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abril 3, 2011 21:00 , por Desconocido - | No one following this article yet.
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Fidel diz que Estados Unidos devem “muitos milhões de dólares” a Cuba

agosto 13, 2015 15:42, por Blog do Arretadinho

Um dia antes da visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a Cuba para participar da cerimônia oficial de reabertura da embaixada americana em Havana, o ex-presidente cubano Fidel Castro disse, em artigo publicado nesta quinta-feira (13), que os Estados Unidos devem à ilha caribenha “muitos milhões de dólares”.
“Os EUA devem a Cuba o montante das indenizações referentes a danos, que equivalem a muitos milhões de dólares, como já denunciou nosso país com argumentos e dados irrecusáveis ao longo de suas intervenções nas Nações Unidas”, escreveu Fidel, que completa hoje 89 anos, no texto intitulado A Realidade e os Sonhos, publicado no jornal oficial Granma.

Após o reatamento diplomático entre Cuba e Estados Unidos, a normalização das relações entre os dois países ainda tem pendências a serem resolvidas, principalmente a suspensão do embargo econômico, comercial e financeiro imposto à ilha caribenha desde 1962.

No dia 20 de julho, as embaixadas foram reabertas em Washington e em Havana, após 54 anos de rompimento diplomático. Nesse dia, após reunião com John Kerry, o chanceler cubano Bruno Rodríguez disse que Havana reconhece a determinação do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em trabalhar para suspender o embargo econômico a Cuba e reiterou a urgência de o Congresso norte-americano eliminar o bloqueio, que restringe as trocas comerciais e o acesso de empresas e investidores à ilha caribenha.

Outro tema sensível para Cuba na retomada das relações com os Estados Unidos é a restituição do território onde se encontra a base norte-americana de Guantánamo.

da Agência Brasil



O que os mais pobres pensam do impeachment e de Lula

agosto 13, 2015 12:53, por Blog do Arretadinho

foto F.CAVALCANTI (FC)
O presidente do Data Popular, Renato Meirelles, diz que o brasileiro percebe que a pressão por impeachment é baseada na guerra de políticos.
Renato Meirelles aprendeu a enxergar o Brasil pelos olhos dos mais pobres. 
Sua empresa de pesquisa, o Data Popular, nasceu para ler o comportamento desse grupo, que representa, na verdade, a maioria das famílias brasileiras – 66% vivem com pouco mais de 2000 reais mensais. Essa proximidade o ajudou a antecipar diversos movimentos na economia – como a explosão da classe C a partir de 2004 – e na política – ele previu no início de 2013 que haveria uma pressão popular cada vez mais forte por serviços públicos de qualidade, mote das manifestações de junho daquele ano. Neste momento, ele enxerga o jogo de lideranças nebuloso, com um Governo e uma oposição que não conseguem apresentar perspectivas de futuro.

Pergunta. Tivemos uma semana de estresse, com o Congresso desgovernado, e um debate explícito sobre impeachment. Como isso está na cabeça dos brasileiros?

Resposta. A decisão do futuro do país está na mão de uma briga de torcida e o brasileiro percebe isso. Não se pode colocar a estabilidade do país abaixo do interesse político. Ainda que as pessoas estejam insatisfeitas com o Governo elas se perguntam qual é o real interesse de um impeachment. É um erro confundir quem está insatisfeito com o Governo com apoio à saída da Dilma.

P. Os políticos passaram uma sensação de insegurança, o que fez empresários virem a público pedir bom senso e entendimento.

R. Estão todos em busca de um consenso, de entendimento. A fala do Michel Temer – precisamos de alguém que una o Brasil – contribuiu. As demonstrações raivosas, de ira, atiçam os guardiões do bom senso. O nervosismo do Temer ao falar na quarta-feira mostrou que temos de dirigir a classe política. Ninguém enxerga a porta de saída nem na situação nem na oposição, e essa guerra impossibilita o bom senso e prejudica a solução da crise política que paralisa a economia.

P. Nesse flerte com o impeachment, em que a oposição apoia em um momento, recua, volta a apoiar. Como é que funciona para o eleitor?

