Go to the content

Blog do Arretadinho

Full screen Suggest an article

Postagens

April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.
Licensed under CC (by-nc-sa)

Terrorismo religioso

November 19, 2015 10:51, by Blog do Arretadinho

Não existe terrorismo religioso. O que ocorre, na realidade, é o uso indevido da religião para a realização de interesses de pessoas, de grupos ou até mesmo de países, ou ainda de grupo de países. 
Leia a análise do presidente em exercício do ICArabe, José Farhat. O termo "terrorismo" talvez seja aquele sobre cujo significado círculos governamentais e acadêmicos têm discutido mais que qualquer outro conceito nos últimos tempos. Este é um fato cujas implicações, diferentemente de quaisquer outras, certamente são perigosas, principalmente para a área governamental, a militar em primeiro lugar.

por José Farhat
no Pravda.ru

Note-se que para os Estados Unidos existem três definições oficiais para terrorismo.

De acordo com o Departamento de Defesa: "Terrorismo é o uso calculado da violência ou a ameaça de violência para inculcar o medo, com a intenção de forçar ou intimidar governos ou sociedades a perseguirem os objetivos que geralmente são políticos, religiosos, ou ideológicos".

Para o Departamento de Estado, "Terrorismo é a violência premeditada, politicamente motivada perpetrada contra objetivos não combatentes por grupos subnacionais ou agentes clandestinos, usualmente pretendendo influenciar uma audiência".

Finalmente, a definição para o Departamento da Justiça: "Terrorismo é o uso ilegal de força ou violência contra pessoas ou propriedades para intimidar ou coagir o governo, a população civil, ou qualquer segmento, em apoio a objetivos políticos ou sociais".

Nenhuma dessas definições combina com a definição do governo do Reino Unido, constante da Lei da Prevenção contra o Terrorismo, de 2000, que reza: "Terrorismo é o uso ou a ameaça, com o propósito de fazer avançar uma causa política, religiosa, ou ideológica, de ação violenta contra qualquer pessoa ou propriedade, arriscando a vida ou a saúde ou a segurança do público ou de parte do público".

A Lei Patriot, de 2001, dos Estados Unidos traz duas definições separadas de terrorismo, cada qual mais longa e mais complicada.

Tendo em vista que terrorismo é um fenômeno internacional, uma definição aceita por todo o planeta é essencial.

Na ausência de uma definição global, o debate do relacionamento, se existir, entre o próprio terrorismo e a resistência à ocupação militar ou colonial, por exemplo, e ao próprio uso da religião como razão do terrorismo, que o assunto que nos interessa aqui, continuará sem solução. Há uma necessidade premente, urgente, de uma definição objetiva para que se possa formular políticas e programas de controle do terrorismo, evitando discussões infindáveis que a nada têm levado e talvez até agravado o surgimento de movimentos que podem ser ou não atribuídos ao terrorismo, dependendo do interesse de cada parte.

O que infelizmente tem acontecido é que algumas grandes potências preferem a escuridão às definições, tentando evitar que seus atos de violência ímpar sejam discutidos no contexto do terrorismo. Isto se tornou evidente com o que se seguiu aos atos terroristas de 11 de Setembro contra os Estados Unidos. A chamada "guerra contra o terror" declarada pelos Estados Unidos e um seleto grupo de seus aliados subordinados não querem uma definição precisa de terrorismo, preferindo que este seja definido como ação de grupos não governamentais, a fim de tentar iludir sobre a natureza terrorista mesmo de seus próprios atos.

Fatos não faltam! Não adianta querer mentir para a opinião pública planetária: matar pessoas inocentes por organizações tais como Al-Qaida é terrorismo, mas matar pessoas inocentes cidadãos do Afeganistão, do Iraque, da Somália, da Líbia, da Síria, do Kosovo e tantos outros rincões da terra, por alianças imperialistas, absolutamente não é terrorismo.

Uma lista de vinte e dois grupos terroristas que Washington publicou em novembro de 2001 incluía o libanês Hizbullah e, por esta razão, seus bens nos Estados Unidos foram congelados, enquanto o governo libanês recusava seguir o comportamento estadunidense, argumentando fazer distinção clara entre organizações que praticam o terrorismo e aquelas que têm como objetivo libertar seus países ou territórios ocupados por todos os meios a seu alcance. Lembremos que o Hizbullah foi criado na região sulina do Líbano quando estava submetida à ocupação israelense.

