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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.
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Rede da dignidade contra o golpe e a vigarice

December 7, 2015 16:38, by Blog do Arretadinho

Foto Joaquim Dantas
Foto Joaquim Dantas
O governo, emparedado pela lógica conservadora, paradoxalmente, passou a ter escolhas. 
Como disse a própria Dilma, 'não era mais possível viver chantageada'

por: Saul Leblon
Na Carta Maior

A história apertou o passo e quando sacode a poeira ela derrama transparência por onde passa.

A retaliação de Eduardo Cunha contra o governo e contra o PT guarda semelhanças com uma cena recorrente da crônica policial.

Enredado em evidências grotescas de ilícitos e falcatruas, o presidente da Câmara sacou um processo de impeachment contra a Presidenta Dilma, depois que o PT –graças à corajosa decisão de seu presidente, Rui Falcão, determinou que o partido não acobertasse o delinquente no Conselho de Ética.

Cunha age como o sequestrador que saca o revólver e o coloca na cabeça do refém, exigindo salvo conduto para si e para o malote de dinheiro.

Eduardo Cunha aposta que os comparsas do lado de fora lhe darão cobertura na fuga cinematográfica para frente.

Talvez tenha razão a julgar pela adesão de pronto de tucanos, como os rapinosos Aécio e Serra, por exemplo.

Outros, aqueles que entendem a política como oportunismo, endossarão igualmente o meliante em nome da honradez.

Ou não é essa –há meses—a especialidade do colunismo isento na sua seletiva campanha anti-corrupção?

A cumplicidade desses comparsas está precificada no metabolismo político brasileiro desde 2005/2006.

Não se espere grandeza de onde impera a mediocridade básica das elites latino-americanas.

Aquela que sonega ao próprio país e ao povo o direito e a competência para se erguer como nação justa e soberana.

O vento implacável da história desnuda em 2015 os novos atores do velho enredo em cartaz em 1932, 1954, 1962, 1964, 1989, 2002, 2005, 2006, 2010 e 2014.

Com um agravante: há um pedaço da sociedade que se descolou definitivamente do país e tem como pátria o capital flutuante que não quer pertencer ao destino de nenhum povo.

Seu interesse e visão de mundo, portanto, são imiscíveis com a ideia de um regime do povo, para o povo e pelo povo.

E isso não é retórica, mas uma ameaça: eles consideram que a Constituição de 1988 prometeu mais do que é justo o dinheiro grosso ceder e que o PT teima em lembrar.

São aliados naturais do assaltante que ameaça agora um  mandato subscrito por 54 milhões de brasileiros.

Daí não sai nada a não ser golpe e dilapidação.

A mudança terá que vir do outro lado.

O lado do país que se avoca o direito de enxergar na justiça social a finalidade e o motor da luta pelo desenvolvimento brasileiro. E que tem na democracia a principal garantia de que esse processo é crível e consistente porque negociado, repactuado e legitimado nas diferentes manifestações de liberdade de um povo --nas lutas, nos escrutínios e nas mobilizações históricas de uma nação.

Estamos diante de um desses momentos que Celso Furtado denominava de ‘provas cruciais de uma nação’.

É, sobretudo, no caso brasileiro, a hora da verdade para as forças progressistas.

Cabe-lhes superar o empate corrosivo que paralisa a sociedade e desacredita a democracia.

Trata-se de vencer a prostração e o sectarismo, fazendo da mobilização contra o golpe o impulso que faltava para uma repactuação do país em torno dos interesses majoritários de seu povo.

Lideranças políticas e sociais não podem piscar.

O enclausuramento ideológico, o acanhamento organizativo e a indiferenciação, diante  da qual a juventude não se reconhece e a militância se recolhe-- devem ser dispensados de uma vez por todas.

Que ninguém se iluda: o apoio ao impeachment tem por trás um projeto econômico devastador

Nele não cabem as urgências e direitos da maioria da população brasileira.

Um notável volume de investimentos é requerido nesse momento para adequar a logística social e a infraestrutura às dimensões de uma nação que incorporou milhões de pobres ao mercado de consumo nos últimos anos.

