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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Uma frente pelo Brasil

18 de Agosto de 2015, 3:30, por Blog do Arretadinho


João Pedro Stédile, dirigente do Movimento Sem Terra [MST], fala nesta entrevista sobre o tema que está na boca de 10 em cada 10 militantes da esquerda brasileira: a necessidade de construir uma frente.


via Pravda.ru
Com apoio de ADITAL

Página 13 - Sempre se falou da necessidade de construir uma "frente". Por quais motivos a atual conjuntura torna essa frente mais necessária e urgente?

João Pedro Stédile: A ideia de construir frentes sempre esteve presente no ideário das forças populares e dos partidos de esquerda, pois partimos do principio de que é necessário construir uma grande unidade entre a maior parte das forças populares (representadas por inúmeras formas de mediação que a classe trabalhadora vai organizando para enfrentar seus problemas). E embora essa necessidade de frentes, de unidade popular, seja uma necessidade estratégica, ou seja, só assim a classe trabalhadora pode construir hegemonia na sociedade, com suas ideias e suas propostas, no geral, aqui no Brasil, as experiências de frentes sempre se ativeram apenas a períodos eleitorais, restritas ao objetivo de ganhar eleições.

Porém agora, fora de um período eleitoral e com um contexto histórico em que se agravam as crises econômicas, sociais, políticas e de valores, acho que muitos setores das forças populares se deram conta que, somente com a construção de processos unitários, poderemos enfrentar juntos as crises e, sobretudo, conseguiremos apresentar propostas alternativas para o povo, para sair das crises.

A burguesia já tem suas propostas para sair da crise, a rigor, é o realinhamento da economia aos Estados Unidos, imaginando que as empresas transnacionais vão retomar os investimentos e tirar a economia da crise, em troca da entrega do que sobrou de empresas estratégicas; redução dos gastos do Estado, o que eles chamam de Estado mínimo, para que o orçamento público da União seja administrado apenas de acordo com seus interesses e não para resolver os problemas do povo; e, terceiro, seria reduzir o chamado custo Brasil de mão de obra que, na prática, é reduzir os direitos sociais e trabalhistas, que estão garantidos na CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e na Constituição. Esse programa é a volta do neoliberalismo, ou seja liberdade total para o capital

Página 13 - A frente popular tem um programa, uma plataforma, um resumo de seus objetivos?

Stédile: Estamos num processo de construção de unidade entre as forças populares, com um olhar estratégico, ou seja, com o objetivo de construir um programa de longo prazo, que represente solução para os problemas do povo e saída para a crise. E, nesse processo de construção, estamos ainda debatendo, ouvindo, consultando. A princípio, elencamos apenas uma plataforma política que, desde 2013, permeia os debates nos movimentos populares e forças políticas. Essa é a plataforma mínima que está unificando as forças populares nesse momento.

Página 13 - É uma frente eleitoral?

Stédile: Não. As frentes eleitorais são construídas por partidos que disputam eleições. Nem estamos em tempo de eleições, nem a frente é composta apenas por partidos. Ao contrário, os movimentos populares, estudantis, sindicais, no espectro mais amplo possível, e com alguns partidos é que conformam a frente popular.

Página 13 - Há setores que ainda não integram a frente. Você considera necessário e possível incorporar esses setores? Como fazer?

Stédile: Embora a necessidade de frentes, como disse, seja uma necessidade programática de quem quer construir maiorias na sociedade, e não apenas com seus primos... acho que será difícil termos uma frente única, popular ou de esquerda. Porque alguns setores de esquerda têm leituras diferentes da situação atual, apostando no afundamento do governo e na derrota total do PT [Partido dos Trabalhadores] e do PCdoB [Partido Comunista do Brasil], para então emergirem como alternativas.
E, embora possamos ter todas as críticas do mundo às políticas e comportamento das direções partidárias e de movimentos, porém, é inegável que as forças populares que foram se construindo nesses 30 anos estão presentes numa militância social, que está também no PT, no PCdoB, nas frentes de massa, e até em setores como PDT [Partido Democrático Trabalhista] e PSB [Partido Socialista Brasileira]. Ou seja, devemos lavar a criança, mas não jogá-la fora com a água suja!

Por isso é possível que, no próximo período, tenhamos várias frentes no campo popular. E isso é até natural, pelas origens doutrinárias, ideológicas e comportamento tático de cada agrupamento político. Pessoalmente, acho que devemos apostar numa frente popular, que aglutine amplos setores populares e até da classe média, dentro de uma plataforma política comum. E a plataforma política acho que aglutina amplos setores.

Página 13. Qual o calendário de atividades?

