Dilma dá posse a novos ministros
October 5, 2015 12:50![]() |
Dilma também reduziu em 20% gastos com custeio e terceirização, além de extinguir 3 mil cargos comissionado foto |
Cerimônia está marcada para a tarde desta segunda-feira (5), no Palácio do Planalto; nomes foram anunciados na última sexta-feira (2)
A presidenta Dilma Rousseff dá posse, nesta segunda-feira (5), aos novos ministros, em cerimônia no Palácio do Planalto. Os nomes foram anunciados, na última sexta-feira (2), pela presidenta, juntamente com medidas administrativas para diminuir os gastos do governo.
As mudanças envolvem também a redução de 30 secretarias em todos os ministérios, a criação de um limite de gastos com telefonia, passagens aéreas e diárias, o corte de 10% do salário da própria presidenta, do vice-presidente e dos ministros de Estado, além da revisão de todos os contratos de aluguel e de prestação de serviços.
Os dez ministros que assumem nesta segunda-feira são: Ricardo Berzoini, na Secretaria de Governo; Miguel Rossetto, no Ministério do Trabalho e Previdência Social; Nilma Lino Gomes, no Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Marcelo Castro, no Ministério da Saúde; Aloizio Mercadante, no Ministério da Educação; Jaques Wagner, na Casa Civil; Aldo Rebelo, no Ministério da Defesa; Celso Pansera, no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Helder Barbalho, no Ministério dos Portos; e André Figueiredo, no Ministério das Comunicações.
Ao anunciar as medidas, a presidenta disse que, com essas iniciativas, o objetivo é contribuir para que o Brasil saia mais rapidamente da crise, crescendo, gerando emprego e renda. "Essa reforma vai nos ajudar a efetivar as medidas já tomadas para o reequilíbrio fiscal e aquelas que estão em andamento", acrescentou.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil
As novas mentiras da Revista Época
October 4, 2015 7:58Arquivo Blog do Arretadinho |
A Revista Época insiste em mentir, distorcer documentos, misturar acontecimentos sem relação e enganar o leitor de forma impressionante na sua sanha de atacar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em sua nova edição, a revista começa falando de uma conversa entre Lula e o vice-presidente da Guiné Equatorial. Lula nunca escondeu que defendeu a promoção de empresas brasileiras no exterior e não recebe remuneração por isso. A exportação de bens e serviços brasileiros gera empregos no Brasil, mas a Época deveria preferir que eles fossem gerados na China ou nos Estados Unidos. A Odebrecht não ganhou a referida licitação, e a Guiné Equatorial não tem nenhum financiamento do BNDES.
O ex-presidente Lula sempre defendeu a ampliação das relações comerciais entre Brasil e África, de forma pública e não remunerada. Fez isso inúmeras vezes, inclusive, em um seminário em Brasília, no dia 22 de maio de 2013, em evento organizado pelo jornal Valor Econômico, intitulado “As Relações do Brasil com a África, a Nova Fronteira do Capitalismo Global”. Nesse evento, Lula disse: “Quando assumi a presidência, tinha consciência de que o Brasil precisava conversar com quem tinha maior compromisso histórico ou proximidade com a gente. Isso era essencial para o nosso crescimento, para a nossa expansão. Acabou o tempo em que a gente fica na expectativa do que os americanos iriam gostar. Acabou o tempo em que a Europa ditava as regras. O Brasil está aprendendo o seu tamanho, a sua importância, a sua capacidade de fazer as coisas. Hoje o mundo comercial é competitivo e ninguém vai dar colher de chá para nós”.
O ex-presidente não recebe remuneração para defender empresas brasileiras, de qualquer setor, no exterior. Faz isso porque acredita na importância disso para o desenvolvimento do Brasil. Fez quando era presidente e continuará fazendo como ex-presidente.
Lula recebe remuneração profissional apenas e especificamente quando é contratado para dar palestras para empresas privadas, o que fez não só para a Odebrecht, mas 71 vezes para 42 empresas diferentes ao longo de 4 anos e 6 meses. Lula não faz lobby ou consultoria. O valor que foi recebido pelo ex-presidente por palestra para a Odebrecht é o mesmo que o cobrado para palestras para outras empresas. Nem mais, nem menos. Todas as palestras contratadas aconteceram e os dados sobre elas e as viagens do ex-presidente foram repassados ao Ministério Público. A empresa Infoglobo, por exemplo, do mesmo grupo proprietário da revista Época, pagou o mesmo valor que outras empresas por uma palestra de Lula feita no Rio de Janeiro, em 2013. A lista completa de empresas que contrataram palestras de Lula entre 2011 e 2014 é pública. Repetindo: Lula não é lobista, consultor, ou funcionário de nenhuma empresa. É contratado para palestras e só.
