandes potências mundiais, aliados do estado de Israel diante das atrocidades. O silêncio é uma narrativa de omissão.

Os Estados Unidos, maior aliado político e militar, a todo o momento vêm fazendo vistas grossas e pequenas e inócuas críticas. Os artistas hollywoodianos engajados em causas nobres, para ficarem bem na foto desempenham o mesmo papel das grandes potencias dominantes: silêncio….

Alguns formadores de opinião quando não podem ajudar pioram a situação. O favorito da direita reacionária, Luiz Felipe Ponde, justificou no seu artigo na Folha de São Paulo, que os acontecimentos na Palestina são mero jogo geopolítico. Na sua imensa vontade de fazer sucesso a qualquer custo, permite-se escrever qualquer absurdo.

As prostitutas dos cabarés da França ocupada pelos nazistas tinham mais dignidade diante da falta de respeito aos mortos, às crianças sobretudo. Impossível não lembrar de Voltaire numa hora dessas: “A civilização não suprime a barbárie, aperfeiçoa-a.”

Pessoas como Pondé são capazes de ver o cisco no olho dos outros, e não ver a trave em seu próprio olho. O Brasil, em termos de violência, também tem um quê de faixa de Gaza.

Os números de homicídios, em particular da juventude negra, são compatíveis a qualquer conflito armado. Por ano são mais de 5.000 mil mortos, 150 por dia e mais de 30 mil a cada década. O perfil é o mesmo há mais de três séculos: homens, jovens e negros.

Assim como acontece na Palestina, um dos principais elementos dessa matança é o braço armado do Estado. Desde sua fundação no século 19 como instituição do Estado, a polícia militar foi planejada para proteger a família real e os mais ricos. O alvo principal era os escravos. Nada mudou em dois séculos no principal aparato político-armado e controlador social do Estado. Sugiro tirar o símbolo deles… dá azar! rs

Morrem muitos jovens negros. Enquanto isso… as nossas direitas, centros e esquerdas se fazem de cegas. Os artistas se fazem de mudos, cegos e surdos (salvo exceções). Para ficarem bem na foto, aderem à campanha de mau gosto: “Somos todos macacos”. Não se manifestam dizendo somos todos Claudia, Juan e DG ou Maria, etc. Algo comum entre os três? Todos mortos pelo Estado e por uma sociedade silenciosa.

As semelhanças são bem parecidas entre os lados em conflito. No entanto, o palestino tem o mundo para condenar o opressor. O favelado além do opressor para massacrá-lo conta com a ajuda de toda a classe dominante que quer vê-los bem longe de suas vistas. E, de quebra, ainda conta com as vozes dos oprimidos contra os próprios irmãos.

É impossível diante da realidade que se impõe duramente, não lembrar da seguinte poesia de Bertold Brecht:

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

O que nos resta neste momento é abrir os olhos e perceber que as lágrimas que escorrem do rosto dos oprimidos do mundo se juntam e desaguam no mesmo oceano, a barbárie.
Contra ela só um caminho: a educação transformadora e crítica, capaz de não permitir a omissão, nem o silêncio diante de qualquer injustiça.

Pela Paz em Gaza. Paz no Rio.

(*) Fábio Nogueira é militante da Educafro, Estudante de história da Universidade Castelo Branco e Celso Sanchez professor da Unirio .

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..


Isolamento, loucura e solidão: animação explora dramas de um mundo decadente

3 de Maio de 2021, 8:26, por COMUNICA TUDO


CHANCE é o título do curta-metragem produzido em animação digital que mostra as consequências da fuga, do isolamento e da possível loucura provocada pela solidão em um indivíduo. O curta inédito, que estreou dia 30 de abril de 2021, vem com a trilha-sonora original de Marcelo D'Amico, que compôs seis músicas exclusivas para a animação e lançou o álbum em 45 plataformas de streaming em 200 países.


O diretor da produção audiovisual, Leandro Ferra, explora o mesmo universo de produções anteriores, onde personagens verossímeis sofrem dramas reais e comuns a todos nós, em meio a uma sociedade que beira à decadência, fazendo da fuga da realidade uma tentativa de sobreviver ao caos aparente.
A animação em curta-metragem, CHANCE, é uma produção da Quadro-Chave Produções Livres com apoio na trilha-sonora da Music Plans, tendo João Paulo Simão nas baterias e produção musical.