Stédile: É muito difícil prender-se a calendários, pois se trata de processos de construção, que têm ritmos lentos, e são influenciados pela correlação de forças e pela luta de classes. Estamos realizando diversas reuniões e plenárias nos estados e em nível nacional, esperamos durante o segundo semestre consolidar uma frente popular que aglutine amplos setores. Mas, ao mesmo tempo, essa frente tem que alimentar as mobilizações de massa, para atuarem na conjuntura e na luta de classes. Afinal, só a mobilização da classe trabalhadora pode alterar a correlação de forças, e postar a classe em outro patamar na disputa de saídas para a crise. E, infelizmente, neste momento, apenas os setores militantes, as mediações, estão se mobilizando. A base social está quieta, apenas assistindo. E é nela que devemos atuar, para explicar a gravidade da situação e buscar nos mobilizarmos, com as propostas de saídas da crise.

Certamente, no segundo semestre, teremos muitas mobilizações, como já está programada a Marcha das Margaridas em Brasília (11 e 12 de agosto), que terá a adesão de movimentos populares; a jornada de luta unitária do dia 20 de agosto, em todas as capitais. Depois, na Semana da Pátria, teremos mobilizações e o Grito dos Excluídos; em outubro, há agendas internacionais na luta contra as empresas transnacionais e pela soberania alimentar, entre 12 e 16 de outubro. Depois, teremos o 05 de novembro, jornada continental contra a ofensiva imperialista dos Estados Unidos e celebrando a derrota da Alca [Área de Livre Comércio das Américas], há 10 anos, em Mar del Plata [Argentina]. Ou seja, o período será de muitas articulações, mas também de muitas mobilizações de massa. A disputa será grande.



Confira os locais das manifestações no dia 20

17 de Agosto de 2015, 21:31, por Blog do Arretadinho

Em defesa da democracia, movimentos convocam todos às ruas dia 20!
“Em defesa da democracia e por mais conquistas sociais”. Essa é a pauta que está mobilizando os movimentos sociais, sindicais e juvenis para o próximo dia 20 de agosto. Neste contexto, a TV Vermelho entra na mobilização em um vídeo exclusivo com representantes de várias entidades nacionais e convoca à população para se unir e ocupar às ruas na luta por mais direitos e pela manutenção da democracia em nosso país.

Do portal Vermelho

Assista abaixo:




Abaixo os principais locais e horários de concentração nas capitais:

Região Sul
Rio Grande do Sul – Porto Alegre
Concentração: 14 horas: Rua Barros Cassal, 220 Bairro Floresta.

Santa Catarina - Florianópolis
Concentração: 16 horas: Largo da Alfandega

Paraná - Curitiba
Concentração: 18 horas: Praça Santos Andrade

Região Sudeste
São Paulo – São Paulo
Concentração: 17 horas: Largo da Batata

Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Concentração: 16 horas: Candelária

Minas Gerais – Belo Horizonte
Concentração: 16 horas: Praça Afonso Arinos

Espírito Santo – Vitória
Concentração: 16 horas: Praça Costa Pereira

Região Nordeste
Bahia – Salvador
Concentração: 14 horas: Praça da Piedade
Ato político e cultural

Sergipe – Aracaju
Concentração: 16 horas: Praça Falso Cardoso

Pernambuco – Recife
Concentração: 15 horas: Praça do Derby

Ceará - Fortaleza
Concentração: 14 horas: Praça da Bandeira

Maranhão – São Luís
Concentração: 15 horas: Praça João Lisboa
Percurso-: João Lisboa- Rua Grande- Praça Deodoro.

Rio Grande do Norte - Natal
Concentração: 15 horas: Av. Salgado Filho (Em frente a Fiern). Percurso: Passeata até o shopping Midway - Ato Público.

Piauí - Teresina
Concentração: 16 horas: Praça Pedro II

Região Norte
Amazonas – Manaus
Concentração: 16 horas: Teatro Amazonas

Amapá – Macapá
Concentração: 9 horas: Praça da Bandeira

Acre – Rio Branco
Debate sobre democracia: 9 horas: Teatro Plácido de Castro

Região Centro-Oeste 
Goiás – Goiânia
Concentração: 17 horas: Praça do Trabalhador

Mato Grosso do Sul - Campo Grande
Concentração: 16 horas: Calçadão da Barão

DF - Brasília
Concentração: 17 horas: Rodoviária Central

Da TV Vermelho,
Laís Gouveia, Toni C. e Clécio Almeida



Encontro de Culturas Populares só em 2016

17 de Agosto de 2015, 20:48, por Blog do Arretadinho

Foto do encontro de 2014
O Encontro do Bonito-GO de Culturas Populares só será realizado em 2016

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

A 8ª edição do Encontro do Bonito-GO de Culturas Populares, não será realizada este ano. Segundo os organizadores, as dificuldades financeiras obrigaram eles a transferir o evento para o ano que vem.