R. Primeira coisa para entender. Nas pesquisas, quando você pergunta sobre manifestações. “Você lembra de passeatas que aconteceram nos últimos tempos, que juntou muita gente na rua, não só na sua cidade mas no Brasil inteiro? A grande maioria das pessoas lembra de 2013. Estou falando muito mais a classe C e D. Eles não têm as manifestações deste ano como referência. Estamos há meses sem manifestação, porque se tentou radicalizar para o impeachment naquela conjuntura e aí foi perdendo força. Por que estamos voltando com isso agora? Porque além da Lava Jato ter ganhado novas proporções, do ponto de vista da comunicação com a opinião pública o Governo não fez nada para explicar, por exemplo, o ajuste fiscal e a crise econômica. A última passeata [de abril] teve menos gente do que a penúltima [março] e isso deixou uma sensação de que as coisas estavam resolvidas para o Governo. E não estavam, como não estão resolvidas desde 2013. Pensar no que levou as pessoas a reelegerem este Governo é fundamental pra entender o que a população quer e acredita. E o Governo tinha que ter aprendido. Por outro lado, a oposição tinha que refletir em como ela conseguiu perder uma eleição em que 71% queriam mudança. O que também não é uma coisa trivial...

P. A oposição não está conseguindo ganhar o terreno que o Governo está perdendo?

R. Se uma pesquisa de intenção de voto mostra, por exemplo, que o senador Aécio Neves estaria na frente se a eleição fosse hoje, é muito mais por ser o nome mais conhecido de oposição. Ele é o ímã dos insatisfeitos. Mas está longe de conquistar o coração e mente de pessoas. Muito mais longe de conquistar as pessoas que estão órfãos do presidente Lula.

P. Temos muitos órfãos?

R. Temos mais órfãos do que oposicionistas.

P. Órfãos do Lula?

R. Órfãos de uma liderança que defenda o estado de igualdade de oportunidades.

P. A raiva contra Dilma é somente pela economia?

R. Se a gente for olhar alguns dos grandes indicadores econômicos como desemprego, como reservas internacionais. Ou a escolaridade média do trabalhador. Na prática nós temos indicadores melhores hoje do que tínhamos antes, em 2008, por exemplo, ano de outra grande crise. O que diferencia os dois momentos? É não saber para onde estamos indo. O Brasil tem uma crise econômica? Evidente que tem. É só sair na rua. O Brasil tem uma crise moral e ética? Claro que tem. São as maiores do Brasil? Não. A maior crise do Brasil é a de falta de perspectiva. O brasileiro não sabe para onde vai e não consegue enxergar nem na situação nem na oposição, uma luz no fim do túnel. Isso que vai fazer diferença em todo o resto. No limite, o Lula chamava para conversar, como em 2008 “Ah meu amigo. Estão dizendo  pra você guardar o seu dinheiro e não gastar. Se você não gastar, o seu primo que trabalha na fábrica Brastemp vai ficar desempregado...”

P. A lição popular de economia...

R. O governo tinha um reason why forte para essa condição de futuro. Só que ele está desde o segundo turno sem falar ou fazer algo que caminhe nesse sentido, enquanto o povo está fazendo seu ‘ajuste fiscal’ doméstico: rodízio de contas pra pagar, bico extra, cortando despesas... Não se explicou o que era o ajuste fiscal. E um monte de medidas que efetivamente poderiam ser muito positivas, não foram vistas por dessa forma por causa disso. Por exemplo, fraude no seguro desemprego. O seguro desemprego precisava mudar não por causa do ajuste fiscal. Por causa das fraudes!

P. O fato da Dilma não ter pedido desculpas, dizendo “erramos ao estender uma fórmula de economia”, pesa?

R. Temos que entender o que é a tradição cristã do Brasil. Os cristãos valorizam quem reconhece o erro. O Brasil valoriza quem joga limpo e pede ajuda. Seria muito bom que a Dilma conseguisse falar para a sociedade que reconhece o que as pessoas estão passando. Isso seria bom pra ela, e seria bom para o país. Do mesmo jeito que a oposição tinha de dizer claramente qual a proposta dela para sair deste momento.

P. O que é pior para a população da base da pirâmide: Lava Jato ou é a inflação que comeu o salário dele?

R. A gente tem pesquisado muito esse assunto no Data Popular. E basicamente vemos que a corrupção acaba sendo vista como a grande responsável pelo aumento de preços, por exemplo... por que a gasolina aumentou? Na cabeça do povo a gasolina aumentou porque tinha roubo na Petrobras e nós estamos pagando esse roubo com o aumento da gasolina.

