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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.
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Tucanos de SP querem fechar escolas e demitir professores

November 17, 2015 19:01, by Blog do Arretadinho

Reorganização tucana visa fechar salas e escolas e demitir milhares de professores
Governo Alckmin retoma política de Covas/Rose Neubauer de “reorganizar” a rede para promover milhares de demissões, fechar salas, turnos inteiros e até escolas para aprofundar o caos no ensino público paulista

Por Causa Operária Online

A Secretaria da Educação de São Paulo, divulgou nesta Quinta-feira (23) que está iniciando um processo de “reorganização” das escolas estaduais. Segundo o que foi divulgado (que no caso do governo tucano, sempre pode ser pior), pretende-se promover uma separação para agrupar os alunos por ciclo de forma que em cada Escola haja apenas alunos da primeira fase do do Ensino Fundamental, do Ciclo I (antigas 1a. à 4a. séries) ou do Ciclo II (antigas 5a. à 8a. séries) ou do Ensino Médio (antigo Colegial).

Com a nova proposta, os alunos do Ensino Médio, por exemplo, passarão a estudar apenas com estudantes deste segmento, o governo estadual alega que a reorganização das escolas em ciclos visa aumentar em 10% o rendimento escolar dos alunos, mas é evidente que a medida faz parte da política de “ajustes” que visa agrupar os ciclos para permitir uma maior superlotação das salas de aula, fechar milhares delas ( e até escolas) e, dessa forma, demitir milhares de professores.

Não por acaso, a “reorganização” vem em seguida do Decreto 61.466 no qual o governo Alckmin estabeleceu a proibição de efetivação dos concursados e a renovação de contratos dos temporários, o que vai levar a milhares de demissões nos próximos meses.

Coo pretexto para a “reorganização” a SEE anuncia que houve uma diminuição de alunos na rede, que de 6 milhões caiu para 4 milhões em menos de 20 anos. O governo não explica, no entanto, que esta redução é – acima de tudo – um produto direto da política premeditada do governo impor um verdadeiro apagão nas escolas estaduais com a “aprovação automática”, com municipalização (que transferiu mais de 3 mil escolas para as redes municipais), com a superlotação das salas, com as precárias condições de funcionamento das escolas, com os baixos salários de educadores etc. etc.. Uma situação caótica que empurrou centenas de milhares de alunos para as redes privadas (quando podiam pagar, mesmo que por escolas de baixa qualidade) .

Obviamente que os tucanos e a imprensa burguesa não divulgam que estes 20 anos de retrocesso e caos nas escolas “coincidem” com os 20 anos de governos do PSDB e de sua política de destruição do ensino público que levaram à falência a rede de ensino básico e até as universidades do estado mais rico do País.

O atual secretário de Educação, Herman Voorwald, afirma que a mudança beneficiará professores efetivos, pois poderão completar sua jornada na mesma unidade e também será melhor para os alunos, pois poderão estudar mais perto da escola, justamente por que a Secretaria definiu a distância de 1,5 km para transferência de estudantes. A credibilidade que os professores, pais e alunos podem dar à esta declaração pode ser medida pelo documento assinado pelo secretário – durante a greve de 92 dias dos professores – no qual ele se comprometia com atender reivindicações dos professores categoria O (acabando com a “duzentena” e garantindo atendimento médico no IAMSPE) e com uma política de reajuste dos salários a partir de 1o. de julho. Quase quatro meses depois, nada mudou e o governo mantém a política de “reajuste zero” que foi um dos motivos da greve.

Com a “reorganização” proposta pelo governo todos perdem: professores, funcionários, pais e alunos, que serão obrigados a mudarem de escola, sem direito à escolha, como “esclarece” a própria secretária.

Trata-se de um duro ataque que integra a política de “ajustes” do governo, de cortar gastos com Educação, Saúde e tudo mais que seja essencial à população para garantir os lucros das dos grandes grupos capitalistas em crise e suas máfias políticas que controlam o Estado e que só pode ser derrotado por uma ampla mobilização, nas ruas de toda a Comunidade Escolar.