Os organizadores publicaram um comunicado em uma rede social, confira:

"Após sete edições consecutivas, os organizadores do Encontro do Bonito-GO avaliam que o contexto está difícil para o setor cultural e decidiram concentrar esforços na edição do ano que vem, assim como colaborar, este ano, com as realizações dos demais membros da Rede de Festeiras e Festeiros dos Encontros de Cultura de Base Comunitária do Cerrado, criada durante o VII Encontro do Bonito-GO em 2014.

Como uma iniciativa da Associação Rural de Produtores do Bonito, sediada na região do Bezerra, município de Formosa/GO, para estreitar os laços comunitários e reavivar expressões que estavam um pouco esquecidas, o Encontro do Bonito-GO, desde o seu início, em 2008, só cresceu. Nossa experiência nestes anos foram uma constante revelação de força e amizade, de reconhecimento dos diversos setores culturais de Formosa, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal e até de mais longe. Fomos ganhando experiência, ampliando as ações e agregando pessoas.

Esse processo, no entanto, demandou também uma crescente dedicação dos organizadores e um aumento significativo dos recursos materiais necessários para viabilizar a festa. Mesmo com a conquista de um maior número de parceiros, a conta sempre fechou no vermelho. Muitas das alegrias vividas na preparação carinhosa e na realização do Encontro acabavam, após a festa, por penalizar alguns e preocupar outros. Queremos, então, parar um pouco para pensar, calcular mais, estruturar melhor nossa comunidade para que possamos, ao final dos festejos, ficar apenas com as boas lembranças da presença de todos vocês.

Recursos importantes de parceiros públicos (secretarias de estado e municipal de cultura) que viriam para viabilizar o evento não poderão ser disponibilizados a tempo, uma vez que os editais foram lançados há pouco ou ainda nem foram publicados. Recursos federais estão ainda mais distantes, em função da crise nos patrocínios e da grande burocracia exigida para acessá-los. Apenas com as generosas contribuições que recebemos do comércio local, com o apoio da mídia de Formosa e com os muitos voluntários sempre dispostos, aos quais agradecemos imensamente, não conseguimos atender ao público crescente do modo que gostamos.

Mas não estamos parados. Fizemos minuciosas reuniões de avaliação e de prestação de contas, divulgamos amplamente a Carta do VII Encontro do Bonito-GO, realizamos o pouso da Folia da Roça da Festa do Divino, compusemos a comissão organizadora do IX Encontro das Culturas Populares e Tradicionais, que acontecerá em Serra Talhada/PE, de 15 a 20 de setembro, mantivemos nossos espaços virtuais funcionando, apoiamos o Caminho do Sertão, em Sagarana/MG e esteremos em todos os momentos e em todas as oportunidades defendendo nosso lema: Pelo Cerrado e suas Culturas, de pé!

Agradecemos a compreensão de todos e pedimos desculpas pela interrupção inesperada que, apesar de dolorida, servirá como um grande aprendizado para nós. Mais um. Não podemos mais viver sem vocês aqui conosco. Essa mensagem, então, não é de tristeza, e sim, de convocação para o início dos trabalhos do VIII Encontro do Bonito-GO de Culturas Populares em 2016.
Um abraço apertado".



Fernando Britto desmascara PF e PIG

15 de Agosto de 2015, 16:31, por Blog do Arretadinho

O abuso de poder nos grampos da PF, a covardia de Cardozo, e o inútil ataque a Lula
A escuta telefônica, legalmente autorizada, não abrange a violação da intimidade de terceiros, salvo estes estejam, nos contatos com aquele que foi “grampeado”, combinando ilícitos ou se referindo a informações relativas à produção de provas.

via Tijolaço

Fora isso, é uma violação indevida e criminosa e é isso que a Polícia Federal está fazendo ao vazar para o Estadão que o ex-presidente  Lula teria conversado duas vezes com um dirigente da Odebrecht ao telefone.

Aliás, a própria data dos telefonemas, 15 de junho passado, mostra que, ainda que houvesse algo a ocultar nas conversas, ninguém seria imbecil de, a esta altura, sabendo da síndrome de Gestapo que se apossou de alguns policiais – sob a completa passividade do inservível Ministro da Justíça, José Eduardo Cardozo –  falar de assuntos capciosos ao telefone, se existissem e devessem ser tratados.

