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Os Desafios Econômicos Para 2013

2 de Janeiro de 2013, 22:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 03/01/2013

 

 

2013 será um ano decisivo para a economia brasileira. Está-se em meio ao maior conjunto de transformações econômicas desde o governo Collor.


Depois da redemocratização, o país passou por três etapas relevantes:


Etapa 1 –da Constituinte ao primeiro ano do governo Collor. Nela, são plantadas as bases para uma nova participação da sociedade civil. Embora de forma atabalhoada, a economia é liberada do pesado arcabouço estatal do período anterior.


Etapa 2 – governo FHC, em que se consegue a estabilidade inflacionária, mas abandona-se completamente a luta pela competividade da economia


Etapa 3 – governo Lula, em que se acelera a inclusão social e se cria um mercado interno robusto, mas, ainda assim, mantendo a competitividade interna ao relento.


***


Sem a perna da produção interna, o mercado não se sustenta.

No dia 11 de março passado, em entrevista exclusiva ao Blog , Dilma assegurou que sua batalha seria a defesa da indústria brasileira.


No decorrer do ano, a estratégia ficaria clara:


  1. Medidas de desestímulo aos ganhos especulativos, principalmente através da redução da taxa Selic e do fim do modelo de apreciação permanente do dólar.      E também com a redução da relação dívida pública/PIB que está obrigando grandes fundos de pensão a direcionarem seus investimentos para a economia real.
  2. Medidas de estímulo aos investimentos produtivos, através da ampliação dos recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), da desoneração fiscal de muitos setores, da ampliação dos contratos de concessão e do aumento da defesa comercial.
  3. Atuação sobre setores que influenciam a competitividade da economia, induzindo-o a trocar as margens de lucros elevadas por ganhos de escala. A ação maior foi sobre o setor elétrico, com a MP que reduziu as contas de luz; e sobre o setor financeiro, com os bancos públicos saindo na frente na redução dos spreads.


***


16 anos de juros elevados e de ganhos financeiros fáceis permitiram enorme poder de acumulação para o capital interno, tanto dos fundos de investimentos quanto das grandes empresas.


O desafio consiste em definir um conjunto de medidas que os induza a reciclar esse capital, transferindo das operações especulativas para a economia real.


***


Trata-se do mais relevante processo de mudanças desde o governo Collor. Como em toda mudança, há uma defasagem entre as medidas tomadas e os resultados alcançados.


Tira-se setor privado, investidores e o próprio governo da zona de conforto, obrigando-os a rever práticas seculares, planos de negócio etc..



Ao colocar a economia em movimento, após décadas de estagnação, surgem problemas típicos do crescimento, como gargalos em infraestrutura, mão de obra etc..


Ao contrário do que supõem economistas mais superficiais, não se pode ter todos os fatores sob controle para então deflagrar o processo de crescimento. É o próprio crescimento que, ao mesmo tempo em que revela as vulnerabilidades da economia, cria as condições para sua superação.


***


Mais do que nunca será necessário acompanhar essas mudanças sem oportunismo político, mas identificando os problemas reais e apontando-os para posterior correção.


IPC-S termina 2012 com variação de 0,66%


O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) mensurado na última semana de dezembro chegou a 0,66%, queda de 0,07 ponto em relação a última apuração, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice fecha o ano de 2012 com um crescimento de 5,74%. O resultado semanal foi influenciado pela queda em quatro classes de despesa, em especial Educação, Leitura e Recreação (de 0,92% para 0,64%) e Alimentação (de 1,31% para 1,26%).

 

Balança fecha o ano com superávit de US$ 19,438 bi


A balança comercial brasileira encerrou o ano de 2012 com um superávit de US$ 19,438 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado apurado é o pior desde 2002, quando o saldo ficou em US$ 13,1 milhões. As exportações no ano passado ficaram em US$ 242,58 milhões contra importações de US$ 223,142 milhões. Na média diária por dia útil, as vendas externas sofreram queda de 5,3% em 2012 e o volume importado caiu 1,4%.

 

Estados Unidos fecham acordo contra abismo fiscal


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que a aprovação do novo sistema fiscal norte-americano é uma promessa de campanha que vai evitar a crise orçamentária, e que o acordo estabelecido com o Congresso corresponde a um "passo" dentro de um contexto de esforço maior de fortalecimento da economia. 


Entre as medidas aprovadas, estão inclusos aumentos dos impostos de herança; aumento de impostos sobre o capital e extensão de um ano para o seguro-desemprego.


 

UE prega cautela sobre retomada da economia


Os principais líderes da Europa optaram pelo tom de cautela em relação às perspectivas para a recuperação da economia em 2013. Os discursos efetuados pelos líderes se basearam na defesa da austeridade, do apoio, da solidariedade e da busca pelo fim do desemprego. Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel afirmou que os efeitos dos planos de austeridade já podem ser observados, mas que o fim da crise ainda não pode ser confirmado.


 

Confiança de serviços recua em novembro


O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 1,7% entre novembro e dezembro, na série com ajuste sazonal, ao passar de 125,4 para 123,3 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar da queda no mês - refletindo uma possível acomodação após três aumentos consecutivos -, o índice médio do quarto trimestre superou em 3,1% o do trimestre anterior. A variação entre novembro e dezembro resultou de quedas de 1,2% e de 2% nos índices da Situação Atual (ISA-S) e de Expectativas (IE-S).


 

Déficit do setor público atinge R$ 5,5 bi


O setor público consolidado apresentou um déficit primário de R$ 5,5 bilhões durante o mês de novembro, segundo o Banco Central. O Governo Central e as empresas estatais apresentaram déficits primários de R$ 5,9 bilhões e R$ 1,3 bilhão, respectivamente, enquanto os governos regionais registraram superávit primário de R$1,7 bilhão. No ano, o superávit primário atingiu R$ 82,7 bilhões, comparativamente a R$126,8 bilhões no mesmo período de 2011.

 

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Fonte: Castor Filho

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