A revista depois cita visita do ex-presidente em Gana. Mesmo no trecho parcial do documento exposto por Época, é o presidente de Gana, John Dramani Mahama que cita a questão de financiamento, não Lula. O ex-presidente não interferiu no processo técnico ou critérios de autorização de empréstimo para aquele país. A conversa com o presidente de Gana foi acompanhada e relatada pelo corpo diplomático brasileiro. Qualquer solicitação e liberação de empréstimo no BNDES tem que seguir o mesmo processo de liberação, cuja decisão tem órgãos definidos e responsáveis. Impressiona que a revista Época fale de um chefe de estado estrangeiro sem procurar ouvir a sua versão da história (e errando a grafia do seu nome). Talvez não fizesse o mesmo se a matéria se referisse ao governo norte-americano ou francês.
Época ainda confunde o leitor sobre as atividades de Lula como ex-presidente ao mencionar dois telegramas diplomáticos de quando Lula era presidente: um de 2007, quando recebeu o presidente de Moçambique e, segundo o telegrama, teve uma atuação absolutamente institucional no encaminhamento de um comunicado do chefe de estado daquele país e o outro uma mensagem diplomática da embaixadora Leda Lucia Camargo sobre possíveis financiamentos à empresa Marcopolo, que como a própria revista registra, sequer aconteceram. É Época que confunde o leitor sobre a diferença de um presidente e um ex-presidente. Não Lula.
Época manipula também seu contato com o Instituto Lula para uma simulação da prática do “outro lado”, ou suposta checagem de informações (que não faz) com o Instituto Lula. A revista diz que o Instituto teria dito que processará jornalistas de Época. É mentira. A Assessoria de Imprensa do Instituto Lula (ou qualquer outra pessoa do Instituto) não disse que processará os jornalistas. O Instituto informou, por e-mail registrado, que o ex-presidente já processa a revista Época por reparação de danos morais, em ação que foi protocolada na Justiça em agosto, por matéria da revista publicada em abril, conforme foi divulgado no site do Instituto Lula , e que por isso não comenta documentos citados pela revista a não ser que tenha acesso ao conteúdo original deles. Por atitudes desse tipo, faz tempo que todos os contatos com a revista Época são feitos através de e-mail ou gravados, para registro, devido ao histórico de alguns jornalistas da revista de distorcer respostas e documentos.
A revista Época já ultrapassou qualquer fronteira da imparcialidade e objetividade jornalística em uma campanha para tentar criminalizar a prática da diplomacia comercial e as atividades de Lula como ex-presidente, quando já não mais ocupava qualquer cargo público. A revista, por exemplo, até hoje não corrigiu nenhum dos erros factuais apontados em matérias anteriores, como os citados no texto “As sete mentiras da Revista Época"
Todas as viagens e atividades do ex-presidente foram divulgadas para a imprensa quando aconteceram e elas poderiam ter sido acompanhadas naqueles países se houvesse real interesse nas atividades de Lula na África. Mas a revista insiste em tratá-las como se fossem viagens clandestinas e ignorar as ações do Instituto Lula em prol do desenvolvimento social do continente africano – como a participação em reunião da comissão da Unaids no Malauí, e importante Conferência de combate à fome na África organizada pelo Instituto Lula na Etiópia, junto com a FAO e a União Africana, além das inúmeras reuniões e atividades sobre África no Brasil com empresários e acadêmicos, como mostram nosso relatório de atividades.
Especificamente sobre a viagem de 2013 mencionada pela revista Época, copiamos aqui as informações que a revista ignorou. E no próximo link, um relato das atividades da Iniciativa África do Instituto Lula em 2013.
