A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social promoveu mais uma reunião, nesta quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados, para debater a atual conjuntura política e desenvolver novas estratégias contra as medidas da reforma da Previdência Social (PEC 287/2016). O encontro juntou representantes de entidades sindicais, nacionais, estaduais e distritais, movimentos sociais, parlamentares e representes que combatem as medidas dessa reforma.
De acordo com o senador Paulo Paim (PT-RS), a Previdência é superavitária e essa reforma não é necessária. “A audiência da CPI, em São Paulo, vai mostrar que o problema da Previdência é de gestão e que se cobrar dos grandes devedores, daria para recuperar mais de 90% da dívida à União”, disse.
Para o deputado Arnaldo de Sá (PT-SP), o momento é de mobilização. “Precisamos articular mais, fazer mobilizações e encontros regionais e nacionais. A partir daí, continuar a luta sem perder a oportunidade. Sabemos que esse governo é uma mentira e aliado a mídia ganha força. Precisamos arregaçar as mangas e não desistir, temos que continuar essa luta”, afirmou.
Na próxima reunião da Frente, será definido um calendário de mobilizações por todo o país. Os sindicatos e centrais devem se organizar para realizar encontros regionais nos Estados. Por último, um grande evento contra a reforma da Previdência acontecerá em Brasília.
O deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS) aposta na articulação da área rural. “Temos que nos unir e mobilizar a população da área rural. O governo tentou dividir o setor, mas não podemos permitir nenhuma possibilidade de acordo com esse governo em relação à reforma da Previdência”, declarou.
A frente é coordenada pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência Social, o senador Paulo Paim e o deputado Arnaldo Faria de Sá. Atualmente conta com 96 entidades.
A Frente defende a manutenção dos direitos sociais e uma reforma estrutural da captação de recursos, nos termos da legislação atual. Dessa forma, almeja garantir os direitos dos cidadãos na Seguridade Social.
Estiveram na reunião representantes da Contag, SINDIFISCO Nacional, ANFIP, SintBacen, SINAL, CSPB, NCST, Contratuh, CNTC, OAB/DF, IBDP, FENAJUD, SITRAEMG, SINAIT, CNTE, ALAL, CUT e Auditoria Cidadã da Dívida.