Gehe zum Inhalt

redecastorphoto

Zurück zu Blog
Full screen Einen Artikel vorschlagen

Dilma e a ​N​eutralidade da ​R​ede

September 27, 2013 10:18 , von Castor Filho - 0no comments yet | No one following this article yet.
Viewed 56 times

 

Coluna Econômica - 27/9/2013

 

Diplomatas e ex-diplomatas brasileiros ouvidos pelos jornais tiveram dificuldade em avaliar a parte do discurso da presidente Dilma Rousseff na ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a governança na Internet.


Surpreenderam-se com a repercussão nos principais jornais do mundo. Mas o fato é muito novo para permitir opiniões mais firmes.


***


É discurso histórico por significar, pela primeira vez, uma proposta de Nação, formulada no principal órgão multilateral do planeta, sobre as formas de controle do maior fenômeno social e político da era moderna: a Internet e suas redes sociais.


Em muitos aspectos, o mercado de opinião é semelhante a outros mercados, especialmente na facilidade para a cartelização.


Mas há algo que o diferencia fundamentalmente dos demais: ele é elemento central para a democracia (ao abrir ou fechar espaço para as manifestações gerais), para a política (ao exercer a manipulação da informação), para a economia (ao permitir a boa ou provocar a má alocação de recursos), para a saúde pública, para os costumes.


***


No século 20, a mídia de massa se fez dentro de modelos de cartelização, a partir do exemplo norte-americano. A expansão do telégrafo significou os primeiros movimentos, ao permitir os ganhos de escala das agências de notícias – inicialmente subordinadas às companhias de telégrafo. Depois, o aparecimento do rádio e da televisão, e as respectivas redes, acabou induzindo à cartelização.


***

Os governos tiveram papel decisivo nesse jogo, ao restringir o acesso de outras empresas e pessoas ao espectro eletromagnético. Com a Internet, essas barreiras caem. O conteúdo da Internet está invadindo todas as mídias.


Hoje em dia, o Google já é o segundo faturamento publicitário do país, abaixo apenas das Organizações Globo. Sistemas de vídeo sob demanda, como o Netflix ou o próprio Youtube, conquistam cada vez mais o público jovem e, agora, embutidos nos modernos televisores, atrairão cada vez mais a classe média.


***

Google, Facebook, blogs, abriram espaço para um contraponto até então impensável à ação da velha mídia. A Internet trouxe uma explosão de criatividade, no desenvolvimento de aplicativos e de novas formas de organização da notícia. E uma explosão de cidadania, com muitos setores tendo espaço para se expressar.


O que vai ser o futuro da Internet – se esse espaço de liberdade ou de criatividade, ou se subordinada a novas formas de cartelização – dependerá justamente a governança.


***


Rússia, China e outras nações apelaram para proibir as redes, privando seus cidadãos do melhor, o arejamento de ideias e conceitos, responsável por tantas “primaveras” em sociedades mais fechadas.


O caminho não passa por aí, mas pela definição de uma governança global, instituições que definam regras gerais a serem acatadas pelos países-membro, como é hoje em dia a OMC (Organização Mundial do Comércio), a própria ONU (Organização das Nações Unidas).


Essa é a importância do discurso de Dilma, defendendo a governança global e a neutralidade da rede. Com a neutralidade, nem empresas de Internet, nem de telefonia, nem grupos de mídia impedirão a livre competição econômica e política.


Email: luisnassif@ig.com.br

Blog: www.luisnassif.com.br

Portal: www.luisnassif.com

​ 

 

 

"Todos os direitos reservados, sendo proibida
​ ​
a reprodução total ou parcial por meio impresso"

 


Visite o BLOG  ​e confira outras crônicas

 


Quelle: Castor Filho

0no comments yet

    Einen Kommentar schreiben

    The highlighted fields are mandatory.

    Wenn Sie ein registrierter Nutzer sind, dann können Sie sich anmelden und automatisch unter Ihrem Namen arbeiten.

    Abbrechen