A posição do governo libanês continua a mesma até hoje, quinze anos após a retirada das forças israelenses do sul do Líbano, em 25 de maio de 2000. Declaração do Ministério das Relações Exteriores do Líbano reitera "o direito do Líbano para libertar o território restante ainda sob a ocupação israelense". Israel ainda ocupa a vila de Ghajar, as fazendas de Shebaa e as colinas de Kfar Shuba. O Líbano baseia sua pretensão contando com as forças de resistência à ocupação encabeçada pelo Hizbullah aliado ao Exército e outras organizações libanesas e não conta obviamente com os Estados Unidos, principais apoiadores de Israel.

Chega a ser demonstração de falta de vergonha argumentar que a morte de milhares de cidadãos inocentes de um país soberano pode ser considerada dano marginal na perseguição e morte de um punhado de terroristas enquanto Estados Unidos e seus ambiciosos aliados imperialistas esbanjam recursos fabulosos em gastos militares usadas contra países militarmente fracos e ainda se dão ao luxo de determinar o contexto e o paradigma nos quais suas políticas externas devem ser discutidas.
Esta é o padrão de duplicidade que as grandes potencias usam e querem impor a todas as nações no trato do assunto de terrorismo, dificultando a aceitação da definição do terrorismo, abrindo o campo para que cometam seus crimes.

De fato, atacar pessoas inocentes, independentemente de suas nacionalidades, pertencentes a qualquer grupo religioso, étnico ou ideológico, quer organizados em exércitos nacionais portadores de uniformes e bandeiras nacionais ou pessoas pertencentes a organizações clandestinas tais como Al-Qaida, devem ser igualmente consideradas terroristas.

Terrorista é terrorista e o adjetivo não deve ser usado, hora sim hora não, de acordo com a atuação momentânea da organização em questão se está agindo ou não de acordo com o interesse das grandes potencias encabeçadas pelos Estados Unidos.

Antes de tudo, é de grande importância esclarecer que não existe terrorismo religioso. O que ocorre, na realidade, é o uso indevido da religião para a realização de interesses de pessoas, ou de grupos e ou até mesmo de países ou ainda de grupo de países. Essa definição é fictícia. Estão usando a religião para transformar a situação atual de países árabes e muçulmanos e para instalar governos de orientação supostamente religiosa, porém obedientes às política ditadas pelas grandes potências.

Esses interesses, nem sempre estão de acordo com a religião, pelo contrário. O que fazem é um desrespeito tremendo contra os direitos humanos, por tudo aquilo que, de fato, interessa aos países árabes e muçulmanos: emprego, saúde, alimentação e tudo aquilo que os países produtores de petróleo, por exemplo, poderiam dar e não dão.

Ao ser proposto um debate sobre "Terrorismo Religioso" o caminho que se abre é o do terrorismo relacionado com o Islã. Esta é a Religião que vem imediatamente às mentes mal informadas e que vem sendo martelada sem cessar nas fontes de informações dirigidas.

Baruch Kopel Goldstein (1956-1994), na manhã de 25 de abril de 1994, às 05:00 horas da manhã, vestido com seu uniforme do exército israelense, enquanto 800 palestinos muçulmanos rezavam na Cava dos Patriarcas, um lugar sagrado para muçulmanos e judeus, fez com que os guardas israelenses o deixassem passar com seu rifle de assalto IMI Galil, 4.900 projéteis e inúmeras granadas, posicionou-se na única porta de saída, atrás dos muçulmanos que rezavam e abriu fogo: matou 29 pessoas e feriu 125. Foi obviamente dominado e surrado até à morte. Ele está enterrado sob um monumento para supostamente homenagear a sua coragem em prol da religião, a religião dele obviamente. Ele é considerado por seus irmãos de fé que ocupam à força terras que não lhes pertence como um herói e os palestinos, mortos ou vivos, mulheres idosos e crianças incluídos, são os terroristas.

Este poderia ser um exemplo de terrorismo religioso, pois este foi o único móvel para o crime de Goldstein na mesquita e na ocupação das terras palestinas, pois acreditava e seus pares acreditam que a terra lhes foi doada por Deus. Aqui neste recinto dificilmente encontraremos alguém que já ouviu falar nele. Os palestinos, sem distinção dos cristãos entre eles, são considerados terroristas islâmicos quando reivindicam politicamente a posse de suas terras e os sionistas nem são taxados de terroristas religiosos apesar do seu óbvio comportamento.

Vamos analisar algumas das pedras arremetidas contra o Islã e os muçulmanos.

O fundamentalismo é qualquer corrente, movimento ou atitude, de cunho conservador e integrista, que enfatiza a obediência rigorosa e literal a princípios básicos que remete a um livro sagrado. Há o fundamentalismo judeu, o cristão e o islâmico, mas só este é objeto de crítica ignorante e só ele é usado por certos muçulmanos para fins políticos criminosos; como é o caso da Arábia Saudita no Iêmen.