Agora lhes deve a cidadania plena.

O novo giro da engrenagem terá que ocorrer num momento paradoxal.

Uma tempestade perfeita cobra respostas em várias frentes: prover a infraestrutura, combater a inflação, resgatar a industrialização, dar progressividade ao sistema tributário, ajustar o câmbio, modular o consumo.

Tudo junto e com a mesma prioridade.

Ao mesmo tempo, porém, o labirinto encerra a oportunidade histórica de inovar  metas e métodos.

A plataforma do arrocho, com a qual o conservadorismo capturou o governo  --e agora pretende concluir o assalto tomando-lhe o mandato,  envelheceu miseravelmente ao escancarar  sua incapacidade  para ir além de uma recessão destrutiva.

PIB, emprego, investimento e consumo despencam sob o timão de um ajuste que desajusta o bolso do povo pobre e agrava as contas fiscais da nação.

O interesse conservador que antes pretendia usar o governo para escalpelar as ruas, subtraindo-lhe conquistas e recursos, agora quer usar as ruas e o impeachment para derrubar o governo.

A bipolaridade reflete a ansiedade típica de quem sabe que tem pouco tempo porque aquilo que a rua exige e espera colide com o que o mercado pretende.

Quem dará coerência ao desenvolvimento brasileiro nessa encruzilhada?

Antes turva, a resposta emerge límpida após o assaltante colocar a arma na cabeça do refém nesta tarde da terça-feira, 2 de dezembro de 2015.

A nova coerência macroeconômica terá que ser buscada na correlação de forças redesenhada pela divisão entre os que se alinharão na cumplicidade ao chantagista e os que vão se juntar ao governo para ampliar o espaço  de um novo contrato de crescimento para a nação brasileira.

Emparedado pela lógica conservadora o governo Dilma, paradoxalmente, passou a ter escolhas.

Como disse a própria Presidenta, em desabafo, ’não era mais possível viver chantageada’.

Dilma deve, sim, negociar. Com o Brasil que trabalha e quer trabalhar. Com o capital que produz e quer produzir.

Isso define uma límpida conduta para as próximas horas, os próximos dias, meses e, sobretudo uma próxima reforma ministerial definidora de uma verdadeira governabilidade, com o direito de recorrer ao povo para construir o passo seguinte do crescimento.

O bônus não autoriza o conjunto das forças progressistas a adotar a agenda da fragmentação suicida.

O discurso cego às interações estruturais é confortável . Mas leva ao impasse autodestrutivo e à inconsequência histórica.

A responsabilidade de interferir num processo histórico pressupõe a adoção de balizas que impeçam o retrocesso e assegurem coerência às mudanças.

O jogo é pesado.

Avançar à bordo da composição de forças que delimitou a ação progressista até aqui tornou-se cada dia mais penoso.

Esgotou-se um capítulo.

Não apenas por conta da saturação de um ciclo econômico.

Mas também porque se descuidou de prover a sociedade de canais democráticos para viabilizar o passo seguinte do processo.

Faltava a locomotiva da história apitar outra vez para esticar os limites do possível na repactuação do novo capítulo do crescimento brasileiro.

Foi o que o assalto à mão armada de Cunha desencadeou nas últimas horas.

A presidenta Dilma viu o bonde passar e não hesitou.

Reagiu na direção certa em pronunciamento à Nação 
Antes dela, Rui Falcão, Pimenta e outros tiveram a coragem de rechaçar o chantagista e alinhar o PT  ao clamor dos milhões de brasileiros que não aceitam mais compactuar com um sistema político que se tornou um biombo desmoralizado do poder econômico, a serviço de banqueiros e bandidos.

Ao assumir o risco de uma represália que se confirmou, o PT indiretamente reaproximou-se dos que entendem que a soberania popular é  o único impulso capaz de harmonizar os conflitos e sacolejos de uma transição de ciclo de desenvolvimento.

O tempo urge.

O assalto conservador ao mandato de Dilma  joga uma cartada de vida ou morte contra o relógio político.

