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Em meio a debates sobre investimentos na geração de alimentos e agricultura para combater a fome no mundo, o país se destaca com sua produção sustentável
Ao mesmo tempo que o mundo debate as melhores formas de maximizar as produções agrícolas para ajudar a combater a fome mundial, a exemplo do Fórum Global para Comida e Agricultura que ocorre neste mês em Berlim, o Brasil segue com seu plano estratégico de produção sustentável, que visa recuperar os solos para o plantio e integrar as atividades agrícolas, pecuárias e florestais numa mesma área.
A preocupação do governo brasileiro ganha importância neste contexto pois mostra que o país está realmente preocupado com a produção de forma sustentável, pois não basta ter terra se ela não está pronta para ser usada.
É importante ressaltar que as atividades humanas desde a época da revolução industrial criaram várias fontes de emissão de poluentes, como é o caso dos Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes de queimadas, fertilizações hidrogenadas, queima de combustíveis etc. Além disso o uso intensivo e muitas vezes inadequado do solo pode causar uma sobrecarga e acabar com as boas condições da terra, como nutrientes e umidade.
Adubação orgânica para pequenos produtores Adubação orgânica para pequenos produtores
Outro fator importante é o aquecimento global. Segundo relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima) de 2007, a temperatura na terra já aumentou 0,8ºC nos últimos cem anos e a previsão é de aumento entre 1,4ºC e 5,8ºC nos próximos cem anos. Sendo o setor agrícola muito sensível à temperatura, este fator deve ser levado em consideração para o solo e consequentemente para o plantio.
Pensando nisso, o governo brasileiro lançou em 2010 o Plano ABC, Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, desenvolvido para adaptar a produção agrícola brasileira a um modelo sustentável integrado à pecuária. Além disso, o programa visa aumentar os locais aptos para o plantio usando técnicas de baixo carbono.
Preocupação com o solo
No caso da manutenção e recuperação de solos para plantio de alimentos, o Ministério da Agricultura planeja a adoção de microbacias hidrográficas. Assim cada região terá a irrigação adequada, que é o primeiro passo. O segundo passo é organizar os produtores e ensinar técnicas baseadas na sustentabilidade para que consigam produzir em cada solo o produto adequado à região.
O destaque neste programa é que a produção é de alimentos orgânicos, ou seja, a adubação também tem que ser orgânica. O Brasil é líder mundial no sistema de plantio direto, que se beneficia da palha decomposta da safra anterior em conjunto com microorganismos, que fazem a composição dos nutrientes para o próximo plantio.
Vantagem
Esse tipo de adubação garante a diminuição da erosão e o controle da penetração da água no solo, que deve ser lenta. Além disso, o plantio deve ser feito apenas em linha ou em covas para semeação, deve haver uma diversificação de espécies e um controle específico de intervalo entre colheita e semeação. Esse conjunto de fatores visa potencializar o efeito do adubo, garantindo alimentos melhores.
Esse sistema já ocupa mais da metade da área plantada no país e visa principalmente as pequenas comunidades rurais, já que é uma forma simples e barata de preparar o solo. Fonte: Deutsche Welle
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