Fundamentalismo é o termo usado para o esforço de definir os fundamentos de uma religião e eventualmente aderir a eles. No caso do Islã, o objetivo principal de seu fundamentalismo é a proteção da pureza dos preceitos islâmicos evitando suas adulterações. Renascimento e ressurgimento e um renovado interesse no Islã. Atrás de tudo isto há um impulso visando a purificação do Islã, a fim de permitir o reaparecimento de toda a sua força vital.

É aí que surgem dois perigos que poderíamos chamar de internos, de dentro do círculo religioso: o primeiro é saber se aquele que se esforçou para definir os fundamentos da religião é confiável e o segundo, derivado ou associado àquele, é a possibilidade de uso indevido dos fundamentos mal interpretados para fins que colidem com os próprios fundamentos do Islã. Um terceiro perigo visto de fora do Islã poderá interpretar os dois perigos anteriores de acordo com o seu entendimento ou pior ainda, em relação a seus interesses, estranho ou contrário ao Islã.

O muçulmano deve interpretar corretamente a Sharia e deve aplicá-la na existência individual e coletiva, o que é objeto do Fiqh, o qual como os outros conhecimentos religiosos de caráter não jurídicos, se inspira em quatro grandes fontes: (1) o Corão; (2) a tradição (Sunna) do Profeta definida pelo conjunto dos Hadiths; (3) a (Quiyâs) dedução por analogia no caso de ausência de menção explícita no Corão e na Sunna; e, (4) a Ijmâ', consenso da comunidade dos crentes a qual segundo os ensinamentos do Profeta "não será jamais unânime no erro".

O conjunto das regras éticas que derivam da Sharia garantiram durante longos séculos a estabilidade e a harmonia da sociedade muçulmana, estruturando-a e garantindo sua coerência. Essas regras não vieram de convenções sociais e sim de ordem divina.

Deve ser reconhecido que no conjunto do mundo islâmico a Sharia tem sido contestada, especialmente de parte da juventude que, igual à juventude dos continentes, da Europa à America, rejeitam usos antigos e rejeitam toda forma de usos antigos e suportam cada vez menos toda forma de disciplina e de autoridade.

Tanto para esta juventude atual quanto para aqueles que guardam graus de fidelidade às tradições, nem tudo está perdido, muito pelo contrário, porque o abrandamento está previsto na própria Sharia através de Hadith do Profeta quando afirma: "Aquele que no início do Islã negligencia um décimo por cento da Lei estará perdido; mas aquele que, no final, guardará um décimo, será salvo".
O Corão explica: "A verdadeira piedade não está em voltardes as faces para o Levante ou para o Poente. O homem bom é aquele que crê em Deus". (Alcorão II:177) Suratu Al-Baqarah).

Depois de todos estes meios de conhecer o Islã vem a pergunta que interessa a este certame que se resume em saber como ficam organizações como por exemplo a Daesh, também chamada ISIS e igualmente EI que diz lutar pelo estabelecimento de um califado islâmico, começando com a Síria e o Iraque?

Ficou muito claro, em tudo o que foi dito até agora, que apesar do abrandamento previsto, não há como justificar as barbaridades que a mencionada organização vem cometendo, os crimes que vem praticando e principalmente usar o nome de Deus para justificar seus atos. O Corão é muito claro a este respeito quando determina: "E quem luta [pela causa de Deus], apenas luta em benefício de si mesmo. Por certo, Deus prescinde de toda a humanidade".(Alcorão II:177 Suratu Al-Baqarah). A luta a que se refere este versículo é o jihad, traduzido erroneamente por "guerra santa" no Ocidente. Jihad é esforço, luta. Porém levantar bandeiras em nome de Deus e cometer crimes contra a humanidade não é lutar, entrar emjihad em benefício de Deus, é crime que como vimos ao longo do que foi dito, não é aceito pelo Islã.

O espetáculo horripilante de ver dezenas de cristãos sendo levados para serem degolados, simplesmente por serem cristãos, é uma prova, entre as centenas que esta organização criminosa tem fornecido para condená-la por seus crimes contrários ao Islã e suas regras, daSharia islâmica. Matar cristãos contraria preceitos islâmicos fundamentais, conforme consta do Corão quando estabelece as seguintes regras:

"E não discutais com os seguidores do Livro senão da melhor maneira - exceto com os que, dentre eles, são injustos e dizei: 'Cremos no que foi descido para nós e no que fora descido para vós; e nosso Deus e vosso Deus é Um só. E para Ele somos submissos'" (Alcorão XXIX:46 Suratu Al-Ankabut). Este versículo é claro: os seguidores do Livro são os cristãos e os judeus e a eles é determinado um tratamento privilegiado, são claramente considerados como se muçulmanos fossem, principalmente quando é dito que Deus, para muçulmanos, cristãos e judeus é um só e todos os três são a Ele submissos. Submisso é a tradução do árabe para muçulmano, o que evidencia que todos pertencem a uma só religião.