E do que falavam Lula e o empresário, segundo o relatório dos arapongas federais curitibanos? De um artigo de Delfim Netto, que você pode ler aqui, defendendo o BNDES e do elogio feito pelo velho Emílio Odebrecht a uma nota publicada três dias antes pelo Instituto Lula, rebatendo acusações feitas pela Veja sobre seus contratos para palestras.

Onde está o ilícito, a suspeita, a conexão com qualquer crime dos que estejam sendo apurados?
Falar de eventos e opiniões públicas e publicadas é indício de crime?

Desde quando qualquer pessoa é proibida ou suspeita por conversar com outra, igualmente livre e em pleno gozo de seus direitos?

Comentar o artigo de Delfim Netto, a nota publicada três dias antes, o desempenho do Corinthians ou qualquer outro assunto é totalmente legítimo e se, por acaso, foi testemunhado pelos grampeadores, não poderia ter sido sequer objeto de registro em relatórios que, adiante, serão tornados públicos,  como não poderiam ser quaisquer outros diálogos não relativos a fatos criminosos.

Isso é apenas o resultado de uma completa indisciplina na Polícia Federal: o delegado que vazou os tais “grampos”, Eduardo Mauat da Silva, já atacou o próprio Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, sem que houvesse providências.

Vazam-se investigações, escutas, agentes treinam tiro ao alvo em caricaturas da Presidente e não acontece nada.

Ou melhor. Acontece, sim: está evidente que não têm nada contra Lula, a não ser a vontade imensa de envolvê-lo, seja como for, em suspeitas e desmoralização.

Estamos diante de uma espécie de distorção que gera uma Polícia de Estado sui-generis. Enquanto a Gestapo, a Statsi, a KGB, a Pide, a Dina chilena praticavam toda a sorte de abusos para “proteger” governantes, a nossa, aqui, faz o mesmo, só que para atacá-los.

Como o Ministro da Justiça não cumpre seu dever de fiador da disciplina e da legalidade da ação policial e o Dr. Sérgio Moro e o esquadrão de promotores do Paraná os açula e acoberta – aos arapongas – nestes absurdos, vamos chegando a este estado policial festejado pela mídia.



Mobilização para protesto do dia 16 foi menor

15 de Agosto de 2015, 16:28, por Blog do Arretadinho

Foto Agência Brasil
O engajamento nas redes sociais em prol das manifestações anti-governo marcadas para este domingo (16) foi mais fraco do que o verificado nos protestos que ocorreram em 15 de março e 12 de abril últimos; segundo análise de termos relacionados a protestos feitos pela empresa de monitoramento de redes sociais Seekr, o assunto foi alvo de pouco mais de 20 mil postagens no Twitter, no Instagram, no YouTube e no Google+, de segunda-feira (10) a quinta-feira (13) desta semana; é menos da metade dos mais de 45 mil postagens registradas na semana anterior ao protesto de 15 de março; na véspera do protesto de 12 de abril, foram quase 28 mil; maioria das postagens veio dos Estados de São Paulo, Rio e Minas; o cientista político Emmanuel Publio Dias diz que "o tema está cansando"

Via 247

O engajamento nas redes sociais em prol das manifestações anti-governo marcadas para este domingo (16) foi mais fraco do que o verificado nos protestos que ocorreram em 15 de março e 12 de abril últimos. 

Segundo análise de termos relacionados a protestos feitos pela empresa de monitoramento de redes sociais Seekr, a pedido da Folha, o assunto foi alvo de pouco mais de 20 mil postagens no Twitter, no Instagram, no YouTube e no Google+, de segunda-feira (10) a quinta-feira (13) desta semana.

É menos da metade dos mais de 45 mil postagens registradas na semana anterior ao protesto de 15 de março. Na véspera do protesto de 12 de abril, foram quase 28 mil.

A maioria das postagens veio dos Estados de São Paulo, Rio e Minas Gerais.

Para Eduardo Luiz Prange Júnior, responsável pela pesquisa, um aspecto relevante das interações sobre protestos é o menor embate entre situação e oposição. "Nas eleições, por exemplo, as duas partes se atacavam muito. Os pró-governo continuam atuando, mas estão menos combatentes", disse. "Ou estão em dúvida sobre a escolha por Dilma ou esperando o desenrolar do noticiário", diz.

A pouca penetração do assunto nas redes sociais também foi observada pela especialista em redes sociais Raquel Recuero, professora da Universidade Católica de Pelotas. Segundo ela, há um grupo de contas chamando para os protestos que tem grande interação entre si, mas as mensagens atingem poucos que não são militantes. O cientista político Emmanuel Publio Dias, da Escola Superior de Propaganda e Marketing, diz que "o tema está cansando".