Publicada em 3 de Outubro
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VOLTA REDONDA
Depois de alguns meses em silêncio, entidades sindicais, sociais e outras voltam a se reunir para tratar das ações contra a retomada da votação da PEC 287, que prevê as alterações das regras de concessão de aposentadoria do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), na Câmara dos Deputados, em Brasília. A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social já está se preparando para intensificar as atividades contrárias à votação. Entre os que apóiam os atos está o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense.
A área econômica já fala em maio de 2018 como um “prazo fatal” para a aprovação da Reforma da Previdência. Em reunião na semana passada, em vários municípios, como Volta Redonda, foram definidas estratégias para tentar barrar a análise da proposta que estabelece, entre outros pontos, idade mínima de 62 anos para a mulher que for se aposentar e de 65 anos para os homens, após período de transição de 20 anos. Assim, caso a emenda seja promulgada, as idades para aposentadoria serão inicialmente de 53 e 55 anos, respectivamente.
Além de audiências públicas, as lideranças contarão com uma agenda de manifestações nas cidades de todos os estados, a partir deste mês. O objetivo, de acordo com sindicalistas, entre eles o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos, é pressionar os deputados federal em suas bases eleitorais a se posicionarem contra a Reforma, como o Deley de Oliveira (PTB), Alexandre Serfiotis (PMDB) e Luiz Sérgio (PT).
Campos lembrou que o senador Paulo Paim, que também preside a CPI da Previdência, informou que a comissão vai concluir os trabalhos neste mês e, segundo ele, mostrará que a reforma é desnecessária, contradizendo o que o governo defende. “O governo quer mandar a conta para o trabalhador do campo e da cidade. Precisamos deixar bem claro que o problema da Previdência é de gestão. O Brasil está mobilizado e essa reforma não pode passar”, concluiu Paim.