Um ponto de largada dessa luta fundamental é a assembleia dos professores convocada pela APEOESP, nesta sexta (dia 25) que precisa aprovar um plano de lutas que inclua uma greve geral da Educação, unificada de professores, funcionários e alunos (com apoio dos pais) em todas as escolas contra a “reorganização” e pelo conjunto das reivindicações da categoria.



Sidney Resende critica a imprensa e é demitido da Globo

November 17, 2015 17:24, by Blog do Arretadinho

Após 18 anos na Globo News, jornalista critica a forma em que o jornalismo vem sendo feito e é demitido da emissora

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Na última quinta-feira (12) o jornalista Sidney Resende publicou um texto em sua página no Fecebook onde, entre outras coisas, disse que “a obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo”, escreveu ele. No dia seguinte foi demitido.

Em outro trecho o jornalista afirma que “se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e ‘soluções’ que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.", desabafou.

Confira a íntegra do texto:

foto reprodução do Facebook
Chega de notícias ruins
Em todos os lugares que compareço para realizar minhas palestras, eu sou questionado: "Por que vocês da imprensa só dão 'notícia ruim'?"

O questionamento por si só, tantas vezes repetido, e em lugares tão diferentes no território nacional, já deveria ser motivo de profunda reflexão por nossa categoria. Não serve a resposta padrão de que "é o que temos para hoje". Não é verdade. Há cinismo no jornalismo, também. Embora achemos que isto só exista na profissão dos outros.

Os médicos se acham deuses. Nós temos certeza!

Há uma má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia. A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo.

O "ministro" Delfim Netto, um dos mais bem humorados frasistas do Brasil, disse há poucas semanas que todos estamos tão focados em sermos "líquidos" que acabaremos "morrendo afogados". Ele está certo.

Outro dia, Delfim estava com o braço na tipoia e eu perguntei: "o que houve?". Ele respondeu: "está cada vez mais difícil defender o governo".

Uma trupe de jornalistas parece tão certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também.

O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever.

Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e "soluções" que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.

Reconheço a importância dos comentaristas. Tudo bem que escrevam e digam o que pensam. Mas nem por isso devem cultivar a "má vontade" e o "ódio" como princípio do seu trabalho. Tem um grupo grande que, para ser aceito, simplesmente se inscreve na "igrejinha", ganha carteirinha da banda de música e passa a rezar na mesma cartilha. Todos iguaizinhos.

Certa vez, um homem público disse sobre a imprensa: "será que não tem uma noticiazinha de nada que seja boa? Será que ninguém neste país fez nada de bom hoje?". Se depender da imprensa brasileira, está muito difícil achar algo positivo. A má vontade reina na pátria.

É hora de mudar. O povo já percebeu que esta "nossa vibe" é só nossa e das forças que ganham dinheiro e querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação.

Nós devemos defender princípios permanentes e não transitórios.

Para não perder viagem: por que a gente não dá também notícias boas?

Se quiser ler meus outros artigos, acesse meu blog no SRZD: 



Por que minha fraternidade é tão seletiva?

November 17, 2015 16:08, by Blog do Arretadinho

Imagine que, numa madrugada de quinta-feira, quatro radicais muçulmanos invadissem uma universidade dos Estados Unidos, da Alemanha ou da Inglaterra. 

Por Armando Antenore

Imagine que carregassem explosivos e armas automáticas. Imagine que seguissem para os dormitórios estudantis e perguntassem a religião de cada rapaz ou moça que encontrassem por lá. Imagine que, se o jovem respondesse “sou cristão”, os atiradores o matassem. Imagine que os insurgentes permanecessem no campus durante 16 horas e mantivessem centenas de reféns, entre alunos e professores. Imagine que, depois de a polícia e o Exército tomarem conta da situação, a horrorosa jornada terminasse com um saldo de 148 mortos. Como o Ocidente — incluindo o Brasil, claro — enxergaria a carnificina? De que maneira nossos jornais, revistas, televisões, rádios e sites noticiosos relatariam o fato? Cobririam a tragédia em tempo real? Enviariam correspondentes para a cidade onde se deu a tenebrosa investida? Continuariam destacando o assunto por quanto tempo: dias, semanas, meses? O que os internautas comentariam nas redes sociais e com que frequência? O Facebook estimularia campanhas de apoio às vítimas? Os chefes de Estado se pronunciariam imediatamente? Em que tom? Falariam que o atentado maculou não apenas o campus, mas todas as sociedades que se proclamam civilizadas? O infortúnio viraria um marco, sempre mencionado por gerações futuras?