Reiteramos a absoluta certeza na legalidade das atividades do ex-presidente Lula, antes, durante e depois da presidência da República. E lamentamos a falta de objetividade, ética, boas práticas jornalísticas e acima de tudo, os preconceitos da revista Época em relação a África e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula
Flávio Dino fala de primeiros meses do Governo
October 4, 2015 7:56![]() |
Arquivo Blog do Arretadinho |
Flávio Dino fala de primeiros meses do Governo em programa de TV em rede nacional“Governar o estado é desafiador.
Não é possível que um lugar tão rico, seja reconhecido nacionalmente apenas por aspectos negativos em razão de uma herança muito dura”, foi uma das declarações do governador Flávio Dino durante o programa “Mariana Godoy Entrevista”, transmitido ao vivo pela RedeTV!, nesta sexta-feira (2).
Durante o programa, Flávio Dino respondeu questões polêmicas, fez análises sobre cenário político brasileiro, tratou de programas do Governo, como o Plano de Ações Mais IDH e o Programa Escola Digna. Durante toda a entrevista, o público participou do programa através das redes sociais.
Plano de Ações Mais IDH
Citado em rede nacional, o Plano de Ações Mais IDH foi mencionado por Flávio Dino como o programa que tem como meta combater a pobreza nos municípios com menores índices sociais do Maranhão. Através de 23 ações articuladas, como água tratada, escolas reformadas, assistência técnica em Agricultura Familiar, construção de moradias e assistência básica em Saúde, os moradores dos 30 municípios maranhenses com menor IDH são uma das grandes prioridades do atual governador.
Educação
Quando questionado sobre as principais ações nos primeiros nove meses de Governo, Dino citou o maior programa educacional da história do Maranhão que, até o final do primeiro mandato, terá construído e reformado escolas em todo o estado, e substituído escolas de barracão, taipa e palha por prédios de alvenaria no Maranhão, através do programa Escola Digna.
Brasil
A apresentadora Mariana Godoy perguntou ao governador quais caminhos devem ser percorridos no atual momento de crise econômica e política vivida no país. Flávio defende que para reconstruir o Estado Brasileiro todas as questões devem ser tratadas com honestidade, transparência, seriedade, a partir de medidas positivas transformadoras. “O Brasil precisa recuperar a governabilidade social, é preciso institucionalizar a política brasileira”, afirmou Dino.
O governador do Maranhão afirmou existir uma crise de legitimidade em todo o sistema representativo brasileiro. “É preciso reconstruir o estado social brasileiro e isso não se faz só cortando gastos, mas também criando fontes de financiamento”, disse Flávio ao defender, por exemplo, políticas de taxação de tributos proporcional às riquezas e bens.
Corte de gastos e privilégios
O corte de gastos excessivos e de privilégios foi uma das medidas citadas por Flávio Dino para que o país e os estados tenham uma política fiscal e tributária justa. “Não basta ter uma gestão austera, com corte de gastos. É preciso aliar isso à construção de medidas positivas”. O Governo do Maranhão, por exemplo, cortou mais de R$ 100 milhões com gastos públicos superficiais, ao mesmo tempo em que realizou medidas concretas nas áreas da Saúde, Educação, Moradia, Saneamento Básico, Infraestrutura, dentre outros.
Apesar da crise brasileira e da perda dos repasses federais ao Maranhão, o Governo do Estado adota medidas anticíclicas que contribuem, por exemplo, para que o estado, pelo quarto mês consecutivo, apresente saldo positivo na geração de emprego.
Internautas
Em uma das perguntas enviadas por meio das redes sociais, o internauta questionou a respeito da ação judicial relativa ao ajuste de 21,7% no salário dos servidores do Judiciário no Maranhão. Flávio Dino disse que o corte não ocorreu, que essa é uma ação judicial que tramita há dez anos e que a Procuradoria Geral do Estado conduz o fato com independência. “Recentemente o Tribunal julgou apenas um, dos milhares de processos, e entendeu que esses servidores não têm direito ao reajuste. A demanda judicial vai continuar, nós a conduziremos com responsabilidade, levando em conta os interesses de toda população do estado”, disse Flávio Dino.
Aumento para servidores e mais policiais
Quando questionado sobre a Segurança no Maranhão, Flávio Dino citou que o Governo convocou 2.800 candidatos aprovados no concurso da Polícia Militar. Desses, 1.400 foram aprovados e estão concluindo os cursos de formação. “Esse é o primeiro passo para superar a violência que é nacional. É importante ter mais policiais nas ruas, mas aliar isso a outras políticas, como temos feito”, disse o governador, ao citar que apesar da crise, o Maranhão concedeu aumento salarial para os professores, policiais e convocou concursados de diferentes áreas.
