Comissão de Cultura inaugura seus “Manifestos Culturais” com a banda Móveis Coloniais de Acaju

Manifestos Culturais

A noite da última terça-feira (9) teve um toque inusitado na Câmara dos Deputados. No hall da taquigrafia, rumo ao corredor do Plenário da Casa, um palco montado abrigava a banda Móveis Coloniais de Acaju. Era o primeiro “manifesto cultural” proposto pela Comissão de Cultura, que buscou nesta edição de estreia, a música para dar visibilidade a temas caros à Comissão, como a democratização dos meios de omunicação; a aprovação da PEC 150/2003, que determina que, anualmente, 2% do orçamento federal, 1,5% dos estados e 1% dos municípios, advindos de receitas resultantes de impostos, sejam aplicados diretamente em cultura; e a aprovação do PL 5901/13, fruto de uma CPI do Senado, que dá mais transparência à arrecedação e distribuição dos recursos oriundos da execução pública musical, sob responsabilidade do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

Enquanto o Plenário da Câmara votava o projeto do Ecad, a banda empolgava o público que misturava funcionários da Casa, parlamentares e cidadãos. “É um momento muito importante para a classe artística que está sendo votado no Plenário”, disse o vocalista da banda, André Gonzales, em referência ao PL que trata da fiscalização do Ecad.

“O que a gente está vivendo no país é um momento de retomada de consciência política. Acho que a cultura é um grande pilar do nosso país, é um agente transformador e deve ser usada como arma para alterar os nossos valores. Esse é um momento importante, pois diante desse cenário de tomada de consciência, nós estamos exercendo nosso papel político para discutir e debater o que é importante em relação à cultura”, acrescentou.

A proposta dos “Manifestos Culturais”, explicou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que preside a Comissão de Cultura, é ampliar o olhar sobre as pautas defendidas pela comissão por meio de diferentes linguagens.

Para realizar o primeiro manifesto, a Comissão de Cultura contou com o apoio do SESC/DF, numa parceria, que segundo Penha Barroso, chefe da Divisão de Desenvolvimento Humano, será permanente. “Recebemos um convite da Comissão de Cultura que é muito importante, pois a cultura é uma das áreas de atenção do Sesc em todo o território nacional. Nós vemos a cultura como um caminho de transformação social, um caminho que potencializa o desenvolvimento humano. É nesse sentido que o Sesc está junto para somar esforços em todas as edições.”