P. Embora não seja exatamente essa lógica, não é de todo errado, se falarmos da gestão da empresa...

R. O meu negócio é percepção da opinião pública. A corrupção acabou sendo a grande vilã de tudo. Mas vamos pegar o histórico. Em 2013, passeatas, porque a régua de qualidade, de exigência dos que recebiam serviço público, tinha mudado. Eles haviam saído de 2010 com uma perspectiva de melhora de vida gigantesca, e a ela não estava mais melhorando. E os governos, de todos os níveis, não perceberam essa mudança. Mas o brasileiro pensava: “Eu estou fazendo a minha parte e o governo não está fazendo a dele”. Depois veio a Copa. E na sequência, o processo eleitoral mais pesado, e a percepção que a crise começou a crescer. A gente começou o processo eleitoral com 71% dos eleitores querendo mudança. O que aconteceu depois? Eu desafio qualquer brasileiro a me dizer cinco medidas positivas que o governo fez depois do segundo turno.

P. A base da pirâmide faz panelaço?

R. Faz. Primeiro entenda a eleição. Por primeira vez em muitos anos a classe C rachou. Os jovens da classe C estão indo para a oposição. E os mais velhos vão mais para a situação. O panelaço é a demonstração de insatisfação. Ele aconteceu muito mais em áreas ricas do que pobres? Sim. Isso significa que não acontece na periferia? Não é verdade. Agora, panelaço é a representação física da intolerância. Porque significa que você não quer ouvir, você só quer brigar.

P. Uma proposta de impeachment vai adiante?

R. Impeachment é um processo legal, logo, não é golpe. Mas é político. Portanto, sujeito a influências políticas, perspectivas de poder, e arranjos internos. Sujeito a negociações como moeda de troca por alguém estar sendo investigado pela Procuradoria. Podemos não ter abertura de processo de impeachment por uma questão legal, ou como abraço dos afogados do presidente da Câmara. Nesse jogo político tudo cabe. Achar que a população que diz defender impeachment não pode ser influenciada com o debate é um erro.

P. Em outras palavras, a batalha do impeachment está longe de ser ganha?

R. Completamente longe. Nem para um lado e nem para o outro. É a raiz da crise de perspectiva. Quando a gente coloca a seguinte questão em pesquisas – Quando eu falo futuro, qual é a palavra que aparece? As pessoas ficam em silêncio.

P. Quando você fazia essa mesma pergunta alguns anos atrás, quais eram as respostas?

R. Sempre era: ver meu filho se formar, ser dono do meu negócio, eu me formar. Conseguir viajar para o exterior, ter minha casa. Hoje há silêncio. E depois de um tempo respondem: incerteza, escuridão. Porque não tem perspectiva. O impeachment do Collor havia perspectiva. Não era só revolta. Este não tem. E a oposição não conseguiu formar quadros com a visão de ser um estadista. Um líder de verdade capaz de oferecer perspectiva de futuro. O maior erro da oposição é o que fortalece o Lula. Ele fica como a única opção efetiva. Agora, não é o Lula que xinga imprensa. Mas o que olhar pra frente, responsável pelas maiores mudanças do pais.

P. Um encontro entre Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff seria revolucionário nos dias de hoje?

R. Os dois ganhariam, sem medo de errar. O brasileiro não suporta mais político que age como candidato, estão buscando estadistas. Quem ocupar esse papel ganha o eleitorado.

P. Como São Francisco de Assis, “onde houver ódio que eu leve o amor”, e “ onde houver dúvidas que eu leve a fé”?

R. É basicamente um discurso de identidade. Por que o papa Francisco tem essa popularidade? Os políticos deveriam se inspirar na postura dele, de redução de desigualdade e defesa dos mais pobres. É o que o Brasil quer.

P. Mas e essas teses sobre fim de Bolsa Família, o discurso pela meritocracia, está restrito a um grupo pequeno, ainda que barulhento?

