O jornal o Globo tem um problema com os pobres: é contra.
E, por definição, é contra o Bolsa Família, como demonstra o editorial deste sábado.
(Ainda não se sabe de nenhum ataque frontal do Globo ao programa “Brasil sem Miséria”, mas logo virá.)
A Rede Globo tem como seu Cardeal Ratzinger um Gilberto Freire (com “i” mesmo – leia o “Em tempo”), um dos mais fervorosos adversários do Bolsa Familia.
Por exemplo: neste inesquecível artigo, de 2008, Kamel antecipa o editorial deste sábado: o Bolsa Familia vai promover o congelamento ártico da mobilidade social: filho de pobre pobre será, sempre !
Agora, no blog do Nassif, o Marco Antonio, do Blog Amigos do Presidente Lula, desmonta a “reportagem” do Globo que deu origem ao editorial e a “reportagem” do jornal nacional.
Não adianta: pobre não é o forte do pessoal.
Pobre, para a Globo, só o pessoal do bairrro do Divino: pobre que fica rico.
Em tempo: A propósito do clássico da literatura antropologica nacional, “Não, não somos racistas”, de Ali Kamel, amigo navegante pernambucano lembrou da seguinte anedota. Conta-se que, em Apipucos, um dia, D. Madalena virou-se para o marido e disse: Gilberto, essa carta está aí, em cima da tua mesa há um mês e você nem abre nem joga no lixo. Respondeu o Mestre de Apipucos: Madalena, querida, não posso abrir. É para um Gilberto Freire com “i”. Não sou eu.
Paulo Henrique Amorim
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