Assista ao CHANCE:


Chance - Curta animado - FullHD from Quadro-Chave Produções on Vimeo.


Ficha técnica da animação

Direção e roteiro : Leandro Ferra
Produção: Henrique Barone
Animação: Leandro Ferra
Concept art: Giovane Ferreira e Leandro Ferra
Trilha sonora original: Marcelo D'Amico
Edição e masterização: João Paulo Simão
Edição de Vídeo : Leandro Ferra
Vozes: Pedro Ivo Maia. João Paulo Simão e Marcelo D'Amico.


Ficha técnica da trilha-sonora

Chance - Original Soundtrack From Short Movie Animation
Lançamento: 30/04/2021
Compositor: Marcelo D'Amico
Produzido por Marcelo D'Amico e João Paulo Simão
Gravado por Marcelo D'Amico no Mad Rotten Studio – Salto/SP
Editado, mixado e masterizado por João Paulo Simão na Music Plans – Salto/SP
Arranjos por Marcelo D'Amico.
Participação especial de João Paulo Simão na bateria em todas as faixas e tímpano na faixa 05.
Capa por Leandro Ferra na Quadro-Chave Produções Livres
Gravadora: Music Plans
Formato: Digital
01. Promeni – 03:27
02. Vidi – 03:02
03. Tiri – 03:20
04. Masko – 02:54
05. Timigi – 03:24
06. Chance – 04:18

CHANCE: https://www.quadrochave.com/portfolio/curta-animado-chance/
Trilha-sonora: https://ditto.fm/chance-original-soundtrack-from-short-movie-animation
Quadro-Chave Produções Livres: https://www.quadrochave.com/
Music Plans: Instagram, Twitter, Facebook e TikTok - @musicplansprod
Marcelo D'Amico, artista: http://mad.marcelodamico.com

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..


Cristãos, conservadores, fascistas e fundamentalistas: é preciso distinguir

22 de Abril de 2021, 19:30, por COMUNICA TUDO


“Partidos políticos, religiosos, em diversos países, interferem no funcionamento do Estado (que deve ser laico) e buscam benefícios que nada tem a ver com a esfera espiritual”, Jaime Pinsky, Historiador da USP.

Quem de nós não se lembra, nos dias da semana, à noite, aos sábados e domingos, nas ruas de qualquer cidade do Brasil, do crente ou evangélico lotando as igrejas com cantos e louvores que adentram até as madrugadas em cultos especiais? Era e é assim até hoje.

O Brasil é considerado a maior nação católica do mundo, mas que nas últimas quatro décadas vem dividindo espaço com as chamadas Igrejas evangélicas, conhecidas também como pentecostais ou neopentecostais. O aumento desse movimento cristão não passaria despercebido, se não fosse a intromissão desses grupos nas decisões de governamentais. A preocupação que fica no ar é: o que eles farão dentro do governo?

Em 2013 a onda conservadora começava a surgir nas manifestações de junho. Ao lado de pautas que afligem toda a sociedade e os vulneráveis. Junto a isso, outras pautas que envolvem os direitos civis estavam sendo questionadas. A partir desse ano, setores ultraconservadores começavam a ser organizar, aliando-se a políticos também ultraconservadores do tipo do atual presidente da República, JMB.

O presidente conseguiu nesse setor religioso “cristão” a base perfeita para a campanha de 2018, para a corrida presidencial. Em verdade que esses “cristãos” foram os mesmos que elegeram os últimos presidentes dos partidos dos trabalhadores. Devido à demonização das esquerdas, patrocinada pela mídia conservadora e “ cristã” tele-evangelista, esses cristãos ficaram desiludidos com os desalinhos da esquerda e a opção foi aderir ao discurso do ódio. Nas eleições de 2018, a bancada da bíblia formou o escrutínio fiel ao atual governo. Fora da câmara federal, há o lobby de pastores para pressionar o congresso a votar medidas conservadoras que poderão estar nos levando ao neo-período medieval europeu.

A relação entre a religião e o Estado é delicada. Onde há trocas de favores, se rompe essa separação, e um fica refém do outro. A religião, no texto representado pelas Igrejas neopentecostais (não todas) e outros grupos conservadores da Igreja católica, passa a promover praticas mútuas, onde um cobra do outro e quando há o rompimento desses interesses ... Há países onde a religião tem mais poder do que o Estado de direito, o Irã e a Arábia Saudita que o digam.

A fundação da República brasileira, em 1889, terminou de vez com essa parceria promíscua. O rompimento não impediu, até os dias atuais, que esses grupos neo-evangelistas interfiram nos resultados eleitorais. Nas últimas três eleições presidenciais, o voto cristão foi o fiel da balança eleitoral.

O sociólogo da religião, Ronaldo Almeida, em seu brilhante artigo "Onda quebrada - evangélicos e conservadorismo", faz algumas considerações importantes sobre o conservadorismo e a pauta conservadora dos evangélicos. Destaca que o conservadorismo não é contrário às normas democráticas, portanto é necessário fazer a distinção entre conservadores, fascistas e fundamentalistas. São termos e categorias comumente usados para atacar e acusar carregando muitas vezes imprecisões generalizantes.

O saudoso Antônio Flávio Pierrucci, já na década de 1990, havia observado o crescimento dos evangélicos na política, bem como as pautas conservadoras que orbitavam os debates políticos naquela época. Fato é que não havia naquele momento uma bancada evangélica tão militante como temos agora no Congresso Nacional, e com isso podemos conjeturar que o propalado conservadorismo não é exclusividade dos evangélicos.

Embora o conservadorismo tenha um verniz religioso, levantando a bandeira da defesa da moral e dos bons costumes, bem como da família tradicional, basta uma olhada não muito aprofundada para constatarmos o fato de que o tal conservadorismo visa a atender interesses de classe bem específicos, portanto nada tem a ver com ensinamentos cristãos. Basta vermos a defesa irrefletida que alguns elementos que se intitulam pastores, como Silas Malafaia, fazem a aquele que ocupa o cargo presidencial: diga-se de passagem que o referido pastor é um burguês ávido por exercer poder não só religioso, mas também econômico e político, haja visto possuir 116 empresas e um patrimônio bem volumoso e no campo da política ser bem próximo ao presidente (foi padrinho de casamento deste). Devemos nos lembrar que o mesmo que vocifera impropérios contra a esquerda e o PT, anteriormente fora apoiador de governos petistas.

Falando em PT é um acinte afirmar que esse partido persegue igrejas ou a religião cristã. O próprio Lula, quando presidente, sancionou a lei que garantiu personalidade jurídica às organizações religiosas, a chamada lei de liberdade religiosa. Sem se falar que foi no governo de Dilma Roussef que a música gospel foi considerada patrimônio cultural, podendo usufruir da Lei Rouanet. Como esses governos perseguiram os cristãos? Muito pelo contrário, a aproximação com a liderança fundamentalista evangélica não foi garantia da fidelidade desses, cujos ventos do oportunismo os guiam como folhas secas caída ao chão. Nem a presença de Dilma na inauguração do Templo de Salomão, do charlatão Edir Macedo, foi a prova que esses terrivelmente evangélicos queriam para constatar que o PT comunista não perseguiu igreja alguma.

Na disputa religiosa entre a Igreja Católica e a protestante, essa última assumiu a vanguarda política. A sociedade mudou, portanto a religião segue o fluxo de tais mudanças. Todavia, não podemos perder de vista que a instituição religiosa (me refiro aos cristãos católicos e protestantes) carrega contradições internas. Basta ver as igrejas da periferia onde a realidade diverge das igrejas dos centros urbanos. A vida é organizada de maneira bem diferente nas favelas e/ou comunidades. A esquerda não pode perder isso de vista antes de fazer qualquer crítica.

Por exemplo, ao lembrar da Reforma protestante, muitos citam o nome de Martinho Lutero e João Calvino, mas se esquecem completamente de Thomaz Muntzer. Thomaz era milenarista e acreditava que as benesses do reino de Deus era para o tempo presente, foi um ardoroso militante nas lutas camponesas por terra, ao contrário de Lutero que a princípio se omitia, mas depois passou a esconjurar e amaldiçoar os camponeses. Lembremos também que o referido reformador (Lutero) fora uma das pessoas que Hitler mais admirava ao lado de Richard Vagner. Já Muntzer foi alvo da admiração de alguns importantes nomes do comunismo como Friederick Engels, que dedicou um capítulo inteiro de seu livro As revoluções camponesas do século XVI, e Ernest Bloch lhe dedicou um livro chamado Thomaz Muntzer o teólogo da revolução. É muito incoerente achar que todo cristão é fascista e apoia esse estado de coisas. Não podemos esquecer que Dietrich Bonhoefer era pastor luterano e que aqui no Brasil temos nomes que compõe a esquerda cristã como o Pastor Ariovaldo Ramos e Henrique Vieira.

Há aqueles que são terrivelmente evangélicos como o Doutor Jairinho, que apesar de sua aparência dócil, escondia uma natureza violenta. Mas a fantasia de ovelha no lobo não durou por muito tempo. Um dia o mascarado deixou a máscara em casa. Nesse caso pitoresco, onde uma criança de apenas quatro anos fora vitimada pela violência desse que fora um arauto da moralidade, há alguns fatos que gostaria de destacar.

Primeiro, o nome do indivíduo. Jairinho, diminutivo de Jairo, personagem bíblico que foi até Jesus para que este lhe curasse a filha enferma. Fosse o Jairo da Bíblia, com certeza a sorte do menino assassinado teria sido outra. Se o terrivelmente evangélico parasse para refletir na história de Jesus, ele veria que sempre que as pessoas levavam crianças para que ele as abençoasse, ele não as despedia de sua presença sem receberem um toque carinhoso e abençoador. Ele mesmo repreendeu seus discípulos quando tentaram impedir as crianças de se aproximarem. Jesus, que curou a filha de Jairo, gostava de crianças, que triste ironia.

Em segundo lugar, vemos o nível de alienação ou interesses financeiros de alguns religiosos neste caso em que a cantora Elaine Martins gravou um vídeo pedindo votos para o então candidato. Elaine Martins é ex-integrante da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, do pastor Marcos Pereira, o mesmo que ficou um tempo preso acusado de ter abusado sexualmente de algumas fiéis de sua igreja. Essa cantora, ao pedir votos ao candidato Jairinho, evocou a defesa da família contra a ideologia de gênero ensinada nas escolas. Como garantia, afirmou que ele era seu amigo.

Por último, e acredito que mais chocante, foi o fato da mãe do menino Henry não ter tomado as devidas providências para proteger o filho, haja visto ela ter tido ciência de agressões anteriores. O amor ao dinheiro falou mais alto que o amor de mãe.

À guisa de conclusão, penso que não há nada de errado um cristão se enveredar pela política, mas desde que o mesmo consiga compreender que o estado é laico. Isso não se trata de abrir mão da sua fé, mas de respeitar a fé dos outros.

(Escrito por Fabio Idalino Alves Nogueira, professor de história, e Marcio Roberto Carvalho, historiador)

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..


Quando um livro infantil se torna uma contação de história em animação

21 de Março de 2021, 19:41, por COMUNICA TUDO

O livro "A Conselheira do Rei" foi publicado originalmente no formato impresso, pela Livraria Litteris, em 2017, e logo virou uma bela Contação de Histórias.

A história trata de temas como a honestidade, priorizando uma narrativa inclusiva e uma protagonista feminina forte e independente. Um Reino, um Príncipe inseguro, uma pena de escrever e algumas rosas azuis. Esta é a história de como Gisela, criada de um importante nobre, que mais parece um barril de bigodes, chegou à corte real apenas por sua sincera honestidade.  


Em 2020 o trabalho ganhou o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc, para se transformar em uma contação de história animada em vídeo. Assista:


Canal oficial no Youtube - A Conselheira do Rei
 
Ficha técnica do projeto:
- Idealização: Isabele Bonzoumet
- Direção Geral: Isabele Bonzoumet
- Direção Artística: Pedro Ivo Maia
- Texto: Isabele Bonzoumet
- Adaptação de Texto: Pedro Ivo Maia
- Produção Executiva: Simone Mendes
- Gestão Cultural - Gisele Mota Lopes
- Animação e Ilustração: Leandro Ferra
- Edição: Leandro Ferra - Pedro Ivo Maia
- Coordenação Audiovisual: Juliana Osmondes
- Operação de Câmera e Logger: Guinevere Gaspari
- Trilha Sonora: Pedro Ivo Maia
- Voz: Ana Moura
- Contação de história: Pedro Ivo Maia

Apoio
Quadro-chave Produções Livres: www.quadrochave.com
Colégio Santa Mônica - Rio de Janeiro

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..


