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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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A tragédia do encarceramento feminino

16 de Novembro de 2015, 18:12, por Blog do Arretadinho

A condição das mulheres privadas de liberdade é uma face da violência de gênero e de raça que vem se agudizando. 
A exclusão simbólica e social das mulheres negras tem refletido mais intensamente no sistema de justiça criminal.

por Paulo Pimenta

A população prisional feminina no Brasil cresceu alarmantes 567% nos últimos quinze anos, chegando a 37.380 mulheres presas em todo o país, segundo dados divulgados recentemente pelo Sistema Nacional de Informações Penitenciárias do Ministério da Justiça. Essas mulheres são, sobretudo, negras, jovens, com pouca escolaridade e mães. Quase 70% dessas prisões decorrem de atividades enquadradas como tráfico de drogas.

Além disso, 3 em cada 10 mulheres estão presas provisoriamente, sem condenação. A quantidade de presas sem sentença chegou ao assustador percentual de 99% em Sergipe, em 2014.

Os números são alarmantes e demonstram o latente viés encarcerador de nosso sistema. Ou, como diz a máxima, “o Brasil prende muito e prende mal”. Pessoas que cometeram crimes não violentos acabam encarceradas. Mas as limitações não são normativas.

As penas restritivas de direitos foram inseridas no sistema penal brasileiro como alternativas à prisão (limitação de final de semana, multa, prestação de serviços à comunidade, prestação pecuniária etc.) para os crimes de menor potencial ofensivo. Mas, muitas vezes, deixam de ser aplicadas pelo poder judiciário sem motivo concreto, sob a justificativa da necessidade de acalmar a “sensação de impunidade” inflamada pela mídia nacional. É o caso de muitas das mulheres presas por tráfico, que, mesmo não tendo praticado qualquer outra conduta criminosa anterior, são condenadas à pena de prisão, em regime fechado, “porque o tráfico é um mal que assola a sociedade”, contrariando a própria lei.

A restrição da liberdade não pode ser aplicada de forma irrestrita. Uma vez que esteja privada de sua liberdade (condenada ou não), a mulher torna-se objeto de um sistema falido, sendo colocada num ambiente que não oferece as condições necessárias ao seu preparo para o retorno ao convívio social.

O contato dessas mulheres com seus filhos também é drasticamente rompido no momento da prisão. Em geral, não há creches, berçários, centros de aleitamento ou dormitórios para gestantes nas unidades prisionais.

Os locais de encarceramento feminino são espaços de permanente violação de direitos humanos. A estrutura das unidades prisionais, as condições de higiene, saúde, alimentação, estudo e trabalho são, em geral, deploráveis.

Das mais de 1.400 unidades prisionais no Brasil, apenas 7% são exclusivamente femininas, sendo 75% masculinas e 17% mistas. Mesmo as que abrigam apenas mulheres são precárias.

A maior parte das cadeias e penitenciárias femininas, na verdade, não foi originalmente planejada para esse propósito. Foram conventos, hospitais psiquiátricos, construções residenciais, presídios masculinos onde mulheres presas foram alocadas sem as adaptações necessárias. Em muitas dessas detenções, por exemplo, não há banheiros adequados para mulheres: são mictórios sem divisórias, ou com divisórias baixas, sem portas.

As especificidades da condição física das mulheres também são negligenciadas pelo não fornecimento de absorventes, por exemplo. Muitas delas guardam miolo de pão das refeições para promover a absorção do sangramento no momento do ciclo menstrual.

Os quase treze anos de governo do PT serviram para tirar milhões de pessoas da condição de miséria, promover sua inclusão social, na educação, no mercado de trabalho, na economia. Mas muito mais deve ser feito.

As mulheres negras e pobres continuam sendo o segmento de maior vulnerabilidade, e é necessário pensar de forma ainda mais ampla e efetiva as desigualdades de gênero, raça e renda que, de forma interseccional, impõe a essas mulheres uma condição de opressão, refletida no sistema penal e penitenciário.

