Ir para o conteúdo

Blogoo!

Voltar a Colunistas@Blogoosfero
Tela cheia Sugerir um artigo

Notas rápidas internacionais 30/05/18

30 de Maio de 2018, 10:55 , por Ana Prestes - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
Visualizado 198 vezes
Licenciado sob CC (by-nc-sa)
 

- Intelectuais de todo o mundo assinam manifesto “Lula Livre”. Pensadores, juristas, pesquisadores, escritores e ativistas políticos como Noam Chomski, Tariq Ali, Boaventura Santos, Angela Davis, Thomas Piketty, Leonardo Padura e mais algumas centenas estão entre os firmantes. Segundo o documento, “os abusos do poder judiciário contra Lula da Silva configuram uma perseguição política mal disfarçada sob manto legal. Lula da Silva é um preso político. Sua detenção mancha a democracia brasileira. Os defensores da democracia e da justiça social no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul do globo, devem se unir a um movimento mundial para exigir a libertação de Lula da Silva”.

- A OCDE reduziu para 2% sua previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2018. A previsão anterior era de 2,3%. Segundo o estudo da OCDE, programas como Bolsa Família são exemplo de sucesso e apenas 0,5% do PIB são gastos com eles. Para a organização, “gastar mais com esse programa, aumentando os limites para ter direito e os níveis do benefício reduziria a pobreza e a desigualdade”. Documento ainda diz que a economia global retomou crescimento para um patamar de 4%, média histórica das últimas décadas.

- Sobre a Colômbia na OTAN. Quando Dilma ainda era presidente, manifestou preocupação com a aproximação da Colômbia e da OTAN. Hoje, o Itamaraty diz que se trata de uma decisão soberana de Santos e que, portanto, não deve comentar. O governo venezuelano foi o primeiro a se posicionar dizendo que denuncia “perante a comunidade internacional a intenção das autoridades colombianas de se preparar para introduzir na América Latina e no Caribe uma aliança militar externa com capacidade nuclear, o que sob todas as luzes constitui uma séria ameaça para a paz e a estabilidade regional”.

- Trump rompeu os recentes acordos comerciais com a China e voltou a ordenar aumentos tarifários de 25% sobre produtos chineses importados. Anunciou também restrições aos investimentos asiáticos em tecnologia. Decisão veio apenas 10 dias após a declaração de fim das hostilidades alfandegárias contra a China. As medidas, que ainda não tem efeito imediato, podem ser um jogo de cena para pressionar um melhor acordo para os EUA. O secretário de comércio norte-americano tem viagem marcada para a China no próximo sábado, 2 de junho.

- Tensão entre China e EUA também se dá esta semana por invasão de águas territoriais chinesas. Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, Wu Qian, trata-se das ilhas Xisha e foram invadidas no último domingo (27).

- Primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, vai enfrentar debates sobre moção de censura no Parlamento. Seu partido, o PP (partido popular) teve 30 pessoas sentenciadas por crimes de corrupção nas últimas semanas e foi o que impulsionou a moção. O documento foi apresentado pelo PSOE (partido socialista operário espanhol) e a presidenta da Câmara dos Deputados, Ana Pastor, já agendou as discussões para amanhã, quinta (31), e sexta (1).

- Mercado anda tenso na Europa e o euro tem ficado desvalorizado com possibilidade do “Italexit”, uma retirada da Itália da zona do euro. A instabilidade política no país com a incapacidade de formar governo desde março tem levado os líderes europeus que se aproxima ainda mais uma saída do país do euro, tal como fez a Grã-Bretanha e ameaçou fazer a Grécia. O temor é que com novas eleições o Movimento 5 Estrelas saia fortalecido.

- OEA publicou um relatório de 400 páginas, afirmando ter base legal para levar o governo de Maduro a ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional. A Venezuela teria cometido crimes contra a humanidade diz o documento encomendado por Luis Almagro, secretário geral da OEA. Segundo Maduro, o documento carece de valor jurídico pois a OEA não tem atribuição de instancia judicial e está promovendo uma farsa midiática”.

- Governo Sírio, por critério de rotatividade, assumiu ontem (29) a presidência da Conferencia de Desarmamento da ONU. Delegação americana abandou a sala de reuniões quando a conferencia foi iniciada. Outros países, como Reino Unido, Austrália e França também protestaram contra a presidência síria da conferência que é responsável por negociar um acordo de controle de armas e defender a não proliferação de armas nucleares.

- Governo da Síria avança para a reconquista total do território metropolitano de Damasco. Quase 100% da capital está sob comando do governo.

- Um alto funcionário da Coréia do Norte está nos EUA para tratar da possível cúpula entre os dois países. Reunião pode ser mesmo no dia 12 de junho, na Cingapura.

- Após sete anos da desestabilização do país e liquidação de Muammar Khaddafi, a Líbia se prepara para eleições. Quatro líderes políticos da Líbia se reuniram ontem (29) em Paris com Emmanuel Macro e anunciaram eleições para 10 de dezembro do ano corrente. As eleições seriam organizadas pela ONU. O país encontra-se completamente fragmentado, desestruturado e vítima de uma violência brutal.

- Após referendo do último domingo (27), governo irlandês espera ter uma nova lei do aborto até o final do ano.

- Onda de violência permanece na Nicarágua, também contra prédios públicos. Além de órgãos de imprensa e monumentos públicos. Anistia internacional fala em 83 mortos desde 18 de abril. Hoje, 30 de maio, é o dia das mães na Nicarágua e estão ocorrendo atividades tanto do governo, como da oposição.

- Chile também vive onda de violência contra manifestações estudantis.

- “Por pan y trabajo” é a chamada de uma marcha unitária que está sendo convocada na Argentina para o próximo 1º. de junho.

- O misterioso caso do voo da MH370, da Malaysia Airlines, um Boeing 777 que desapareceu em março de 2014 com 239 pessoas e do qual nunca se encontrou vestígios, continuará sem solução. Quatro anos depois, pouco se sabe sobre o que teria acontecido ao voo e aos que estavam nele.

- Um tribunal de justiça da Holanda proferiu decisão que cria o precedente para um terceiro registro civil para aqueles que se identificam como intersexuais e não se adequam ao registro de homens ou mulheres. Uma pessoa registrada em 1961 com o sexo masculino pelos pais, solicitou em 2001 que passasse a ser identificado como mulher, em seguida fez nova solicitação para ser reconhecida como um terceiro gênero: “neutro”. Na última segunda (28) os juízes acataram afirmando que caso contrário esta pessoa não teria direito à sua “autodeterminação pessoal, autonomia e privacidade”.


Tags deste artigo: Lula Livre onu otan TPI síria Nicarágua china usa estadosunidos trump ocde venezuela chile estudantes Malaysia Airlines Noam Chomski Tariq Ali Boaventura Santos Angela Davis Thomas Piketty Leonardo Padura espanha parlamento mariano rajoy PIB brasileiro euro Italexit

0sem comentários ainda

    Enviar um comentário

    Os campos realçados são obrigatórios.

    Se você é um usuário registrado, pode se identificar e ser reconhecido automaticamente.

    Cancelar