Segue transcrição
Senador Fernando Collor.
Senhor Presidente, senhor Relator, senhoras e senhores Parlamentares.
Eu tenho ouvido ao longo da sessão de hoje, a utilização da palavra medo. Muito dos senhores Parlamentares aqui, se valeram dela, “medo”, medo disso, medo daquilo. E eu gostaria apenas de prestar contas mais uma vez a esta Comissão.
Que eu não tive medo, e nenhum receio de ir contra o Procurador Geral da República, que vem cometendo reiteradamente crimes. Ele que lá está para representar a sociedade. E eu não encontrei muito eco, junto aqueles que tanto conjugaram a frase: “Esses que tem medo”.
Quando eu levantei, afirmei, e dei nomes de que há uma quadrilha instalada na revista Veja, e em alguns órgãos da Imprensa.
Quando eu digo que o senhor Policarpo Júnior, editor dessa revista é um criminoso.
Quando eu pedi para que ele fosse convocado, eu não encontrei nenhum eco naqueles que tanto conjugaram o medo, medo, medo. Eu não tenho medo de quem quer que seja, e tenho prova e testemunho disso.
Hoje senhor Presidente, dei notícia a essa casa de que pela primeira vez na história, desde que houve a reformatação do Ministério Público. Portanto, desde 1988, o Conselho Nacional do Ministério Público aceitou a representação que fiz contra o Procurador Geral da República e a Subprocuradora, que é a sua esposa.
O Procurador Geral da República ele concentrava nas mãos, ele concentra nas mãos de sua esposa todos os processos que chegam na Procuradoria, e que tenham, que incluam pessoas com prerrogativas de foro para fazer moeda de troca.
Denunciei aqui, os dois Procuradores que passaram a dois repórteres da revista Veja. Os Procuradores, Leia Batista de Oliveira, e o Daniel de Resende Salgado, que repassaram aos jornalistas, Gustavo Ribeiro, e Rodrigo Rangel.
Deste coito de bandidos que é esta revista Veja, o inquérito na íntegra, em sua íntegra que tramitava em segredo de justiça na 11ª Vara Federal de Anápolis em Goiás. Esse senhor Policarpo, ele recebia as informações desde 2005, do senhor Cachoeira de um lado, e recebia o inquérito que corria sobre o segredo de justiça do outro, e fazia disso - o que queira. Para publicar na revista aquilo que achasse mais conveniente para os ganhos peculiares da Editora Abril.
Eu tenho coragem de dizer:
“A Editora Abril se transformou em um coito de bandidos. O senhor Policarpo Júnior é um criminoso. O senhor Procurador Geral da República tem que ser apeado da sua posição, pelos crimes que ele cometeu que estão aqui elencados”.
E que quando aqui eu denunciei, não encontrei ninguém com a coragem de dizer: “Collor eu acho que você está certo, vá em frente”.
Ao contrário, eu recebi muitos comprimentos, mas na surdina. E eu entendo, eu entendo que esses possam ter medo, porque esses possam ter rabo preso em relação a Procuradoria da República.
Esses tem medo dessa Imprensa, esses tem medo, e seguem sempre baixando a cabeça para o que a Imprensa pauta.
Eu não sigo a pauta da Imprensa, e não me deixo pautar. E hoje eu queria terminar essa minha intervenção fazendo apenas uma pergunta ao Relator. Senhor Relator, nós aqui em algum momento, aqueles que votaram com Vossa Excelência a favor do seu relatório.
Nós alijamos de uma vez por todas a possível convocação da oitiva do senhor Cavendish, e do senhor Pagot? Sim ou não, por favor?
“Claro que não, não”.
Muito bem, então nós poderemos em qualquer momento, em qualquer momento no futuro termos aqui o senhor Cavendish, e o senhor Pagot, não é exatamente isso?
“Mesmo que tivesse derrotado o requerimento”.
Mesmo que tivesse, então fica aí a resposta clara que para a sociedade brasileira. De que o senhor Cavendish e o senhor Pagot, eles viram aqui no momento em que vossa excelência, o senhor Relator, que vem conduzindo tão bem os trabalhos em conjunto com o senhor Presidente desta Comissão. Acharem conveniente, e colocarem em pauta, e ouvir do plenário, para que eles possam aqui vir, e dar as explicações a este Plenário e a esta Comissão que deseja.
Fim da transcrição
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