O engajamento social é basilar para a mudança desse cenário. No momento político atual, em que setores conservadores da sociedade ganham força e não medem esforços para retroceder nas conquistas de décadas de lutas pelos direitos das mulheres, temos visto a luta do movimento feminista encrudescer. Manifestações em todo o país buscam enfrentar essa onda de ataques a direitos conquistados.

Sobretudo neste mês de novembro, como o ato realizado em Brasília no dia 13, que congregou milhares de pessoas, afirmando o empoderamento feminino e a luta por seus direitos. Teremos, também, em breve, a Marcha das Mulheres Negras, iniciativa que visa aglutinar, principalmente, organizações de mulheres negras para uma marcha em Brasília, no dia 18 de novembro, para conferir visibilidade às pautas das mulheres que são cotidianamente subalternizadas pelo racismo, pelo machismo e pela pobreza. Apoiamos as mobilizações e acreditamos nelas como forma de promover as transformações que precisamos.

Enquanto essas mudanças não chegam, são necessárias políticas de justiça criminal efetivas. Três medidas discutidas por autoridades, especialistas e sociedade parecem-nos com maior potencial para mudarmos a realidade.

A primeira é estruturante: gerar vagas no sistema prisional por meio de construção de unidades específicas para mulheres, extinguindo as unidades prisionais mistas e acabando com a superlotação. Em tese, não se pode nem mesmo falar em superlotação de presídios femininos, uma vez que as vagas em unidades mistas não podem ser consideradas adequadas. Trata-se de medida, essencialmente, de competência do poder executivo federal e estadual, sobre a qual não há quaisquer argumentos contrários que devam ser levados em consideração. Acabar com as prisões mistas e construir ambientes de privação de liberdade apropriados para mulheres são ações irrefutáveis.

A segunda medida – de efeitos imediatos – consiste em inclusão no decreto presidencial de indulto coletivo de norma específica para mulheres presas por crimes não violentos – inclusive tráfico de drogas – com penas de até 5 anos de reclusão, além de perdão parcial de pena para mulheres gestantes ou com filhos menores. Constitui-se no alargamento da abrangência do indulto natalino como medida afirmativa da política criminal, defendida por muitos setores da sociedade e com significativo potencial de reparação das falhas de nosso sistema de justiça criminal.

A terceira proposta – com efeitos de longo prazo – é a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio e o estabelecimento de critérios objetivos para distinção entre uso e tráfico. Nossa sociedade não pode mais conviver com uma política contra as drogas assentada na criminalização do usuário, repressão e encarceramento.

O lamentável diagnóstico está colocado. Acreditamos que existem reais condições de superarmos o vergonhoso estado de coisas em que se encontram as mulheres presas em nosso país. O Estado brasileiro não pode permanecer inerte frente às permanentes violações à vida e à dignidade das mulheres brasileiras e à seletividade do sistema de justiça criminal. Não podemos esperar mais.

Paulo Pimenta é Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados



Flávio Dino abre concurso para professor no MA

16 de Novembro de 2015, 13:59, por Blog do Arretadinho

Foto Joaquim Dantas
Flávio Dino
Foto Joaquim Dantas
Enquanto tucanos fecham escolas, Flávio Dino abre concurso para professor no MA
Governador do Maranhão mostra que governos progressistas e de esquerda valorizam o ensino público, diferente do modo tucano, que trata a educação como despesa e ameaça fechar mais de 90 escolas apenas em São Paulo

Enquanto os governos tucanos de Geraldo Alckmin em São Paulo e Beto Richa no Paraná ameaçam fechar escolas públicas, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), valoriza a educação ao abrir concurso público com 1.500 vagas para professores e remuneração de até R$ 5 mil.

O edital foi lançado na última sexta-feira (6) e as inscrições começam neste sábado (14). O certame faz parte do compromisso do governador com a melhoria do ensino público.

“O concurso público para professores é mais uma ação do governo Flávio Dino de valorização dos profissionais da educação, com vista na qualidade do ensino e da aprendizagem dos nossos estudantes maranhenses”, afirmou a secretária de Estado da Educação do Maranhão, Áurea Prazeres.

Além da quantidade de vagas, outra confirmação do compromisso do comunista Dino com a educação é o valor da remuneração de R$ 5 mil para jornada de 40h semanais, que colocará o Maranhão no patamar dos melhores salários pagos aos professores da rede de ensino público no Brasil.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estaduais e Municipais do Estado do Maranhão (Sinproesemma), Júlio Pinheiro, a abertura do concurso para professores é fruto de uma luta histórica dos profissionais da educação do estado, e agora atendida pelo governador Flávio Dino.

“O concurso atende a uma pauta importante do Sinproesemma, que entende como fundamental a diminuição da contratação temporária na rede estadual de ensino. Por outro lado, oportuniza a comunidade em geral o ingresso ao serviço público fortalecendo a educação no nosso estado”, relatou Julio.

“Todos os anos ficávamos sem saber se os contratos seriam renovados. Agora, com o concurso, além da segurança, temos o reconhecimento do governo do Maranhão. O estado terá uma das melhores remunerações do País, o que implicará na melhoria da educação”, ressaltou a professora de Sociologia e Filosofia, Rosenice Frazão, que atua como contratada no Sistema Estadual de Ensino há três anos.

Concurso – As inscrições para preenchimento de 1.500 vagas para o Cargo de Professor do Quadro Permanente da Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (Seduc) seguem até o próximo dia 29 de novembro de 2015.

O concurso será organizado pela Fundação Sousândrade e será composta de duas fases. A primeira, será a prova objetiva e de múltipla escolha, que possui caráter eliminatório e classificatório. A segunda consistirá na prova de títulos, de caráter apenas classificatório.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Portal Vermelho” e do “Governo do Maranhão”



No capitalismo não há humanidade, MG não é Paris

15 de Novembro de 2015, 18:47, por Blog do Arretadinho

Já viu uma pessoa dizer "sim" balançando a cabeça como quem diz "não"? Eu, diante de pessoas dizendo que "a dor não se mensura", por causa de opiniões divergentes sobre o ato terrorista do ISIS (Estado Islâmico) na França e do ato terrorista da Vale em MG. 
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Só em Governador Valadares, nas Minas Gerais, 260 mil pessoas estão sem água, um dos maiores rios do Brasil, o Rio Doce, está morto, isso mesmo, mortinho da silva. 

Toda a população de Mariana, em MG, até Linhares, no Espírito Santo (faz uma "pesquisaçãozinha" rápida aê e vê quantas pessoas vivem nessa região) está sofrendo com os efeitos da ação devastadora do rompimento das barragens da Vale. 

Hospitais, postos de saúde, delegacias de polícia, restaurantes (leia-se trabalhadores do comércio que ficarão sem receber salários porque o patrão não está vendendo nada), em fim, a vida de centenas de milhares de pessoas que foram submetidas a um sofrimento contínuo, sem prazo de validade, tem como se mensurar sim, perdoem-me a franqueza. 

Rios, peixes, árvores, frutas, plantações, colheitas, patrimônios que levaram uma vida toda para serem adquiridos, estão sob a lama produzida pelo capitalismo selvagem da Vale do Rio Doce.

Lamento, sinceramente, pelas mortes em Paris, entretanto, o governo francês é partícipe e responsável pela tragédia deles, porque é um dos fornecedores de armas para o ISIS, o governo francês é aliado do maior Estado terrorista do mundo, os Estados Unidos da América do Norte que querem, a todo custo, derrubar o governo de Bashar al-Assad na Síria e que, agora, o povo francês, sofre com as consequências da inconsequência de seu governo.

Não me fale de "humanidade" onde o capitalismo impera, ela não existe!

 ‪#‎MinhaOpinião‬



Mataram o Rio Doce - por Vinícius Cabral

15 de Novembro de 2015, 16:22, por Blog do Arretadinho

Infelizmente, o BRASIL ainda não sabe o que está acontecendo aqui em Minas Gerais. 
Os veículos de "des-informação" continuam omitindo fatos e numeros importante para amenizar a tragédia. 

por Vinícius Cabral

Sugiro que aqueles que tem amigos virtuais em outras cidades, estados e países, informem melhor e alertem o Brasil de que são centenas de milhares de pessoas afetadas pelo fato. Toda a economia dos municípios está comprometida. 

As escolas suspenderam as aulas, a agricultura está comprometida, porque não tem chuva, o comercio já quase parou, pois não tem água, nem para os banheiros; bares e restaurantes estão adotando material descartável para servirem, mas não existem panelas descartáveis e essas precisam ser lavadas.

A construção civil também foi afetada; não há água para o banho das pessoas. Hospitais e asilos, presídios e serviços essenciais estão sendo abastecidos por caminhões pipa, que precisam ir a outros municípios para se abastecerem de água, o que está onerando os cofres públicos com o alto consumo de combustível - isso quando conseguem passar pelas estradas bloqueadas pela manifestação de caminhoneiros. 

O Rio Doce, um dos MAIORES DO BRASIL, está morto! As populações, desde Mariana-MG até Linhares-ES (e depois no Oceano Atlântico) estão sofrendo as consequências do que talvez seja a maior tragédia ambiental, ecológica, econômica, hídrica, já ocorrida no pais. E as consequências serão sentidas por muitos décadas. Somente em Governador Valadares são 260 mil pessoas afetadas. Alguém já imaginou uma cidade de 260 mil pessoas totalmente sem água? E o pior: a água está correndo no Rio Doce, mas completamente envenenada por arsênio, mercúrio e outros metais.

Todos - eu disse todos - os peixes morreram envenenados e já se pode sentir o "cheiro" a kms de distância. Esse é o quadro que o BRASIL precisa saber. Divulguem para que outras tragédias possam ser evitadas. 

Talvez a próxima seja a dos lixões, ou das enormes pastagens que avançam derrubando as florestas, ou quem sabe, as imensas lavouras de soja??? 

Informem, manifestem a indignação pacífica, sem revolta ou violência. Chega de violência contra o povo Brasileiro, menos ganância, é o que precisamos. 

Obrigado por me ler! 

É apenas o desabafo de um Valadarense, mineiro, brasileiro e ... ser humano.



Vereador do PCdoB é assassinado no RJ

15 de Novembro de 2015, 12:39, por Blog do Arretadinho

Foto do Facebook
Vereador da cidade de Seropédica é assassinado

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Luciano Nascimento Batista, PCdoB/RJ, levou vários tiros quando deixava uma casa de shows. O Parlamentar morreu no hospital.

O vereador Luciano Nascimento Batista, de 38 anos, foi assassinado na madrugada deste domingo (15) em Seropédica, na Baixada Fluminense, RJ. 

Luciano era conhecido como Luciano DJ e foi morto ao deixar a casa de shows onde trabalhava por volta das 4:30h da manhã, na Rua Niterói quando foi alvejado por vários tiros.

De acordo com a Polícia Militar, Luciano chegou a ser socorrido com vida para o posto de saúde do município, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia desconhece a motivação do crime mas não descarta nenhuma hipótese.

A última postagem do parlamentar na sua página do Facebook foi feita na última sexta-feira (13). Na publicação o vereador se desculpa por não poder comparecer a um evento na cidade no sábado (14), por motivo de doença. Confira:

"NOTA DE ESCLARECIMENTO:
Por motivo de doença, não irei tocar hoje ao evento realizado no Seropédica Atlético Clube, com show do Nosso Sentimento e Mc Rodson. Peço desculpas aos organizadores, mas preciso me recuperar o máximo possível, pois amanha estarei na Câmara Municipal de Seropédica em Sessão Plenária. Desde já agradeço a compreensão, forte abraço á todos!"