- Começou ontem, sexta (8), e termina hoje, no Canadá, a cúpula do G7 (EUA, Canadá, França, Alemanha, Japão, RU e Itália). Prestes a viajar para Cingapura, onde ocorrerá na próxima semana (12) o histórico encontro com Kim Jong-un, Donald Trump só esteve no primeiro dia do encontro. Nos dias anteriores chegou a comunicar que não iria, sabedor das críticas de que é alvo pela promoção de uma guerra comercial tarifária, pelo rompimento no acordo do clima, por aumentar a crise na Palestina e pela saída do acordo nuclear com o Irã. Durante o encontro, o presidente norte-americano, apoiado pelo novo primeiro ministro italiano, Giuseppe Conte, defendeu que a Rússia volte ao grupo, suspensa desde 2014, quando da anexação da Crimeia após conflitos com a Ucrânia.
- Enquanto isso, do outro lado do mundo, na China, se reunirão neste sábado (9) os líderes máximos da China, Rússia, Índia, Irã e Paquistão. No dia de ontem (8), já em Pequim, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu de Xi Jinping a primeira Medalha da Amizade, nova honraria que os chineses destinarão aos estrangeiros mais próximos. Ocorre também ao longo do fim de semana a cúpula da Organização para a Cooperação de Shangai, um fórum de países asiáticos criado pela China. Xi e Putin, que acabam de ter seus mandatos renovados por longo período, compartilham 4000 quilômetros de fronteira e 90 bilhões de dólares de intercâmbio comercial (meta é chegar a 200 bilhões em 2020). Nas palavras de Xi nesta sexta, divulgadas pela imprensa internacional, “não importa como flutue a situação internacional, China e Rússia sempre consideraram o desenvolvimento de suas relações como uma prioridade”.
- A Argentina concretizou o empréstimo com o FMI. Serão 50 bilhões de dólares para serem pagos em 3 anos. As condições são de que o país reduza o déficit fiscal primário para 2,7% do PIB em 2018 (contra 3,2% da meta anterior) e para 1,3% em 2019 (contra 2,2% da meta anterior). Equilíbrio primário para 2020 (contra 1,2% de déficit da meta anterior) e 0,5% de superávit (meta era de 0%) para atingir um equilíbrio fiscal. A inflação ficou sem meta para 2018, segundo anuncio do Banco Central argentino, mas de 17% para 2019, 13% para 2020 e 9% para 2021.
- Enquanto economistas e burocratas do governo fazem contas, as ruas fervem na Argentina. Além das diversas e massivas manifestações em torno da votação da lei do aborto, alguns sindicatos e centrais preparam mobilizações para o próximo dia 14 de junho. Os mais radicalizados são os caminhoneiros que estão chamando paralisação dos trabalhos em todo o país. Apesar da CGT estar priorizando as conversações com o governo, sobre as demandas de seus sindicatos afiliados, as duas CTAs (CTA Autônoma e CTA dos Trabalhadores) anunciaram ontem (8) que se somam ao chamado de paralisações dos caminhoneiros para 14 de junho. Outra data trabalhada é o dia 19 de junho, com referência à pauta entregue ao governo durante a marcha federal de 1º. de junho. Ontem, 7 de junho, no dia do jornalista, houve várias mobilizações. Nos últimos 2 anos 3000 jornalistas perderam trabalho na Argentina.
- No México a campanha eleitoral continua mais violenta do que nunca. Ontem (8) foi assassinado Fernando Purón, ex-prefeito do município de Piedras Negras e candidato a deputado federal do distrito de Coahuila pelo PRI. Morto com um tiro na cabeça após participar de um debate em uma universidade.
- A situação eleitoral na Colômbia também não é tranquila, principalmente para os setores da esquerda que fazem luta social. Ao todo 98 líderes sociais já foram assassinados no país só em 2018, segundo relatório do Indepaz, Marcha Patriótica e Cumbre Agrária. Na semana que passou foi preso Julián Andre´s Gil Reyes, dirigente do Congresso dos Povos, também membro da Associação Nacional de Jovens e Estudantes da Colômbia.
- Na Nicarágua os conflitos chegaram às fábricas. Segundo relatos da CST, Central Sandinista de Trabalhadores, nos últimos dias trabalhadores de fábricas e maquiladoras foram provocados e atacados nos municípios de Tipitapa, Managua e Masaya. Em algumas fábricas já são 3 dias sem trabalho. Maioria dos donos das maquiladoras são norte-americanos, canadenses, coreanos e algumas europeias. O governo de Ortega já cogita que estão preparando um locaute contra o governo a partir das fábricas. Opositores entram encapuzados e ameaçando queimar os edifícios, maioria das trabalhadoras são mulheres, empresários suspendem produção por medida de segurança. Aos poucos o país vai parando. Outras instalações como hospitais, prédios de prefeituras, estações policiais, mercados públicos tem sido atacados.
- Também na Nicarágua, a Conferência Episcopal do país entregou na quinta (7) ao presidente Daniel Ortega uma carta com propostas que segundo eles recolhe sentimentos de muitos setores da sociedade. O diálogo nacional de paz está suspenso pela Conferência Episcopal, mediadora do processo, diante do impasse na busca de consenso.
- Enquanto isso, Cuba alcançou esta semana a menor taxa histórica de mortalidade infantil. Segundo a ONU, o país é o melhor lugar da América Latina para uma criança nascer. A taxa é de 3,9 mil por cada nascidos vivos.
- Brasil terá até novembro para responder à OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre sua reforma trabalhista. Reunida esta semana, a organização não condenou o Brasil, mas ainda não fechou questão. O governo Temer, no entanto, fez vexame na reunião, disse que a decisão foi ideológica e não deu garantias de que responderá à questões da entidade. Um dos ítens a serem respondidos é sobre como os sindicatos brasileiros foram consultados antes da aprovação da reforma.
- Na última sexta-feira do Ramadã, ontem, 8 de junho, foram intensificados os conflitos na Faixa de Gaza. Milhares de palestinos participaram de protestos no contexto da Grande Marcha do Retorno. Quatro palestinos morreram e fala-se em mais de 500 feridos. A última sexta-feira do Ramadã é também o Dia de Jerusalém, instituído desde a Revolução Islâmica do Irã em 1979. No Irã, ontem, milhares também protestaram em defesa dos palestinos e da Jerusalém palestina.
- Senado do Canadá aprovou na semana que passou a legalização do consumo da cannabis com fins recreativos. Foram 52 votos a favor e 30 contra, com uma abstenção. Texto agora vai para a Câmara e provavelmente será aprovado. A legalização foi uma das promessas de campanha do primeiro ministro Justin Trudeau.
- A Agencia Nacional de Petróleo do Brasil (ANP) vendeu na semana que passou três dos quatro blocos de pré-sal que estavam em leilão. Trata-se da 4ª Rodada de Partilha da produção de pré-sal. Foram arrecadados 3,15 bilhões de reais.
- Brasil e Argentina terão escritório consular conjunto na Rússia durante realização da Copa do Mundo de Futebol.
por Ana Prestes
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