R. Toda vez que os movimentos de protesto de rua defendem meritocracia sem levar em conta a diferença de oportunidades, tratando pobre como vagabundo, defendendo Estado mínimo, ou quando alguém usa meme na internet, com adesivo ofensivo com a Dilma de pernas abertas, eles perdem. Quando eles dizem que o imposto dele paga o BF não está certo. Quem paga mais imposto, proporcionalmente, é a classe baixa. A elite tem dificuldade de entender, tanto no Brasil, como na América Latina, que houve melhora, com projetos de redução de desigualdade. E radicalizações de discurso não são positivos. A classe C não racionaliza o ganho de oportunidade. Ela só sabe que ganhou algumas coisas nos últimos anos, que teve oportunidades, que nunca antes imaginou em ter.

P. A ideia de um Estado que dá igualdade de direitos é um valor claro na cabeça do brasileiro?

R. O valor de defesa da igualdade de oportunidades está absolutamente claro para pelo menos dois terços do eleitorado brasileiro.

P. Ou seja, se o PMDB que está em evidência agora, com planos de lançar presidente. Se ele não oferecer isso, ele não se elege?

R. Se ele não oferece, mas os outros também não oferecem, talvez ele pode ter uma candidatura boa. Não depende só dele. Eleição é um jogo do que está sendo afetado. Agora que esse é um valor consagrado, é. Esse valor hoje é identificado com algum partido político? Não, nem com o PT.

P. Há um divórcio dos partidos?

R. A classe política não entendeu o recado de 2013. Empurrou esse não entendimento até hoje e agora tudo estourou. Qual é o recado número um? Minha régua de qualidade é outra, sou mais criterioso com o que espero do Estado. Mas o principal recado não foi esse. O principal recado foi a classe política não me representa. Os partidos políticos não me representam. Isso já refletia uma ausência de perspectiva. Isso parte de um entendimento de que o Lula, depois de anos e anos foi o primeiro político que conseguiu gerar identidade do povo. As pessoas gostavam e muitos gostam ainda do presidente Lula por duas razões. Ele tinha um reason why concreto do governo dele, então ele fez coisas que efetivamente melhoraram a vida das pessoas. Se era conjuntura internacional, se eram ações próprias do governo é um longo debate, eu acho que eram as duas coisas. E tinha um fator emocional, que ‘ele veio de baixo, ele sabe o que eu sofro, ninguém me entende como ele me entende’. E tudo isso foi elevado à vigésima potência em 2010 com a economia bombando e com maior índice de popularidade do Lula. As pessoas foram perdendo essas referências. 2013 estourou e nenhum partido político fez um conjunto de ações para trazer essas pessoas a voltarem a gostar da política organizada. Para mostrar que o Estado estava a serviço do cidadão. Na prática, isso foi o que levou ao Fla-Flu político. Ninguém acredita que os políticos que apoiam o impeachment da presidente Dilma o querem para melhorar a vida do povo.

P. Por isso não há identidade com as manifestações deste ano?

R. As manifestações de 2013 tinham a ver com discussões do cotidiano. E estas estão mais com uma coisa de disputa eleitoral, mais com o Fla Flu político. Não entendem como uma manifestação pode ser no domingo, e não em dia de semana como ele já viu. E não entende gente de classe média levando a babá, ter ‘camarote’ na passeata. Então não tem um lastro com a vida real das pessoas.

P. Não se pode dizer que as manifestações atuais representam o Brasil?

R. Representam os 20% mais ricos. Isso não quer dizer que o restante do Brasil esteja satisfeito. Mas os decepcionados são em número maior dos que radicalmente oposicionistas. Quando as pesquisas perguntam: você apoia as manifestações? Todo mundo apoia, diz ‘sou a favor’. Mas isso não dura 30 segundos de reflexão. E aí na pesquisa qualitativa, eles não sabem quem entraria melhor, sem proposta de futuro.

P. Vamos supor que houvesse uma eleição agora. Se um sucessor de Dilma não entregar perspectiva de futuro, ele corre o risco de viver o mesmo inferno que ela?

R. Claramente. Para mim, o maior termômetro de qualquer crise é quando as coisas mudam numa velocidade tão rápida que o que discutimos hoje pode não valer na semana que vem. Se tivesse uma eleição hoje, vamos supor, se fosse aquele modelo o mais difícil de acontecer: Impeachment completo e novas eleições. A chance de um novo, de alguém desconhecido aparecer, é muito maior. O momento é esse. Com alguém em tese sem nenhum tipo de vínculo, de lastro. Tudo isso muda? Tudo isso muda, campanha é campanha. Agora, a pauta da oposição é o antipetismo. Mas não é antipetismo que ganha a eleição, é uma discussão de futuro.