À medida que apodrece a reputação de seus centuriões, e os savorolas da ética entram em combustão explosiva, restou-lhes apostar tudo no estreito espaço de tempo entre a desmoralização absoluta e a capacidade residual de articular o golpe.

A coragem de Dilma e do PT, a solidariedade do PSOL logo na primeira hora da escalada, o levante maciço nas redes sociais ensejam esperança e legitimidade.

Em 1961 Brizola opôs ao golpe contra Jango uma bem-sucedida mobilização nacional liderada pela Rede da Legalidade.

Que Lula, Luciana, Boulos, Stédile, Vagner Freitas, intelectuais, estudantes, empresários produtivos, personalidades e democratas em geral se unam e se organizem.

Essa é a hora e ninguém fará isso por nós.

Que Dilma recorra diariamente, se preciso, à cadeia nacional para afrontar o monólogo golpista e liderar a resistência nacional.

É o seu mandato que está em jogo.

E que disso nasça uma gigantesca rede da dignidade contra o golpe e a vigarice.


Com ela, e somente com ela, emergirá o impulso que falta para abrir passagem ao país que o Brasil poderia ser, mas que ainda não é –e que interesses poderosos não querem que venha a ser.



Fernando Morais: "Dilma sairá maior dessa guerra"

December 7, 2015 14:43, by Blog do Arretadinho

Por Fernando Morais

O dia da infâmia

Na Folha

Minha geração testemunhou o que eu acreditava ter sido o episódio mais infame da história do Congresso. Na madrugada de 2 de abril de 1964, o senador Auro de Moura Andrade declarou vaga a Presidência da República, sob o falso pretexto de que João Goulart teria deixado o país, consumando o golpe que nos levou a 21 anos de ditadura.

Indignado, o polido deputado Tancredo Neves surpreendeu o plenário aos gritos de "Canalha! Canalha!".

No crepúsculo deste 2 de dezembro, um patético descendente dos golpistas de 64 deu início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A natureza do golpe é a mesma, embora os interesses, no caso os do deputado Eduardo Cunha, sejam ainda mais torpes. E no mesmo plenário onde antes o avô enfrentara o usurpador, o senador Aécio Neves celebrou com os golpistas este segundo Dia da Infâmia.

Jamais imaginei que pudéssemos chegar à lama em que o gangsterismo de uns e o oportunismo de outros mergulharam o país. O Brasil passou um ano emparedado entre a chantagem de Eduardo Cunha –que abusa do cargo para escapar ao julgamento de seus delitos– e a hipocrisia da oposição, que vem namorando o golpe desde que perdeu as eleições presidenciais para o PT, pela quarta vez consecutiva.

Pediram uma ridícula recontagem de votos; entraram com ações para anular a eleição; ocuparam os meios de comunicação para divulgar delações inexistentes; compraram pareceres no balcão de juristas de ocasião e, escondidos atrás de siglas desconhecidas, botaram seus exércitos nas ruas, sempre magnificados nas contas da imprensa.

Nada conseguiram, a não ser tumultuar a vida política e agravar irresponsavelmente a situação da economia, sabotando o país com suas pautas-bomba.

Nada conseguiram por duas singelas razões: Dilma é uma mulher honesta e o povo sabe que, mesmo com todos os problemas, a oposição foi incapaz de apresentar um projeto de país alternativo aos avanços dos governos Lula e Dilma.

Aos inconformados com as urnas restou o comparsa que eles plantaram na presidência da Câmara –como se sabe, o PSDB, o DEM e o PPS votaram em Eduardo Cunha contra o candidato do PT, Arlindo Chinaglia. Dono de "capivara" policial mais extensa que a biografia, Cunha disparou a arma colocada em suas mãos por Hélio Bicudo.

O triste de tudo isso é saber que o ódio de Bicudo ao PT não vem de divergências políticas e ideológicas, mas por ter-lhe escapado das mãos uma sinecura –ou, como ele declarou aos jornais, "um alto cargo, provavelmente fora do país".

