João Goulart é homenageado em PL. Foto: Governo do Brasil

Na tarde desta quarta-feira (4), os parlamentares da Comissão de Cultura aprovaram o parecer do deputado Paulo Ferreira (PT/RS) ao PL 4.261/2012, do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP), que denomina “Rodovia Presidente João Goulart”, o trecho da BR-153 entre as cidades de Cachoeira do Sul (RS) e Marabá (PA).

De acordo com o relatório de Ferreira, esta homenagem está “em sintonia com os anseios do povo brasileiro de ter resgatada a memória de Jango e ver a verdade histórica reconstituída”. “Se reverencia o legado de um presidente constitucional da República, legitimado pelo voto direto do povo e cassado por forças retrogradas que impediram o curso natural de nossa história, pelos caminhos da legalidade”, aponta Ferreira.

Jango foi eleito em 1961 e buscou avanços sociais em seu governo, como a democratização do uso da terra, o voto do analfabeto e a elevação em bases justas do salário mínimo. Em 13 de março de 1964, no histórico comício da Central do Brasil, realizado no Rio de Janeiro, anuncia a uma multidão de 200 mil pessoas o seu programa de ações batizado de Reformas de Base. No entanto, dias depois foi deposto por um golpe de Estado, iniciando o período da ditadura militar. Em dezembro de 1976, Jango morreu na Argentina de ataque cardíaco. Foi o único presidente da República a morrer no exílio e sua família suspeita que a real causa da morte tenha sido envenamento. Em novembro deste ano, por decisão da Comissão Nacional da Verdade e do Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul, os restos mortais do ex-presidente foram exumados para esclarecer a causa da morte de Jango.

Dia do Perdão

O colegiado aprovou ainda o PL 6.128/2013, da deputada Keiko Ota (PSB/SP), que institui o Dia Nacional do Perdão, a ser comemorado todo dia 30 de agosto. De acordo com a autora do projeto, o “perdão é uma ferramenta importante para a cultura da paz”. “É uma data destinada à reflexão, pois o perdão liberta a gente do sofrimento”, disse a parlamentar.

Para o deputado José Stédile (PSB/RS), vice-presidente da Comissão e relator da matéria, este projeto pretende contribuir para a construção de uma sociedade melhor. “A ideia é termos uma cultura de paz, tão necessária e desejada. Cultura essa que deve nortear a ação humana e as políticas públicas”, disse o relator.

A matéria segue agora para apreciação na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara.  

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