Larry Rohter, que quase o Lula mandou embora, deixa transparecer que nem ele leva o Ali Kamel a sério.
Herbert Matthews foi o correspondente do New York Times que cobriu a Revolução Cubana com incontida simpatia pelos rebeldes.
Pagou cara por isso e se tornou símbolo do “jornalismo engajado”, incompatível com os cânones da Old Lady, o New York Times.
Larry Rohter é o Herbert Matthews de sinal trocado.
Ao longo de 14 anos no Brasil, inclusive como correspondente do New York Times, não passou de uma extensão do PiG.
Só que num tempo muito diferente do de Matthews e quando o Brasil já era outro.
Rohter era um PiG sem munição e nenhuma repercussão aqui.
Ninguém mais se importava com o “deu no New York Times” do Henfil e do Jorge Benjor.
Virou galhofa.
Rohter acaba de escrever um livro de título ambíguo: “Brasil em Alta – história de um país em transformação”, pela Geração Editorial.
É um cozidão de ideias do PiG.
Basta ler os “agradecimentos” para se ter uma ideia da “alta” a que se refere.
O Brasil só melhorou porque tem muita sorte e muitos recursos naturais.
Porque, de resto, só os tucanos prestam.
De sua parte, o livro só presta para dar uma ideia do “interesse nacional americano” em relação Brasil.
Os americanos não querem que o Brasil tenha submarino nuclear.
Não querem que o Brasil lance foguete.
Não precisa lançar satélites.
Não querem que o Brasil domine o ciclo completo do combustível nuclear.
E deve mostrar aos americanos tudo o que fez para dominá-lo.
“Os militares brasileiros são uma força em busca de uma missão – qualquer missão, para justificar sua existência”, diz a certa altura o Matthews de sinal trocado.
Os americanos não querem o Mercosul.
E acham que a Venezuela não é amiga do Brasil.
“… o Brasil, com frequência, tenta ser amigo de todos e … também com frequência suas crenças mais fundas, sejam elas quais forem, não são claramente definidas, articuladas ou defendidas.”
Na América Latina, o que se diz – segundo ele – é que o “Brasil é um gigante econômico e um anão diplomático”.
Nada que o PiG e seus colonistas não digam todo dia.
Daria um bom editorial do Estadão.
Mas, Larry Rohter – que quase o Lula mandou embora, porque disse que ele governava bêbado – deixa transparecer que nem ele leva o Ali Kamel a sério.
Apesar de achar o Brasil um lixo – e, portanto, um país racista – Rohter se refere ao Ratzinger da Globo, o mais poderoso de todos os diretores de jornalismo da Globo (ansioso blogueiro sabe disso, porque trabalhou com todos os antecessores), como autor de um … digamos … um disparate.
Senão, vejamos
Paulo Henrique Amorim
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