Lideranças
Durante a entrevista, Flávio mencionou o Papa Francisco como exemplo de um líder mundial. “Ao defender a bandeira da justiça social, líderes como o Papa Francisco, que falam ao coração das pessoas ganham credibilidade. É preciso enfrentar os problemas com coragem, determinação e verdade. O Maranhão tem problemas, mas aos poucos nós vamos enfrentá-los e superá-los.”
Sobre os desafios de governar um estado que por décadas esteve sob domínio de uma oligarquia, Flávio comentou: “Governar meu estado, o estado em que eu nasci, é desafiador. Escolhi ser governador por acreditar que um lugar tão rico e repleto de belezas naturais pode ser também um lugar de oportunidades, de crescimento e desenvolvimento”, afirmou Flávio Dino que, ao final do programa, jogou uma partida de xadrez com o maranhense Rafael Leitão, sete vezes campeão brasileiro.
do Jornal Pequeno
Vaticano afasta padre que declarou ser gay
October 4, 2015 7:38![]() |
Krysztof Charamsa disse não se importar com as consequências de sua revelação |
Um dia antes da abertura do sínodo que vai debater posição da Igreja sobre temas que incluem homossexualidade, Santa Sé dispensa da Congregação para Doutrina da Fé sacerdote que assumiu publicamente preferência sexual.
Na véspera do Sínodo da Família no Vaticano, a Santa Sé afastou neste sábado (03) um padre polonês por ele ter revelado publicamente ser homossexual, em entrevista ao diário Corriere della Sera.
O padre Krzysztof Charamsa, oficial na Congregação para a Doutrina da Fé, assegurou ao jornal italiano de maior circulação que é gay, que tem um companheiro e que se sente orgulhoso disso. O prelado disse, ainda, à edição polonesa da revista Newsweek deste sábado que o clero é "preponderantemente homossexual e, infelizmente, também homofóbico".
O Vaticano anunciou que Charamsa será despojado de suas responsabilidades na hierarquia da Igreja.
Segundo o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, as declarações de Krzysztof Charamsa são "muito graves e irresponsáveis", por terem sido divulgadas um dia antes do Sínodo da Família.
Quanto ao futuro de Charamsa no organismo da Cúria, no qual se encontra integrado desde 2003, Lombardi disse que o padre "certamente não poderá continuar a desempenhar suas funções na Congregação para a Doutrina da Fé e nas universidades pontifícias". Outros aspectos de sua situação serão decididos pelo bispo local, segundo o porta-voz.
Advogado de minorias
Na entrevista ao Corriere della Sera, Krzysztof Charamsa declarou que não se importa com as consequências da sua revelação.
"Quero que a Igreja e a minha comunidade saibam quem sou: um sacerdote homossexual, feliz e orgulhoso da minha identidade. Estou preparado para pagar as consequências, mas já é hora de a Igreja abrir os olhos e compreender que a solução que propõe, a abstinência total da vida do amor, é inumana."
Nas entrevistas concedidas, Charamsa admitiu que sua ação tornaria insustentável a sua permanência no clero. "Eu sei que vou ter que desistir do meu ministério, que é toda a minha vida", disse ao periódico.
O clérigo de 43 anos ressaltou, no entanto, que seu objetivo é desafiar o que designa de uma Igreja "paranoica e retrógrada" em relação às minorias sexuais.
Sínodo da Família
Durante entrevista coletiva em Roma, onde foi acompanhado por seu companheiro catalão, Eduardo, Charamsa disse estar feliz com o fato de ter assumido ser homossexual. Ele afirmou querer agora atuar como "advogado de todas as minorias sexuais e de suas famílias, que sofreram em silêncio".
Ao mesmo tempo, ele agradeceu ao "nosso Papa fantástico, que nos permitiu novamente acreditar no diálogo".
A sua entrevista surge um dia antes do início do Sínodo Ordinário de Bispos para a Família, que vai se estender até o próximo dia 25 de outubro. Na série de encontros, prelados de todo o mundo vão debater e rever a doutrina católica sobre a família, incluindo temas como divórcio e a posição da Igreja frente à homossexualidade e a fiéis gays e lésbicas.