Infelizmente, o crime bárbaro aconteceu há sete meses em Garissa, no Quênia. A república africana — e negra — reúne 47,3 milhões de habitantes, mais ou menos a mesma população da Espanha. Como dispõe de praias, savanas, florestas, lagos, montanhas e desertos belíssimos, atrai um número considerável de visitantes (não à toa, converteu o turismo num dos pilares de sua economia, majoritariamente agrícola). Ocupa a 82ª posição no ranking do Fundo Monetário Internacional que compara o Produto Interno Bruto de 183 nações. Embora não se trate de um país miserável, está longe de figurar entre as potências e enfrenta dificuldades severas em diversas áreas: educação, saúde, infraestrutura, segurança. Mesmo assim, exibe uma classe média pujante, o que faz crescer os olhos de investidores estrangeiros. Politicamente, é uma democracia, mas disputas étnicas, corrupção e fraudes eleitorais costumam ameaçá-la.

Os terroristas que tomaram o campus, na fronteira com a Somália, integravam o Al-Shabaab, grupo somali ligado à Al-Qaeda e combatido pelo Quênia desde o fim de 2011. Consideravam a universidade “um território muçulmano”, que precisava se libertar “dos infiéis”. Daí a ação sanguinária. Os quatro extremistas acabaram assassinados durante o cerco policial. Entre os 148 mortos, contavam-se 142 estudantes.

Há 17 anos, o país da África Oriental sofre ataques jihadistas de imensas proporções. Por que, então, pouquíssimos de nós mencionam o Quênia quando esbravejam contra o terrorismo? Você tomou conhecimento do que se passou na universidade? Recordava-se do episódio? Eu tomei, mas só me lembrava vagamente daquele 2 de abril. E a descoberta de não o guardar vivo na memória me angustiou pela manhã, quando avistei uma fotografia dos alunos mortos em meio à enxurrada de informações que ando consumindo sobre os recentes e terríveis acontecimentos da França. “Como posso não lembrar?!”, indaguei-me, perplexo. O ato escabroso ocorreu no primeiro semestre de 2015 e dentro de uma universidade, território que sempre julguei sagrado, que sempre quis ver protegido da intolerância, da brutalidade e da desesperança. Para o Ocidente, um campus não agrega simbolismos parecidos com os do Bataclan, casa de espetáculos parisiense onde o Estado Islâmico provocou dezenas de mortes? Não representa a liberdade, a promessa de diálogo e o apelo à convivência pacífica? Não abriga a alegria e o inconformismo juvenis? No entanto, apaguei da mente e do coração tudo o que se desenrolou em Garissa. Aliás, antes da matança, nunca ouvira falar da cidade e não retive o nome dela após a pavorosa quinta-feira. Assim que recebi as notícias do massacre, não me preocupei em aprender mais sobre o Quênia e não procurei os testemunhos de quenianos na internet (uma das línguas oficiais de lá é o inglês). Tampouco vasculhei a mídia local atrás de análises, opiniões e histórias de solidariedade ou heroísmo. Não observei direito o rosto dos garotos e garotas que morreram antes de deixarem os próprios quartos. Não cogitei pintar meu retrato no Facebook com o vermelho, o preto e o verde que tingem a bandeira da república africana — até porque Mark Zuckerberg não me ofereceu nenhuma ferramenta capaz de efetivar a metamorfose nem minha curiosidade se prontificou a checar quais as cores nacionais do país.