Dilma não será processada por ter roubado, desviado, mentido, acobertado ou ameaçado. Será processada porque tomou decisões para manter em dia pagamentos de compromissos sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

O TCU viu crimes nessas decisões, embora não os visse em atos semelhantes de outros governos. Mas é o relator das contas do governo, o ministro Augusto Nardes, e não Dilma, que é investigado na Operação Zelotes, junto com o sobrinho. E é o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e não Dilma, que é citado na Lava Jato, junto com o filho. Todos suspeitos de tráfico de influência. Provoca náusea, mas não surpreende.

"Claras las cosas, oscuro el chocolate", dizem os portenhos. Agora a linha divisória está clara. Vamos ver quem está do lado da lei, do Estado democrático de Direito, da democracia e do respeito ao voto do povo.

E veremos quem se alia ao oportunismo, ao gangsterismo, ao vale-tudo pelo poder. Não tenho dúvidas: a presidente Dilma sairá maior dessa guerra, mais uma entre tantas que enfrentou, sem jamais ter se ajoelhado diante de seus algozes.



Presidenta da UNE rechaça golpismo de Cunha

December 7, 2015 14:29, by Blog do Arretadinho

Presidenta da UNE rechaça golpismo de Cunha e afirma que impeachment é imoral
A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, denunciou ontem o golpismo que está sendo patrocinado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que na quarta-feira decidiu abrir processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Em declaração pelas redes sociais, ela afirmou que a medida é imoral e fruto de chantagem política.

Em sua conta no twitter, ela afirmou que "a aceitação do impeachment por Eduardo Cunha é imoral, sua admissibilidade é fruto de uma chantagem política”.

A UNE deverá reunir seus diretores nos próximos dias a fim de avaliar a conjuntura nacional e o posicionamento dos estudantes. Para a presidenta da entidade, Eduardo Cunha não tem legitimidade para deflagrar esse processo e tenta apenas pressionar os partidos próximos da presidenta Dilma a votarem pela não cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara

"Eduardo Cunha ao ser indiciado não tem legitimidade para aceitar um processo de impeachment. Existe um vício de origem", tuitou Carina.

Em nota, a UNE afirma que seguirá ao lado da democracia, assim como fez em diversos momentos da história nacional, incluindo o período da ditadura militar entre 1964 e 1985. Os estudantes brasileiros não aceitarão movimentos de ruptura democrática e estarão ao lado do povo brasileiro e da soberania nacional

"Impeachment sem base legal é golpe, isso se parece mais com 1964 do que 1992", postou na rede social a presidenta da UNE.

fonte ptnacamara.org.br



Diretoria da Associação Comercial do Gama toma posse

December 5, 2015 12:52, by Blog do Arretadinho

Da esquerda para a direita: Valdeci Caciano (presidente do Conselho de Segurança Urbano), Francisco Antônio da Silva
(delegado titular da 20ª  DP), Maria Antônia (Administradora do Gama), Joneides Fernandes (presidente da ACEIG),
Etevaldo Silva (secretário geral da Federação das Associações Comerciais do DF), Cleber Pires (presidente da
Associação Comercial do DF) e Nerí do Brasil (Administrador de Santa Maria)
Foto Joaquim Dantas
A Diretoria da Associação Comercial do Gama toma posse em solenidade muito concorrida

Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Em uma solenidade concorrida, a nova diretoria da Associação Comercial, Empresarial e Industrial do Gama, ACEIG, tomou posse na noite desta sexta-feira (4), no salão de festas da Casa Maçônica Raimundo Rodrigues Chaves, no Gama.

Após ter passado um período de total inatividade, a ACEIG ressurge como uma fênix das cinzas. Capitaneados por Joneides Fernandes, um grupo de empresários da cidade não mediu esforços para reorganizar a Associação, que reconhecidamente é um dos setores mais importantes de uma sociedade civil organizada.

Inúmeras autoridades compareceram à solenidade, como as diretorias dos Conselhos de Segurança Urbano e Rural, a administradora da cidade, o administrador da cidade de Santa Maria e o delegado titular da 20ª Delegacia de Polícia. O Mandato da nova direção compreende o período de 2015 á 2017.