Lula - depois da euforia, uma análise para 2022: é o caminho?

15 de Março de 2021, 10:18, por COMUNICA TUDO

Estava na segunda-feira, numa fossa típica daquelas de início da semana, pós o boa noite do programa Fantástico, no Domingo. Pensava que seria mais uma segunda daquelas arrastadas. À tarde, um amigo do Mato Grosso d Sul, Gabriel Luiz, repassou uma mensagem, via ZAP, sobre a decisão do Ministro do STF, Edson Fachin, de anular as acusações contra o ex-presidente Lula. O ex-presidente é elegível para concorrer a qualquer cargo político em 2022, inclusive para a presidência da república.

Lógico, não vou atrever-me a analisar o processo jurídico que não a minha aérea de atuação.

A alegria foi geral. Fui para as redes sociais para apoquentar meus amigos bolsonaristas (isso mesmo, tenho amigos bolsominions, poucos). Alegria foi geral. Passado o momento alucinógeno, vieram depois indagações que são boas para analisarmos e cairmos na real.

Particularmente não vejo com bons olhos a volta do ex-presidente Lula à presidência. Confio na sua competência, não resta dúvida, ele já foi por duas vezes presidente. Há necessidade para um terceiro mandato? A direita tradicional está arranjando com o governador de São Paulo João Dória ou seja: a 'renovação'.

Por que a esquerda não faz o mesmo? Há nomes competentes nos quadros da esquerda que merecem bons olhares e lapidá-los para enfrentar o perdido e incompetente atual presidente, o JMB. Isto era para ser feito antes mesmo que Lula fosse preso, não precisava chegar 2018 e colocar o ex-ministro Fernando Haddad na última hora de abalo.

Publicamente o ex-presidente não confirmou se será ou não mais um presidenciável a ocupar pela terceira vez a cadeira do Palácio do Planalto. Por ora, a legitimação abalou os meios financeiros e políticos. Lula ainda agita o país, engana-se quem pensa que ele estava acabado para a política.

Lula está acima do Partido dos Trabalhadores. Lula tem o dom da agregação. As últimas eleições municipais mostraram que o PT não foi perdoado pelos últimos erros de gestão, há brechas que ainda faltam fechar. O melhor que Lula tem a fazer é agir igual aos pastores de ovelhas que nunca se conformam de perder UMA ovelha, mesmo que tenham milhares delas para cuidar. Ou também da história bíblica do filho pródigo. Esse filho gasta toda a fortuna que seu pai deixou e se perde pelo mundo, quase desiste de si mesmo, engole o seu orgulho, volta arrependido aos braços do pai que lhe perdoou por sua rebeldia. O pai realiza uma grande festa e todos voltam a ser felizes.

O ex-presidente tem essa missão para que essas ovelhas e filhos voltem para uma nova construção. Que lavem suas roupas sujas marcadas por traições e as tornem limpas e cristalinas. Vamos torcer por esse “milagre”.

O certo da reviravolta é que Lula abriu a campanha eleitoral a 1 ano e 7 meses. Até lá, muitas serão as reviravoltas que acontecerão. JMB ainda conta com eleitorado raiz, que nunca o abandonará em hipótese nenhuma. São aqueles que acreditam em teorias conspiratórias e JMB é o enviado divino para a salvação do Brasil, nem que custe a tentativa de golpe de Estado.

Outra preocupação que não devemos desviar a atenção são os chamados outsider (fora do grupo). Há dois que se aproximam dessa tendência: Luciano Hunck e Sérgio Moro. Este último que um dia foi considerado herói vem perdendo fôlego nos últimos meses devido as falcatruas da Operação Lava-Jato, que um dia foi considerada o marco para o fim da corrupção.

O jogo está começando. Até 2022 há muitos planejamentos e novos atores políticos. Ainda nos resta a possibilidade que JMB possa sofrer o impeachment - pouco provável.

Bem-vindo ao ano de 2022 que nem começou e já está pegando fogo!!

(Texto escrito por Fabio Nogueira, estudante de história e professor voluntário de pré vestibular comunitário)

Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..