Pedro Cardoso desatou o nó da charada
10 de Abril de 2020, 11:30Texto de Pedro Cardoso no Instagram:
"Sobre a última cena do caso Mandetta. Demitido ou mantido ministro da saúde penso o seguinte:
Para compreender Messias precisamos entender como pensa o torturador, não o político. A morte do torturado é a derrota do torturador.
Ao fazê-lo morrer, o torturador perde o seu divertimento. O torturador precisa manter o torturado vivo e com esperança de parar de sofrer.
Quando Messias flerta com o alucinadamente irresponsável Osmar Terra e depois mantém Mandetta ministro ele está exercendo o seu prazer mórbido de nos aterrorizar com o pior para depois nos esperançar com o menos pior. Fosse uma tortura física, Osmar seria o choque elétrico anunciado, mas adiado e Mandetta o tapa na cara que ocupa o lugar do choque. O tapa parece um conforto quando substitui o choque, mas tudo é a sessão interminável de tortura a que estamos submetidos desde que 57 milhões colocaram um torturador no poder.
Tomemos muito cuidado com as artes da tortura. Sentir alívio pelo golpe menos violento é o começo do caminho que nos leva a sermos gratos ao torturador por ele ter poupado a nossa vida. Messias se vale da pandemia para torturar o povo brasileiro com a permanente ameaça assassina de liberar o convívio. Mas sabe que se o fizer corre o risco de matar o torturado: ou de desesperançá-lo: e a tortura, para sua eficiência, depende de manter o torturado cheio de esperança.
Precisamos entender que não estamos lidando com política mas com tortura. Lembrem: ao perceber indignação ao termo "gripezinha" Messias foi a TV repeti-lo. Ali o torturador havia descoberto um lugar onde o golpe dói ainda mais. E lá foi ele cheio de prazer repetir a agressão.
Pensar Messias como um político é um erro. Ele tem que ser entendido como que ele é: um torturador. Só assim teremos alguma chance de nos defender. Políticos eram outros. Para nos opormos à Messias é preciso conhecermos como se opera tortura e evitarmos suas armadilhas psicológicas.
Mandetta como ministro da saúde é um tapa na nossa cara. Não chega a ser um choque elétrico porque ele é necessário neste ministério de cegos.
Mas Messias é uma agressão covarde e contínua."
SBT suspende apresentador que defendeu "campos de concentração" para pacientes de Covid-19
8 de Abril de 2020, 17:05247 - O comando da emissora de TV SBT suspendeu nesta quarta-feira, 8, o jornalista Marcão do Povo, apresentador do programa "Primeiro Impacto", que defendeu a criação de "campos de concentração" para pacientes com covid-19.
A informação foi divulgada no blog do jornalista Mauricio Stycer, do UOL. O apresentador ainda pediu a Jair Bolsonaro que publicasse um decreto dando poderes ao Exército de policiar as ruas e prender os governadores que não cumprirem as regras impostas.
Avião cargueiro pousa no Brasil com 6 milhões de máscaras da China
8 de Abril de 2020, 13:30247 - Um avião de carga com origem na Ucrânia pousou no Aeroporto de Brasília na madrugada desta terça-feira (7). A concessionária Inframerica, responsável pela administração do terminal do Distrito Federal, informou que a aeronave partiu da China e trouxe cerca de seis milhões de máscaras de proteção para o Brasil. A informação é do portal G1.
O Ministério da Infraestrutura divulgou que se trata de uma carga particular, da empresa de artigos farmacêuticos e cosméticos Nutriex. Os produtos serão divididos em duas partes, para doação e para venda, aponta a reportagem.
O número de máscaras destinadas à doação, com distribuição “sem intermédio do governo”, ainda não foi divulgado.
Juiz manda Bolsonaro excluir igrejas da lista de serviços essenciais
2 de Abril de 2020, 19:58Bolsonaro e a esposa, Michelle, em culto evangélico |
Decisão, da última terça-feira (31), acolhe pedido do Ministério Público Federal. Juiz deu 24 horas para o governo agir, mas, até o momento, a medida de Bolsonaro segue inalterada.
O juiz federal Manoel Pedro Martins de Castro Filho, da 6ª Vara de Brasília, determinou, que o governo Jair Bolsonaro adote medida para ‘impedir que “atividades religiosas de qualquer natureza” permaneçam incluídas no rol de atividades e serviços essenciais para fins de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus’. A informação é do colunista do Estado de S. Paulo Fausto Macedo.
A decisão, da última terça-feira (31), acolhe pedido do Ministério Público Federal. O juiz deu 24 horas para o governo agir, mas, até o momento, a medida de Bolsonaro segue inalterada. Segundo o MPF, a decisão não foi derrubada em segundo grau.
De acordo com o magistrado que determinou a suspensão de trecho do decreto do presidente sobre serviços essenciais, o texto em relação às igrejas “não se coaduna com a gravíssima situação de calamidade pública decorrente da pandemia que impõe a reunião de esforços e sacrifícios coordenados do Poder Público e de toda a sociedade brasileira para garantir, a todos, a efetividade dos direitos fundamentais à vida e à saúde”.
A Justiça Federal no Rio de Janeiro chegou a proferir decisão semelhante, mas a liminar foi cassada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Nesta quinta-feira (2) a Procuradoria no Rio recorreu da decisão.
Se o governo federal quiser recorrer da decisão do juiz de Brasília, poderá pedir reconsideração em primeira instância, ou apelar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
O procurador Felipe Fritz Braga, que moveu a ação civil pública, usou uma charge da cartunista Laerte Coutinho para ‘ilustrar’ seu pedido. Na imagem, um líder religioso chama os fiéis: “Venham”. Atrás dele Deus alerta: “Venham nada!”.
do Portal Vermelho