O Corão reforça a recomendação do tratamento digno a ser dado aos portadores do Livro (cristãos e judeus) em vários outros versículos. Destacamos mais um versículo que diretamente condena os ditos promotores do pretendido estado islâmico e determina como o muçulmano deve proceder com relação aos portadores do Livro: "E, por certo, há, dentre os seguidores do Livro, os que creem em Deus, e no que fora descido para eles, sendo humildes para com Deus, não vendendo os sinais de Deus por ínfimo preço. Esses terão seu prêmio junto de seu Senhor. Por certo, Deus é destro no ajuste de contas". Seguindo as regras do Corão, o sangue dos cristãos coptas egípcios, trabalhadores engenheiros cumpridores de seus deveres, clamará por justiça, neste e em qualquer outro mundo e os criminosos receberão sua conta.

Esses criminosos não cumprem o que manda a religião não somente no caso de portadores do Livro e sim com relação a outros muçulmanos, usando o nome de Deus e da Religião. Isto está claro no Corão quando diz: "[...] E não mateis a alma que Deus proibiu matar, exceto se com justa razão. Eis o que ele recomenda para razoardes." (Alcorão VI:151 Suratu Al-Na'am).

O tal Estado Islâmico cometendo as transgressões que comete contra a Sharia e principalmente aos preceitos do Corão, não está relacionado ao Islã e jamais se poderia dizer que comete "terrorismo religioso".

O terrorismo religioso não existe, o que é comum através do tempo e do espaço, são atos terroristas usando e abusando da religião.

O Estado Islâmico usa a religião para erroneamente justificar suas ambições e suas ações.

Palestra proferida no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP) em 27/05/2015 e aqui publicada, em 13/11/2015, em memória dos inocentes mortos vítimas dos assassinos que usam a Religião contrariando as suas próprias regras sagradas.

José Farhat - Formado em Ciências Políticas (USJ-Beirute) e Propaganda e Marketing (ESPM-São Paulo), tem cursos de extensão ou pós-graduação em: Comércio Exterior (FGV-São Paulo), Introdução à Teoria Política (PUC-São Paulo), Direito Internacional (PUC-SP) e cursou Filosofia no Collège Patriarcal Grec-Catholique (CPGC-Beirute). Domina os idiomas: Árabe, Francês, Inglês e Português e tem artigos publicados sobre Política Internacional, no Brasil e no Líbano. É ex-Diretor Executivo e atual Conselheiro do Conselho Superior de Administração da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira; foi Superintendente de Relações Internacionais da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e é seu atual membro do Conselho de Comércio e atual Diretor do Centro do Comércio do Estado de São Paulo. É vice-presidente do Instituto da Cultura Árabe. 



Atentados em Paris não aconteceram

November 19, 2015 5:00, by Blog do Arretadinho

Acumulação, consonância e onipresença. Esses três palavras definem a atual cobertura da grande mídia brasileira aos ataques em Paris. 

por Wilson Roberto Vieira Ferreira
no cinegnose.blogspot.com.br

Ao contrário da autêntica Chernobyl brasileira em que se transformou a catástrofe ambiental e humana em Mariana/MG com o rompimento da barragem de detritos da Vale do Rio Doce/Samarco. Por que essa diferença de tratamento? Há muitos motivos políticos e econômicos em não expor uma empresa privada anunciante na grande mídia. Mas também porque a essência do terrorismo é midiática para ser midiatizável. Os atentados em Paris foram praticamente um kit imprensa dado de mão beijada para as redações com personagens, histórias e roteiros prontos. Será que esse é o motivo da recorrência de relatos sobre a sensação de irrealidade em depoimentos de vítimas e testemunhas? E também o motivo da espiral de especulações sobre uma suposta Operação False Flag? E se os mais de 100 mortos não forem prova de que testemunhamos um acontecimento real?

Terminado o jogo França X Alemanha no Stade de France na fatídica noite de sexta-feira 13 dos ataques em Paris, os torcedores se dirigiram ao gramado à espera da autorização para deixar o local. Depois a TV mostrou ao vivo a multidão dirigindo-se aos corredores de saída. Cantavam a Marselhesa, agitando a bandeira da França e erguendo os punhos.

Certamente não era pela comemoração da vitória da França por 2 a 0. Informados pelos celulares sobre o que transcorria fora do estádio, o clima era de ódio, revolta e evidente desejo de revide contra os terroristas. Essa talvez tenha sido a imagem mais emblemática daquela noite, porque mostrou ao vivo o resultado imediato dos ataques terroristas, de conveniência política e geopolítica – com a maior população muçulmana da Europa e uma das sociedades mais divididas do continente, reforça ainda mais a xenofobia contra a atual onda de imigrantes fugidos da guerra na Síria e Afeganistão.