Agora, à medida que faço essas pesquisas tardias, sinto-me como se desbravasse Marte. Percebo que o Quênia é, para mim, tão distante quanto o planeta alaranjado. Garimpo inúmeras reportagens e artigos sobre a terra das girafas, dos rinocerontes e das zebras, mas não consigo avaliá-los, tamanho meu gap de referências. Devo confiar no que leio? O que me afirmam as fontes britânicas, norte-americanas, espanholas, portuguesas e mesmo quenianas merecem crédito? Não tenho ideia, já que estou me aventurando por aquelas bandas pela primeira vez.

Lógico que Paris me soa infinitamente mais familiar. A questão, porém, não é conhecer melhor a França. O problema é não conhecer nada do Quênia nem nutrir uma empatia avassaladora pelos que moram ali. Afinal, no Brasil, negros e pardos ainda constituem a maioria da população. Dizem os historiadores que parte deles se origina de escravos “moçambiques”, assim designados porque vinham justamente de Moçambique e arredores, uma região que hoje engloba a Tanzânia, o Malauí, a Zâmbia, a África do Sul, o Zimbábue e… o Quênia! A França, em muitos sentidos, é aqui. Mas o Quênia também não é? Estima-se que, no século 19, entre 18% e 27% dos africanos que habitavam o Rio de Janeiro pertenciam à linhagem dos “moçambiques”.

Eu poderia culpar os meios de comunicação brasileiros, a opinião pública internacional e os governantes ocidentais pela apatia com que encarei a chacina de Garissa. Praticamente todos, de um modo ou de outro, abordaram a selvageria, mas sem persistência e sem aquilo que Aristóteles chamava de “a justa indignação”. Seria cômodo lhes atribuir o ônus da minha fraternidade seletiva. Ocorre que já possuo cabelos brancos suficientes para admitir o óbvio: a compaixão — a minha, a de você, a de Zuckerberg, a de Barack Obama, a do Papa — não deveria nascer somente do jeito como a mídia e a geopolítica descrevem o mundo. Eu soube do que aconteceu com a meninada do Quênia. Nós soubemos. A notícia nos chegou logo depois de o inferno baixar naquela universidade. Entretanto, conscientemente ou não, preferi esquecê-la. E tal escolha, à luz de como reagimos diante das atrocidades em Paris, se tornou inesquecível.



Fotógrafo quer criar fundo para salvar o Rio Doce

November 17, 2015 12:41, by Blog do Arretadinho


Sebastião Salgado propõe criação de fundo de investimento para salvar o Rio Doce
Fotógrafo mineiro Sebastião Salgado se reúne com Dilma Rousseff para discutir criação de fundo de investimento


Quase duas semanas após o desastre que resultou na contaminação e morte do Rio Doce, o fotógrafo Sebastião Salgado revelou, em entrevista ao jornal A Gazeta, os esforços na luta pela recuperação da bacia hidrográfica. Na última sexta-feira, o artista mineiro se reuniu com a presidente Dilma Rouseff, em Brasília, onde apresentou um grande projeto de recuperação das nascentes.

Com um custo de recuperação avaliado em cerca de R$ 3 bilhões, a proposta visa a criação de um fundo - endowment (patrimônio perpétuo) - que receberá das empresas responsáveis pelo desastre - a mineradora Samarco (controlada pela Vale e pela BHP)) -investimentos para a recuperação. Com o dinheiro investido, o projeto visa impedir que o rio receba mais detritos e resíduos, além de promover a criação de um filtro que impeça novas contaminações. Salgado também ressaltou a importância da agricultura sustentável na região.

Ainda durante a entrevista, o fotógrafo afirmou que apesar do desastre, a morte dos mananciais do vale já acontece há décadas, como resultado da falta de políticas de preservação da região.

"O que está acontecendo agora, com o rio, é o que acontece com um corpo que levou uma punhalada. A mancha que vem descendo e cobrindo o fundo do rio está esterilizando toda sua vida biológica. Os ovos dos peixes estão sendo soterrados. Não vão nascer mais tartarugas, rãs, sapos e todas as plantas aquáticas vão deixar de existir. Por onde passa, essa lama esteriliza tudo. É o maior acidente ecológico que já aconteceu nesse rio. Talvez o maior do Brasil. Confira a entrevista na íntegra no site do jornal A Gazeta.