P. O que os analistas políticos repetem é que o objetivo central é matar o mito Lula. Conseguiram?

R. Quem primeiro entendeu a força do Lula foi o ex-presidente Fernando Henrique. Se você pegar os os artigos que ele escreveu no início do ano, todos eram ‘é o Lula, é o Lula.’ Porrada na Dilma todo dia, e ele diz: “Vocês não estão entendendo, é o Lula”. O Lula tem força.

P. Mas perde ibope?

R. Claramente. A popularidade dele cai por conta dos ataques, mas cai também por ele não aparecer. Estão batendo em um jogador que está no banco. Objetivamente qual a última entrevista que o presidente Lula deu?

P. Agora, você disse que o Brasil só quer consenso mas o Lula entrou no jogo do Fla-Flu quando ele fica falando de rico contra pobre e começa a falar que os petistas estão sendo tratados como judeus, não?

R. Mantenho o que disse antes. Qualquer radicalização é ruim, inclusive a dele. A gente fez uma pesquisa no Data assim: o que você acha de um político que fala mal do outro? Ele está querendo esclarecer alguém disso? Pouquíssimo. Ele está querendo o lugar do outro político? 80% respondem que sim. Quando um político critica outro, ele pode até desgastar o seu adversário, mas não ganha nada. Pelo contrário. A sua rejeição aumenta.

P. Com qual liderança há vínculo emocional por parte do povo?

R. O único político com real lastro emocional com a população é o Luiz Inácio Lula da Silva.

P. Nem Aécio?

R. O Aécio tem para parte do eleitorado dele uma alternativa de mudança. Muito mais inflacionado pelo antipetismo do que uma identificação com ele. A pessoa que gera identificação ainda é o Lula. As pessoas comentam que nas últimas pesquisas o Lula tinha 30% de intenção de voto, quando ele sempre aparecia no topo. Eu digo: sem dar nenhuma entrevista em quase um ano, tomando porrada todo dia, ele ainda tem 30% dos votos. E por que as pessoas não gostam do Lula agora? Porque esse é o Lula raivoso e o que eles sentem saudade é do Lula paz e amor, de 2002, é do Lula que passa a mão na cabeça e fala 'vamos vencer, vai na minha, eu sei o que você está passando. Eu sei o que é passar fome, eu sei o que é dar o que seu filho está pedindo'. É desse Lula que as pessoas têm saudade.

P. O que o brasileiro médio pensa do Eduardo Cunha?

R. Não sabe quem é. Eles acham que é mais nessa confusão de políticos. Que ora ele faz alguma coisa que as pessoas defendem, a maioria da população defende, como a redução da maioridade penal, ora faz algo que eles não sabem direito o que significa..

P. E o Congresso como é visto?

R. É tudo igual. A mesma percepção que começou em 2013 e que a classe política não foi capaz de mudar, de que político é tudo igual. Isso é tão sério, porque isso gera um vício de origem na critica política. Por que o tema corrupção hoje é mais importante do que foi na eleição? Ninguém fez essa pergunta né? Porque o tema da corrupção sai de um debate da sociedade civil, da opinião pública e da imprensa. Na eleição saía de outros candidatos. Quem são os outros candidatos? São políticos e se é político, é ladrão. Na opinião pública.

P. Você está mais para pessimista, realista ou otimista com o país?

R. Com o Brasil, otimista. Porque o povo é f*da, transforma limão em limonada, não vai parar de comer o churrasco no domingo, o brasileiro quer sonhar. Ele sabe que esta não é a primeira nem a segunda crise que vai passar. Temos hoje uma população mais empoderada, mais escolarizada, que sabe seus direitos de cidadão, de consumidor. Escolaridade maior, sonha em ter o filho da universidade. Vai ser com dor, sofrimento, não vai ser fácil, mas o povo brasileiro é f*da...