Além de criar um conveniente Estado policial reforçado pelo medo e tensão popular, reforçar o papel da França na coalização militar liderada pelos EUA contra a Síria e atingir o país mais simbólico da Europa: a terra da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. 

Terrorismo é um fenômeno midiático: não visa tomada de poder, mas a dissuasão – voltado para as ondas concêntricas da mídia objetiva produzir a percepção de pânico, tensão, insegurança, divisão e todo um conjunto de sentimentos mais baixos da psique humana. Fenômeno tão midiático que, certa vez, fez o filósofo francês Jean Baudrillard afirmar que os atentados de 2001 jamais ocorreram. Não teriam sido fatos “reais” ou “históricos” mas fatos midiatizados.

Mesmo com imagens de vítimas sendo arrastadas deixando rastros de sangue e mortos cobertos pelos paramédicos nas ruas, é paradoxal a sensação de irrealidade relatado tanto pelas vítimas como por analistas na Internet.

A “irrealidade” dos atentados
Por exemplo, em poucas horas depois dos ataques já era possível ler publicações que já enumeravam inconsistências e estranhas coincidências no episódio (que abordaremos mais adiante). O que seriam evidências de que estaríamos diante de mais um evento False Flag (Falsa Bandeira) – espécie de auto-terrorismo onde atentados são criados pelo próprio Estado para justificar determinada agenda política ou econômica. Hipótese absurda para muitos (é impensável o Estado matar seus próprios cidadãos) mas já fartamente documentada como estratégia de propaganda para criar tensão, como também veremos adiante.

 Uma testemunha da chegada da polícia na cada de shows Bataclan relatou: “eles agiam como se estivessem em um filme” (clique aqui). Enquanto isso, o jornalista do Le Monde que mora atrás do Bataclan filmou com o celular o desespero das vítimas fugindo da sala de espetáculos. “Estava trabalhando em casa e estava passando um filme em que Jean-Huges Anglada interpreta um policial... tinha gente correndo para todos os lados... pensei nas imagens do 11 de setembro”. Uma meta-memória, sabendo-se que no próprio 11 de setembro testemunhas relataram que acreditavam que o incêndio nas torres era um efeito cenográfico de alguma produção hollywoodiana.

O depoimento do brasileiro João Lira, professor de arquitetura, também é significativo: “vi faíscas do outro lado da calçada. Juro que pensei que eram bombinhas de São João, uma girândola talvez, que poderia fazer parte de alguma brincadeira cenográfica”. O que relembra o episódio do chamado “maníaco do Shopping” em 1999 que abriu fogo em uma sala de cinema em São Paulo. Muitos acreditavam que faziam parte de alguma “pegadinha” (na época as “Pegadinhas do Faustão” da Globo estavam em evidência) referente ao filme Clube da Luta e demoraram para tomar pé da situação e se proteger.

Em uma das ações terroristas, um policial gritou para o público em uma pizzaria atingida pelos atiradores: “corram para casa, isso não é um filme!”.

Paris X Mariana/MG
A conveniência dos atentados não é apenas política e geopolítica. É midiática. Esse talvez seja um dos motivos do porquê a Chernobyl brasileira em que se transformou a catástrofe ambiental da Vale do Rio Doce/Samarco em Mariana/MG não tenha merecido a mesma onipresença, consonância e acumulação da grande mídia brasileira – não tem o appeal midiático e icônico de uma Paris com pessoas bonitas, cultas, de bom gosto e com uma certa ideia de civilização para aqueles que acham que a história da arte acabou no impressionismo e na art noveau.

O chamado “Estado Islâmico” sabe disso. Como todos os atentados, visam locais icônicos que parecem seguir o velho roteiro hollywoodiano: era uma vez um lugar bonito e civilizado cuja ordem é quebrada pelo mal para depois a ordem ser reestabelecida  pelos protagonistas – o Estado policial. Eles sabem que seus atentados preenchem os quesitos dos roteiros da coberturas “humanizadas” tão prezadas pelo marketing jornalístico.

Essas relatos recorrentes de irrealidade em meio a um acontecimento tão realista e violento seriam sintomas de que todos os personagens da cena de terror (vítimas, atiradores, policiais e paramédicos) estão imersos em uma ação essencialmente midiática e midiatizável?

Para tentar responder a essa pergunta vamos nos aprofundar na espécie de Deep Web das informações em torno dos atentados de Paris: estranhas coincidências, inconsistências e clichês que parecem formar um roteiro pronto e oferecido para a grande mídia como fosse um kit imprensa.

