Deputados da Comissão de Cultura participam de evento sobre acessibilidade no Rio de Janeiro. Foto: Escola de Gente

Marcar o dia 19 de setembro como o Dia Nacional do Teatro Acessível é um pleito da sociedade que está tramitando no Congresso. Mas apesar de ainda não constar no calendário, a ONG Escola de Gente realizou nesta quinta (19), no Rio de Janeiro, sessões gratuitas do espetáculo Um amigo diferente? para celebrar a data. A proposta do dia foi acolhida pela Comissão de Cultura e a presidente do colegiado, deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), e o deputado Jean Wyllys (Psol/RJ) compareceram ao evento para debater com artistas e sociedade civil o tema da acessibilidade para a cultura.

“Essa iniciativa proporciona uma imensa responsabilidade e desafios de fazer da acessibilidade uma condição indispensável para o acesso integral à cultura pelo povo. Dessa forma, é fundamental assegurarmos os instrumentos de acessibilidade não só nas estruturas físicas e humanas, mas também nos bens materiais”, apontou a parlamentar.

O espetáculo é símbolo da campanha “Teatro Acessível. Arte, prazer e direitos”. A peça é a primeira, destinada a crianças e jovens, que disponibiliza simultaneamente todas as medidas de acessibilidade na comunicação (audiodescrição, libras, linguagem Braile, sensorial e tátil).

Reconhecido defensor dos direitos humanos, o deputado Jean Wyllys, autor do projeto de lei que institui a data, lembra que a cultura é um direito humano e precisa estar disponível a todos os cidadãos. “Precisamos estender esse acesso a todos os cidadãos brasileiros. Essa campanha é importante neste contexto, mas também no contexto de que a cultura tem um papel importante no fortalecimento de outros direitos humanos, pois humaniza as pessoas e traz uma vida de pensamento”, disse.

Para a jornalista Claudia Werneck, fundadora da ONG, “este projeto busca mais autonomia e participação de pessoas com deficiência no acesso a direitos, bens e serviços culturais. O objetivo da campanha é mobilizar o governo e sociedade civil para o cumprimento das leis de acessibilidade em toda e qualquer iniciativa cultural”.

O evento também contou com as presenças da ministra da Cultura, Marta Suplicy, da secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural (Minc), Marcia Rollemberg  e de atores e atrizes, como Diogo Vilela, Thiago Abravanel e Bel Kutner.