CA/dpa/dw
Rio de Janeiro cria Conselho da Juventude
October 4, 2015 7:16![]() |
Rio de Janeiro - O Conselho da Juventude do Rio de Janeiro vai acompanhar e fiscalizar o andamento do Plano Estratégico 2017-2020 Tomaz Silva/Agência Brasil |
Cem jovens escolhidos por votação popular online e por um grupo formado por representantes de 50 instituições governamentais e organizações da sociedade civil foram apresentados neste sábado (3) pela prefeitura carioca, como integrantes do Conselho da Juventude da Cidade.
O fórum vai acompanhar e fiscalizar o andamento do Plano Estratégico do Rio de Janeiro, vigente até o ano que vem, bem como o Plano Estratégico 2017-2020. Mais de 600 jovens, na faixa de 14 a 29 anos de idade, participaram do processo seletivo.
O secretário de Governo do Rio de Janeiro, Pedro Paulo, esclareceu que o plano não tem só um período de tempo de quatro anos, mas faz um “exercício de visão” dos próximos 50 anos. O conselho integra o projeto Visão Rio 500, que discute o futuro da capital daqui a 50 anos.
“E quando nós falamos de pensar o Rio 50 anos para a frente não faz sentido pensar sem ouvir aqueles que viverão a cidade nesse período. Esses jovens que estão aqui serão pais de famílias, trabalhadores e também criarão seus filhos aqui”. Por isso, argumentou, a validade de fazer com que esses jovens participem da discussão desde o início.
Pedro Paulo informou que, após a posse, os jovens serão convidados a definir projetos, indicadores e metas que vão balizar os projetos. “O importante é trazer a juventude em um processo democrático de escolha para nos ajudar nesta discussão”.
É o caso de Pedro Torres e Ully Santana Ribeiro, estudantes de Gestão Pública na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Para Pedro, estar no conselho significa a oportunidade de ampliar o conceito de participação popular dentro das decisões, de modo que essa participação seja uma constante no dia a dia e não apenas de quatro em quatro anos.
“É algo que a gente quer botar em prática e que não fique só preso a esse conselho, inclusive, mas que todas as pessoas do Rio tenham o direito de opinar sobre a vida política da cidade fora das eleições também”.
Ully completou que, como futuros gestores públicos, a ideia é que os jovens consigam lidar com diferentes realidades e conhecer diferentes pessoas e lugares “para poder atuar de forma melhor, colocando na prática a teoria que a gente aprende em sala de aula, para se inserir de forma mais qualificada no debate”.
A vice-presidente da Associação de Mulheres da Ilha do Governador, Carla Pereira, foi a jovem mais votada na zona norte para integrar o conselho. Ela destacou a importância da decisão do prefeito Eduardo Paes de dar voz à juventude.
“Eu quero me tornar a grande síndica do meu bairro e acho que isso tem que se espalhar para todos. Os jovens, cada um cuidando da sua praça, da sua comunidade, temos uma visão diferente dos problemas e da dinâmica da cidade”. Carla acredita que esses elementos poderão ter grande contribuição para a cidade.
A coordenadora do conselho, Thamyra Tâmara, disse que, embora a entidade não seja deliberativa, isto é, não pode criar projetos de lei, os jovens têm função de construir o novo planejamento estratégico em conjunto com a prefeitura, além de fiscalizar o plano em vigor 2012-2016.
“Apesar de ser um conselho de juventude, não vai pensar só políticas públicas para a juventude, mas pensar a cidade do Rio de Janeiro como um todo. É uma nova forma de ver a juventude como uma juventude potente e não como problema. É uma juventude que vai propor coisas para a gente ter uma cidade menos desigual e mais democrática”, explicou Thamyra.
O Conselho da Juventude da Cidade é coordenado pelo Laboratório de Participação da Prefeitura (Lab.Rio). O processo de escolha dos conselheiros se pautou pela igualdade de gênero e distribuição territorial, respeitando a densidade populacional de cada região, e incluiu cidadãos negros, pessoas com deficiências e jovens LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
A coordenadora informou, ainda, que esse é o primeiro planejamento estratégico da cidade que tem a juventude ajudando, com participação aberta de todos os cidadãos. A formação do conselho se inspirou em experiências de outras cidades, como Paris, mostrando como é importante ter a participação dos jovens na construção do município.
da Agência Brasil