(a) O encontro oportuno do passaporte
Ou “passaporte mágico” na ironia dos teóricos de conspirações. Nos atentados de 11/09/2001 nos EUA um passaporte foi inacreditavelmente encontrado a poucas quadras de distância do que sobrou do WTC: era do suposto sequestrador do Boeing 747 que se chocou contra uma das torres. Pouco depois do atentado ao Charlie Hebdo, a policia encontrou o cartão de identidade de um dos terroristas no interior de um carro. E agora, encontra-se um passaporte intacto ao lado do corpo de um dos homens-bomba. Alguém realmente acredita que um homem-bomba traria um passaporte real para o seu último ato em vida?

Claro que dai puxa-se uma conexão com refugiados sírios que entraram pela Grécia – a associação de terroristas oportunistas com a falência de um país que ameaça a Zona do Euro é irresistível.

E para não perder a carona, uma repórter da Globo News encontra o que seria o fragmento de um passaporte supostamente sírio na calçada próxima ao Stade de France. E que não fora encontrado momentos antes pela perícia! Orgulhosamente, levou a suposta prova para a polícia para “ajudar nas investigações”. O que vimos depois é a repórter “tocando piano” na delegacia e tendo que recolher saliva para o fichamento do seu DNA, orgulhosa por colaborar com a “inteligência francesa”.

(b)  Estranhos exercícios de simulação
Os chamados “teóricos da conspiração vem encontrando outra recorrência: exercícios de simulação de atentados terroristas envolvendo policiais e paramédicos no dias dos próprios atentados reais. Aconteceu em 2001 nos EUA e nos atentados a bombas no metrô de Londres em 2005.

Na manhã do dia 13 foi realizado em Paris um “exercício de ataques múltiplos”. Patrick Pellloux, médico e presidente do sindicato francês dos paramédicos do EMT (a SAMU francesa) disse numa entrevista à Radio France no dia seguinte aos ataques: “as vítimas tiveram muita sorte, pois na parte da manhã fizemos um exercício de ataques múltiplos coordenando policiais, bombeiros e paramédicos. Por isso todos já estavam envolvidos e preparados”.

Desde 2004 Pelloux publica artigos na revista satírica Charlie Hebdo sobre as situações de um médico de emergências. Coincidentemente Pelloux estava próximo ao prédio da revista no momento do atentado do início desse ano e foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local após o tiroteio e imediatamente ligar para o presidente francês Hollande para descrever o que havia ocorrido.

Pelloux também é ator é trabalhou em filmes como Saint Laurent (2014), Incognito (2009) e minisséries na TV.

Coincidências ou evidência de treinamentos para False Flag?

(c) False Flag 
Por essas e outras recorrências, coincidências, timing e conveniência estratégica (quem ganha com os atentados?), muitos analistas levantam a hipótese dos atentados do Estado Islâmico serem False Flags: ações sustentadas financeiramente pelo próprio Ocidente para criar o caos e divisão como tática de propaganda para manter a hegemonia sobre o Oriente Médio. Principalmente agora que a Rússia de Putin também entra no cenário de guerras na Síria.

Paul Craig Roberts do Institute for Political Economy (IPE) lembra do documento intitulado “A Clean Break: a New Estrategy for Securing the Realm” de 1996. Nesse documento elaborado pelos neocon insiders que arquitetaram as bases da futura doutrina Bush pós-2001 estão as principais diretrizes para “dividir, conquistar e reinar” no Oriente Médio – Primavera Árabe, invasão do Iraque, desestabilização da Síria, o projeto de “Choques de Civilização” e a criação do estado Islâmico estão lá por baixo de diversas camadas de eufemismos – sobre isso clique aqui.

Sabe-se que a primeira mensagem de autoria do atentado do Estado Islâmico foi “descoberta” pelo SITE Intelligence Group (Search for International Terrorist Entities) e que sua fundadora, Rita Katz, é uma insider do atual governo e colega dos Neocons autores do documento acima citado: Richard Perle, Douglas Feith (dirigiu a máquina de propaganda da guerra no Iraque) e David Wurmser.

Mas como um governo iria matar seus próprios cidadãos? Craig dá o exemplo da Operação Gladio na Itália nos anos 1970-80 onde uma série de atentados eram articulados pela inteligência italiana e executados em locais escolhidos a dedo para impactar a mídia Ocidental. Objetivo: desacreditar os comunistas e tirá-los da vida política italiana.

(d) Conexões oportunas
Repete-se o mesmo script de acordo com as conveniências geopolíticas ocidentais: no episódio do Charlie Hebdo a grande mídia informou que os terroristas encapuçados gritavam na rua “digam para a imprensa que somos da Al-Qaeda do Iêmen”. A região do Iêmen é um dos gargalos para o transporte de petróleo. EUA e OTAN procuram o controle desses gargalos críticos.