Os pronunciamentos feitos após a posse, circularam em torno de temas como a necessidade de os empresários trabalharem em parceria com o governo com o objetivo, principalmente, de encontrarem uma solução para reduzir a carga tributária e a desburocratização para abrir ou fechar uma empresa.

O administrador da cidade de Santa Maria, Nerí do Brasil, parabenizou a nova diretoria e disse ao novo presidente, Joneides Fernandes, que ele "está encarando um novo matrimônio, com vários filhos e filhas e que nesse novo caminho vai se deparar com algumas tristezas e com muitas alegrias", Nerí desejou sucesso à nova diretoria e colocou-se à disposição de todos.

Joneides afirmou que não medirá esforços para concluir o saneamento financeiro da entidade, viabilizar cursos de qualificação profissional para os colaboradores da empresas, fortalecer a relação com o poder executivo no sentido de priorizar ações nas áreas de segurança pública, mobilidade urbana, desburocratização do serviço público, entre outras.

Entretanto, o novo presidente da ACEIG enfatizou que essa parceria proposta com o Estado não é sinônimo de subordinação, que se for preciso fazer críticas, elas serão feitas e que a "Associação vai trabalhar em favor dos associados", disse ele.

Após a solenidade foi servido um saboroso jantar




Cunha vai unir o Brasil em torno de Dilma

December 5, 2015 11:30, by Blog do Arretadinho

Foto Joaquim Dantas
Foto Joaquim Dantas
A retaliação de Cunha não foi apenas contra o PT e o governo, mas contra o Brasil. Foi a "chave de ouro" de seu desempenho em 2015 em que mostrou a sua cara, ajudou decisivamente a afundar o país e a envergonhar os brasileiros.

por *Alex Solnik
no Brasil 247

É óbvio que a palavra impeachment é assustadora e, se o processo não for barrado pelo STF, que é um dos locais onde a lucidez e o bom senso prevalecem sobre a histeria vamos ter um 2016 pior ainda que 2015, mergulhado em incertezas - a situação propícia para aprofundar qualquer crise econômica.

No entanto, a decisão descabida, vingativa e canalha de Cunha pode ter uma consequência benéfica: poderá unir o Brasil em torno de Dilma.

É o que estou sentindo a partir das primeiras reações da manhã de quinta-feira. Acho que o país vai se dividir não mais em petistas e tucanos e sim em dois grupos: os homens decentes que vão se alinhar com Dilma, que é uma mulher decente e os canalhas que vão marchar com Cunha até o lixão da história.

Como há muito mais brasileiros decentes do que canalhas, o apoio a Dilma vai aumentar na mesma medida em que o de Cunha vai chafurdar na pocilga comum.

Estou pressentindo que, repito, se o STF não acabar com a farra do Cunha, que é o mais provável que aconteça, pois os ministros do Supremo sabem, mais do que ninguém, que Cunha não é flor que se cheire, e não faz bem ao país, a maioria da população irá às ruas desta vez para defender Dilma se não por outro motivo pela simples razão de que seu oponente é o Cunha. E as mulheres, acho, vão formar na vanguarda.

Esse movimento de união em torno da presidente poderá ser mais efetivo para tirar o país da recessão do que as receitas do dr. Joaquim Levy.

Quem faz o país andar são as pessoas. Se elas resolverem que vale a pena ir à luta por uma presidente honesta isto irá gerar uma energia positiva. Que é o principal componente imprescindível para o país voltar a crescer.

Os números negativos da economia não refletem apenas erros do governo ou a difícil situação internacional, mas também o desânimo dos brasileiros. Acho que isso é que às vezes dá a sensação, para quem viveu aquela época, de que as coisas fluíam mais durante a ditadura: é que estávamos todos animados, movidos pelo sentimento contra os generais assassinos.

Animados pelo mesmo sentimento, desta vez contra o golpe do Cunha, temos tudo a ganhar.

*Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento janeiro 2016).



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