Publicado em El País
via Fundação Maurício Grabois



STF começa a julgar descriminalização do porte de drogas

agosto 13, 2015 12:08, por Blog do Arretadinho

Julgamento poderá ser adiado se um dos ministros pedir mais
tempo para analisar o processo
foto Divulgação Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta quinta-feira (13) a descriminalização do porte de drogas para uso próprio. A questão será julgada por meio de um recurso de um condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade por porte de maconha. 
A droga foi encontrada na cela do detento. O recurso é relatado pelo ministro Gilmar Mendes.

O julgamento está previsto para começar às 14h e será iniciado com a leitura do relatório do processo. Em seguida, entidades de defesa e contra a descriminalização devem se manifestar, como a Viva Rio, o Instituto Sou da Paz e a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol). Após as sustentações orais, Mendes proferirá seu voto, e os demais ministros começam a votar. O julgamento poderá ser adiado se um dos ministros pedir mais tempo para analisar o processo.

Para o ministro Luís Roberto Barroso, além de decidir se é constitucional criminalizar o consumo de maconha, por exemplo, o julgamento poderá avançar na discussão sobre critérios objetivos para distinguir o que caracteriza tráfico e consumo. De acordo com o ministro, a definição não é “um debate juridicamente fácil nem moralmente barato, mas precisa ser feito”.

“É um debate muito importante e que vai ter uma influência na definição da política de drogas no país. No Brasil, acho que a questão da droga tem que levar em conta, em primeiro lugar, o poder que o tráfico exerce sobre as comunidades carentes e o mal que isso representa, em segundo lugar, um altíssimo índice de encarceramento de pessoas não perigosas decorrente dessa criminalização e, em terceiro, a questão do usuário”, argumenta Barroso.

O ministro Marco Aurélio entende que o uso de drogas não é uma questão penal, mas de saúde. O ministro acredita que o Supremo não conseguirá estabelecer critério para a distinção entre usuário e traficante. “É o tipo de situação em que não dá para definirmos, neste julgamento, quem é usuário e quem é traficante. Até mesmo para evocar quem é usuário ou traficante e não porta grande quantidade de droga”, diz.

No recurso, a Defensoria Pública de São Paulo alega que o porte de drogas, tipificado no Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), não pode ser configurado crime, por não gerar conduta lesiva a terceiros. Além disso, os defensores alegam que a tipificação ofende os princípios constitucionais da intimidade e a liberdade individual.

da Agência Brasil



Terceirizados da ADM do Gama estão sem salários

agosto 13, 2015 11:39, por Blog do Arretadinho

Trabalhadores terceirizados da Administração do Gama estão sem receber os salários

Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Embora o governador do Distrito Federal seja do Partido Socialista Brasileiro, PSB, tudo indica que ele tenha deixado nas mão dos seus assessores do PSDB, a gestão do governo. O principal indicativo para que isto esteja realmente acontecendo é uma prática comum dos tucanos quando estão no poder, o arrocho salarial.

Primeiro o governo suspendeu o pagamento da pecúnia da licença-prêmio dos professores aposentados do GDF, o que levou o Sindicato dos Professores do Distrito Federal, SINPRO/DF, a chamar um ato de protesto em frente ao Palácio do Buriti na tarde desta quinta-feira (13).

Agora o governo do PS(D)B no Distrito Federal penaliza os trabalhadores terceirizados da Administração Regional do Gama e da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil. Segundo os executores dos contratos da Real JG - Serviços Gerais Ltda nos dois órgão do GDF, os funcionários da empresa estão sem receber os salários de julho, que deveriam ter sido pagos no último dia 7.

Ainda segundo os executores dos contratos, a justificativa da empresa para não ter pago os salários aos trabalhadores em dia, deve-se ao fato do GDF não ter repassado esses valores às empresas.

Como se vê, Rollemberg "tá de boa" no seu ninho tucano, ferrando com a vida dos trabalhadores e aposentados.

Tivemos acesso aos e-mais que os executores dos contratos enviaram à Comissão Executora de Contratos do GDF, comunicando o fato, confira:






Começa a vacinação de 12 milhões de crianças

agosto 13, 2015 10:50, por Blog do Arretadinho

"É extremamente importante seguir a orientação da OMS e vacinar
o máximo possível de crianças", disse o ministro Arthur Chioro
durante lançamento da campanha
foto Marcelo Camargo/Agência Brasil
Vacinação de 12 milhões de crianças começa neste sábado (15)
Campanha vai imunizar crianças entre seis meses e cinco anos incompletos até o dia 31 deste mês. Os pais vão poder colocar em dia outras vacinas que estejam atrasadas
No próximo sábado (15) tem início a 36ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil (poliomielite) no Brasil. Realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios, a campanha vai até o dia 31 deste mês e pretende imunizar 12 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. Isso representa 95% do público-alvo, formado por 12,7 milhões de crianças.