Mineradoras doaram R$ 6,6 milhões a deputados que avaliam efeitos da tragédia
Segundo apuração feita pelo jornal O Estado de S. Paulo no banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral, 28 dos 36 deputados, ligados a três comissões sobre mineração, receberam doações do setor em 2014. À época, empresas do setor doaram R$ 6,6 milhões às campanhas de deputados federais envolvidos no novo Código de Mineração e aos parlamentares da comissão externa da Câmara, que hoje tem a responsabilidade de avaliar os efeitos do rompimento das barragens.

fonte Catraca Livre



Confira a turnê do espetáculo Pentes

November 17, 2015 12:20, by Blog do Arretadinho

Foto divulgação
Grupo teatral de Brasília faz turnê com o espetáculo Pentes

Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

O Grupo Teatral Embaraça está fazendo uma turnê no Distrito Federal com o espetáculo Pentes. As próximas apresentações serão na Ceilândia, Gama, Taguatinga e Vila Telebrasília. Confira:

Atrizes negras se reúnem para discutir preconceito e autoconhecimento no espetáculo Pentes
Peça tem Fernanda Jacob, Tuanny Araújo, Ana Paulo Monteiro e Elisa Carneiro no elenco
Depoimentos pessoais deram origem à encenação.

Em comemoração ao mês da Consciência Negra, o Grupo Teatral Embaraça faz circulação de seu primeiro espetáculo, Pentes, pelo Distrito Federal. Na peça, quatro atrizes apresentam cenas que compõem a “saga” de mulheres negras, da negação à afirmação de seus cabelos. 

O espetáculo teve a sua estreia no Teatro Sesc Garagem, com sessões nos dias 7 de novembro (sábado), às 20h, e 8 de novembro (domingo), às 20h.Os ingressos para as apresentações custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).

A ideia para a montagem e a criação do grupo surgiu em 2012, em um projeto na Universidade de Brasília, de onde todas as integrantes do elenco eram alunas. Das primeiras apresentações em festivais universitários, o espetáculo cresceu em pesquisa sobre o tema étnico-racial e é apresentado em 2015 com elenco formado pelas atrizes Fernanda Jacob, Tuanny Araújo, Ana Paulo Monteiro e Elisa Carneiro. 

O Grupo Embaraça assina a direção e o texto do espetáculo, com apoio dramatúrgico de Fabrícia Carvalho. As músicas de Pentes tem autoria do Grupo e da banda Protofonia – formada por André Chayb, André Gurgel e Janari Coelho – que toca durante todo o espetáculo. A montagem traz ações cênicas em caráter performativo e interações com a plateia, alternadas entre críticas e momentos lúdicos. Pentes se preocupa com a valorização da beleza negra, explorando histórias do cotidiano das atrizes e depoimentos pessoais para argumentar sobre identidade e identificação social.

Com inspiração nas poetizas e pensadoras contemporâneas Elisa Lucinda, Bell Hooks e Conceição Evaristo, e tendo outras referências do universo negro e até do movimento Black power, o texto é composto por grandes sutilezas que guiam as sensações de quem assiste à montagem, aliado à expressividade da banda Protofonia, que ajuda a criar momentos de diferentes intensidades dramáticas.

Toda a construção do espetáculo é focada em derrubar a imposição da estética branca como ideal de beleza e propor um diálogo em prol da aceitação da diversidade, no qual o cabelo crespo, que hoje ainda é considerado “ruim, feio ou duro”, passe a ser um cabelo como outro qualquer: bonito porque diferente e singular.

Serviço:
17 e 18 de novembro
Faculdade Iesb Oeste - Ceilândia - 19h

20 e 21 de novembro
Espaço Semente - Gama - 20h
Ao lado da rodoviária do Gama

23 e 24 de novembro - 20h
Centro Cultural Teatro da Praça - Taguatinga

28 e 29 de novembro - 20h
Espaço Cultural Pé Direito - Vila Telebrasília

R$ 10,00 - inteira
R$   5,00 - meia



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