Agora, os homens-bomba encapuçados gritam “Isso é pela Síria!”. Uma feliz coincidência num momento em que a força aérea russa bombardeia alvos do ISIS na Síria, perturbando o plano “Clean Breake” traçado pelos Neocons em 1996.

(e) Mais vídeos com terroristas canastrões
E como a cereja no bolo no momento em que o presidente Françoise Hollande decreta que “a França está em guerra”, são divulgados pela enésima vez vídeos com terroristas sujos, feios e malvados do suposto Estado Islâmico ameaçando a tudo e a todos.

Os personagens parecem que saíram do filme do Woody Allen Bananas de 1971 (com hilários comunistas cubanos barbudos e cheios de ódio) ou alguma paródia dos filmes hollywoodianos feitos pela turma de humor “Hermes e Renato”.

Em postagem anterior discutíamos a canastrice (personagens estereotipados, não-espontâneos, over etc.) como estratégia de propaganda em ambientes altamente midiatizados como os atuais – nossa percepção já foi há muito tempo invertida: tomamos a realidade a partir das imagens estereotipadas das mídias – sobre isso clique aqui. Terroristas reais não seriam reconhecíveis – precisam ser midiáticos e midiatizáveis. Assim como é a própria natureza do terrorismo.



Após tumulto, Renan manda investigar acampamento

November 18, 2015 17:56, by Blog do Arretadinho


Presidente do Congresso ordenou que a Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Federal investiguem a existência de armas ou de materiais perigosos no acampamento de manifestantes pró-impeachment instalado em frente ao Congresso; decisão foi tomada após os golpistas jogarem bombas contra mulheres do movimento negro que faziam uma manifestação contra o racismo em Brasília; duas pessoas foram presas por porte ilegal de armas e tiros foram disparados durante a confusão

por Brasil 247 - O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou que a Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Federal investiguem a existência de armas ou de materiais perigosos no acampamento de manifestantes ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL), que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e que está instalado em frente ao Congresso Nacional.

Decisão foi tomada após os golpistas jogarem bombas caseiras em mulheres do movimento negro que faziam uma manifestação contra o racismo nas proximidades.

Confusão teve início quando a a Marcha das Mulheres Negras 2015 passou em frente ao acampamento do MBL e de outros grupos pró-impeachment. Ativistas do movimento negro dizem ter sido provocadas por membros do MBL e do movimento Intervencionistas, além da própria polícia, com atitudes e palavras racistas.

Durante o conflito, os deputados s João Daniel (PT-SE), Paulo Pimenta (PT-RS) e Edmilson Rodrigues (Psol-PA), que tentavam separar a contenda, foram atingidos por gás de pimenta lançados por policiais. Duas pessoas foram presas por porte ilegal de armas e tiros foram disparados.

O acampamento gerou uma série de reclamações por parte dos parlamentares no plenário da Câmara. Situação levou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros a afirmar que não deu autorização para que os membros do MBL montassem o acampamento no gramado do Congresso.

Desde 2001, estão proibidas quaisquer tipo de construção  na área do gramado do Congresso. Acampamento, porém, foi autorizado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no final de outubro.

"Nós não concordamos com a ocupação", afirmou Renan Calheiros. Ele informou que irá procurar Cunha mais uma vez para decidir de forma conjunta a desocupação do espaço.



Militantes do Estado Islâmico fogem de Raqqa após ataques aéreos russos

November 18, 2015 17:42, by Blog do Arretadinho

A Rússia já usou 37 novas aeronaves em ataques aéreos após a
confirmação de que a queda do A321 foi causada por um atentado terrorista
foto AP Photo/Sputnik/Misha Japaridze
Combatentes do Estado Islâmico estão fugindo da fortaleza do grupo terrorista em Raqqa, na Síria, após a intensificação dos ataques aéreos de Rússia e França. Alguns terroristas abandonaram seus postos e estão fugindo na direção de fronteira com a Turquia, enquanto outros estão escondidos em prédios civis, informou nesta quarta-feira (18) a agência russa RIA Novosti, citando relatos de testemunhas locais.

Em Tel-Abyad, uma cidade localizada 100 quilômetros ao Norte de Raqqa, combatentes do Estado Islâmico abandonaram suas bases sob pressão de forças curdas.

O grupo Estado Islâmico vem sofrendo pressão adicional após assumir a autoria do atentado a bomba contra um avião russo no Egito e dos ataques de sexta-feira (13) à noite em Paris, com mais de 120 mortos.

Ontem (17), a Rússia revelou haver dobrado a escala de seus ataques na Síria. O país já usou 37 novas aeronaves para liderar ataques aéreos após a confirmação de que a queda do A321 foi causada por um atentado terrorista. Um braço egípcio do Estado Islâmico já havia assumido a autoria do atentado que deixou 224 mortos.

Desde então, a Rússia executou 34 ataques usando mísseis de cruzeiro e usou os bombardeiros de longo alcance Tu-160, Tu-95 e Tu-22, que decolaram de suas bases rumo a Raqqa e outros alvos.

A França, por sua vez, bombardeou Raqqa na noite de domingo (15). Foi o ataque mais agressivo do país contra o Estado Islâmico e destruiu um posto de comando e uma instalação de treinamento controlada pelos terroristas.

Da Agência Sputnik Brasil



Fascistas agridem mulheres negras na Esplanada

November 18, 2015 16:27, by Blog do Arretadinho

Mulheres negras atingidas por rojões
disparados pelos fascistas
Foto deputada Érika Kokay
Manifestantes pró Impeachment que estão acampados em frente ao Ministério da Saúde, agridem as participantes da I Marcha das Mulheres Negras
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

A I Marcha das Mulheres Negras passou por uma espécie de "batismo de sangue". Cerca de 10 mil mulheres ligadas a diversas entidades que atuam no Movimento Negro no Brasil, saíram em uma marcha do Ginásio Nilson Nelson na manhã desta quarta-feira (18) em direção ao Congresso Nacional, ocupando quatro das seis faixas do Eixo Monumental.

Segundo os organizadores "somos 49 milhões de mulheres negras, isto é, 25% da população brasileira. Vivenciamos a face mais perversa do racismo e do sexismo por sermos negras e mulheres.

No decurso diário de nossas vidas, a forjada superioridade do componente racial branco, do patriarcado e do sexismo, que fundamenta e dinamiza um sistema de opressões que impõe, a cada mulher negra, a luta pela própria sobrevivência e de sua comunidade. Enfrentamos todas as injustiças e negações de nossa existência, enquanto reivindicamos inclusão a cada momento em que a nossa exclusão ganha novas formas.

Impõe-se na luta pela terra e pelos territórios quilombolas, de onde tiramos o nosso sustento e mantemo-nos ligadas à ancestralidade.

A despeito da nossa contribuição, somos alvo de discriminações de toda ordem, as quais não nos permitem, por gerações e gerações de mulheres negras, desfrutarmos daquilo que produzimos.
Acampamento dos fascistas pró Impeachment na Esplanada
Foto Érika Kokay
Fomos e continuamos sendo a base para o desenvolvimento econômico e político do Brasil sem que a distribuição dos ativos do nosso trabalho seja revertida para o nosso próprio benefício", diz parte do manifesto do movimento.

Quando as mulheres chegaram em frente ao Ministério da Saúde, foram atacadas com rojões e agressões físicas por um grupo de fascistas pró Impeachment que está acampado no local. Um dos fascistas sacou uma pistola e disparou vários tiros para o alto. A Polícia Legislativa Federal agiu rapidamente e prendeu o elemento.

Segundo a deputada federal Érika Kokay, PT/DF, "a área ocupada por eles [os fascistas] é de responsabilidade do GDF que não pode permitir que a população seja ameaçada por fazer uma manifestações pacífica", publicou a deputada em sua página do Facebook.

Ao perceber que as mulheres estavam sendo agredidas, a deputada Benedita da Silva, PT/RJ, fez inúmeros apelos de cima do carro de som, onde se encontrava. Desesperada com as cenas de agressão às mulheres, Benedita gritava "Gente, calma, parem com isso, não precisa disso".

As câmeras de segurança instaladas no prédio do Congresso são muito potentes e tem a capacidade de identificar a placa de um carro em toda a Esplanada, cabe agora as autoridades policiais do DF solicitar as imagens e identificar os agressores.
Este é o fascista que disparou na marcha ao ser preso

Segundo o portal G1 o homem detido pela polícia "é um policial civil foi preso por disparar quatro tiros para o alto durante marcha de mulheres negras na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no início da tarde, informou a Polícia Militar. O homem faz parte de acampamento montado em frente ao Congresso por um grupo que defende a volta dos militares ao poder.

De acordo com a PM, ele alegou ter se sentido ameaçado pelos integrantes da marcha e reagiu com os disparos para o ar. Houve corre-corre entre os manifestantes e um princípio de confusão entre participantes da marcha e o grupo acampado em frente ao Congresso".

Confira o flagrante tiroteio
(function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, 'script', 'facebook-jssdk'));
Momento exato dos tiros na Esplanada de grupos pró-Golpe!!!
Posted by Jandira Feghali on Quarta, 18 de novembro de 2015
Editado às 16:25h



tag-եր