Foto: Richard Silva/Liderança PCdoB
Na tarde desta terça-feira (05/08), a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados lançou o livro “Para Garantir o Direito à Comunicação – A Lei Argentina, o Relatório Leveson e o HGL da União Europeia”, do jornalista e sociólogo, Venício A. de Lima. O evento, realizado em parceria com o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, contou com a participação dos deputados Alice Portugal (PCdoB/BA), presidenta da Comissão de Cultura, Luciana Santos (PCdoB/PE) e Paulo Teixeira (PT/SP), além da diretora de Políticas Públicas do Barão de Itararé, Sônia Corrêa.
A partir da análise de três documentos de origem e natureza diversas, o autor destaca no livro a importância da regulação democrática da mídia no Brasil. Segundo Venício A. de Lima, a preocupação comum desses três documentos é assegurar as condições mínimas para o exercício do direito à comunicação por parte dos cidadãos de seus respectivos países.
“Esse livro surgiu de uma ideia de tornar o debate sobre as questões de regulação da comunicação no Brasil mais informado e mais sério, sobretudo em relação a iniciativas tanto legais quanto de produção de documentos que não são leis, mas que recomendam a produção de leis que acontecem em outros países”, explicou o autor.
A presidenta da Comissão de Cultura, deputada Alice Portugal, afirmou que há um ponto comum entre os segmentos que são recebidos pela Comissão: a dificuldade de acesso democrático à mídia no país. “Temos uma jovem república, uma democracia que, mesmo ainda imperfeita, não podemos abrir mão e o processo de especialização da nossa democracia passa pela regulação da mídia. Acredito que esse livro com suas abordagens e observações do autor será fundamental para que nós possamos nos preparar para esse debate vindouro”, destacou a deputada.
Segundo a deputada Luciana Santos, a grande mídia brasileira alega que a regulação da comunicação irá cercear a liberdade de expressão e que faz parte de correntes políticas que querem implantar o autoritarismo. “Mas isso é um argumento leviano que esconde o verdadeiro interesse que é o debate sobre o Estado democrático. Avançamos muito em políticas públicas, mas no que diz respeito à reforma do Estado democrático não avançamos quase nada. Acho que existem algumas reformas que urgem e que precisam vir à tona, pois não dá para suportar o grau de manipulação e de falta de espaço do pensamento plural da sociedade”, afirmou a deputada.
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo