Foto: José Cruz/Agência Brasil
Os 35 anos de assinatura da Lei de Anistia no Brasil foram lembrados durante evento realizado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, na tarde desta quinta-feira (28/08). A 17ª Anistia Cultural exibiu o filme “500 – Os Bebês Roubados pela Ditadura Argentina”, que conta a luta das Avós da Praça de Maio, em Buenos Aires, para reencontrar seus netos, filhos de presos ou desaparecidos, sequestrados durante o regime militar argentino.
Em debate depois da exibição do filme, participantes defenderam a revisão da Lei de Anistia, uma vez que a lei anistiou não só os perseguidos políticos do regime militar, mas também agentes que cometeram crimes contra eles.
“Nós temos que comemorar, porque houve uma lei de anistia, um pouco tardia, muitos já haviam morrido no exílio, como o presidente João Goulart. Mas é dever de todos nós, brasileiros, lutar para que essa lei de anistia possa ser reformulada, possa ser reconstruída, e que possa ser mais dignificada no que tange aos direitos humanos”, salientou João Vicente Goulart, filho do ex-presidente da República João Goulart.
Para o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, o evento foi importante, pois discutiu qual tipo de democracia o país quer. “Trata de uma reflexão que nós fazemos, 35 anos depois, a respeito de uma agenda da transição que ainda resta pendente no país. É uma oportunidade para refletirmos que tipo de democracia queremos aprofundar, a partir daquele que foi o marco jurídico da nossa redemocratização”, afirmou o presidente.
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