A ida ao posto de saúde também será a oportunidade para colocar a vacinação das crianças em dia. Por isso, paralelamente à campanha contra a poliomielite, o Ministério da Saúde promove uma mobilização para atualizar o esquema vacinal dos menores de cinco anos. Os profissionais de saúde vão avaliar a caderneta infantil, alertando aos pais sobre as vacinas que estão vencendo ou em atraso.

Durante a apresentação da Campanha nesta terça-feira (11), o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, convocou pais e responsáveis a levar seus filhos menores de cinco anos a um posto de vacinação. "É extremamente importante seguir a orientação da Organização Mundial da Saúde e vacinar o máximo possível de crianças. Vamos aproveitar também para colocar a caderneta das crianças em dia com a atualização de outras vacinas", reforçou Chioro. O ministro destacou o esforço do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir a vacinação para todas as crianças brasileiras, inclusive aquelas que vivem em regiões remotas, como áreas indígenas e população tradicional.

As doses atrasadas serão aplicadas e agendadas, de acordo com a situação de cada criança. Aquelas que nunca foram vacinadas contra a poliomielite, não receberão as gotinhas na campanha. As crianças que estão iniciando o esquema vacinal devem ser imunizadas com vacina inativada poliomielite (VIP injetável), aplicada aos dois e quatro meses de vida. Já aos seis meses, a criança deve receber uma dose da vacina oral e outra de reforço aos 15 meses. (confiram tabela abaixo). Para isso, pais ou responsáveis devem levar o cartão de vacinação aos postos de saúde.

Vacina segura
A vacina é extremamente segura e protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Não existe tratamento para a poliomielite e a única forma de prevenção é a vacina. Ela é recomendada, até mesmo, para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. Já para crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a imunização é indicada. 

Com a campanha de atualização, o Ministério da Saúde busca aumentar a cobertura vacinal e diminuir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas, além de reduzir as taxas de abandono. As vacinas oferecidas protegem contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras. A campanha nacional conta com uma infraestrutura composta por mais de 100 mil postos espalhados por todo o País, 350 mil profissionais de saúde e 42 mil veículos (terrestres, marítimos e fluviais).

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues, ressaltou a importância da vacinação. Segundo ela, é importante que o Brasil mantenha as altas taxas de cobertura para não correr o risco da reintrodução da doença. “O nosso país tem um grande fluxo de turistas e de comércio, por isso é fundamental que as nossas crianças continuem a ser vacinadas. Temos de garantir boas coberturas vacinais tanto na rotina, como na campanha”, explicou a coordenadora.

Campanha publicitária já começou
A mobilização da população já começou. Com o slogan “Você é o protetor do seu filho”, a campanha publicitária já está sendo veiculada desde domingo (9). As peças mostram a responsabilidade dos pais de levar as crianças para serem vacinadas. Até o dia 31 de agosto, as mensagens serão veiculadas na TV aberta e fechada, rádio, internet, redes sociais e aplicativos de mobile.

O Brasil está livre da poliomielite desde 1990 e, em 1994, o País recebeu, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território. Entretanto, nove países registraram casos em 2014 e 2015. Em três países – Nigéria, Paquistão e Afeganistão – a poliomielite é endêmica. Nos outros seis (Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria e Etiópia) os casos registrados da doença foram decorrentes de importação do poliovírus selvagem. Por isso, a vacinação é fundamental para que casos de paralisia infantil não voltem a ser registrados no Brasil.

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

O Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde, de todo o País, 17 vacinas que integram o Calendário Nacional e combatem mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias.

Esquema sequencial de vacinação contra a poliomielite
 Idade
Qual a vacina
2 meses
Vacina inativada poliomielite – VIP
4 meses
VIP (injetável)
6 meses
Vacina oral poliomielite – VOP
15 meses
VOP (reforço)

Fonte: Ministério da Saúde.